A Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa ainda não recebeu oficialmente a 2ª etapa da Adutora do Pajeú, executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DNOCS, mas já iniciou a fase de testes da unidade, que irá beneficiar as cidades de São José do Egito e Tuparetama, a partir da cidade de Afogados da Ingazeira.
Em função dos testes experimentais, quando há necessidade de alterações de vazão e pressão para o atendimento das referidas cidades, e as constantes faltas de energia elétrica nas estações elevatórias (sistemas de bombeamento), localizados em Floresta, todo o Sistema Adutor do Pajeú está sendo afetado com falta de água, causando desabastecimento nas cidades de São José do Egito e Tuparetema, além das localidades beneficiadas pela 1ª etapa da Adutora do Pajeú, que são as cidades de Afogados da Ingazeira, Calumbi, Serra Talhada, Carnaíba, Quixaba, Tabira, Flores, além de Canaã (distrito de Triunfo).
Segundo a coordenadora técnica de Engenharia da Compesa do Alto Pajeú, Mirella Santos, desde o início dos testes da 2ª etapa da Adutora do Pajeú, no dia 22/12, até hoje, já foram contabilizadas 10 quedas de tensão no sistema elétrico, o que tem provocado sucessivos estouramentos na adutora. “Quando ocorrem panes elétricas no início do sistema adutor as cidades posteriores ao problema tem o abastecimento suspenso para que reparos sejam realizados”, explicou a coordenadora técnica da Compesa.
A coordenadora da Compesa explicou ainda que a fase de testes é imprescindível na busca dos ajustes operacionais necessários a qualquer sistema adutor recém implantado para que abasteça satisfatoriamente a população de São José do Egito e Tuparetama, cidades prejudicadas pelo colapso da Barragem Rosário, que abastecia as duas cidades. “As cidades de Ingazeira, Iguaraci e o distrito de Jabitacá, também atendidas pela barragem do Rosário, só poderão receber água do Sistema Adutor do Pajeú quando os municípios de São José do Egito e Tuparetama estiverem com a distribuição regularizada por meio da Adutora do Pajeú”, adiantou Mirella Santos
Para tentar resolver a questão das frequentes quedas de energia (variação de tensão na rede elétrica), a Compesa já acionou a Companhia Energética de Pernambuco-CELPE e aguarda uma solução para o caso. “Pedimos a compreensão da população dessas cidades e estamos trabalhando para agilizar todos os procedimentos necessários para que a água do rio São Francisco chegue com regularidade nas casas dos sertanejos”, complementou Mirella Santos.