Comitê Editorial do IPA recebe Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional

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A Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional de Pernambuco (Caisan-PE) entregou o 2º Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional ao Comitê Editorial do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) para revisão e editoração. O evento foi realizado na última segunda-feira (05/09), na sede do IPA, no Recife. A data foi escolhida em comemoração ao Dia Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional.

O documento foi elaborado a partir das propostas priorizadas pela Caisan-PE e é o principal instrumento de planejamento, gestão e execução das ações de segurança alimentar e nutricional do governo para os próximos quatro anos. “Parabenizo a todos que participam dessa construção coletiva, que pode mudar a vida de muitos pernambucanos”, falou o presidente do IPA, Gabriel Maciel. “O plano é um avanço para o estado, embora muitos sejam os desafios a serem superados”, falou Mariana Suassuna, secretária-executiva da Caisan-PE. Ela destacou que Pernambuco foi pioneiro a entregar o documento, em 2011.

Nesse sentido, Aldo Santos, diretor de Articulação e Meio Ambiente da Compesa, destacou a importância da iniciativa. “O primeiro plano foi uma alavanca motivadora para adesão a essa política pública”, ressaltou. “A segunda edição foi feita com foco na realidade das pessoas”, complementou o presidente do Conselho de Segurança Alimentar de Pernambuco (Consea-PE), Natan Maranhão.  Para Áurea Igrejas, secretária executiva de Agricultura e Reforma Agrária, o Plano representa melhoria da qualidade de vida da população. Já na opinião de Sônia Lucena, do Consea Nacional, a fome é um dos piores flagelos da humanidade. “Embora o Brasil tenha saído do mapa da fome, Cerca de 900 milhões de pessoas ainda sofrem desse mal. Esse documento nos ajuda a manter a atenção ao tema”, reforçou.

A Caisan-PE, responsável pela realização do Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional,  é um órgão deliberativo, que funciona em caráter executivo, de modo a articular ações desenvolvidas nas secretarias de Estado, com o objetivo de assegurar o direito humano à alimentação necessária. As ações contam com a participação de 13 secretarias estaduais de Pernambuco. Entre elas, as secretarias da Mulher, Seplag, Justiça e Direitos Humanos, Transportes, Casa Civil, Agricultura e Meio Ambiente, Trabalho e Qualificação, Desenvolvimento Econômico e Micro e Pequena Empresa, além de 11 instituições, entre elas, o IPA, Iterpe, ProRura, Adagro e Ceasa, órgãos vinculados à Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária.

Dia Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Pernambuco – A data marca o nascimento de Josué de Castro e teve reconhecimento como dia de Segurança Alimentar por meio de lei, sancionada pelo ex-governador, Eduardo Campos, em 2013.

Secretaria de Saúde de Gravatá firma convênio com a curso de nutrição da UniFavip

Na manhã desta sexta-feira (30) a secretária de Saúde de Gravatá, Aglaine Oliveira recebeu a coordenadora do curso de Nutrição da Unifavip Devry, Georgia Galvão junto com o diretor do Hospital Dr. Paulo da Veiga Pessoa, Jairo Paiva, para juntos, firmar um convênio entre a Secretaria de Saúde e a instituição de ensino. O convênio oferece aos estudantes que estão em fase de conclusão do curso de nutrição, a oportunidade de colocar em prática o conhecimento adquirido nas aulas.

O estágio será acompanhado por nutricionistas do município e os estudantes irão atuar no hospital da cidade e nas unidades de saúde através do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). A carga horária do estágio será de 184 horas para cada estagiário, dividido em 31 dias, em seis horas diárias.

Pilates, dicas de nutrição e aulas de dança farão parte do Espaço de Lazer

Dando continuidade as atividades diversificadas, os caruaruenses poderão aproveitar o Espaço de Lazer com novas ações, neste domingo, 9. Em parceria com a Academia Força e Forma, acontecerão aulas de zumba e aeróbica; também haverá demonstração e aulas de pilates e a equipe da Divisão de Alimentação Escolar orientará sobre os cuidados com a obesidade infantil. Além disto, outra opção de divertimento e lazer é a Ciclofaixa.

A programação de aulas acontece dentro do funcionamento do Espaço de Lazer, das 8h às 16h, nas Avenidas Agamenon Magalhães, Manoel de Freitas e Oswaldo Cruz.

Ministério libera R$ 840 mil para combater desnutrição infantil no PI

O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 840 mil para combater a desnutrição infantil no estado do Piauí. Os beneficiados são 17 municípios de pequeno porte, onde ainda mais de 10% das crianças menores de cinco anos estão abaixo do peso ideal para a idade. Esta é a terceira parcela enviada às cidades piauienses que aderiram à Agenda para Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil (ANDI), totalizando R$ 2,5 milhões em três anos. No Brasil, 216 cidades vão receber o montante de R$ 12 milhões neste ano.

A verba repassada ser utilizada nas ações relacionadas à organização da atenção nutricional, na qualificação profissional, na realização de oficinas com a comunidade sobre alimentação e nutrição, aleitamento materno e outros cuidados e também na contratação de profissionais para apoiar o cuidado integral à saúde da criança.

Os avanços brasileiros na redução da desnutrição infantil nas últimas décadas foram muito expressivos, representando uma queda de quase três vezes no déficit de peso e de duas vezes no déficit de altura para idade em crianças menores de cinco anos, somente no período de 1996 a 2006. Dados da última Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), realizada em 2006, indicam que apenas 1,8% das crianças ainda apresentavam déficit de peso, bem menor que o índice registrado em 1996, 4,2%. No Nordeste, os progressos são ainda mais expressivos, saindo de 6,3% para 2,2% em dez anos.

Para receber os recursos, os gestores locais se comprometem a enfrentar os determinantes sociais que causam a desnutrição, ampliando o acompanhamento das condicionalidades de saúde das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família e a abrangência do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), e a melhorar a identificação e o acompanhamento de crianças com desnutrição ou atraso no desenvolvimento infantil, com busca ativa, visitas domiciliares e melhor acolhimento no Sistema Único de Saúde. “Há evidências científicas que comprovam que quando as crianças do programa Bolsa Família são acompanhadas, há melhoria na sua condição nutricional”, destaca a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.

Recente pesquisa realizada pelos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome indica que a desnutrição crônica caiu 51,4% entre as crianças do programa Bolsa Família em cinco anos. De acordo com a pesquisa “Evolução temporal do estado nutricional das crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família”, em 2008, 17,5% das crianças entre zero e cinco anos analisadas estavam abaixo da estatura indicada para a idade. Após quatro anos sob os cuidados dos profissionais do Sistema Único de Saúde, o índice desse mesmo grupo de crianças caiu para 8,5%, queda de nove pontos percentuais. Na região Nordeste, a redução foi de 51,56%, saindo do percentual de 19,2% para 9,3% no mesmo período.

Ao contrário da desnutrição aguda, determinada pelo baixo peso, a desnutrição crônica reflete longos períodos expostos a situações de fome e miséria, inclusive, no ventre da mãe, comprometendo o crescimento da criança. A altura média dos perfis analisados, no Brasil, aumentou devido a melhoria nutricional e do acesso à saúde, garantido pelo Bolsa Família. Em 2008, os meninos de cinco anos de idade mediam 107,8 cm, e, em 2012, chegaram a 108,6 cm. Já as meninas passaram de 107,2 cm para 107,9 cm. Neste estudo, foram analisadas 362 mil crianças beneficiadas pelo programa por cinco anos consecutivos, entre 2008 e 2012.

O Ministério da Saúde investiu R$ 30 milhões para ampliar o programa de suplementos nutricionais, que inclui a distribuição de sulfato ferroso para crianças de seis a 24 meses em todas as UBS do país e da vitamina A para crianças menores de cinco anos. Cerca de 2,3 milhões de crianças já foram beneficiadas com a Vitamina A, em 2014, no Brasil.

A Politica Nacional de Aleitamento Materno também tem conseguido ampliar as taxas de aleitamento de forma significativa e contribuído efetivamente para que o país atingisse as metas internacionais. Nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, o tempo médio de aleitamento materno aumentou em um mês e meio entre 1999 a 2008. Até o ano passado, 5.700 profissionais de saúde das equipes de atenção básica foram qualificados a orientar as mães como proceder na alimentação do primeiro ano de vida.

A diminuição da pobreza obtida pelo programa brasileiro de transferência de renda – o Bolsa Família – é um forte fator para a redução dos óbitos infantis. Para continuar recebendo o benefício, as famílias precisam manter atualizado o cartão de vacinação das crianças até sete anos, fazer o acompanhamento médico de gestantes, bebês e mães em fase de amamentação, além do acompanhamento do desenvolvimento das crianças da família.

A revista científica britânica The Lancet, em maio de 2013, constatou que o Bolsa Família, atrelado à expansão da estratégia Saúde da Família, contribuiu para a redução em 19,4% da mortalidade de crianças até cinco anos. Os números mostram que a redução foi ainda maior quando se considerou a mortalidade por causas específicas, como desnutrição (65%) e diarreia (53%).

ANDI – A agenda foi instituída em 2012 com o objetivo de apoiar a estruturação e qualificação de ações para o enfrentamento da desnutrição infantil na Rede de Atenção à Saúde nos municípios com menos de 150 mil habitantes que apresentam prevalência de déficit de peso para idade em crianças menores de cinco anos maior ou igual a 10%, segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). A desnutrição na infância pode prejudicar o desenvolvimento, causar doenças infecciosas e respiratórias, comprometer o aproveitamento e a capacidade produtiva na idade adulta e até levar à morte.