Dengue cai em janeiro e fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado

A Secretaria de Saúde de Caruaru divulgou ontem os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes Aegypti (LiraA) do ano. De acordo com os dados, em janeiro e fevereiro de 2015, o índice foi de 3,5%. Houve uma ligeira queda em relação ao mesmo período do ano passado que foi de 3,8%. Os bons resultados refletem a ação intensa da Prefeitura em combater à dengue e a colaboração da população, evitando o acúmulo de água parada em reservatórios abertos.

Nesses dois primeiros meses, o Departamento de Vigilância Ambiental visitou cerca de seis mil imóveis e foram recolhidas 207 amostras em reservatórios de água. Entre os bairros que tiveram o melhor desempenho destacam-se Caiucá, Cajá, Centenário, Centro, Cidade Jardim, Divinópolis, Jardim Panorama, João Mota, José Carlos de Oliveira, Monte Bom Jesus, Morada Nova e Nova Caruaru. Já os bairros que necessitam de uma maior vigilância são Salgado, Santa Rosa, Rendeiras e Indianópolis.

De acordo com Daniel Silva, Coordenar de Combate à Dengue, os resultados são positivos, mas todos devem permanecer em alerta. Ele ainda destacou que combatendo oAedes Aegypti também evitamos o aparecimento da chikungunya que é transmitida pelo mesmo vetor. “Realizamos no dia 7 desse mês uma grande ação de combate à dengue e a chikungunya no marco zero, pedindo a conscientização da população, com abordagens educativas, dristribuição de panfletos e orientações. Muitas outras atividades estão previstas para esse ano.”, pontuou.

Para acelerar obras, parque da Nova Caruaru terá trabalho noturno

Uma iluminação provisória será instalada no Parque da Nova Caruaru para que as obras possam continuar no período noturno. Isso ficou acertado em reunião de monitoramento ocorrida na manhã de hoje (11). Aumentar a velocidade dos trabalhos continua sendo prioridade. “Quero entregar este parque antes do aniversário da cidade”, enfatizou o prefeito José Queiroz, aos representantes das secretarias de infraestrutura, serviços públicos e URB, envolvidos na construção do parque.

Outra novidade no projeto do Parque da Nova Caruaru é a implantação de um espelho d’água. “Vejam um espaço. Tem que haver um ponto com água aí”, disse Queiroz, referindo-se a área desse parque que passa de 11 mil metros quadrados.

A Pista de caminhada com 700ms lineares, playground, duas quadras de areia, uma poliesportiva, área com equipamento para exercícios, espaço infantil com 75m² e a pista de skate pode ser vista na projeção em 3D do Parque da Nova Caruaru. O verde também será prioridade e as intervenções nas árvores existentes já foram iniciadas e outras 125 árvores serão plantadas, todas de grande porte. A iluminação definitiva será alta e complementada por luminárias baixas, principalmente nos pontos de deslocamento dos caminhantes.

No Parque do São Francisco a iluminação será trabalhada toda de forma baixa, porque o local tem vegetação de grande porte que, como é caso das Algarobas (espécie típicas da região), Tambor, Acácias, além de muitos sombreiros. O parque terá 80% de área verde e as novas espécies que formarão a mata ciliar para proteção da margem do rio Ipojuca já começaram a ser plantadas, tudo visando respeitar os limites da natureza.  O espaço está sendo trabalhado desde outubro do ano passado. São mais de 16 mil metros quadrados, com pista de cooper de 922ms, ciclovia de 742ms, praça de alimentação, playground, equipamentos para ginástica e duas baterias de banheiros.

Os parques completam a proposta do governo municipal de oferecer mais qualidade de vida para a população. Hoje, Caruaru já se coloca como a mais bem dotada cidade de Pernambuco em espaços de lazer de caráter contemplativo, em relação direta com a natureza, equipadas com atualizados equipamentos que ajudam a desenvolver a vida saudável. Isso vai apenas melhorar depois da entrega de mais dois equipamentos.

Câmara aprova execução obrigatória de emendas parlamentares

Com 452 votos a favor, 18 contra e uma abstenção, a Câmara aprovou na última terça-feira (10) o segundo turno da proposta de emenda à Constituição do orçamento impositivo. Como não houve mudança no texto – os deputados rejeitaram um destaque supressivo do Psol -, a matéria segue para promulgação do Congresso Nacional. A PEC torna obrigatória a execução das emendas de parlamentares, que normalmente são alvo de contigenciamento pelo governo federal.

A proposta determina a execução obrigatória das emendas parlamentares ao orçamento até o limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) no orçamento da União. O texto prevê ainda um percentual mínimo de investimento em ações e serviços públicos de saúde, definindo que metade do valor das emendas deverá ser aplicada no setor e computada no mínimo que a União deve gastar nesses serviços todo ano.

Para o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), relator da receita do orçamento 2015, existe um “erro conceitual” na aprovação das emendas impositivas. Ele entende que a Câmara altera uma prerrogativa da União, que é estabelecer a estrutura das leis orçamentárias no país. O deputado gaúcho acrescentou que os parlamentares favoráveis à proposta não apresentaram sugestões similares nos seus estados. “O único poder que passará a ter emendas de caráter impostivo seremos nós”, afirmou o petista.

Oposicionistas classificam a aprovação do orçamento impositivo como uma forma de independência do Legislativo com relação ao governo federal. “Para que as emendas parlamentares possam ser usadas pelos deputados sem intervenção do Executivo”, disse o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP). O tucano lembrou que todos os anos se vêr uma “verdadeira peregrinação” de parlamentares para conseguirem executar as emendas. “Isso submete o Legislativo brasileiro a uma chantagem praticada pelo executivo nas votações mais importantes”, comentou.

De acordo com o regimento da Câmara, só é possível apresentar destaques supressivos. Ou seja, para tirar algumas partes do texto, não podendo acrescentar novidades à proposta. O Psol queria excluir a a progressividade do aumento de recursos destinados ao setor de saúde pública. A PEC prevê que em 2020 os gastos federais com saúde chegue a 15% da RCL. Para este ano, o percentual seria de 13,4%. “O piso representa uma perda concreta de R$ 7 bilhões para a saúde”, lamentou o líder do Psol, Chico Alencar (RJ). A emenda acabou rejeitada por 427 votos a 44.

A ideia inicial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), era ter votado o segundo turno no último dia 9. No entanto, a sessão de segunda-feira não foi aberta com o número mínimo de 51 parlamentares, obrigatório para a contagem do interstício entre os turnos. Mesmo assim, a presença de parlamentares foi maciça nos dois dias. Hoje, o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que presidiu a Casa até 31 de janeiro, acompanhou a votação do plenário.