Temendo confrontos, Lula reavalia se vai a ato na Paulista

Da Folha de São Paulo

Presença esperada no ato de hoje na Avenida Paulista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discute com aliados a possibilidade de não participar da manifestação em sua defesa.

Temendo conflitos com manifestantes pró-impechment, interlocutores do ex-presidente insistem para que ele não vá às ruas. Eles ponderavam que havia a possibilidade de confronto com os manifestantes pró-impeachment se eles permanecessem acampados na avenida Paulista.

Petistas se queixavam de tratamento diferenciado, já que foram a público pedir que os militantes cancelassem manifestações programadas para o domingo (13), quando aconteceu o protesto pelo impeachment.

Na semana passada, o governo Geraldo Alckmin disse que não permitiria outras manifestações além das previstas em favor do impeachment.

Emídio de Souza, presidente estadual do PT, havia dito mais cedo que “os manifestantes da direita permanecerem na avenida Paulista é uma escolha do governador Geraldo Alckmin, ele assumirá todos os riscos. Nós não recuaremos.”

PAULISTA ABERTA

Na manhã de hoje, no entanto, o batalhão de choque retirou os manifestantes contra o governo que estavam acampados na avenida desde a última quarta-feira.

Policiais usaram bombas de gás e caminhão com canhão de água para dispersar os manifestantes. Foi a primeira vez que a PM usou jato de água em grandes protestos. Inicialmente, apesar de já possuir os mesmos blindados israelenses, o uso era evitado – devido a uma possível crítica relacionada à crise hídrica. Em protestos do MPL recentes, a PM também preferiu métodos mais agressivos, como o uso de balas de borracha.

Após um movimento rápido dos policiais, a avenida foi desobstruída e o trânsito está liberado na via. Ninguém foi preso.

Houve gritos contra Geraldo Alckmin, como “Ladrão de merenda”.

Os portões da entrada da estação Trianon-Masp foram fechados pela própria equipe do metrô. Os manifestantes que saíram das ruas ocupam, agora, a calçada.

Corpo de ex-deputado Pedro Eugênio será velado no Morada da Paz

Do Blog da Folha

A presidente estadual do PT, a deputada Teresa Leitão, informou que o corpo do ex-deputado federal Pedro Eugênio (PT) será velado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. O velório deve ter início ainda na noite desta terça-feira (21) e segue até a manhã desta quarta (22). Em seguida, o corpo será cremado, às 11h, em cerimônia particular.

A previsão é que o corpo do ex-deputado chegue, de São Paulo, por volta das 20h. Chegando no aeroporto, segue direto para o Morada da Paz.

Pedro Eugênio morreu na noite dessa segunda-feira (20), aos 66 anos, em virtude de complicações após uma cirurgia cardíaca. O petista realizou exames em janeiro e detectaram que ele precisava fazer uma operação. Desde então, o ex-parlamentar continuou sob cuidados médicos. No dia 2 de abril, ele foi submetido a uma nova cirurgia. Ele estava internado no Hospital São José, que faz parte do complexo da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, no mesmo local do deputado estadual Manoel Santos (PT), que faleceu no domingo (19), vítima de câncer no esôfago.

“Ele tinha retornado à UTI na semana passada, tinha feito duas intervenções cirúrgicas. Eu estive com os dois (Pedro Eugênio e Manoel Santos) há pouco tempo, a situação tinha ficado difícil, mas eu estava confiante que eles iriam se recuperar”, lamentou o vice-presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro.

Fernando reúne militantes em Paulista

Candidato ao Senado pela Frente Popular, Fernando Bezerra Coelho (PSB), participou no início da tarde desta quarta-feira (24) de uma plenária com mais de 500 militantes em Paulista, na região metropolitana. O encontro teve a presença do prefeito da cidade, Júnior Matuto (PSB), que defendeu o nome de Fernando para o Senado federal. paulista1_2409

“Nosso candidato ao Senado é Fernando. Foi ele que nos ajudou com obras importantes, como a recuperação da orla. Os adversários nunca trouxeram nada para cá, nunca bateram um prego por Paulista. Por isso, aqui é de chocalho tampado, é Fernando sim!”, disse Júnior Matuto.

Fernando agradeceu e pediu que a militância continuasse nas ruas, sem aceitar as provocações dos adversários, mas trabalhando pela vitória completa da Frente Popular. “Quero ser o Senador para ajudar Paulo Câmara a fazer um grande governo, como Eduardo Campos sonhou. Chegou a hora de manter o legado que Eduardo nos deixou. Vamos de casa em casa, levando a mensagem da Frente Popular”, afirmou.