Crise econômica: “controle orçamentário” é tônica de audiência

Nesta terça-feira (29), durante audiência pública solicitada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o economista e coordenador do Movimento Brasil Eficiente, Paulo Rabello de Castro, defendeu um tripé de medidas que ele acredita serem capazes de reverter a crise econômica brasileira: controle orçamentário, principalmente por meio da redução de despesas institucionais; aumento da arrecadação, a partir do que Rabello chamou de um “reordenamento tributário”; e planejamento governamental em caráter plurianual (para um período de quatro anos). Também defensor do ajuste emergencial nas contas do governo, Fernando Bezerra afirmou que “a raiz” dos problemas enfrentados pelo país está no endividamento público.

“As sugestões apresentadas hoje à CAE são relevantes, devem ser amadurecidas e podem contribuir com possíveis saídas para esta profunda crise econômica em que nos encontramos”, avaliou Bezerra Coelho, autor do requerimento para a realização da audiência pública, da qual também participou o economista Thiago Biscuola, professor da Universidade de São Paulo (USP). O objetivo da audiência foi identificar medidas para a superação das dificuldades fiscais enfrentadas pelo país.

Na avaliação do senador Fernando Bezerra, se todos os atuais gastos e programas forem mantidos, a economia brasileira poderá “entrar em colapso”. “Falar de ajuste fiscal é fácil”, observou. “Difícil é aprovar, aqui no Congresso Nacional, a redução necessária de despesas sob a pressão de grupos da sociedade, que têm interesses particulares”, completou o senador.

De acordo com Thiago Biscuola, o Brasil vivencia um “total descompasso” entre as políticas monetária e fiscal. Segundo o economista, o cenário é uma combinação de juro real exorbitante, déficit primário e economia recessiva.

Paulo Rabello de Castro – doutor em Economia pela Universidade de Chicago/EUA e um dos principais defensores de reformas do Estado, como a tributária – acredita que a conjuntura econômica brasileira possa ser uma oportunidade para o país se “re-fundar”. Contudo, ele advertiu: “A bela política que, durante 20 anos, construiu e sustentou o Plano Real está posta em grave risco por conta dos mais de R$ 500 bilhões de encargos anuais sobre o endividamento público”.

Cinema do Shopping Costa Dourada promove pré-estreia do filme Peter Pan

O Cinema do Costa Dourada aproveita o mês dedicado às crianças para promover mais uma pré-estreia nacional, desta vez com o filme Peter Pan (2015). O longa-metragem traz a história de como o pequeno garoto chegou à Terra do Nunca e fez contato com os seres mágicos que vivem no local. O cinema do Shopping Costa Dourada irá realizar a pré-estreia para convidados, no próximo dia 03 de outubro, a partir das 10h.

Dirigido por Joe Wright e roteirizado por Jason Fuchs, o filme Peter Pan (2015) apresenta uma nova versão da história clássica do órfão (Levi Miller), que é levado ao mundo mágico da Terra do Nunca.

Lá, ele encontra diversão e também muitos perigos. Nessa jornada, o garoto descobre o seu destino, o de ser o herói Peter Pan, unindo forças com James Gancho (Garrett Hedlund), que mais tarde se torna o grande vilão Capitão Gancho. O filme também é estrelado por Hugh Jackman (Barba-Negra) e entrará em cartaz nos cinemas no dia 08 de outubro, em versões 2D e 3D.

BNB, Sudene e BNDES garantem financiamento do hub da Latam

unnamed

O Banco do Nordeste, a Sudene e o BNDES asseguraram hoje (30) à TAM, em reunião promovida pelo senador Douglas Cintra (PTB-PE) em seu gabinete, o financiamento do hub da empresa no Nordeste independente da sua localização – se no Recife, Fortaleza ou Natal. O valor e as condições do financiamento dependerão do modelo de negócio a ser oferecido pela empresa aérea, mas estimou-se na reunião um custo entre R$ 280 milhões, considerado conservador pela TAM, e R$ 500 milhões.

“O projeto do hub é muito importante para a região, pela multiplicação do emprego e da renda, seja qual for o aeroporto a ser escolhido, e por isso é essencial que tenha suporte financeiro adequado”, declarou Cintra, ao abrir a reunião. Convidados por ele, participaram do encontro o presidente do BNB, Marcos Holanda; o superintendente da Sudene, João Paulo Lima e Silva; os diretores de Infraestrutura do BNDES, Roberto Zurli, Comercial e de Logística de Cargas da Infraero, André Marques de Barros, e de Tesouraria e Tributário da TAM, José Menegário e Bruno Alessio.

João Paulo revelou que o FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste), gerido pela Sudene, tem um orçamento disponível de R$ 1,2 bilhão para este ano. Holanda ressaltou, por sua vez, que o custo dos empréstimos do BNB “é bastante atrativo”, enquanto Zurli disse haver recursos abundantes no BNDES para infraestrutura, como é o caso do hub. O presidente do BNB e o diretor do BNDES afirmaram aos diretores da TAM que os limites e os custos do financiamento vão ser decididos de acordo com o modelo de negócio a ser formatado para o hub pela Latam – fusão da TAM com a aérea chilena LAN.

Os diretores da TAM declararam ser prioridade da empresa um financiamento totalmente em reais e de longo prazo, condições que são atendidas por BNB, Sudene e BNDES. Alessio anunciou que a Latam decide a localização entre Recife, Natal e Fortaleza até dezembro, inicia as obras do hub em 2016 e começa a operá-lo em 2017. Segundo ele, com a central de distribuição de voos no Nordeste, a Latam quer atender a uma demanda de dois milhões de passageiros por ano.

No Recife – O diretor Comercial e de Logística de Cargas da Infraero anunciou na reunião promovida pelo senador pernambucano que a empresa ofereceu à TAM três opções de projeto do hub no Recife, acopladas à atual estrutura do Aeroporto dos Guararapes, com estimativas precisas de investimentos e receitas futuras da companhia aérea. André Marques de Barros revelou que um dos projetos prevê um hub de 25 mil metros quadrados com sete pontes iniciais de embarque e desembarque. “Recife é a melhor opção para o hub da TAM”, defendeu ele.

Em tentativa de aproximação, Dilma pede a PSB que mantenha vetos

dilma-paulo-580x327

Da Folhapress

Em uma tentativa de reaproximação com o PSB, a presidente Dilma Rousseff pediu nesta quarta-feira (30) aos três governadores do partido que atuem junto à legenda no Congresso Nacional pela manutenção dos vetos presidenciais em sessão do Congresso Nacional marcada para esta quarta-feira (30).

No encontro, realizado no Palácio do Planalto, a petista manifestou preocupação com a possibilidade de derrubada das propostas e indicou interesse em ter nos governadores do partido um canal de interlocução com a sigla, que desde 2013 anunciou seu rompimento com o governo federal.

Em resposta ao pedido da presidente, os governadores Paulo Câmara (Pernambuco), Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal) e Ricardo Coutinho (Paraíba) disseram ser contra a derrubada dos vetos presidenciais e a aprovação das chamadas “pautas-bomba”, que ameaçam inviabilizar o pacote fiscal do governo federal.

O esforço do Palácio do Planalto tem sido de tentar trazer o PSB de volta à base aliada e, assim, evitar a aprovação de medidas que prejudiquem as contas do governo federal e a possibilidade de que um pedido de impeachment seja aprovado na Câmara dos Deputados.

Segundo relatos de presentes, a presidente também demonstrou preocupação com o cenário de dificuldades econômicas do ano que vem. No encontro, ela evitou oferecer ao partido uma pasta na nova configuração da Esplanada dos Ministérios.

A expectativa era que a petista sugerisse à legenda indicar um nome para o comando do Ministério da Ciência e Tecnologia, sob Aldo Rebelo.

A atual pasta do representante do PCdoB no governo está sendo oferecida ao PSB, para que a legenda volte à base do governo, e para o PMDB.

Rebelo deve substituir Jaques Wagner no Ministério da Defesa. Wagner, por sua vez, irá para a Casa Civil, no lugar de Aloizio Mercadante, que voltará para o Ministério da Educação.

Prefeitura de Agrestina apoia produção de curta-metragem

unnamed (92)

O cenário, o clima e as raízes familiares de boa parte da equipe foram decisivos para a escolha de Agrestina como locação. Intitulado ‘Ausência’, o filme dirigido por Uhélio Gonçalves, está sendo gravado na Fazenda Amapá e conta a história de um casal que sofre com a solidão, cada um a seu modo. Para viabilizar o projeto, a equipe conta com apoio da iniciativa privada, da Prefeitura de Agrestina e da K9 Produções.

Através da Secretaria de Cultura, Turismo e Juventude, o Governo Municipal disponibiliza a todos alimentação, hospedagem, transporte e locações. De acordo com a diretora de produção do curta-metragem, Karla Ferreira, produzir um filme independente é um dos maiores desafios, diante do valor envolvido em todo o processo. “As 10 pessoas envolvidas no filme são daqui do Agreste e por isso é tão importante que tenhamos conseguido ambientar o filme aqui. Encontramos a casa, a paisagem e um pôr-do-sol perfeito para dar vida à essa história”, afirma. O filme está em fase de filmagens e possui elementos tipicamente agrestinenses, a exemplo do alfenim, doce típico de Agrestina.

‘Ausência’ conta a vida de um casal típico do interior, João (Bruno Goya) e Tereza (Camilla Gomes). Ele, vaqueiro, passa a maior parte do tempo fora de casa e ela sofre com a solidão, transferindo para o bebê prestes a nascer a missão de fazer companhia por toda a vida. Mas, as perdas acompanham o caminho dos dois personagens que foram inspirados nos dramas familiares do próprio diretor. Embora não haja previsão oficial de lançamento, o curta-metragem já vislumbra a participação em eventos de cinema de Pernambuco ainda este ano.

 

Destra convoca gráficas para adesivação dos táxis

A Autarquia de Defesa Social, Trânsito e Transportes (Destra) convida as gráficas de Caruaru que desejarem participar do processo de adesivação de táxis, para comparecer à sede da Autarquia e receber as devidas orientações. O objetivo da Destra é criar uma relação de empresas para que os taxistas disponham de opções de locais  onde possam executar o serviço.

Waldemar Borges transfere domicílio eleitoral para Gravatá

O deputado estadual Waldemar Borges (PSB) transfere nesta quinta-feira (1º), às 12h, no Cartório da 30ª Zona Eleitoral, o seu domicílio eleitoral para o município de Gravatá. Para o líder do Governo na Assembleia Legislativa (ALEPE), a transferência não significa ainda uma decisão de disputar a prefeitura, mas apenas o atendimento a uma exigência legal para não fechar as portas a essa possibilidade, se ela vier a se concretizar.

“A decisão é a de participar ativamente desse momento da vida política da cidade, procurando contribuir para um debate elevado, que seja capaz de projetar a Gravatá do futuro”, destacou Borges.

ARTIGO: Por trás da baixa elucidação de crimes no Brasil

Por Fernando Capano

A baixa taxa de elucidação de crimes no Brasil é frequentemente discutida quando se fala na eficiência das políticas de segurança pública. De acordo com os números divulgados pelo Governo Federal, menos de 8% dos crimes são solucionados no País. E o tema não ficou fora do Seminário Internacional de Segurança Pública ocorrido recentemente na Câmara dos Deputados em Brasília, ocasião em que foi defendido o chamado “ciclo completo de polícia”, modelo em que todas as Polícias exercem o poder de investigação, cuja atribuição constitucional hoje em dia cabe apenas à Polícia Civil.

Antes de mais nada, é preciso alertar que a adoção do ‘ciclo completo de polícia’ demandaria um novo marco legislativo que mudasse os valores contemplados no artigo 144 da Constituição Federal. Neste sentido, seria necessário discutir e aprovar uma PEC, com todas as dificuldades inerentes a uma mudança de lógica constitucional. Em outras palavras, a solução, pela via legislativa, não é tão simples como parece.

O legislador constituinte, por ocasião do nosso Pacto Social de 1988, preferiu conceder competências bem específicas para cada umas das Polícias. Assim, grosso modo, à Polícia Civil cabe a atividade de polícia judiciária, responsável prioritária pela condução das investigações e do inquérito policial. De outro lado, a atividade policial ostensiva-repressiva, cujo foco é a prevenção de delitos e a manutenção da ordem pública destina-se à Polícia Militar.

A nosso ver, a estrutura atual do serviço de segurança pública não nos permitiria adotar com vantagem o ‘ciclo completo de polícia’. A razão é a mesma do ditado popular que nos ensina que “cachorro de dois donos, morre de fome”, uma vez que o risco de ter as Polícias cuidando de tudo (atividade repressiva e atividade judiciária) poderia ocasionar, ao revés do pretendido pelos defensores da ideia, a falta de atendimento regular e organizado das áreas cujas competências estão hoje bem definidas.

A baixa percentagem de elucidação de crimes está essencialmente ligada à falta de aparelhamento das Polícias em suas atividades-fim, sejam elas civis ou militares. Exemplo disso é o que ocorre no Estado de São Paulo, em que menos de 20% dos investigadores da Polícia Civil, de acordo com dados apurados pelos órgãos de classe da categoria, está de fato exercendo a atividade de polícia judiciária, elucidando a autoria dos crimes cometidos. A grande maioria dos investigadores está, em verdade, envolvida em atividades que fogem completamente de seu mister, servindo como motoristas, datilógrafos, telefonistas ou até mesmo fazendo a segurança da Delegacia, visto temerem assaltos por parte dos criminosos (!).

A solução não é mudar a lógica constitucional, eliminando a separação de atribuições em que tudo ficaria a cargo de todos e sim um maior investimento no material humano e aparelhamento das Polícias. Em países como Estados Unidos, a taxa de elucidação de crimes é alta muito mais pela valorização da Instituição Policial, do que por contar com o ‘ciclo completo de polícia’.

Pergunte a algum cidadão norte-americano médio acerca de sua percepção sobre a Polícia e perceba, no mais das vezes, o grau de respeitabilidade, inclusive do ponto de vista cultural, que gozam os policiais naquela sociedade. Faça a mesma pergunta aqui no Brasil e, a exceção talvez da Polícia Federal, corremos o risco de ouvir, em uníssono, na melhor das hipóteses: – Coxinhas!

No Brasil, segundo dados do Governo Federal, o fato de apenas 10% dos 5.570 municípios contarem com Delegacias de Polícia, com os policiais em verdadeira penúria, diz muito mais sobre a baixa taxa de elucidação de crimes do que a ausência do modelo do ‘ciclo completo de polícia’.

Até agora, quer seja nas discussões em fóruns de segurança pública, quer seja em resoluções, normas ou leis editadas pelos Governos, não se tem tocado o ‘dedo na ferida’. Assim, a falta de aparelhamento, os baixos vencimentos (em razão inversamente proporcional ao risco assumido pelos policiais) e a ausência de investimento no material humano, não são, nem de longe, assuntos que parecem de fato preocupar nossas autoridades. Frequentemente, as propostas se baseiam na criação de soluções aparentemente mágicas, sem levar em consideração problemas comezinhos como os aqui mencionados.

São louváveis as tentativas de melhorar nossa política estatal de segurança pública. No entanto, para além da simples mudança legislativa, ainda que de âmbito constitucional, é preciso combater as causas que estão levando nossos órgãos policiais à falência.

Procurador pede desligamento da Câmara

josé américo

O advogado José Américo Monteiro, procurador geral da Câmara Municipal de Caruaru, oficializou, ontem (29), pedido de desligamento da Casa. Alegando questões de “foro íntimo e compromissos profissionais”, o procurador se despede da Casa Jornalista José Carlos Florêncio, onde atuava desde 02 de dezembro de 2013.

Especialista em Direito Público, com experiência de 20 anos na área, José Américo já atuou na Prefeitura de Caruaru, entre 1997 e 2000, e na Câmara Municipal, entre 2011 e 2012.

ARTIGO: O uso de aplicativo na formalização de acordos judiciais trabalhista

Por Marcia Bello

A Resolução nº 125 do CNJ, de 29/11/2010, que dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário, tem como objetivo assegurar a todos o direito à solução dos conflitos por meios adequados à sua natureza e peculiaridade (artigo 1º).

Prevê ainda a referida Resolução, que “aos órgãos judiciários incumbe oferecer mecanismos de soluções de controvérsias, em especial os chamados meios consensuais, como a mediação e a conciliação bem assim prestar atendimento e orientação ao cidadão” (art. 1º, parágrafo único).

Seguindo as possibilidades previstas pela citada Resolução do CNJ, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, por meio da Resolução Administrativa nº 12/2014, que determinou a instalação dos Centros Integrados de Conciliação, tem colocado em prática um aplicativo para aproximar os empregados e as empresas reclamadas com vistas à solução do litígio por meio de um acordo.

O TRT da 15ª Região divulgou notícia de que a implantação do Projeto Mídia e Mediação, que já conta com dois números de celulares e dois tabletes, à disposição do CIC da Circunscrição Campinas (Centro Integrado de Conciliação) para promover a mediação, teve resultado concreto na formalização de um acordo trabalhista, utilizando o aplicativo WhatsApp.

O Projeto se baseia na utilização da plataforma digital para desenvolver, de modo remoto, o entendimento entre as partes, com vistas a um acordo que ponha fim ao litígio.

Estamos presenciando a modernização das negociações entre as partes que litigam e muitas vezes não têm a oportunidade de uma aproximação para entendimentos e solução da pendência.

Os Tribunais Regionais do Trabalho, que contam com forte evolução no número de processos iniciados a cada ano, podem ter com esta iniciativa, uma eficaz ferramenta para a solução dos conflitos, com a intervenção dos mediadores, nos seus Centros, Núcleos de Conciliação ou qualquer outra denominação que designe o setor responsável pela aproximação e responsabilidade nas negociações entre patrões e empregados, agilização o término do processo.

Evidente que o entendimento entre as partes e mediador não é suficiente para que se confira validade à transação, sendo imprescindível a homologação judicial.