Raffiê é eleito para o Diretório Estadual do PSDB-PE

O PSDB de Pernambuco realizou no último sábado sua Convenção Estadual onde elegeu o novo Diretório para o próximo biênio e renovou os representantes dos seus segmentos no âmbito estadual. Através de um consenso, ficou definido que o Deputado Estadual Antônio Moraes ficará a frente do partido durante um ano e em seguida assume a Presidência do PSDB-PE o Prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes. O caruaruense e Presidente Municipal do PSDB, Raffiê Dellon, elegeu o seu sucessor na Presidência Estadual da Juventude Tucana, o estudante de 21 anos Caio Lessa, e ainda foi eleito na composição para o Diretório Estadual do partido em Pernambuco.

“Se tem algo que ficou claro durante a Convenção Estadual foi à independência do Diretório do PSDB de Caruaru em relação aos rumos que serão tomados na eleição de 2016, não temos vocação para sermos coadjuvantes de seu ninguém. Caruaru além de ter representação na composição do Diretório Estadual, também estará na Vice-Presidência Estadual da Diversidade Tucana, com Laertes Soares e na Vice-Presidência da Juventude Tucana com Gustavo Trajano”.  Comentou Raffiê, que já se organiza para a participação do Diretório de Caruaru na Convenção Nacional do PSDB, que ocorrerá no dia 5 de julho em Brasília, onde reconduzirá o Senador Mineiro Aécio Neves para a Presidência Nacional dos Tucanos.

OPINIÃO: O dia que Pernambuco parou

POR RAFFIÊ DELLON*

Um dos maiores ícones da música brasileira, o saudoso baiano Raul Seixas, na sua canção composta no ano de 1977 junto ao compositor Claudio Humberto, narraria bem às últimas quarta e quinta-feira do solo pernambucano: “Foi assim, No dia em que todas as pessoas, Do planeta inteiro, Resolveram que ninguém ia sair de casa, Como que se fosse combinado e todo o planeta, Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém”. Resultado de uma Greve da Polícia Militar junto com os Bombeiros, que geraram todos os tipos e níveis de debates, boatos e irresponsabilidades possíveis para o ser humano.

Do ponto de vista Constitucional, uma greve ilegal, a CF é direta no seu artigo 142: “Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve”. Em períodos pré-eleitorais, nas vésperas do início de uma campanha que tende a ser uma das mais acirradas possíveis, nas duas esferas, não seria cabível na ótica histórica, que a greve encerrada na última noite, não tivesse “um braço” político-eleitoral, trata-se de Joel da Harpa, suplente de Vereador pelo PP na Câmara Municipal de Jaboatão dos Guararapes.

A greve quando é feita com foco construído na coletividade, com democracia plena, respeitando os princípios da nossa Constituição maior, é o pleno exercício dos valores democráticos, conseguidos depois de muita luta na rua, mas, quando o contexto envolve uma politicagem com finalidades apenas pessoais, resultando num estado de pânico e boataria que percorreu todos os 184 municípios do estado, não tem apoio civil que seja esperado. Perde a economia, perde os princípios humanos, perde a sociedade.

Diante de tudo que ocorreu nesses 2 dias, outro ponto que não podemos deixar de mencionar é a comprovação, de forma literal, da importância da Política (é com P maiúsculo mesmo) para o nosso cotidiano, e que é impossível, mesmo ainda rejeitada por muitos, fugirmos ou nos excluirmos dela. O debate sobre a Segurança Pública no Brasil deve ser um ponto constante, já é de praxe o atual Governo Federal governar nas custas dos estados e municípios, a falta de uma lógica mais sensata no Pacto Federativo, faz com que 87% do que é investido nessa área, venha dos governos estaduais e municipais.

Levantamento da ONG “Contas Abertas” diz que os investimentos na Segurança Pública pelo Governo Federal entre 2011 e 2012, R$ 3,3 bilhões do montante autorizado para as aplicações no setor deixaram de ser investidos, em valores já atualizados pela inflação. Entre 2003 e 2012, R$ 7,5 bilhões deixaram de ser investidos na área. Já no ano passado, os investimentos em segurança pública continuaram em ritmo lento. Dos R$ 2,2 bilhões orçados pelo governo federal, apenas R$ 688,8 milhões foram efetivamente investidos em 2013. O valor representa apenas 30% do total liberado. Será que só devemos nos preocupar com a Segurança Pública em momentos de greve?

*Raffiê Dellon é presidente do PSDB de Caruaru

Artigo: Economia Caranguejo

Por Raffiê Dellon

Popularmente, os crustáceos da infraordem Brachyura, conhecidos como “Caranguejos”, são sempre lembrados nas alusões ou comentários que lembrem algo “que anda pra trás”.  Nesta ótica, o comparativo claro com a nossa economia brasileira é algo mais do que oportuno. Estamos perdendo nossa relevância dentro do cenário mundial. Matéria desta semana do Jornal Valor Econômico revela que a fatia do Brasil na economia global deve recuar 4,7% entre 2013 e 2019. Sendo que a expectativa para a evolução econômica da maioria dos outros países é inversa. E aí?

No quadro que demonstra a fraquíssima ou quase nula evolução da economia brasileira, fica evidente que esse resultado é consequência de equívocos internos do governo do PT de Dilma Rousseff e não de uma conjuntura internacional que seria desfavorável ao Brasil. Com isso existe a diminuição da produção industrial nacional, fazendo com que nosso país se configure apenas como vendedor de produtos primários, à mercê dos outros, não conseguindo alcançar um patamar concreto de desenvolvimento sustentável.

A gestão do PT no Governo Federal, que agora se finda com 12 anos, além de não conseguir se portar como facilitadora do desenvolvimento interno, não soube aproveitar o bom momento pelo qual passou a economia internacional. O fracasso na implementação do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), será sem dúvida, um dos vários negativos pontos do legado petista à frente do Palácio do Planalto. A indústria brasileira passa por um momento de desconfiança e o principal resultado desse cenário deve ser a baixa evolução do Produto Interno Bruto em 2014.

Essa falta de tranquilidade do investidor em aplicar, devido saber que as regras do jogo podem mudar de uma hora para outra, caracteriza um intervencionismo excessivo, que não estimula nenhum empresário. Toda essa equação traz a tona, um antigo termo para dentro da casa do cotidiano no Brasil, a chamada “Carestia”, palavra usada para expressar que o preço dos produtos tem subido nos supermercados e bens de consumo. A diminuição de oferta de alguns artigos também é algo que começa a aparecer. Tudo isso é reflexo da falta de crédito, da tal “Economia Caranguejo”, que saí do principal Gabinete do Planalto, direto para a mesa da cozinha do mais necessitado.

Raffiê Dellon é Presidente do PSDB de Caruaru e escreve todas as segundas-feiras sobre Política para o Blog do Wagner Gil.

OPINIÃO: Com quantos planejamentos se faz uma prefeitura?

Por RAFFIÊ DELLON

Nos livros de administração, aprendemos que planejamento é um processo dinâmico e contínuo que consiste em um conjunto de ações integradas, intencionais, coordenadas e orientadas para tornar realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente. Essas ações devem ser identificadas de modo a permitir que elas sejam executadas de forma adequada e considerando aspectos como prazo, custos, qualidade, segurança, desempenho e outras condicionantes. Um planejamento bem realizado oferece inúmeras vantagens à equipe de projetos.

Nesse contexto, observamos, nos últimos meses, a deficiência explícita dessa palavrinha mágica que parece “não querer entrar” na praça Senador Teotônio Vilela, em Caruaru, nas dependências e filiais do Palácio Jaime Nejaim: planejamento. Se formos detalhar a máquina pública “executiva” caruaruense, hoje ela está assim: 16 secretarias (1º escalão) e oito autarquias. Máquina inchada, aparelhamento escancarado, secretariado sem identificação com o município e suas demandas, falta de autonomia dos titulares, em suma, uma zorra.

A temática gerencional da atual gestão não serve de modelo para nenhum iniciante de qualquer curso de administração ou, principalmente, naquela graduação com ênfase na administração pública. Num rápido comparativo, no município de Jaboatão dos Guararapes, população duas vezes maior que a caruaruense, o organograma enxuto do executivo se resume em apenas oito secretarias e quatro autarquias, num elo direto com o prefeito e com uma gestão sintonizada, em rede. Peter Drucker, um dos expoentes da administração moderna, era direto sobre liderar uma gestão: “Preparar-se para o inevitável, prevenindo o indesejável e controlando o que for controlável”.

Se formos falar da maior veia pulsante da economia local, a Feira de Caruaru, além dos caruaruenses ficarem sabendo da sua transferência pelo Diário Oficial, o Executivo reúne alguns dos seus comissionados para apresentar um projeto vazio, sem dados financeiros, sem expectativas de início ou conclusão, coisa para “inglês ver”. Já sobre a faraônica tal “revitalização” da avenida Agamenom Magalhães, é um mistério – obras sem transparência, valores exorbitantes, sem noção exata de como ficará no final e, o pior, num período que antecede as festividades juninas. O resultado? Economia local prejudicada com o impasse das tradicionais drilhas irreverentes do nosso município.

Uma Secretaria Extraordinária de Relações Institucionais que não dialoga nem com o Legislativo, uma Secretaria de Infraestrutura e Políticas Ambientais que não discute seu Plano de Resíduos Sólidos, que não discute uma política sustentável para a cidade, uma Secretaria de Planejamento e Gestão que, nem em conjunto com a URB e a Secretaria de Projetos Especiais, consegue “planejar” Caruaru para a Copa do Mundo, levando em consideração que o evento é em período junino e com jogos a 120 km desta cidade de Condé. Um Alto do Moura abandonado, jogado ao barro e em extinção da presença do poder público. Afinal, qual cidade nós queremos?!

* Raffiê Dellon é presidente do PSDB de Caruaru.

OPINIÃO: S.O.S Venezuela

Por RAFFIÊ DELLON

Não há como nos excluirmos de toda essa tentativa genocida do governo venezuelano de tentar extinguir do seu território todos aqueles que pensam diferente da ditadura castro-chavista. Tudo teve início com a participação efetiva dos estudantes que, de forma democrática, criticavam a política econômica do presidente Nicolás Maduro e exigiam a libertação dos universitários detidos nos dias anteriores do 12 de fevereiro em protestos no interior do país. Com o apoio de políticos da oposição, as manifestações ganharam proporções que nem o finado Hugo Chávez teria a percepção de achar que isso poderia ocorrer em seu regime.

Graves problemas econômicos, escassez de alimentos, precariedade dos serviços públicos e uma incontestável vocação autoritária causam indignação e revolta desses que estão nas ruas diariamente pedindo a renúncia do ditador Maduro, com uma censura digna dos defensores do regime e controle do que é veiculado nas TVs, jornais, rádios e, claro, redes sociais. A confirmação da morte de alguns manifestantes foi o estopim para a disputa aumentar, tendo o presidente afirmado que seria a tentativa de um “golpe de estado”, e que na sua forma “democrática” de gestão iria mandar prender todo aquele que pensasse diferente do seu regime, que tem atrasado de forma virulenta a Venezuela.

Numa crise de loucura, o presidente boliviano Evo Morales, um dos que apoiam Maduro, chegou a afirmar que o “imperialismo norte-americano” e a “oligarquia” venezuelana financiam os jovens que protestam na Venezuela para tentar acabar com a revolução do seu colega Nicolás Maduro. E aí chegamos ao cúmulo da barbárie, uma nota de apoio do PT, partido que governa o nosso poder federal, a toda essa zona que está acontecendo aqui ao lado. Nota de apoio a uma violência fora do controle, com o governo venezuelano prendendo e torturando inocentes sem julgamento algum, atingindo uma população que protesta legitimamente contra um governo fracassado, autoritário e antidemocrático.

O momento político da América do Sul não é dos melhores. Existe uma diferença gritante entre as manifestações dos estudantes venezuelanos que estão lutando por democracia e, por exemplo, os “black blocs” no Brasil, que se mobilizam em prol da desordem, da bagunça e da morte de legítimos inocentes. E olhem que as tentativas de censura da imprensa brasileira já foram colocadas em pauta várias vezes pelo atual governo.

Restam-nos, como brasileiros, lutarmos para que nenhum milímetro de democracia seja apagado ou retrocedido, algo que se dependesse do governo federal, leia-se PT, já teria se tornado “venezuelana” há bastante tempo. Para os tais defensores, elogiar a ditadura, em tese, é belíssimo; viver nela todos os dias já é outra história.

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Raffiê Dellon é presidente do PSDB de Caruaru. Escreve para o blog todas as segundas-feiras

OPINIÃO: Novos municípios no Brasil?

Por RAFFIÊ DELLON

Nesta terça-feira (18), o Congresso votará o veto presidencial ao projeto de lei complementar que estabelece novas regras para a criação de municípios no Brasil. Dentro disso, foi implantada até entre os parlamentares uma frente de apoio aos movimentos emancipacionistas. O texto foi aprovado em outubro de 2013, com o apoio de 312 deputados e 53 senadores, e recebeu veto integral do Executivo. Como a análise do veto deverá ser feita em votação aberta, é pouco provável que o Congresso consiga rejeitá-lo, apesar do anúncio feito pelo líder da bancada do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), de que vai trabalhar pela rejeição.

Além da discussão crucial se é benéfica ou não a criação de 188 novos municípios, esse imbróglio deixa exposta a nada tímida “fominha” do PMDB por cargos, em que sua parte de parlamentares “não-ulissistas” vive choramingando nos quatros cantos do Congresso por falta de cargos e acomodações no atual aparelhamento quase que institucional que o governo do PT impregnou na Esplanada dos Ministérios, numa barganha escancarada que mostra de forma clara toda a jogatina política que quase tem quebrado o Estado.

De volta ao nosso tema de hoje, pelas novas regras, para dar início ao rito de fundação de novas cidades, é necessário o encaminhamento de um pedido para as Assembleias Legislativas com apoio de pelo menos 20% do eleitorado. O veto da atual presidente soa como uma verdadeira “autoculpa”. Depois de ter quebrado os municípios e prefeituras brasileiras, ela faz uma reflexão de que abrir essa torneira, que tem uma grande finalidade de interesses políticos eleitorais, seria, no mínimo, bastante precipitado para um país que não tem suas próprias rédeas de responsabilidade com o FPM. Sem contar que a criação dessas novas cidades representaria cerca de 30 mil novos cargos públicos no país.

Do ponto de vista prático e considerando o atual momento que estamos passando em nível federal, de que temos inúmeros municípios que estão com o seu limite de gastos totalmente ultrapassados, muitos não conseguem sequer pagar o décimo terceiro salário. Não é o melhor momento, hoje, para ser colocada em questão a probabilidade dessas novas circunscrições. Os riscos são maiores que os benefícios. A falta de autonomia fiscal torna a maioria das prefeituras dependentes de outros poderes, numa equação que transforma o próprio prefeito num legislador perante os governos estaduais e federal.

Outro ponto considerável é que os gastos para a implementação da máquina administrativa dessas novas prefeituras poderiam chegar a R$ 9 bilhões mensais vindos dos cofres públicos, um impacto altíssimo, tendo como base o número de prefeitos, vice-prefeitos, servidores do Legislativo e Executivo e vereadores com as novas Câmaras. Além de tudo isso, levando em conta o médio prazo, o aumento no número de municípios acabaria obrigando o governo federal a ampliar a carga tributária para tentar cobrir as perdas das cidades que forem desmembradas.

Num contexto geral, a criação de novos municípios, em tempos que o PT suga e depena o que é público, seria uma tragédia anunciada que beneficiaria alguns já pré-eleitos prefeitos e vereadores.

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Raffiê Dellon é presidente do PSDB de Caruaru. Escreve para o blog todas as segundas-feiras

OPINIÃO: Mais médicos, menos Cuba

Por RAFFIÊ DELLON

Vários estudiosos, respaldados por pesquisas inteligentemente bem elaboradas, constataram que o grande câncer da medicina pública no Brasil não é a falta de hospitais, mas sim a carência de médicos e, principalmente, de estrutura física para esses profissionais executarem suas teorias e práticas que levam anos de estudos minuciosos e que necessitam de muito foco no aprendizado, pois é a vida humana que está em jogo. Quem acompanha as últimas notícias sobre o governo federal também já está cansado de saber do namoro que este país tem por Cuba. É algo que nem Afrodite, deusa do amor, da beleza e da sexualidade na mitologia grega, conseguiria explicar em terras tupiniquins.

Nos portos, está mais do que claro que o governo do PT, sem explicação lógica alguma, colocou mais dinheiro na estrutura portuária de Cuba do que a nossa brasileira, que vale frisar: está muito longe de ser um modelo eficiente. Segundo o portal Contas Abertas, nos últimos três anos, por meio de empréstimo do BNDES, o Brasil teve como participação anual média o valor de US$ 227,4 milhões para construção do Porto de Mariel, em Cuba. Só em termos comparativos, no Brasil, o total de investimentos em portos em 2013 foi de US$ 15,5 milhões, levando em consideração que é preciso ser investido no país US$ 18,7 bilhões.

Você acha o valor absurdo? E se eu contasse que todos os dados acima transcorrem em segredo de Justiça? Pois é. Além de sucatear o sistema portuário brasileiro, existe um receio no namoro Brasil/Cuba de que os verdadeiros donos de todo esse dinheiro – leia-se população brasileira – fiquem sabendo sobre como os valores são empregados na ilha dos irmãos Castro. Já na temática da saúde, área que deve ser prioritária para qualquer gestor público, a relação conjugal não é diferente.

Cuba + PT + Dólares = Financiamento ilegal de campanha. É uma equação que, caso venha a ser confirmada, não será nenhuma novidade para os olhos dos mais experientes em negociatas políticas. Para termos ideia, a vinda dos médicos cubanos ao Brasil vai representar uma turbinada no caixa financeiro do governo da ilha de pelo menos R$ 713 milhões por ano, o que significa 77,01% do repasse que o nosso país investe para trazer os profissionais. É lamentável que grande parte do salário vá direto para Cuba, num modelo “neoescravista” que surpreende qualquer pessoa de bom senso humano.

Não que eu queira ser maldoso, ou algo do tipo, ou até achar que o PT seria capaz disso… Longe de mim! Mas é bastante plausível a atenção que o ministro do STF, Gilmar Mendes, citou na última semana sobre a necessidade de o Ministério Público investigar as supostas doações de dinheiro feitas para o pagamento de multas impostas aos petistas condenados no julgamento democrático do mensalão, uma vez que não há qualquer controle sobre as transferências dos “militantes”, que já ultrapassam R$ 1,7 milhão. Eu, francamente, não quero acreditar que, por trás disso tudo, exista uma “castrisma lavanderia companheira limitada”.

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Raffiê Dellon é presidente do PSDB de Caruaru. Escreve para o blog todas as segundas-feiras

OPINIÃO: Para que serve o Legislativo?

Por RAFFIÊ DELLON

As devidas importâncias ou olhares da sociedade para tais setores parecem que no Brasil só existem após prováveis escândalos, pautas pontuais e/ou repercussões nacionais. Não seria diferente no caso do Parlamento, ou, simplificando mais, nas Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas e Congresso Nacional, com sua Casa Alta (Senado) e Casa Baixa (Câmara dos Deputados). Trazendo para a realidade caruaruense, alguns fatores dessa crise de identidade legislativa nos levam a perguntar: “Para que serve o Poder Legislativo?”.

Tudo tem início lá atrás, antes mesmo de Montesquieu, político e filósofo francês que deu origem à Teoria da Separação dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), adotada por várias constituições, entre elas a brasileira. Buscarmos o gênesis do Parlamento é nos aprofundarmos sobre a origem das necessidades da sociedade humana, de modo que, diante do convívio social, naturalmente surgem suas necessidades individuais, coletivas, que precisam de uma regulamentação, seja por regra, lei ou qualquer outra forma institucional que valide tais “proposituras” do coletivo pleiteante. Daí nasce a importância do Legislativo.

Antes mesmo da Era Comum, relatos confirmam que entre o povo hebreu Moisés, um dos líderes, buscava perante os mais idosos soluções e opiniões que o ajudassem ou facilitassem a peregrinação à Terra Prometida. No decorrer dos tempos isso foi se aperfeiçoando, dando origem ao Senado e, consequentemente, ao Poder Legislativo. Do ponto de vista prático, o objetivo do Legislativo é elaborar normas de direito com abrangência geral que são aplicadas a toda a sociedade, tendo como foco a satisfação de demandas da população e da gestão pública, algo que tem perdido o sentido nas casas legislativas de boa parte do país.

Outro fator negativo é que o fisiologismo tem se impregnado de forma voraz nessas casas que deveriam ser de grandes debates e também do contraditório – um dos princípios da democracia. Da esfera federal até a local, a diferença de porcentagem de governistas e oposicionistas é gritante. Sem falar que, logo após a eleição, boa parte desses “oposicionistas de mentirinha” acaba trocando o seu “pensamento político” por empregos ou benesses que sejam de acordo com sua estirpe, tirando e extirpando toda a lógica e os valores do Parlamento.

Além disso, há também a extinção dos grandes oradores. Podemos contar nos dedos os políticos que usam a tribuna de forma eloquente, que conhecem o sentido simbólico e atraente que este objeto tão antigo e, ao mesmo tempo contemporâneo, tem de importância para o debate no campo das ideias. Ulysses Guimarães profetizava: “Toda vez que você falar mal da Câmara, espere que a próxima será pior”. Em regimes ditatoriais, o Legislativo era exercido pelo próprio ditador ou por uma Câmara nomeada por ele. São atribuições e vícios que, apesar do fim da ditadura, ainda permanecem no Parlamento.

Durante o referido período citado acima, o Poder Legislativo acabou perdendo para o Executivo boa parte de suas funções, herança trazida até os dias atuais, o que transformou, de forma literal, parte das Câmaras existentes em verdadeiros “elefantes brancos”, contrariando a tese de Montesquieu e fazendo com que os demais poderes executem papéis que deveriam ser do legislador. Hoje, esse poder que deveria ser tão ativo e próximo da população está combalido, envergonhado de si, seja pelo pensamento dos eleitores que escolheram seus representantes ou pelos próprios eleitos para tais funções.

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Raffiê Dellon é presidente do PSDB de Caruaru. Escreve para o blog todas as segundas-feiras

OPINIÃO: A Petrobras de Nelson Barbalho

Por RAFFIÊ DELLON

Talvez quem leia o título deste artigo se pergunte qual a semelhança entre a estatal e esse caboclo de perfil forte que foi o saudoso caruaruense Nelson Barbalho, que uns achavam que era comunista, e os comunistas achavam que ele era reacionário, que achava que ele era religioso, que, por sua vez, achava que ele era ateu. Mal sabiam todos que Nelson foi um dos maiores nacionalistas em prol da Petrobras. Era julho de 1957, ano do centenário de Caruaru. Outro imortal, Luiz Gonzaga, chegava para jantar na casa do caruaruense, quando encomendou ao também compositor Barbalho dois baiões. Nascia, ali, a “Marcha da Petrobrás”.

Entre outros versos, a canção ressalta: “Brasil, meu Brasil / Tu vais prosperá tu vais / Vais crescer inda mais / Com a Petrobrás”. Apesar de a música só ter sido gravada em 1959, não podemos deixar de salientar e se perguntar como estaria Nelson Barbalho, autor do “Hino da Petrobras”, na campanha “O Petróleo é nosso!” se estivesse vivo e vendo todo esse estupro e canibalismo feroz que o governo federal está fazendo com a nossa estatal. Algo que já foi um dos maiores orgulhos do Brasil, a Petrobras tem 32,4% de chances de ir à falência nos próximos dois anos, e o levantamento não é oriundo de nenhum político da oposição ao PT, e sim fruto de uma análise da administradora americana Macroaxis, uma das mais especializadas em fazer esse tipo de cálculo.

Para compararmos outros riscos de falência de empresas importantes do setor, a gigante ExxonMobil, do ramo de óleo e gás, por exemplo, tem probabilidade de falência de 0,86%. Na última década, não existiu nenhuma área no governo que teve uma gestão tão ineficiente e desacertada como a da Petrobras. São índices escandalosos que refletem o mau gerenciamento somado ao uso político e aparelhamento acumulados do que ainda deveria ser a “menina dos olhos de todos os brasileiros”. Quem não se lembra do petista José Sérgio Gabrielli, demitido da presidência da estatal em janeiro de 2012, que, em vez de prestar informações quando confrontado, respondia com grosserias e desaforos?

Ah, e como não recordar 2006, o ano da grande divulgação nacional de que éramos autossuficientes na produção de combustíveis? Ironia do destino ou mentira tem pernas curtas? Tirem suas conclusões: hoje compramos etanol dos Estados Unidos. Depois da estatal brasileira anunciar o reajuste no preço dos combustíveis, observou-se uma queda de 10% nas suas ações em apenas um dia, uma perda de R$ 25 bilhões em valor de mercado em pouquíssimas horas. Também em 2006, quem não se lembra do presidente da Bolívia, Evo Morales, que tomou duas refinarias da Petrobras no país? Se a empresa recebeu alguma compensação justa, ninguém sabe, ninguém viu. A estatal, que deveria ser sinônimo de transparência, transformou-se, de fato, numa verdadeira caixa-preta.

Volto a me perguntar: como estaria nosso escritor, historiador, pesquisador, jornalista, autodidata, lexicógrafo, compositor e imortal Nelson Barbalho de Siqueira Cavalcanti, autor do slogan “País de Caruaru”, em sua ótica macro, observando o fracasso e a vulnerabilidade dessa estatal de economia mista que, devido ao registro de perdas com a defasagem dos combustíveis e na tentativa de reduzir os custos – algo parecido com “correr atrás do tempo perdido” -, anunciou, na última semana, o plano de demissão voluntária para seus funcionários? Como dizem os mais velhos sobre os que já se foram para a plenitude, “oh, Deus, tape-lhe as oiças”.

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Raffiê Dellon é presidente do PSDB de Caruaru. Escreve para o blog todas as segundas-feiras

Paulo de Tarso se filia ao PSDB

O médico ortopedista e o presidente tucano Raffiê Dellon (Foto: Divulgação)

O médico ortopedista e o presidente da legenda, Raffiê Dellon (Foto: Divulgação)

O PSDB de Caruaru ganhou no fim de semana um reforço para os seus quadros de filiados. Trata-se do médico ortopedista Paulo de Tarso, que afirmou ter ingressado nas fileiras tucanas por ser “um simpatizante do partido”.

“Fiquei muito feliz com o convite de Raffiê [Dellon] para fazer parte de um partido que tanto colaborou para os avanços sociais do país. Chego para somar e já vejo que muito está sendo feito para transformar o PSDB local num partido com vida”, comentou Paulo, que acertou sua filiação após almoçar com o presidente da sigla no município, Raffiê Dellon.