Ex-primeira-dama, terço no pulso almoça porco na cadeia

Jornal do Brasil

No primeiro almoço dentro da prisão, a ex-primeira dama Adriana Ancelmo comeu carne de porco, farofa, arroz e feijão nesta quarta-feira. Conhecida pela aquisição de joias luxuosas, a mulher do ex-governador Sérgio Cabral apareceu usando um terço no pulso esquerdo. Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), o uso do objeto é permitido dentro da cadeia.

Nesta terça-feira, a Polícia Federal encontrou na casa do casal, no Leblon, R$ 53.050 em dinheiro vivo, seis notebooks, dois tablets e 100 “possíveis joias”, que serão analisadas pela perícia para constatar se são bijuterias. Os objetos foram encontrados durante o mandado de busca e apreensão realizado pela PF. Adriana não estava em casa, mas depois se entregou à Justiça e foi levada para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.

Adriana está em uma cela de seis metros quadrados separada das outras detentas. Na galeria em que ela se encontra, há nove celas com capacidade total de 18 pessoas, mas, no momento, só sete ocupam o local. A penitenciária é a mesma que Cabral inaugurou em 2008. Ele também está preso.

Ex-primeira-dama do Rio em cela exclusiva em Bangu

A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo ocupa desde a noite de terça-feira (6) uma cela exclusiva na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo Penitenciário de Bangu, zona oeste do Rio.

A ala de presas com nível superior, onde a advogada está alocada, tem nove celas com uma beliche. Contudo, apenas sete detentas usam o espaço, o que permite que elas fiquem sozinhas. A cela tem seis metros quadrados.

Adriana Ancelmo está presa preventivamente sob acusação de ocultar patrimônio por meio de joias compradas com dinheiro de propina obtida pelo marido, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Ela também praticou, segundo o Ministério Público Federal, lavagem de dinheiro por meio de seu escritório de advocacia.

Primeira-dama e Roberto Jefferson no jantar pela PEC

Em meio à estratégia de suavizar a do governo federal, criticado pela pouca presença de mulheres no primeiro escalão, a primeira-dama Marcela Temer exerceu um papel de destaque no jantar oferecido pelo presidente Michel Temer à base aliada neste domingo (9). Questionada pela reportagem, a Presidência da República não informou o custo do banquete para os mais de 400 convidados.

Ao lado do marido, Marcela recebeu e cumprimentou cada um dos deputados federais na porta do Palácio da Alvorada e fez companhia às 30 mulheres de congressistas que compareceram ao jantar.

O traje principal do jantar foi roupa social. Com calça jeans e camiseta polo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), contudo, destoou e foi motivo de piada em conversas paralelas. “Ele confundiu e usou o traje social do Rio de Janeiro”, brincou um deputado federal.

O cardápio frugal do encontro também foi motivo de galhofa. Nas palavras de um congressista, foi uma “refeição do teto de gastos”: salada, salmão, carne e risoto, além de vinho argentino.

Uma presença de destaque foi a do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, ex-deputado condenado no escândalo do mensalão.

Em seu discurso, Temer agradeceu a presença de 300 congressistas no jantar. “Mais oito e já aprova a PEC”, brincou, se referindo ao quorum para aprovar emendas à Constituição: 308.

Segundo o cerimonial do Palácio do Planalto, contudo, compareceram ao todo 215 parlamentares, entre deputados e senadores. O jantar, encerrado às 23h, durou cerca de três horas.  (Folha de S.Paulo)