Assembleia da Polícia decide rumos da categoria

Na noite de ontem (2), na sede do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, aconteceu uma importante Assembleia Geral da categoria. Focados nos rumos das mobilizações, que busca melhores condições de trabalho para atender a população pernambucana, cerca de 500 policiais lotaram o auditório do Sinpol para decidir os próximos passos dessas ações.

A assembleia decidiu continuar forte com a Operação Polícia Cidadã e também intensificar a Patrulha Sindical, que vai percorrer, agora em Setembro, delegacias e institutos da polícia civil para fortalecer ainda mais a categoria.

Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol, comentou sobre o desrespeito que o Governo de Pernambuco vem conduzindo o processo de negociações e como está a situação da Polícia Civil em todo Estado.

“Não vamos recuar! Vamos continuar forte no movimento. O Estado está querendo que a gente trabalhe de uma forma improvisada. Não dá para trabalhar sem as mínimas condições para exercer bem as nossas funções. As delegacias estão desprotegidas. Em Sertânia, neste final de semana, uma delegacia foi arrombada e por pouco não aconteceu algo pior. Os bandidos sabem que em grande parte das delegacias, apenas um policial está ficando no local e sem equipamentos adequados para se defender. Grande parte dos coletes está vencida” comentou o presidente do Sindicato.

O Sinpol decidiu entrar com um documento para reabrir as negociações com o Governo de Pernambuco, mostrando que a categoria está disposta a dialogar. “Vamos aguardas e ouvir o que o Estado pretende com essa falta de atenção pelas nossas reivindicações. Estamos organizando um movimento que estamos chamando de Outubro das Mobilizações, caso o Governo continue fechando os olhos para a caótica situação da Polícia Civil e da Segurança Pública de Pernambuco”, disse Áureo.

Armando defende construção de centros de polícia cidadã

A uma plateia formada por profissionais ligados à segurança pública, o candidato Armando Monteiro (PTB) enumerou as suas propostas para a área, durante almoço, nesta quarta-feira (10). No encontro, o público expressou a opinião acerca de seu plano de governo e externou a insatisfação com a atual política de defesa social. Um dos argumentos é que os agentes estariam sofrendo assédio moral por estar sendo pressionados a alcançar as metas estabelecidas pelo programa Pacto Pela Vida.

Uma das propostas de Armando é construir centros de polícia cidadã. Os espaços serão dotados de delegacias especializadas, a exemplo da Mulher e de Roubos e Furtos, além de uma unidade do Instituto de Medicina Legal (IML). A intenção é concentrar os serviços de modo a oferecer melhor atendimento à população. O objetivo de Armando é construir dez centros nos principais polos do Estado.

Outra proposta de Armando é contratar cerca de cinco mil policiais civis e militares para recompor os atuais efetivos das corporações. Em paralelo, o governo Armando vai convocar agentes administrativos para exercer as funções que são delegadas aos policiais em repartições públicas. Nos dois casos, o candidato a governador vai realizar concurso público para preenchimento das vagas.

Armando também pretende repactuar o programa Pacto Pela Vida. E também implantar uma política de valorização dos profissionais de segurança pública, de modo a escalonar um plano de cargos e carreiras dentro da Polícia Civil e da Militar.

“Segurança é uma área fundamentalmente de interesse da sociedade. Vamos colocar, já a partir de janeiro, um plano para atacar as deficiências do Pacto Pela Vida”, afirmou Armando, no encontro.unnamed (4)

Polícia afirma que trabalhou em cima da ética

Através de nota, a polícia informou sobre as últimas notícias veiculadas em cima do caso dos vereadores investigados nas Operações Ponto Final I e II, e esclarece que todo o trabalho realizado foi de acordo com os princípios éticos.Segue a nota:

Em razão das últimas notícias veiculadas pela Imprensa sobre a ilegalidade das escutas ambientais que contribuíram para o indiciamento de Vereadores de Caruaru acusados dos crimes de concussão e de integrar organização criminosa além de corrupções passiva e ativa, a Polícia Civil de Pernambuco esclarece que as Operações Ponto Final I e II – que culminou com a descoberta do esquema criminoso –  foram o resultado de um trabalho integrado com o Poder Judiciário e o Ministério Público.

O trabalho foi pautado em elevados valores éticos e profissionais dentro da mais estrita legalidade, que fundamentou a denúncia de todos os Vereadores assim como a decretação de suas prisões preventivas e ainda seus afastamentos cautelares dos cargos que ocupavam.