Opinião: Por que o Dudu e não outro político?

Por Ancelmo Góis
“Com tanto FDP por aí, por que morre logo Eduardo Campos?” Essa foi a primeira reação de uma pessoa ao meu lado no momento em que chegou a notícia da tragédia que vitimou o jovem político pernambucano aos 49 anos. Logo depois, o mesmo desabafo explodiu nas redes sociais, com a insensatez que o meio oferece, agregando comentários do tipo “Por que não foi o fulano que morreu?”, citando esse ou aquele político asqueroso.
O mesmo tipo de raciocínio ferino eu ouvi bastante em dezembro do ano passado, quando, depois de lutar contra um câncer havia quatro anos, morreu Marcelo Deda, 53 anos, governador de Sergipe. Deda, a exemplo de Campos, era uma vocação rara, nestes tempos de estiagem de política de brilho e decência.
É aí que eu quero chegar. Além da tragédia pessoal, morreu um jovem promissor em sua profissão, pai de cinco filhos, um deles com síndrome de Down, há uma tragédia política colossal. Campos e Deda representavam, com seus defeitos — que nos momentos de consternação são empurrados para debaixo do tapete —, exceção num quadro caquético de homens públicos, notadamente na Câmara e no Senado.
Quem assiste — mesmo pela TV em noites de insônia — a uma sessão da Câmara ou do Senado sabe do que estou falando. Esta geração nova de políticos, com exceções, claro, é formada por uma breguice sem limites, gente mais preocupada em implantar cabelos na cabeça do que ideias. O Senado virou uma grande Câmara de Vereadores, com suas excelências mais preocupadas com o buraco da rua de sua cidade do que com o que as ruas pensam sobre o futuro da nação. A Câmara dos Deputados, sob a liderança do PMDB, é palco, muitas vezes, de tenebrosas transações.
A família de Eduardo Campos está de luto. A política também, que, apesar da certa cachorrada, é a forma mais civilizada que o homem encontrou para gerir a sociedade.

Times lamentam morte de Eduardo

Por Pedro Augusto, especial para o Blog

A morte repentina de Eduardo Campos, na manhã da última quarta-feira (13), em Santos, no litoral paulista, causou profunda comoção em todas as esferas do futebol local. Grande incentivador do esporte, quando colocou em prática o programa “Todos com a Nota” no governo de seu avô Miguel Arraes e nas suas duas passagens pelo Palácio do Campo das Princesas, Eduardo foi motivo de várias lamentações por parte dos clubes pernambucanos. Em seu site oficial, o Náutico – time de coração do político – externou em nota a sua tristeza pelo fim da trajetória de um dos seus torcedores mais ilustres.Eduardo com a camisa do Náutico

“O Clube Náutico Capibaribe com grande pesar lamenta pela morte do ex-governador e grande alvirrubro Eduardo Campos. A família alvirrubra solidariza-se com os familiares daquele que sempre esteve ao lado da nossa instituição, ao longo da nossa história. O clube está de luto por três dias”. Arquirrival do Timbu, o Sport também lamentou a morte de Eduardo. “O Sport Club do Recife manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos. Diante do triste acontecimento, o presidente rubro-negro, João Humberto Martorelli, determina luto de três dias”.

Em entrevista a rádios locais, o presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, não escondeu a emoção ao falar sobre o ex-governador. “Rogo a Deus para que reserve a Eduardo Campos um bom lugar. A família tricolor está bastante abalada com a perda deste exímio incentivador do esporte local”. Assim como os três grandes clubes da capital, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, também lastimou a morte de Eduardo. “Nosso ex-governador sempre foi um parceiro e contribuiu e muito para o futebol do nosso estado. Ele era a maior liderança jovem do país e desde quando era secretário da Fazenda viabilizava o lazer para o povo”.

Devido à morte do ex-governador, a CBF acabou adiando a partida entre Santa Cruz e Santa Rita-AL, válida pela terceira rodada da Copa do Brasil, bem como a FPF cancelou a rodada do Campeonato Pernambucano Sub23. Os compromissos foram cumpridos na quinta-feira (14).

Eduardo Campos deixa lacuna enorme no Brasil, diz Humberto

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), lamentou nesta quarta-feira (13), em discurso na tribuna da Casa, a morte do colega Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e candidato do PSB à Presidência da República. Chocado e triste com a notícia da tragédia, o parlamentar afirmou que os brasileiros, em especial os pernambucanos, perdem um dos maiores quadros da política do país.

“Eduardo Campos deixa uma lacuna enorme para o Brasil e, especialmente, para o povo de Pernambuco porque, como governador, fez uma administração revolucionária em nosso estado, em parceria com Lula e depois com Dilma. Ele se afirmou como líder político. Era alguém que pensava e vivia política 24 horas por dia. Sem dúvida, se mostrou um competente articulador”, declarou.

Segundo Humberto, o legado deixado por Campos é muito importante para o Brasil e a morte prematura dele interrompe “uma presença nacional forte que vinha construindo”. “Perde o Brasil e perde a esquerda brasileira. É um episódio de muita tristeza para todos nós. Quero levar minhas condolências ao povo de Pernambuco, que, sem dúvida, está vivendo uma das maiores comoções da sua história recente”, afirmou.

O senador lembrou que a morte trágica ocorre exatamente nove anos depois do falecimento do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, avô e grande inspirador de Campos. “Quero manifestar meu profundo pesar, minhas condolências e sentimentos à família de Eduardo, à sua esposa, Drª. Renata, que está profundamente abalada com a notícia, assim como todos os seus filhos. Eles formavam uma bonita família”, disse.

Humberto lamentou ainda a morte de outros três amigos seus que estavam no avião: o jornalista Carlos Percol, o fotógrafo Alexandre Severo e o ex-deputado federal Pedrinho Valadares.

No discurso, o líder do PT ressaltou que a sua relação política com Eduardo Campos teve início nos anos 90. “Tive a oportunidade de ser deputado estadual com ele entre 1991 e 1995. Pude, naquela ocasião, não somente desfrutar da sua relação pessoal e do seu bom humor, mas, acima de tudo, dividir na bancada da oposição um trabalho de construção de ideias, algo que nos engrandeceu”, observou.

No governo Lula, ambos foram ministros no mesmo período: Humberto, da Saúde; Eduardo, da Ciência, Tecnologia e Inovação. Em 2006, os dois disputaram o Governo de Pernambuco numa eleição, segundo Humberto, “muito mais marcada pela solidariedade entre nós do que pelo enfrentamento. No segundo turno, apoiei-o integralmente”. Na primeira gestão de Eduardo à frente do Estado, Humberto foi nomeado por ele secretário das Cidades.

O caminho político dos dois permaneceu unido nas eleições seguintes quando Eduardo disputou a reeleição e Humberto concorreu ao Senado na mesma chapa, da qual também participou Armando Monteiro (PTB). “Em que pesem divergências circunstanciais que tínhamos neste momento, nós tivemos uma longa trajetória conjunta e, seguramente, seguiríamos assim, não fosse essa tragédia que se abateu sobre todos nós”, afirmou Humberto.

Políticos lamentam morte de Eduardo Campos

Jorge Gomes – “É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento do nosso eterno governador Eduardo Campos. Acompanhei, de perto, toda a trajetória política desse grande homem, quando estivemos juntos no último governo de Dr. Arraes. Estive bem perto também na campanha vitoriosa de 2006, quando disputei o Senado e ele sagrou-se governador. Agora, estava na torcida e acompanhando todos os passos dele rumo ao Palácio do Planalto. Ontem, vibrei com a entrevista dele ao Jornal Nacional e mandei a seguinte mensagem: “Valeu, presidente! Todos estamos orgulhosos de sua performance e ficaremos mais ainda com sua vitória, que será a vitória dos brasileiros, principalmente dos mais necessitados. Um grande abraço e sucesso sempre”. Eduardo cumpriu sua missão exemplarmente. Deixo meu abraço para toda a família”.

Armando Monteiro- Nesse momento de grande tristeza que se abateu no coração de todos os  pernambucanos, o meu sentimento mais profundo se volta para a família de Eduardo Campos.  A perda para Renata, sua esposa, e para seus filhos Maria Eduarda, João, Pedro, José e do pequenino Miguel, é inestimável. Guerreira como ele, certamente ela saberá encontrar forças para superar tamanha dor e sofrimento. Dirijo especialmente a eles a minha solidariedade, de Mônica e da minha família nesse momento tão triste.
Ao longo da minha vida pública, o meu caminhar em vários momentos se cruzou com o de Eduardo e, em que pese divergências ocasionais, naturais da política, eu sempre tive a compreensão dos seus atributos e qualidades indiscutíveis como homem público.  Pernambuco perde um grande líder, de caráter combativo e obstinadamente dedicado ao trabalho. Ele deixa um legado, como político e como administrador, sobretudo pela maneira competente com que governou o nosso Estado por oito anos, inquestionavelmente um marco na nossa história. E foi exatamente esse conjunto de qualidades que o fez se destacar como uma nova e natural liderança no cenário nacional.
Há de se buscar agora, num momento em que todos compartilhamos essa sensação de perda, a inspiração para todos aqueles que continuarão a militar na vida pública. A dimensão humana de Eduardo ia muito além da sua atividade e do seu cotidiano político. O que sempre guardei foi a maneira como ele dedicou-se à família com devoção e amor.  Mesmo em meio ao turbilhão de compromissos que a vida pública impõe, ele sempre encontrou tempo para dedicar aos que mais amava. Pernambuco reverencia a memória de Eduardo Campos, independente de circunstâncias políticas ou partidárias, que nesse momento ficam muito pequenas diante da dimensão dessa grande perda.Também gostaria de externar o meu profundo sentimento de pesar aos familiares de Carlos Percol, Geraldo da Cunha, Marcos Martins, Alexandre Severo Gomes, Marcelo Lyra e Pedro Valadares Neto, nesse momento tão doloroso e difícil”.

Lula Tôrres– “Nós temos vários sonhos na vida. E para realizar esses sonhos, precisamos de algumas ferramentas e instrumentos para seguir com passos firmes. Quando estes instrumentos nos são tirados, nos sentimos sem chão e muitas vezes sem coragem para seguir em frente. Eduardo Campos, amigo, e político com força e atitude para dar uma esperança ao Brasil, representou para o estado de Pernambuco uma transformação política de grande relevância. Seus atos como Governador do Estado elevaram o nome de Pernambuco do Brasil para o mundo. “Nunca desistam do Brasil” disse ele em entrevista. Vamos continuar lutando. Que Deus conforte a família e todos nós neste momento”.

Laura Gomes– “Não há palavras para expressar o tamanho desta perda para a política brasileira, para o povo pernambucano. Mas, especialmente, para todos nós que convivemos e acompanhamos toda a trajetória de Eduardo Campos. Eu, particularmente, sinto como se fosse a perda de um filho. Digo isso por tamanha admiração e relação afetiva que consegui construir com ele nos anos de luta e amizade. Ligação que vem desde o tempo em que trabalhávamos juntos na gestão do seu avô, Miguel Arraes. Que se desenvolveu nos tempos difíceis e de vitória. Abri as portas da minha casa para Eduardo em 2006, quando quase ninguém acreditava no êxito do grande governador que estava por vir. Com ele, estive em 2010 apoiando sua reeleição, e tive a grande honra de ser convocada para fazer parte da sua equipe nos últimos anos. Com ele estava agora, e com seus ideais sempre estarei. Porém, independente da ligação política existente, registro nestas palavras a dor pela precoce perda de uma mente tão brilhante. Do pai exemplar, do homem íntegro que foi. Eduardo Campos se vai, mas deixa um legado que vai muito além do que possamos imaginar. Lutarei para dar continuidade a tudo aquilo que aprendi com Eduardo. A girar a roda em favor dos que mais precisam. A ter coragem para mudar o que for necessário em prol de quem necessita. Tenho certeza de que os companheiros de Frente Popular estão com o mesmo sentimento.Vá em paz, Eduardo. O que você deixou para nós ficará para sempre na memória dos pernambucanos. Os meus mais profundos sentimentos às minhas amigas Ana Arraes e Renata Campos. Aos filhos Maria Eduarda, João, Pedro, José, e Miguel. Aos demais familiares, amigos e companheiros de luta. Às famílias das outras vítimas do trágico acidente.”

Rozael do Divinópolis – “É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Neto do inesquecível Miguel Arraes, um dos maiores representantes da história política de Pernambuco, Eduardo pautou a sua vida para trazer melhorias e desenvolvimento para o nosso Estado. Deixo aqui as minhas condolências não só para família do ex-governador como também para as demais famílias dos outros ocupantes do avião. Descansem em paz!”.

Bruno Martiniano– “É lamentável ter que escrever sobre este assunto que nos surpreendeu na manhã desta quarta-feira, quando recebemos a trágica notícia do falecimento de Eduardo Campos, ex governador de Pernambuco. Venho por meio desta, expressar meus sinceros sentimentos de pesar, mesmo sendo tomado pelo sentimento de incredulidade. Não existem palavras suficientes para falar da importância deste grande líder, homem, cidadão, e eterno governador de Pernambuco. Com ele aprendemos a lutar, batalhar e superar os obstáculos da vida, e da lida diária. Neste momento devemos nos unir em uma só corrente de orações para que Deus possa confortar a família, a senhora Renata Campos, os filhos, irmãos, mãe, e todos nós também, que estamos enlutados com o triste fato. Vai com Deus Eduardo Campos, tua partida é precoce, mas teu legado será eterno, assim como o trabalho e ensinamentos de seu avô, Miguel Arraes. Que Deus te receba em sua infinita bondade. Estamos em luto”.

Marcelo Gomes- “O dia 13 de agosto estará marcado para sempre na história de Pernambuco. Neste dia, em 2005, perdemos Miguel Arraes. Nesta quarta-feira, 13 de agosto de 2014, perdemos o nosso líder Eduardo Campos.É difícil definir o sentimento pela partida de um homem que, além de grande líder, foi generoso, exemplo de determinação e competência. Eduardo sempre foi destinado às grandes realizações, um político nato e eficiente.Eduardo foi um homem de virtude que esteve entre os grandes personagens da nossa história, ajudando a construir o nosso Brasil da melhor forma possível, sempre pensando no melhor para o povo. Conviver com Eduardo foi uma honra. Que Deus possa confortar a sua família”.

Fábio José (PSOL) – É com grande pesar que me manifesto nesse momento, conheci Eduardo ainda quando ele foi candidato a prefeito do Recife em 1992, nessa ocasião eu fazia parte do movimento estudantil, nos conhecemos em razão do seu avó, de la pra cá encontrei ele algumas vezes e sempre se demonstrou uma pessoa serena e atenciosa, mesmo estando em campos políticos diferentes mas eu sempre o respeitei e o considerava um grande líder e um visionário, o Brasil perdeu muito e nós Pernambucanos ficamos sem um grande amante da politica e apaixonado por Pernambuco. Deixo aqui meus sentimentos a família Campos. Adeus Eduardo que Deus te receba de braços abertos e possa consolar sua família e amigos mais próximos, Vai em paz”.

Raquel Lyra-  “As palavras que sempre saíram de forma tranquila, fácil e entusiasmada para elogiar e agradecer, agora faltam para lamentar esta grande tragédia, que levou nosso amigo Eduardo Campos. Ele sempre foi um exemplo de luta, de perseverança e da defesa dos pensamentos e dos seus ideais, e continuará sendo. Sua mensagem permanece viva. Seus exemplos, também. Se foi um grande pai, um excelente filho, um ótimo amigo e um extraordinário político, pronto para comandar os destinos do nosso país, como fez tão bem com os destinos de Pernambuco, nos últimos anos.

 Para todos nós, esta perda é muito grande. Sem dúvidas, o reencontro de Eduardo Campos com Miguel Arraes, João Lyra Filho, Fernando Lyra, e tantos outros, irá nos guiar de alguma forma. Por aqui, nos comprometemos a honrar todos os compromissos feitos por Eduardo, trabalhando por um Pernambuco e Brasil mais justos. Madalena, Ana, Antônio, Renata, João, Pedro, José, Eduarda e Miguel, que formam um verdadeiro exemplo de família, recebam minha solidariedade neste momento de dor.

O mesmo sentimento aos familiares de todas as vítimas, Carlos Percol, Pedro Almeida Valadares Neto, Alexandre Severo Gomes, Marcelo de Oliveira Lyra, Geraldo da Cunha e Marcos Martins, e a todos aqueles que, ainda sem acreditar, passam por este momento de dor. Foi uma grande honra para mim ter convivido intensamente nos últimos nove anos e ter aprendido muito com este grande e inesquecível brasileiro, Eduardo Campos.”

Diogo Cantarelli – “É com profunda tristeza que recebi a notícia da morte do ex-governador e então candidato a presidente Eduardo Campos. Campos foi um grande líder, não apenas em Pernambuco, mas ao longo dos anos se tornou um líder na política nacional, também.Campos aliou um modelo diferenciado de gestão com uma imensa capacidade política de articulação. Caruaru, em especial, perde um grande admirador dessa cidade, que por diversas vezes fez questão de visitar. Solidarizo-me com a família e peço que Deus os conforte nesse momento tão difícil de dor e tristeza”.

Mário Mota( Prefeito de Riacho das Almas)-  “Ele foi um amigo, um companheiro honesto e correto, que muito fez e sempre teve disposição para melhorar a vida do povo de Riacho das Almas e de todo o Estado de Pernambuco”.

 Edmilson do Salgado –  “Foi com grande tristeza que o Brasil, em especial Pernambuco, recebeu a notícia da morte de Eduardo Campos e seus assessores, nesta quarta-feira, 13, em São Paulo.Sem dúvida, uma perda irreparável para sua família e uma lacuna que talvez jamais seja preenchida na política brasileira. Eduardo imprimiu sua marca à frente do Governo do Estado e em outros cargos públicos que ocupou sempre pautado pela determinação, seriedade e respeito pelos seres humanos. Fica a lição! Que a sua memória seja respeitada e compartilhada em ações que devem ser imitadas por todos nós. Não convivi diretamente com Ele, mas nas ocasiões em que nos encontramos, pude constatar sua cordialidade e atenção para com todos, independentemente do cargo que se ocupava.Em meu nome e em nome dos moradores do Bairro do Salgado, São João da escócia e Cidade Jardim, a nossa solidariedade e os nossos mais sinceros pêsames à sua esposa, Renata Campos e família e demais parentes de sua comitiva”.

 

Tony Gel e Miriam Lacerda lamentam morte de Eduardo Campos

O  deputado estadual Tony Gel e a ex-deputada Miriam Lacerda, ambos PMDB, lamentam a morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na manhã desta quarta-feira (13).

Tony e Miriam eram amigos pessoais de Campos e estão profundamente tristes com o acontecido. “Perdi um grande amigo. E o Brasil perdeu um grande líder”, afirmou o deputado estadual.
Por esta razão também, toda a agenda de campanha de Tony Gel foi cancelada e a campanha, igualmente, está suspensa por tempo indeterminado.

Herdeiro de Arraes e governador mais popular que Pernambuco já teve

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Do Pernambuco 247

O ex-governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, falecido nesta quarta-feira (13) em um acidente de avião, construiu a sua carreira política tendo como lastro o fato de ser herdeiro político de um mito da política nacional. Campos era neto do ex-governador Miguel Arraes de Alencar, cassado pela ditadura militar e um ícone da luta pela redemocratização do país e que faleceu nesta mesma data em 2005.

Campos foi deputado federal, secretário de estado, ministro da Ciência e Tecnologia, além de governador de Pernambuco. Ele lançou-se candidato à Presidência da República no final do ano passado, após romper com a base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Campos foi protagonista de uma das maiores jogadas políticas dos últimos tempos ao firmar uma junção do PSB com a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silvam vice na sua chapa presidencial. Campos estava em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2014.

Confira abaixo a sua trajetória:

Eduardo Henrique Accioly Campos (Recife, 10 de agosto de 1965 – Santos, 13 de agosto de 2014) é um economista e político brasileiro, ex-governador de Pernambuco, presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e candidato à Presidência da República.

Campos é graduado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Aprovado no vestibular desta instituição com 16 anos, concluiu a faculdade aos 20, como aluno laureado e orador da turma.

Neto do também político Miguel Arraes, que em 1979 retornou ao Brasil após 15 anos no exílio, Eduardo desde cedo conviveu com nomes emblemáticos da política local e nacional. Nascido no Recife, capital pernambucana, Eduardo Campos é filho do poeta e cronista Maximiano Campos (1941-1998) com a ex-deputada federal e atual ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes (1947). É neto de Miguel Arraes (1916-2005), ex-governador de Pernambuco, sendo considerado seu principal herdeiro político, além de sobrinho de Guel Arraes, cineasta e diretor da Rede Globo de Televisão.

Ele era casado com a também economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco Renata Campos, com quem tem cinco filhos.2 Seu filho mais novo, Miguel, nascido no dia 28 de janeiro de 2014, foi diagnosticado com síndrome de Down.

Trajetória política
Eduardo Campos começou na política ainda na universidade quando foi eleito presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia. Em 1986, Campos trocou a oportunidade de fazer um mestrado nos Estados Unidos pela participação na campanha que elegeu o avô Miguel Arraes como governador de Pernambuco. Com a eleição de Arraes, em 1987, passou a atuar como chefe de gabinete do governador. Neste período foi o responsável pela criação da primeira Secretaria de Ciência e Tecnologia do Nordeste e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE).

Campos se filiou ao PSB em 1990. No mesmo ano foi eleito deputado estadual e conquistou o Prêmio Leão do Norte concedido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco aos parlamentares mais atuantes.

Em 1994, Campos foi eleito deputado federal com 133 mil votos. Pediu licença do cargo para integrar o governo de Miguel Arraes como secretário de Governo e secretário da Fazenda, entre 1995 e 1998. Neste último ano voltou a disputar um novo mandato de Deputado Federal e atingiu o número recorde de 173.657 mil votos, a maior votação no estado.

Em 2002, pela terceira vez no Congresso Nacional, Eduardo Campos ganhou destaque e reconhecimento como articulador do governo Lula nas reformas da Previdência e Tributária. Por três anos consecutivos esteve na lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso.

No decorrer de sua vida pública no Congresso Nacional, Eduardo Campos participou de várias CPI, como a de Roubo de Cargas e a do Futebol Brasileiro (Nike/CBF). Nesta última, atuou como sub-relator, onde denunciou o tráfico de menores brasileiros para o exterior fato que, inclusive, teve ampla repercussão na imprensa nacional e internacional.

Como deputado federal, Eduardo foi ainda presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural Brasileiro, criada por sua iniciativa em 13 de junho de 2000. A Frente tem natureza suprapartidária e representa, em toda a história do Brasil, a primeira intervenção do Parlamento Nacional no setor.

Eduardo é também autor de vários projetos de lei. Entre eles, o que prevê um diferencial no FPM para as cidades brasileiras que possuem acervo tombado pelo IPHAN; o do uso dos recursos do FGTS para pagamento de curso superior do trabalhador e seus dependentes; o que tipifica o sequestro relâmpago como crime no código penal; e o daResponsabilidade Social, que exige do Governo a publicação do mapa de exclusão social, afirmando seu compromisso com os mais carentes.

Em 2004, a convite do presidente Lula, Eduardo Campos assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia, tornando-se o mais jovem dos ministros nomeados. Em sua gestão, o MCT reelaborou o planejamento estratégico, revisou o programa espacial brasileiro e o programa nuclear, atualizando a atuação do órgão de modo a assegurar os interesses do país no contexto global.

Como ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos também tomou iniciativas que repercutiram internacionalmente, como a articulação e aprovação do programa de biossegurança, que permite a utilização de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa e de transgênicos. Também conseguiu unanimidade no Congresso para aprovar a Lei de Inovação Tecnológica, resultando no marco regulatório entre empresas, universidades e instituições de pesquisa. Outra ação importante à frente da pasta, foi a criação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – considerada a maior olimpíada de Matemática do Mundo em número de participantes.

Eduardo Campos assumiu a presidência nacional do PSB no ano de 2005. A solenidade de posse no cargo foi uma expressiva demonstração de que ele é hoje uma das principais referências da política brasileira. Após seu discurso, Eduardo foi aplaudido de pé pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente, José Alencar; seis ministros, os presidentes nacionais de vários partidos e outras lideranças.

Governo do Estado
No início de 2006, se licenciou da presidência nacional do PSB para concorrer ao governo de Pernambuco, pela Frente Popular. Em 2011, foi reeleito presidente do partido, com mandato até 2014. Foi reconduzido ao cargo, por aclamação, e sem concorrentes.

No dia 13 de agosto de 2014 o avião no qual estava Eduardo Campos, saído do Rio de Janeiro com destino a Santos, perdeu o controle e caiu em uma área residencial.

Em 2006 se lançou candidato ao governo do estado de Pernambuco, tendo como coordenadores o ex-deputado estadual José Marcos de Lima, também ex-prefeito de São José do Egito. Mas também contou com apoio de importantes lideranças do interior do estado, como o deputado federal Inocêncio Oliveira e o então prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho. Campos contou com o apoio do presidente Lula, que se dividiu entre o palanque do socialista e do candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) ao governo, Humberto Costa. Os candidatos de esquerda marcaram posição frente ao nome da situação, o então governador e candidato a reeleição, Mendonça Filho (PFL), apoiado pelo ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

O primeiro turno apresentou um fato curioso: o presidente Lula manifestou apoio para dois candidatos à sucessão estadual: Eduardo Campos, do PSB, e Humberto Costa, do PT. Tal posicionamento foi encarado pelos críticos políticos como uma estratégia dos partidos de esquerda do estado para quebrar a hegemonia do ex-governador Jarbas Vasconcelos, que apoiava a reeleição do candidato pelo PFL Mendonça Filho, governador que assumiu o poder após a renúncia de Jarbas em abril de 2006, que saiu do governo para disputar uma vaga de senador, visando a levar as eleições estaduais para o segundo turno.

Eduardo Campos iniciou a campanha eleitoral, de acordo com as pesquisas eleitorais, na terceira colocação. Mas a coligação que apoiava Mendonça Filho, utilizou extensivamente denúncias de corrupção que pesavam sob o candidato Humberto Costa quando ocupou o cargo de Ministro da Saúde, no governo Lula. Os aliados de Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos acreditavam que os votos dos potenciais eleitores de Humberto poderiam migrar naturalmente para Mendonça. Afirmavam que, mesmo as eleições sendo levadas para um segundo turno, o candidato Eduardo Campos seria um alvo mais fácil para ser atacado na campanha por causa do seu envolvimento, como secretário da Fazenda , nas operações dos precatórios no último governo de Miguel Arraes; o que eles não contavam é que ainda no período eleitoral ele e o governo do avô foram inocentados na justiça, em última instância, sobre o caso.

Humberto Costa, que saiu da campanha do primeiro turno na terceira colocação, manifestou logo de imediato apoio a Eduardo Campos. O candidato do PSB conseguiu aglutinar em seu palanque quase todas as forças sociais e partidos opositores de Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos. O governador candidato a reeleição, Mendonça Filho, não conseguiu se eleger e Eduardo Campos foi eleito com mais de 60% dos votos válidos para governador no segundo turno.

Com o governo bem avaliado e a popularidade em alta, Eduardo Campos concorreu à reeleição em 2010. Assim como em 2007, contou com o apoio do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Campos foi reeleito, desta vez como o governador mais bem votado do Brasil: mais de 80% dos votos válidos no primeiro turno, derrotando o senador Jarbas Vasconcelos.

Eduardo Campos ocupou o Governo de Pernambuco durante sete anos (2007 – 2014). Na primeira gestão se destacam projetos e obras estruturadoras como a ferrovia Transnordestina, a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima, a fábrica de hemoderivados Hemobrás e a recuperação da BR-101.

O socialista colocou as contas públicas na internet com o Portal da Transparência do Estado – considerado pela ONG Transparência Brasil o segundo melhor do país, entre os vinte e sete estados da federação. O estado de Pernambuco cresceu acima da média nacional (3,5% em 2009) e os investimentos foram de mais de R$ 2,4 bilhões em 2009 – contra média histórica de R$ 600 milhões/ano. A administração foi premiada pelo Movimento Brasil Competitivo.

Na segurança pública houve redução dos índices de violência com a implantação do programa Pacto pela Vida. O número de homicídios no estado sofreu uma queda 39,10% desde o início do programa. Além disso, 88 municípios pernambucanos chegaram a uma taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) menor que a média nacional que é de 27,1 por 100 mil habitantes. A redução também ocorreu com crimes como roubos e furtos. Entre 2007 e 2013 houve uma dimunição de 30,3% neste tipo de delito no estado. Em 2013 Eduardo anuncia o rompimento com o governo Dilma, saindo da base aliada, junto com seus correligionários, orientando-os a entregarem os cargos de confiança nos vários escalões.

Entre os motivos do rompimento, Campos aponta a manutenção da aliança do governo Dilma com setores políticos tradicionais, entre os quais, com o PMDB. Aproxima-se de Marina Silva e a acolhe, com seus aliados, no PSB, chamando o novo movimento de “Nova Política”.

Saúde
Foram construídos três novos hospitais na Região Metropolitana do Recife (RMR) e 14 Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), além da expansão do número de leitos de UTI e UCI. Entre 2006 e 2013, Pernambuco se firmou como o estado nordestino com o maior ganho de anos na expectativa de vida (3,72 anos), superando a média da região. Houve também redução de 9,6% na taxa de mortalidade por causas evitáveis. Em 2011, Pernambuco alcança a média nacional em relação à mortalidade infantil, reduzindo em 47,5% o seu coeficiente.

Educação
Entre 2007 e 2011, Pernambuco registrou um crescimento de 14,8% no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb. O número é mais de duas vezes superior à média nacional de 6,2%. Os alunos das Escolas Técnicas Pernambucanas apresentaram um desempenho médio 47% superior em relação aos estudantes de outras partes do Brasil, como São Paulo e Santa Catarina, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Pernambuco tem hoje a maior rede de Escolas de Referência do Brasil, com, 260 unidades. De acordo com pesquisa do Inep, somente em 2012 mais de 85 mil alunos foram matriculados – o que corresponde a 10 vezes mais que a média nacional de 8.509. Em 2013, foram 163 mil alunos matriculados. A Educação Profissional foi ampliada e atualmente 26 Escolas Técnicas estão em funcionamento no estado. O Programa Ganhe o Mundo levou 2.270 alunos para intercâmbios em países como Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Chile, Argentina e Espanha.

Emprego
Entre 2007 e 2013 foram gerados 560 mil empregos formais, sendo 150 mil apenas no interior do estado – o que representa uma expansão de 48% no mercado formal de Pernambuco. O governo também atraiu mais de R$ 78 bilhões de investimentos privados. Empresas como Sadia (Vitória de Santo Antão), Perdigão (Bom Conselho), Novartis (Goiana), Kraft Foods (Vitória de Santo Antão) e Fiat Chrysler (Goiana) se instalaram no estado.

Oficialmente confirmada como pré-candidata à reeleição, Dilma Rousseff tem entre seus principais adversários o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o senador do PSDB por Minas Gerais, Aécio Neves.

Eduardo Campos firmou uma aliança programática com Marina Silva, ex-senadora pelo Acre e ex-ministra do Meio Ambiente da primeira gestão do governo Lula e atual líder da Rede Sustentabilidade. A dupla confirmou a pré-candidatura da chapa que terá Campos como candidato a presidente e Marina na vice, durante evento realizado em Brasília, em 14 de abril de 2014.

Aécio Neves também confirmou a sua pré-candidatura pelo PSDB. O senador e ex governador de Minas Gerais tem como vice o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Em outubro de 2013 o então governador Eduardo Campos anunciou a aliança programática com a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, cujo pedido de registro do novo partido foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A aliança foi formalizada em 4 de fevereiro de 2014, no evento que lançou as bases para elaboração do programa de governo do PSB-Rede. Na mesma data, o Partido Popular Socialista (PPS), através do deputado federal Roberto Freire, formalizou a entrada do partido na aliança.

As diretrizes para elaboração do programa de governo são: Estado e democracia de alta densidade; Economia para o desenvolvimento sustentável; Educação, cultura e inovação; Políticas sociais e qualidade de vida e Novo urbanismo e o pacto pela vida.
Eduardo Campos anunciou em abril de 2014, em um evento realizado em Brasília, a pré candidatura a presidência do Brasil, tendo como vice a líder da Rede Sustentabilidade, Marina Silva.

Em 13 de agosto, o avião do candidato (Cessna) a presidência saiu do Rio de Janeiro e caiu em Santos após arremeter, devido ao mau tempo caindo no bairro do boqueirão perto de uma academia de ginástica. Os destroços indicaram não haver sobreviventes.

Eduardo Campos morreu no mesmo dia do avô Miguel Arraes

Do G1

O candidato a presidente do PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morreu na manhã desta quarta-feira (13) após a queda do jato particular em que viajava em um bairro residencial em Santos, no litoral paulista. Campos tinha 49 anos e morreu no mesmo dia que seu avô, Miguel Arraes, que também foi governador de Pernambuco. Arraes morreu de infecção generalizada em 13 de agosto de 2005.

Miguel Arraes de Alencar, de 88 anos, nasceu em Araripe, no Ceará. Filho de pequenos agricultores, estudou direito no Rio de Janeiro, mas concluiu o curso no Recife. Começou a carreira política em 1947, como secretário da Fazenda de Pernambuco. Três anos depois, foi eleito deputado estadual pelo Partido Social Democrático.

Assumiu novamente a secretaria da Fazenda em 1959 e, no mesmo ano, venceu as eleições para a prefeitura do Recife. Miguel Arraes chegou ao governo de Pernambuco em 1962, com o apoio do partido comunista brasileiro. Ele foi responsável, por exemplo, pelo acordo do campo, uma negociação entre os cortadores de cana de açúcar e os usineiros, que criou um salário acima do mínimo para os trabalhadores rurais.

Em 1964, Arraes foi cassado e preso pelos militares e se exilou na Argélia. Só voltou ao Brasil em 1979 com a lei da anistia. Em 1982, foi eleito deputado federal. Quatro anos depois, governador de Pernambuco, pela segunda vez. Em 1990, deixou o PMDB e criou o Partido Socialista Brasileiro. De 1994 a 1998 governou o estado de Pernambuco, pela terceira vez.

Morre Eduardo Campos

De O GLOBO

O presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE ) morreu na manhã desta quarta-feira em um acidente aéreo em Santos. O jato em que estava o político caiu na altura do número 136 Rua Alexandre Herculano, nas imediações do Canal 3, a cerca de sete quadras da praia. Não houve sobreviventes. Ao contrário do informado antes pelo PSB, a mulher do candidato, Renata, e o filho Miguel não estavam na aeronave. Segundo a Aeronáutica, estavam no avião, além de Campos, os assessores Pedro Valadares e Carlos Percol, além de um cinegrafista.

O Comando da Aeronáutica informou, por nota, que o avião, modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu às 10h. “A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave”, diz nota da Aeronáutica.

Campos iria para um evento na cidade de Santos chamado SantosExport. A aeronave (aparelho Cessna, prefixo PRAFA) pertencia à empresa AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda. e já havia sido utilizada pelo candidato outra vez. Segundo relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a manutenção anual do avião estava em dia, com validade até 14 de fevereiro de 2015. O avião foi inspecionado em fevereiro deste ano.

O Certificado de Aeronavegabilidade (CA), que atesta as condições da aeronave, tinha data de validade em 22 de fevereiro de 2017. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da Anac, a documentação do piloto também estava em dia. O avião tinha capacidade para transportar 12 passageiros.

Em seu gabinete no Tribunal de Contas da União, a ministra Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, ao ser informada dos rumores sobre a queda do avião em Santos, caiu no choro. Ela passou mal e foi atendida no serviço médico do TCU.

A sala de imprensa do Corpo de Bombeiros informou que sete vítimas foram socorridas em hospitais da região. O Pronto-Socorro Municipal de Santos confirmou que há quatro feridos internados na unidade.

O ex-deputado Walter Feldman, que estava ao lado de Marina Silva em São Paulo, disse logo depois do acidente ter conversado com o deputado Márcio França, que recepcionaria Campos em Santos. França confirmou para o aliado que a aeronave que caiu tinha o prefixo da alugada pela campanha de Campos:

A queda ocorreu pouco depois das 10h. A poucos metros do local do acidente funcionam uma escola infantil e uma academia de ginástica. A região tem casas e comércios.

O Comando da Aeronáutica informou, por nota, que o avião, modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu às 10h.

“A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave”, diz nota da Aeronáutica.

A Aeronáutica investiga as causas do acidente.

O local onde ocorreu a queda é bastante movimentado. Testemunhas relatam que ouviram barulho de uma explosão. O quarteirão foi isolado pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e equipes de resgate. Com o estrondo na hora da queda, vidraças de lojas quebraram-se.

Políticos lamentam morte de Ariano Suassuna

O prefeito José Queiroz, expressando o sentimento de Caruaru, lamenta o falecimento do dramaturgo, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, Ariano Suassuna, defensor incansável e entusiasta da cultura popular nordestina.

Que a família enlutada, o povo pernambucano e os inúmeros admiradores do grande artista se sintam confortados, embora saudosos. Ariano nos deixa um legado de valor criativo transcendental e autêntico em suas raízes. Um verdadeiro passaporte para um lugar privilegiado na eternidade.

João Paulo:  Com a morte de Ariano Suassuna, a cultura nordestina e brasileira perde um dos maiores nomes da literatura e das artes em geral. Perde um lutador pelo resgate e valorização da nossa cultura. Mais que qualquer outro escritor, Ariano foi capaz de ser universal a partir de seu universo regional. Foi erudito, foi popular.

Dos momentos de convivência com Ariano, só guardo alegria, bom humor e grandes ensinamentos.

 João Lyra Neto: Foi com profundo pesar que recebi a notícia da morte do escritor Ariano Suassuna. Paraibano de nascimento, pernambucano de coração, já que morou no Recife por mais de 70 anos de sua vida. É um dia muito triste para todos nós, pernambucanos, nordestinos e brasileiros, uma perda inestimável para nossa literatura e nossa cultura, que nesta mesma semana já havia sofrido as ausências de João Ubaldo Ribeiro e Rubem Alves, e ainda neste mês a perda de Ivan Junqueira.

Estive em Garanhuns na última sexta-feira, durante o Festival de Inverno, ocasião em que Ariano Suassuna apresentou uma aula espetáculo. Mesmo com a saúde frágil, ele externava seu amor por estar num palco, falando para os mais jovens, contando seus causos, histórias de sua vida e do imaginário popular.

Fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco, junto com Hermilo Borba Filho. Juntos, foram pioneiros no teatro ao ar livre no Brasil. Ariano participou do Movimento de Cultura Popular (MCP) no primeiro Governo Miguel Arraes. Fundador do Teatro Popular do Nordeste (TPN) e do célebre Movimento Armorial, professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco, integrante das Academias Pernambucana, Paraibana e Brasileira de Letras, além de ter dado sua contribuição ao povo pernambucano e recifense como secretário de Cultura por três oportunidades.

Além de um grande dramaturgo e escritor, Ariano também foi um grande militante político. Era presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e apoiador de primeira hora da campanha de recondução do governador Miguel Arraes após o período de exílio, e posteriormente das campanhas de Eduardo Campos.

O bom humor sempre foi sua marca, somada a profundos conhecimentos do imaginário popular e uma inteligência muito acima da média. A obra de Ariano permanecerá eterna na mente de todos nós que convivemos com ele, mas tenho certeza de que também será lembrada e venerada pelos mais jovens e pelas futuras gerações.

Como Governador do Estado de Pernambuco, decretei luto oficial de três dias, e expresso minhas condolências aos familiares e amigos desta grande figura que foi o nosso querido Ariano Vilar Suassuna.

Marcelo Gomes:O vereador Marcelo Gomes (PSB), lamenta o falecimento do escritor, dramaturgo e poeta Ariano Suassuna (87 anos). O escritor estava internado no Real Hospital Português, no Recife, desde a segunda-feira (21), onde deu entrada em decorrência de grave Acidente Vascular Cerebral (AVC) Hemorrágico.

“Ariano é ‘madeira de lei que cupim não rói’. Seus ensinamentos e suas obras vão permanecer, fortalecendo a nossa cultura e incentivados muitas gerações à preservar a nossa arte”, lamentou Marcelo.

Raquel Lyra: Pernambuco, a literatura e a cultura brasileira, principalmente a nordestina, perde um grande nome com a morte do mestre Ariano Suassuna. Ariano, que era paraibano, mas que tinha Pernambuco em seu coração, também era presidente de Honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB), e sempre nos presenteou com seus ensinamentos de um “realista esperançoso”. Neste momento de dor, presto minha solidariedade aos familiares, amigos e admiradores da obra e da pessoa que foi esse grande mestre.

Armando Monteiro: Pernambuco chora a perda de Ariano Suassuna: O grande, mestre das palavras e do sentimento mais profundo da alma nordestina. Com a sua partida fica o vazio intelectual, mas, sobretudo, o vazio humano, pela sua imensa capacidade de entender, traduzir e amar os pernambucanos, os nordestinos, os brasileiros. Hoje é um dia muito triste para mim.

Fernando Bezerra Coelho: Foi com imenso pesar que recebi a notícia do falecimento de Ariano Suassuna, um dos maiores expoentes da literatura mundial. Sertanejo, Ariano sempre foi um grande exemplo para todos nós, de luta, dedicação e fé. Trabalhamos juntos pela primeira vez no governo do saudoso Miguel Arraes e aprendi muito com ambos.

Ariano era um homem engajado no campo da política e tantas vezes militamos juntos. Em 2006, quando poucos acreditavam na vitória da Frente Popular, era ele que nos animava, nos entusiasmava. Hoje perdemos um patrimônio cultural. Um amigo e alguém que, mesmo sendo erudito, conhecia como poucos a linguagem popular. Que Deus possa confortar os familiares e os milhares de admiradores que ele conquistou mundo afora.

Humberto Costa: Ele foi, sem dúvida, um dos mais autênticos artistas e escritores que nós já tivemos. Além de ser uma pessoa humana encantadora, era um homem de bem com a vida. Para todos nós, é muito triste viver esse momento. Ele que era o paraibano mais pernambucano que se poderia conhecer. Acho que o Brasil todo hoje chora essa perda porque Ariano representava uma grande unanimidade no nosso país”, declarou Humberto.

Ele desenvolveu com os dois uma relação de enorme proximidade. Ambos tinham a maior admiração possível por ele. Se tiverem condições, acredito até que Dilma e Lula deverão estar no sepultamento para prestar uma última homenagem a esse que, sem dúvida, é um ícone da nossa cultura.

Tony Gel e Miriam:É com muito pesar que recebemos a confirmação do falecimento do dramaturgo e poeta Ariano Suassuna na tarde de hoje. Ele que foi fundamental para a cultura de Pernambuco e deixa sua marca na história como um dos maiores nomes da nossa literatura.

Ariano vai deixar saudades e será lembrado em cada uma de suas obras, entre elas “O Auto da Compadecida”, que tanto retrata o povo nordestino.

Nossa solidariedade à família e aos amigos neste momento de dor.

Douglas Cintra: Ariano Suassuna soube traduzir a alma nordestina, um intelectual que fez uma reflexão profunda sobre as raízes do Brasil. A morte do mestre das palavras entristece a todos nós.

Lula Tôrres:  O Brasil perde hoje um de seus maiores literários. Mas as obras de Ariano Suassuna, essas nunca vão morrer, nunca vão ser esquecidas. Estas estão na cabeça, na memória e no coração de seus admiradores e do povo. Ainda será possível encontrá-lo, no grande legado deixado por ele.

Que Deus possa confortar a família neste momento tão difícil

Diogo Cantarelli: Lamento profundamente a morte do nosso mestre Ariano Suassuna. Pernambuco não apenas o adotou de coração, mas se enche de orgulho de um filho que nos deu tantas alegrias, boas leituras, peças e poemas inesquecíveis.

Pernambuco se orgulha muito de ter sido adotado por Ariano como seu estado de coração e nós muito mais por termos conquistado o coração do mestre. Em especial, Caruaru se orgulha muito de Ariano, que por algumas ocasiões esteve na capital do agreste.

Morre o escritor Ariano Suassuna, aos 87 anos

arianoDo G1

Morreu no Recife, nesta quarta-feira (23), o escritor, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, aos 87 anos. Ele estava internado desde a noite de segunda (21) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português, onde foi submetido a uma cirurgia na mesma noite após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Segundo boletim médico, o escritor faleceu às 17h15. “O paciente teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana”.

O velório do corpo do escritor começa ainda esta noite, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, que decretou luto oficial de três dias. A partir das 23h, será aberto o acesso do público ao local. O enterro está previsto para a tarde de quinta-feira (24), no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.

Internamentos
Em 2013, Ariano foi internado duas vezes. A primeira delas em 21 de agosto, quando sentiu-se mal após sofrer um infarto agudo do miocárdio de pequenas proporções, de acordo com os médicos, e ficou internado na unidade coronária, mas depois foi transferido para um apartamento no hospital. Recebeu alta após seis dias, com recomendação de repouso e nenhuma visita.

Dias depois, um aneurisma cerebral o levou de volta ao hospital. Uma arteriografia foi feita para tratamento e ele saiu da UTI para um apartamento do hospital, de onde recebeu alta seis dias depois da internação, no dia 4 de setembro.

Na noite de segunda-feira (21), Ariano Suassuna deu entrada no hospital e foi operado após o diagnóstico do AVC. A cirurgia foi para a colocação de dois drenos, na tentativa de controlar a pressão intracraniana. Na noite de terça, o quadro dele se agravou, devido a “queda da pressão arterial e pressão intracraniana muito elevada”, conforme foi informado em boletim.

Ativo até o fim
Ariano Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, em João Pessoa, e cresceu no Sertão paraibano. Mudou-se com a família para o Recife em 1942. Mesmo com os problemas na saúde, ele permanecia em plena atividade profissional. “No Sertão do Nordeste a morte tem nome, chama-se Caetana. Se ela está pensando em me levar, não pense que vai ser fácil, não. Ela vai suar! Se vier com essas besteirinhas de infarto e aneurisma no cérebro, isso eu tiro de letra”, disse ele, em dezembro de 2013, durante a retomada de suas aulas-espetáculo.

Em março deste ano, Ariano foi homenageado pelo maior bloco do mundo, o Galo da Madrugada.  Ele pediu que a decoração fosse feita nas cores do Sport, vermelho e preto, e ficou muito contente com a homenagem. “Eu acho o futebol uma manifestação cultural que tem muitas ligações com o carnaval”, disse, na ocasião.

No mesmo mês, o escritor concedeu uma entrevista à TV Globo Nordeste sobre a finalização de seu novo livro, “O jumento sedutor”. Os manuscritos começaram a ser trabalhados há mais de trinta anos.

Na última sexta-feira, Suassuna apresentou uma aula espetáculo no teatro Luiz Souto Dourado, em Garanhuns, durante o Festival de Inverno. No carnaval do próximo ano, o autor paraibano deve ser homenageado pela escola de samba Unidos de Padre Miguel, do Rio de Janeiro.

Obra
A primeira peça do escritor, “Uma mulher vestida de sol”, ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno em 1948. Ariano escreveu um de seus maiores clássicos, “O Auto da Compadecida”, em 1955, cinco anos depois de se formar em direito. A peça foi apresentada pela primeira vez no Recife, em 1957, no Teatro de Santa Isabel, sem grande sucesso, explodindo nacionalmente apenas quando foi encenada – e ganhou o prêmio – no Festival de Estudantes do Rio de Janeiro, no Teatro Dulcina. A obra é considerada a mais famosa dele, devido às diversas adaptações. Guel Arraes levou o “Auto” à TV e ao cinema em 1999.

O escritor considera que seu melhor livro é o “Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta”. A obra começou a ser produzida em 1958 e levou 12 anos para ficar pronta. Foi adaptada por Luiz Fernando Carvalho e exibida pela Rede Globo em 2007, com o nome de “A pedra do reino”.

Na década de 70, Ariano começou a articular o Movimento Armorial, que defendeu a criação de uma arte erudita nordestina a partir de suas raízes populares. Ele também foi membro-fundador do Conselho Nacional de Cultura.

Após 32 anos nas salas de aula, Suassuna se aposentou do cargo de professor da Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. O período também ficou marcado pelo reconhecimento nacional do escritor – Ariano tomou posse na cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, em 1990.