Eduardo Campos contra a reeleição: último ato por Marina vice

Do Brasil247

A despeito de comentar um relatório do Banco Mundial sobre o crescimento da economia em 2014, o presidenciável do PSB, Eduardo Campos, disse, em postagem no Facebook, neste fim de semana, que defende o fim da reeleição. É o último aceno do governador de Pernambuco para ter a ex-senadora Marina Silva como sua vice na chapa do PSB.

“Sou defensor do fim da reeleição. Não é possível que o país, os estados e os municípios fiquem reféns de projetos eleitorais. No vale-tudo partidário, mais 4 anos de mandato são mais importantes que as soluções que a população precisa. Defendo mandato único para cargos executivos e eleições casadas. Porque todo ano no Brasil é eleitoral ou pré-eleitoral. E o país vive em função das urnas. Com eleições casadas, evitamos também que um político deixe o mandato no meio para concorrer a outro cargo”, publicou Campos em sua página no Facebook.

Desde a adesão de Marina ao PSB, Campos tem seguido um roteiro que inclui atender a todos os pedidos da ex-ministra do Meio Ambiente. Primeiro passo decisivo na formação da chapa Campos-Marina se deu com as mudanças de planos na aliança que o PSB já dava como certa em São Paulo em apoio à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB). Com a recusa de Marina, que vê incoerência no discurso do “novo” na política e o engajamento da campanha de um candidato cujo partido já governa São Paulo por quase 20 anos. Retirado o apoio de Alckmin, o PSB deve lançar candidato próprio na disputa pela governo do maior colégio eleitoral do país.

Agora, com a defesa do fim da reeleição, Campos assume um compromisso público de uma vez eleito neste ano, apoiar a candidatura da ex-senadora em 2018. Dentro do PSB – e é desejo do próprio Campos, o ideal seria Marina já assumir a pré-candidatura de vice-presidente em fevereiro. Tanto engajamento a este propósito está baseado em pesquisas que revelam que tendo Marina como vice, Campos ultrapassa o senador Aécio Neves (PSDB) na disputa presidencial, ficando atrás apenas da presidente Dilma Rousseff (PT).