Queiroz sanciona lei que destina royalties para saúde e educação

Apesar de o projeto que trata sobre a destinação dos royalties do pré-sal ainda não ter sido votado em Brasília (DF), o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), antecipou-se e sancionou nesta sexta-feira (26) lei que distribui os royalties do petróleo para saúde e educação.

“Pensamos no futuro das próximas gerações e esse projeto reforça nosso compromisso com a educação. A educação é prioridade no nosso governo, assim como a saúde. Por isso, nada mais justo que dividir a fatia”, disse Queiroz.

O prefeito também justificou a antecipação. “Quando esse dinheiro chegar ao município, ele terá destino certo”, finalizou.

Em Caruaru, Gomes apresenta emenda ao projeto que trata de royalties

Alteração proposta pelo vereador segue os mesmos parâmetros do Senado

A mudança proposta pelo vereador segue os mesmos parâmetros do Senado (Foto: Divulgação)

O vereador Marcelo Gomes (PSB) apresentou, ontem, na última sessão antes do recesso da Câmara de Caruaru, emenda ao Projeto de Lei nº 6.528/2013 que destina as receitas municipais relativas aos royalties do petróleo para a educação.

A mudança proposta pelo socialista segue os mesmos parâmetros do Senado, que aprovou recentemente projeto que destina 75% dos royalties e dos rendimentos do Fundo Social à educação e 25% à saúde.

“Com o crescimento populacional acelerado nos últimos anos, entendemos que se faz necessário oferecer um sistema de saúde cada vez mais eficaz, ágil e de qualidade. Para isso, é fundamental obter recursos financeiros para construir uma saúde pública municipal com excelência”, afirmou.

Adiada votação dos royalties para educação e saúde

Por Ivan Richard
Da Agência Brasil

Sem acordo, a definição sobre o projeto de lei do Executivo que destina 75% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação pública, com prioridade para a educação básica, e 25% para a saúde deve ocorrer apenas depois do recesso parlamentar, em agosto.

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ainda acredita na possibilidade de finalizar a votação dos cinco destaques pendentes na próxima terça-feira (16). Contudo, devido à polêmica em torno da proposta e a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, dificilmente haverá clima para retomada dos debates.

A sessão de votação se arrastou por mais de quatro horas. O PT e o PMDB ficaram isolados na tentativa de resgatar o texto do Senado. Sem condições de superar a maioria a favor da proposta da Câmara, os principais partidos da base do governo obstruíram a votação até o quórum ficar reduzido e não haver mais condições de prosseguir com a sessão.

A divergência em torno dos dois textos se dá, especialmente, no montante que será distribuído paras as áreas de educação e saúde. Segundo cálculos da Consultoria Legislativa da Câmara, o projeto aprovado pelos deputados repassaria cerca de R$ 100 bilhões a mais do que o texto dos senadores. O governo discorda desse dado.

A diferença chegou a ser maior, mas o relator da proposta na Câmara, deputado André Figueiredo (PDT-CE), acatou uma modificação do Senado em que o cálculo do valor dos royalties a ser rateado levaria em conta os contratos assinados e não mais a declaração de comercialidade.

No projeto da Câmara a divisão será 75% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação pública e 25% para a saúde. O governo queria que todos os recursos fossem destinados à educação.

O texto aprovado estabelece que será obrigatória a aplicação dos recursos dos royalties na educação e na saúde pela União, pelos estados e municípios. A proposta também determina que 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal sejam aplicados na educação até que se atinja o percentual de 10% do PIB.