Temer atribui a Renan votação menor da PEC dos gastos

G1 Brasília

O pesidente da República, Michel Temer, atribuiu na tarde desta terça-feira (13) ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o número menor de votos favoráveis à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os gastos públicos .

Mais cedo, o plenário do Senado aprovou a PEC em segundo turno, por 53 votos a 16. No primeiro turno, porém, em novembro, a proposta havia sido aprovada por 61 dos 81 parlamentares (na ocasião, 14 votaram contra). O quórum no 1º turno foi de 76 senadores e, no 2º, 70.

Ao discursar em um evento no Palácio do Planalto, Temer disse à plateia que Renan Calheiros antecipou a votação e, por isso, houve menos votos favoráveis à PEC no segundo turno.

“Quero esclarecer que a votação agora [em 2º turno] foi menor do que a votação primeira, mas ela se deve ao fato de o presidente Renan Calheiros ter antecipado a votação que seria, na verdade, inicialmente programada para a tarde. E muitos senadores estão chegando agora”, disse Temer.

Jáder diz que mídia quer derrubar Temer

Folha de S.Paulo 

Depois de um longo tempo sem subir à tribuna, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) saiu em defesa do governo Michel Temer e criticou a imprensa.

Segundo ele, “está em marcha para derrubar o presidente Michel Temer”.

“A grande mídia, aliada a determinados setores, quer antecipar 2018. Não querem esperar pelo voto popular, pelo julgamento das urnas. Querem se antecipar, quem sabe enfraquecendo o governo de tal ordem que o presidente renuncie”, disse Barbalho, pai de Helder Barbalho, ministro da Integração Nacional do governo Temer.

Para ele, o “esquema” é “avacalhar o governo, avacalhar o Congresso” e a grande mídia “escolheu” o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como substituto de Michel Temer.

Senadores ficaram calados e deputados foram ao Senado para ouvir Barbalho dizer que “está em curso um curso um processo para derrubar o governo de Michel Temer”.

Barbalho disse estar “cansado de, todas as noites, assistir o noticiário pessimista e escandaloso cobrar do atual governo aquilo que o governo tem tentando resolver”.

“Fico a me perguntar: afinal de contas, não era a grande imprensa, a grande mídia, que dizia que o senhor Henrique Meirelles [atual ministro da Fazenda] era a pessoa adequada para encaminhar as medidas econômicas adequadas?”, questionou o senador.

Jader Barbalho disse que os políticos brasileiros são condenados todas as noites nos telejornais. “Não posso admitir que seja tranquilamente admitido que as pessoas sejam condenadas por antecipação”, afirmou.