Campos bate no PSDB e defende Lula

Do PE 247

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na condição de presidente nacional do PSB, abonou ontem a ficha de filiação do empresário Alexandre Kalil, presidente do Atlético Mineiro, ao seu partido. No ato, que ocorreu em Belo Horizonte, o presidenciável do PSB criticou o discurso do PSDB, do seu amigo Aécio Neves, de que o governo do PT nos últimos anos não promoveu ações positivas no país.

“O PSDB dizer que no governo do Lula não teve avanço social, só teve o desgaste do mensalão, é um equívoco. Reconhecemos que muito foi feito pelo Brasil nos últimos dez anos, como reconhecemos que tivemos avanços no tempo que o PSDB governou o Brasil. E é um equívoco dizer que não houve avanço. O que precisamos ter claro é que esse mundo bipolar está se esgotando”, disse.

Ele afirmou que “tem alguns que acham que nada foi feito, tem outros que insistem em atrapalhar e alguns acham que tudo está feito”, numa crítica mais ampla, alcançando também o PT. “Nós do PSB nem queremos atrapalhar, nem achamos que nada foi feito, porque reconhecemos que foi feito, mas também queremos gritar que é preciso que se faça mais, diferente e, sobretudo, com o respeito da classe política”, discursou.

Segundo Campos, o PSB vai participar da construção de uma “grande frente política e social” em Minas, “sabendo compatibilizar a disputa nacional com a disputa no Estado, sabendo não atrapalhar os arranjos regionais existentes”.

Disputas estaduais emperram pacto Aécio-Eduardo Campos

Do Brasil 247

A aproximação entre o líder do PSDB Aécio Neves e o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) para vencer a hegemonia petista em 2014 já encontra resistência em alguns campos eleitorais.

Dos 14 estados governados por tucanos e socialistas, no Amapá, no Ceará e no Espírito Santo, os governadores socialistas Camilo Capiberibe, Cid Gomes e Renato Casagrande defendem proximidade com o governo petista. Eles são os mesmos que duvidam da conveniência da candidatura Campos.

Também não há conversa em Goiás, Rio Grande do Sul e provavelmente em Minas Gerais, berço político de Aécio.

Líder do PSB na Câmara e presidente do partido no Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque minimiza as dificuldades. “O motor da eleição não são só os arranjos estaduais. Se tamanho (nos Estados) fosse documento, o PMDB ganharia todas as eleições presidenciais”, disse à Folha.

Para ele, o pacto nacional não implica uma adesão automática nos Estados.

Cid Gomes pergunta se PSB será auxiliar do PSDB em 2014

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Governador do Ceará defende manutenção de aliança com o PT (Foto: Divulgação)

Deu no Brasil 247

Depois das últimas estripulias, que vão da contratação de um buffet para servir caviar e camarão por R$ 3,4 milhões à postagem de uma foto com o filho ao colo enquanto estava ao volante, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), voltou a criticar o seu próprio partido. Em seu perfil no Twitter, Cid questionou o papel que a legenda socialista irá desempenhar nas eleições do próximo ano. “Linha auxiliar do PSDB. Será este o papel do PSB em 2014”, postou.

O comentário na rede social vem na esteira do encontro que o presidente nacional da legenda, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, teve com o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), em sua residência, no Recife. No jantar, realizado na quinta-feira (29), teria sido discutido a formação de alianças, eventuais apoios no caso de um segundo turno e um pacto de não agressão durante a corrida presidencial.

A aproximação entre PSB e PSDB coloca o governador cearense em uma posição incômoda. Cid sempre defendeu a manutenção da aliança histórica que o seu partido mantém com o PT e já declarou publicamente apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). As posições e questionamentos por parte do governador já levaram a vários integrantes da cúpula da legenda socialista a dizerem que ele estaria sabotando a candidatura presidencial de Campos ainda no nascedouro.

Atualmente, Cid Gomes é uma das poucas vozes contrárias a uma candidatura própria e está cada vez mais isolado dentro do PSB, situação que vem se agravando desde as últimas polêmicas protagonizadas por ele. Agora, com a perspectiva cada vez mais real de uma candidatura própria por parte da legenda pessebista e com a aproximação do PSDB para discutir a formação de uma aliança, o emparedamento do governador cearense parece estar cada vez mais próximo.

O comentário feito pelo Twitter vem na sequência das declarações feitas pelo tucano Aécio Neves, que afirmou, momentos após o encontro com Campos, que gostaria de construir uma “nova agenda para o país”, além de nunca ter escondido o desejo de firmar uma aliança com o governador pernambucano. Campos, por sua vez, disse que apesar de estar em “campo político diferente” do tucano mineiro, é preciso manter o diálogo aberto. “Nós não temos que necessariamente concordar sobre tudo ou estar no mesmo espaço político. Acho que a gente pode ajudar a construir no Brasil uma nova prática política”, declarou.

A falta de diálogo junto aos partidos da base aliada e da oposição tem sido um dos motes das críticas feitas por Campos e dirigidas à presidente Dilma Rousseff, o que soa como mais um indicativo de que o PSB prepara o seu desembarque do governo federal para disputar as eleições presidenciais de 2014.

E como esta movimentação pode levar Cid ao mais completo isolamento dentro do seu próprio partido, resta a ele questionar os rumos da legenda como uma forma de se fazer ouvir, estratégia que, pelo visto, não parece preocupar nem um pouco o restante do partido.

Um cardápio para o jantar de Eduardo Campos com Aécio

Deu no Poder Online

O jantar que será realizado nesta noite pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para receber seu possível rival na corrida presidencial Aécio Neves (PSDB-MG), tem três objetivos.

O primeiro é dar um recado ao ex-governador paulista José Serra, indicando que PSB e PSDB jogam juntos na disputa pelo Palácio do Planalto.

O segundo é fazer um afago ao próprio Aécio. Segundo a equipe do governador pernambucano, pegou mal a notícia de que Campos teria ficado feliz com os planos de um voo solo de Serra em 2014.

Por fim, os dois devem conversar sobre palanques comuns em alguns estados, como informou ontem a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, ao noticiar o agendamento do encontro.

Na prática, reconhecem aliados dos dois lados, os dois não precisam de um jantar anunciado para conversar. Se falam o tempo todo.

‘Dilma Rousseff perdeu o favoritismo da eleição’, diz Sérgio Guerra

Ex-presidente nacional do PSDB, o deputado pernambucano Sérgio Guerra avaliou, em entrevista publicada hoje pelo Poder Online, que candidaturas presidenciais como a de Marina Silva (sem partido) e Eduardo Campos (PSB) são importantes para a democracia. Na visão do tucano, que articula o nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para 2014, Dilma Rousseff (PT) perdeu o favoritismo da eleição.

“É importante para a democracia que todos sejam candidatos. Hoje, o governo perdeu o favoritismo da eleição. Já não tem mais aquele favoritismo que antes tinha com a candidatura de Dilma Rousseff. A oposição deve ter mais de um candidato. E as eleições vão se decidir num segundo turno”, afirmou.

Em relação à possibilidade de prévias no PSDB para saber quem será o candidato a presidente em 2014, Sérgio Guerra disse apostar num acordo. “Havendo mais de um candidato, é natural que haja prévia no PSDB. Mas claro que, em tese, eu acho que o partido deve caminhar para um consenso”.