Seca atinge Zona da Mata e põe fim a moagem da cana

A seca no Sertão e Agreste também chegou na Zona da Mata do Estado. Desde junho, a chuva reduziu significativamente. Os canaviais, principal fonte de renda e empregos da região, sentiram os efeitos da drástica estiagem, sobretudo na Mata Norte com um déficit hídrico ainda maior. Com isso, houve redução de safra e usinas terão de antecipar o fim da moagem. A usina Coaf, antiga Cruangi, por exemplo, previsto para moer 450 mil toneladas de cana até janeiro de 2017, encerrará a moagem da safra antecipadamente, já amanhã, com 344 mil toneladas.

A escassez de água levou a usina Coaf parar a moagem mais de 30 dias antes do previsto e com uma frustração produtiva de mais de 100 mil toneladas. Embora a unidade industrial teve aumento de 18% na moagem em comparação a 2015, atingindo 344 mil toneladas, houve a frustração de produção frente à previsão de 450 mil toneladas para esta safra. A usina foi reaberta em 2015 através de uma cooperativa de fornecedores de cana com o apoio do governador do Estado, Paulo Câmara. O gestor pernambucano concedeu um incentivo fiscal através da elevação do crédito presumido do ICMS do etanol produzido no local.

Porém, com a safra menor em função da seca, o impacto será sentido também nos milhares de postos de trabalho que a reabertura da usina trouxe para o Estado. Haverá demissões antecipadas por falta de cana. Não só na usina, mas nos canaviais dos 700 produtores cooperados que arrendaram a unidade. “A redução de empregos por tonelada de cana devido à seca é de cinco demissões”, adianta Alexandre Andrade Lima, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de PE (AFCP).

Com isso, serão 250 demissões de funcionários na Coaf, restando só 70 – responsáveis pelo apontamento de equipamentos, a fim de deixá-los adequados para a fabricação de etanol da próxima safra, como também de açúcar. No campo, o número de demissão será bem superior. Serão desligados mais de 2 mil trabalhadores nos canaviais dos fornecedores cooperativados da Coaf. A previsão é de que parte deles voltam quando as chuvas retornarem, a fim de realizem os tratos culturais do canavial.

“Não processamos mais cana devido à seca que atinge mais uma vez a nossa Zona da Mata Norte, que, tradicionalmente, já chove menos que a porção Sul. Com a mudança climática, a estiagem tem avançando para além do sertão e com maior força e repetência na Zona da Mata do Estado”, relata Andrade Lima, que também preside a cooperativa de produtores (Coaf) que reabriu e administra a antiga usina Cruangi, agora a usina Coaf – condição que assim continuará para as próximas safras.

De junho a outubro, a chuva ficou bem abaixo nestes meses. Em outubro, choveu um quarto da média histórica. Nos outros meses, só um pouco mais de um terço. Os dados pluviométricos são da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), onde revelam que há um agudo déficit hídrico, sobretudo na Mata Norte. A AFCP, que tem mais de 70 anos de existência, estima que nos últimos 50 anos, esta quadra chuvosa exposta pela APAC foi a mais seca da história deste período.

“O governo federal precisa e deve socorrer a Zona da Mata, sob pena de mais prejuízos à sua população e uma maior frustração de receitas com o enfraquecimento da cadeia produtiva da cana frente à estiagem, e, consequentemente, um significativo reflexo negativo sobre o PIB do Estado”, fala Lima. Ele pleiteia dos governos que haja a implantação de políticas públicas em irrigação na região.

Entre os projetos defendidos, a AFCP defende a instalação de pequenas barragens nos canaviais. O equipamento terá potencial de conter a água do período chuvoso, que ocorre normalmente de maio a julho na região, para utilizar nos canaviais e em outras culturas agrícolas. Esta barragem evitará inclusive o desperdício desta água da chuva porque grande parte dela escorre para os rios e depois para o mar, sem nenhuma utilização.

Preço da cana

A moagem na usina Coaf produziu 28,7 milhões de litros de etanol nesta safra 2016/2017. A unidade destacou-se por pagar o maior ATR de todas as usinas do Estado. O ATR é uma taxa que mede o nível de sacarose da matéria prima – indicador responsável por definir o preço da cana. “O valor médio pago aos fornecedores de cana foi de R$ 147 por um quilo de ATR. Nenhuma outra usina alcançou este percentual médio.

Todos por PE chega a Zona da Mata

Depois do Sertão e do Agreste, o governador Paulo Câmara comanda seminários do Todos por Pernambuco nesta quinta (23), em Timbaúba, e na sexta-feira (24), em Palmares. Em sua passagem pela Zona da Mata, o chefe do Executivo estadual também fará entregas e iniciará outras obras nos municípios de Aliança, Condado e Tamandaré.   

Em Timbaúba, o Todos por Pernambuco terá início às 8h30, na Escola Técnica Miguel Arraes de Alencar. Após realizar a abertura do seminário, o governador seguirá para Aliança, onde, às 11h, autoriza a ampliação do sistema de abastecimento de água da cidade. A intervenção, um investimento de R$ 3,3 milhões, consistirá na implantação de 10,5  quilômetros de novas tubulações e construção de um reservatório. A modernização do sistema vai beneficiar 14,8 mil pessoas de toda a Mata Norte.

Paulo Câmara estará em Condado, às 12h, onde autoriza o reinício da restauração de 22 quilômetros da PE-004, no trecho entre os entroncamentos da PE-052, em Itaquitinga, e da PE-075, em Itambé. A obra está orçada em R$ 19,6 milhões e será entregue em 12 meses.

Na sexta-feira, o chefe do Executivo pernambucano cumpre agenda na Mata Sul. Às 8h30, ele abre a plenária do Todos por Pernambuco de Palmares, que será realizada na Autarquia Educacional da Mata Sul. De lá, Paulo segue para Tamandaré, onde autoriza a reforma do Forte Santo Inácio de Loyola e participa da entrega do Hospital José Múcio Monteiro. A unidade foi reformada e ampliada com recursos do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal. A obra foi orçada em R$ 2 milhões, com recursos do FEM e da prefeitura. 

Seminário Todos por Pernambuco chega à Zona da Mata

O terceiro ciclo do Seminário Todos por Pernambuco chega à Zona da Mata nesta quinta-feira (23). O primeiro município a ser visitado pelo governador Paulo Câmara (PSB), acompanhado por todo secretariado estadual, é o de Timbaúba, na Mata Norte. Na sexta-feira (24), será realizada a etapa de Palmares, na Mata Sul. As três rodadas do Todos por Pernambuco, até agora, registraram 10,9 mil participantes e coletaram 12 mil propostas.

O secretário de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral, responsável pela coordenação do evento, destaca a importância do seminário. Segundo ele, as contribuições dos participantes são fundamentais para estabelecer as prioridades do governo. “A palavra do povo foi ouvida nos ciclos de 2007 e 2011 e mudou a vida dos pernambucanos. E vai ser ouvida novamente. Nós estamos reafirmando nossos compromissos de campanha e vamos construir, juntos, as nossas prioridades”, afirma.

Oito temas serão disponibilizados para discussão nas salas temáticas, sendo sete deles comuns aos dois municípios: educação e cultura; saúde; segurança; água; infraestrutura; cidadania; e economia, sustentabilidade e inovação. Em Timbaúba, também haverá discussão sobre habitabilidade e o espaço público. Em Palmares, ocorrerá uma sala temática sobre desenvolvimento rural.

A partir das 8h em cada cidade, são realizadas as inscrições e o credenciamento da população para participação no seminário. Os interessados também podem dar suas contribuições pelo site www.todosporpe.pe.gov.br. A abertura do evento está marcada para as 8h30, com a participação do governador Paulo Câmara. Logo depois, são realizadas as salas temáticas. À tarde, durante plenária, são apresentadas as principais propostas discutidas nas salas e o encerramento do seminário.

As três rodadas do Todos por Pernambuco, neste ano, foram realizadas no Sertão e no Agreste. A rodada de encerramento ocorrerá na Região Metropolitana do Recife. Na capital, o seminário acontecerá no dia 29, no Centro de Convenções.

INFORMAÇÕES

Dia 23 – Timbaúba
Na Escola Técnica Estadual Miguel Arraes de Alencar (Rodovia PE-82, s/n, no Loteamento Sapucaia)

Dia 24 – Palmares
Na Famasul (BR-101 sul, km 186, Campus Universitário)

FBC acompanha agenda de Eduardo na Zona da Mata e Litoral Norte

Grandes fábricas, mais de R$ 1 bilhão em investimentos e quase 15 mil empregos diretos gerados. Este é o saldo de um conjunto de empreendimentos instalados e obras estruturadoras na Zona da Mata e Litoral Norte de Pernambuco. Na última quarta-feira (02) o ex-ministro da Integração Nacional,  Fernando Bezerra Coelho, acompanhou a agenda administrativa do governador Eduardo Campos, que visitou os projetos.  Fernando Bezerra teve participação direta nestas conquistas, tanto no período em que esteve à frente da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, quanto durante o tempo em que comandou o ministério.

Entre as indústrias estão a Rocca Metais Sanitários (Vitória de Santo Antão),  Vivix Vidros Planos (Goiana), além das fábricas da Fiat (Goiana) e Itaipava (Itapissuma).  Já a adutora do Siriji vai garantir água para 70 mil pessoas nos municípios de Aliança, Buenos Aires, Vicência, São Vicente Férrer, Machados e Macaparana.

“É muito importante ver a retomada do parque industrial de Pernambuco. Um setor que, em 2007, representava apenas 12% do nosso PIB. Em oito anos dobramos esta participação e até 2017 a indústria atingirá 30% de todas as riquezas produzidas no Estado. Este crescimento significa melhores empregos, com, carteira assinada, para garantir um futuro mais justo a milhares de famílias”, disse Fernando Bezerra Coelho.  Em oito anos foram gerados 560 mil empregos em Pernambuco, o recordista do Nordeste.

Entregue em Vicência a adutora do Siriji é composta por uma estrutura de captação e estação elevatória. O investimento total da obra é de R$ 72 milhões, sendo 30 milhões assegurados durante a passagem de Fernando Bezerra pelo Ministério. “Com esta adutora estamos livrando muitas pessoas dos racionamentos e garantindo mais saúde, com a oferta de água tratada”, afirmou.

Governo celebra abertura de mais 600 postos de trabalho na Zona da Mata

O Governo de Pernambuco garante nova injeção de ânimo na Zona da Mata. Com o objetivo de fortalecer ainda mais a economia e descentralizar os investimentos, o governador Eduardo Campos inaugurou, nesta quarta-feira (02/04), duas novas fábricas na região. A primeira parada foi no município de Vitória do Santo Antão, na Mata Sul, onde Eduardo conheceu as novas instalações da fábrica do Grupo Roca, a primeira unidade de produção de metais sanitários no Brasil. Após a visita, o governador seguiu para Goiana, na Mata Norte, e entregou a Companhia Brasileira de Vidros Planos, a Vivix (antiga CBVP). Ao todo, as duas empresas investiram R$ 1,042 bilhão nas obras. Além disso, a implantação das unidades industriais vai gerar mais de 600 empregos diretos, dentro de três anos. 
 
Para Eduardo, a instalação de novas plantas fortalece também as que já estão implantadas. “Além de atrair novas marcas, o Governo do Estado conseguiu desenvolver as empresas que aqui estavam, pois a maioria delas foi teve o parque industrial ampliado”, disse o governador, lembrando que nasceu no Recife, mas que passou parte de sua infância em Vitória de Santo Antão. “Tenho um carinho especial por Vitória de Santo Antão e tenho certeza que a cidade está no caminho certo, crescendo junto com Pernambuco”, completou.
 
O governador disse ainda que, dentro de alguns anos, Pernambuco será um dos cinco estados com maior participação industrial no PIB, que é a soma de todas as riquezas do estado. “Esse segmento terá 30% de participação no PIB”, adiantou Eduardo.
 
O Grupo Roca é líder no Brasil e no Mundo no setor de metais sanitários. Em Vitória de Santo Antão, o Grupo vai produzir torneiras, misturadores e acessórios. “Essa é uma planta industrial importante para Pernambuco, pois tem um grande potencial de crescimento”, disse o governador, informando que a unidade tem uma área de 10 mil metros quadrados, podendo chegar à 15 mil.
 
O diretor  do Grupo Roca no Brasil, Joan Jordá, disse que a escolha da cidade pernambucana para a implantação da nona planta no País foi estratégica e aconteceu devido à “estabilidade econômica de Pernambuco e à qualidade do capital humano”. É importante destacar que o Grupo está presente em 135 países, nos cinco continentes, e mantém 76 fábricas em 18 países. O prefeito do município, Elias Lira, lembrou que Vitória de Santo Antão cresceu bastante nos últimos anos. “Além das industrias, podemos destacar a chegada de um shopping, que movimenta muito a economia local”, disse o prefeito.