Campos, sobre Ciro Gomes: ‘Tem que saber perder’

Do PE 247

O líder do PSB e presidenciável em 2014, Eduardo Campos (PE), quebrou sua discrição habitual e rebateu as críticas de Ciro Gomes. O ex-ministro, e irmão do governador do Ceará, Cid Gomes, que anunciou sua saída do PSB, disse em entrevista que Campos apresentou sua candidatura com “a maior truculência e falta de respeito” e avaliou a situação como “lamentável”.

“Eu trato as coisas na política, este é o meu jeito”, rebateu o governador de Pernambuco, segundo reportagem do Estadão. “Nós vencemos e temos que saber ganhar. E também é importante quem perde saber perder”, disse.

Tanto Cid como Ciro sempre defenderam a permanência da legenda na base governista e o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), indo de forma contrária à posição majoritária do partido, que quer ter uma candidatura própria ao Planalto nas próximas eleições. Com a devolução dos cargos que a sigla ocupava na máquina federal, os irmãos Gomes perderam o comando da Secretaria Especial de Portos, cujo gestor, Leônidas Cristino, era uma indicação pessoal de Cid.

A gota d’água, porém, teria sido o convite feito pelo PSB para que a petista e ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, ingressasse nas fileiras socialistas como candidata ao Governo do Estado já em 2014. Luizianne é um dos maiores desafetos políticos dos Gomes no Ceará.

Com os pés fora do PSB, os irmãos Gomes devem anunciar sua ida para o Partido Republicano da Ordem Social (PROS).

‘Ele entendeu minha missão junto ao PSB’, diz Lyra após encontro com Lupi

O vice-governador João Lyra Neto comunicou, hoje, ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a sua desfiliação do partido. Logo em seguida, participou em Brasília (DF) de uma reunião com o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) para externar seu engajamento total no projeto político do governador Eduardo Campos (PSB).

“O clima foi de completa compreensão, tanto por parte do presidente Lupi quanto do senador Cristovam Buarque. Eles entenderam minha missão junto ao PSB após analisarmos o cenário político nacional”, declarou.

João Lyra vai enviar amanhã ao presidente do PDT em Pernambuco, o prefeito José Queiroz, sua carta de desfiliação do partido. Na próxima semana, o vice-governador formaliza seu ingresso no PSB.

João Lyra Neto vai a Brasília comunicar saída do PDT

O vice-governador João Lyra Neto se reúne amanhã, em Brasília (DF), com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, para comunicar sua saída da sigla.

O ex-prefeito de Caruaru já havia anunciado, meses atrás, que trocaria o PDT pelo PSB. “A filiação ao PSB vai ocorrer sem nenhum grande ato. Só uma comunicação oficial e assinatura da ficha para ser enviada ao TRE”, informou ao blog um dos assessores de Lyra.

A saída do vice também mostra solidariedade ao projeto nacional do governador Eduardo Campos (PSB), que deve disputar a Presidência da República em 2014. Caso isso ocorra, Lyra assumirá o governo a partir de março do ano que vem.

Devemos entregar os cargos em Pernambuco, defende petista

Do Poder Online

A direção nacional do PT marcou para a semana que vem uma reunião para discutir a possibilidade de entregar cargos em governos do PSB. Mas, em Pernambuco, a proposta de desembarque do governo Eduardo Campos já caminha com mais fôlego.

Ao menos é o que sinaliza o senador Humberto Costa (PT). ”Acho que devemos sair dos governos do PSB”, diz o senador.

Segundo o senador, a decisão será debatida entre o diretório estadual petista e a executiva nacional do partido, após consultarem a posição do ex-presidente Lula.

O PT ocupa duas pastas na administração de Eduardo Campos e uma secretaria na Prefeitura do Recife.

PSB anuncia oficialmente saída do governo Dilma Rousseff

Da Agência Estado

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, oficializou nesta quarta-feira (18) a saída do partido do governo Dilma Rousseff. Campos, que poderá lançar sua candidatura à Presidência da República em 2014, disse que agora o governo petista pode se sentir mais confortável sem o PSB ocupando cargos no Executivo. “A gente deixa o governo mais à vontade e a gente fica mais à vontade”, resumiu. Apenas o governador Cid Gomes (Ceará) se opôs à carta de entrega dos cargos.

Campos afirmou que pretende oficializar a decisão do PSB ainda nesta quarta-feira à presidente Dilma Rousseff e que aguardará um telefonema do gabinete presidencial confirmando o encontro. “O futuro do país não passa por cargos”, defendeu.

O governador destacou que a sigla desembarca do governo com “respeito à presidente”, mas que continuará atuando no mesmo campo político. “Não vamos desconsiderar o nosso campo político”, reiterou. Segundo Campos, a partir de agora ficará “mais fácil falar (publicamente) das divergências”. Em seu discurso, Campos disse que o PSB fica livre para discutir a sucessão presidencial do ano que vem.

Apesar das informações de bastidores, Campos negou que a pressão do PT tenha acelerado o processo do PSB ou provocado constrangimentos. Durante a entrevista coletiva, o governador lembrou que o partido chegou a cogitar a saída do governo em junho, período das manifestações, mas que concluiu que naquele momento não poderia deixar o governo.

O presidenciável disse que os cargos do PT nos Estados governados pelo PSB não estiveram em discussão na reunião desta manhã. Ele reafirmou que o partido só discutirá sua possível candidatura em 2014.

Participaram da reunião da Executiva do partido o vice-presidente da sigla, Roberto Amaral, os governadores Cid Gomes (Ceará), Wilson Martins (Piauí) e Ricardo Coutinho (Paraíba), o atual ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, os líderes da Câmara e do Senado, deputado Beto Albuquerque (RS) e senador Rodrigo Rollemberg (DF), além dos deputados de São Paulo, Márcio França e Luiza Erundina. Leônidas Cristino, da Secretaria dos Portos, está em agenda no exterior.

O PSB ocupa o Ministério da Integração Nacional, três diretorias da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Secretaria dos Portos, as presidências da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).