ARTIGO — Novas regras do cartão de crédito

Por Maurício Assuero

O Conselho Monetário Nacional divulgou, na semana passada, as novas regras para os cartões de crédito. Agora, a rotatividade do cartão será no máximo de 30 dias. No fim desse prazo restará ao consumidor pagar o saldo devedor na sua totalidade ou financiar, este saldo, em até vinte e quatro meses. O objetivo é reduzir as taxas absurdas praticadas pelo cartão. Vou dizer como já disse outra vez: se isto tivesse saído da cabeça de Temer, a gente até entendia e perdoava porque finanças não é a área dele. Agora um troço desses vindo da equipe econômica, cujos integrantes são pessoas de mercado, é difícil de engolir.

As taxas praticadas pelos cartões são altas porque o risco de inadimplência é alto e porque as operadoras de cartões tomam crédito no mercado para efetuar os pagamentos aos lojistas. Onde está a garantia de que a taxa para pagamento em 30 dias vai ser menor? Onde está a garantia de que um financiamento do saldo devedor em 24 meses será praticado com uma taxa mais baixa? Logicamente, as administradoras dos cartões abusam, mas não apenas com as taxas praticadas. O abuso maior vem da concessão de cartões para pessoas sem comprovação de renda. O problema é esse: a administradora tem interesse em conceder o maior número de cartão possível ou por conta da cobrança da anuidade ou por conta dos 5% que recebem em cada venda realizada.

O problema da taxa de juros absurda é a banalização do crédito. Basta ver nas calçadas, nas portas de órgãos públicos, etc. pessoas prometendo crédito sem consulta ao SPC ou a SERASA. Basta ser funcionário público. Agora, enquanto as taxas praticadas pelo Banco do Brasil, por exemplo, para empréstimo consignado se situam em torno dos 1,80% ao mês, nestas instituições sem critérios, pode chegar a 3% ao mês. Então, uma pessoa que assume esta responsabilidade vai ter dificuldade de pagar e o banco vai precisar aumentar a taxa de juros para reduzir o impacto da inadimplência.

Acho que está bastante claro o tamanho do erro que o governo comete. Quem tem cartão de crédito recebe a fatura e junto a ela uma proposta de financiamento. Por exemplo, o Hipercard cobra, 9,98% ao mês por um financiamento de uma fatura. Imagine uma fatura no valor de R$ 1.774,38 ser paga em 18 parcelas de R$ 196,57. Quem faz isso contrai uma dívida de R$ 3.538,26. Agora, suponha que seja pago apenas o valor mínimo. Sobre o saldo devedor incorrerão juros de 18% ao mês. Então, a próxima fatura será de R$ 1.737,83, sem os impostos. O cliente negocia isso em 24 meses, tem o cartão cancelado. Problema zero porque a administradora emitirá outro. Resolve… Temer?

Nova líder do PSB quer equilíbrio nas reformas trabalhista e da Previdência

A nova líder do PSB, deputada Tereza Cristina (MS), disse que vai respeitar as divergências dentro do próprio partido, mas espera que o PSB, como um partido socialista que é, atue de maneira responsável para que seja feita uma modernização das leis brasileiras que não penalize as pessoas.

Defensora das reformas encaminhadas pelo governo, ela disse que os textos serão mudados certamente pelos deputados, e espera que o debate possa dosar o remédio para que “cure sem matar o paciente”.

Tereza Cristina está em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Anteriormente, ela foi secretária de Desenvolvimento Agrário, Indústria, Comércio e Turismo no Mato Grosso do Sul, de 2007 a 2014. Antes de ser escolhida para liderar a bancada, foi vice-líder do governo, e é vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, que representa os interesses ruralistas no Congresso.

Eunício: Congresso deve ajudar o Brasil a retomar crescimento

Um ano de reformas e cooperação. Essa é a previsão do novo presidente do Congresso, Eunício Oliveira para 2017. No discurso de abertura do ano legislativo, Eunício disse que os próximos meses serão de trabalho intenso para recolocar o Brasil no caminho do crescimento, e destacou a responsabilidade do Congresso é “gigantesca”, assim como as expectativas do país.

— Mais do que nunca, é importante que nos concentremos nas tarefas que temos diante de nós. Façamos o necessário e façamos o melhor. Precisamos reforçar em nosso país as condições para que haja cooperação. E não há cooperação possível onde prevalece a desconfiança, sentimento que divide e que, levado ao limite, inviabiliza a vida social — afirmou.

Resgatar a confiança, segundo o presidente, é essencial, especialmente em uma sociedade plural em que há tantos conflitos. Para ele, a reforçar a credibilidade nas instituições e estabelecer uma relação cooperação entre os Poderes são fatores necessários para que esse clima de confiança se consolide. Ele citou o Congresso como um polo de reunião das demandas da população, com capacidade para unir o país em torno de um projeto comum de desenvolvimento.

— Conclamo a todos para que façam eco ao meu apelo à cooperação e à confiança mútua, que vale tanto para as instituições que compõem a república, reunidas nos três Poderes, quanto para todos os brasileiros. Confiemos, sobretudo, em nossa capacidade de superar conflitos, sem a qual não haverá condições de pôr o país no rumo da prosperidade que todos almejamos.

Em casos de dupla filiação partidária, vale a mais recente, afirma TSE

Na primeira sessão administrativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizada nesta quarta-feira (1), os ministros afirmaram que, em caso de dupla filiação partidária, vale a mais recente. Desse modo, a Corte Eleitoral respondeu à consulta feita pelo deputado federal Jorginho dos Santos Mello (PR-SC).

O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, relator da consulta, disse que a Lei nº 12.891, de 2013, não excluiu a necessidade de comunicação por escrito à Justiça Eleitoral e à direção municipal no caso de desligamento de filiado de partido.

“Constatada dupla filiação, prevalecerá a mais recente, estando a Justiça Eleitoral autorizada a cancelar automaticamente as anteriores”, afirmou o ministro Gilmar Mendes ao responder à consulta.

Assim, em decisão unânime, os ministros acompanharam o voto do relator, respondendo afirmativamente à primeira pergunta da consulta e negativamente à segunda.

 

TSE adere à inclusão digital nas mídias sociais e adota hashtag #PraCegoVer

O Tribunal Superior Eleitoral está utilizando a hashtag #PraCegoVer em suas postagens no Facebook e Twitter. Posteriormente, a nova forma de comunicação também será adota no canal do Tribunal no YouTube. Mais do que cumprir a previsão legal de promover a inclusão de pessoas com deficiência, a iniciativa visa reforçar a importância e difundir a mensagem da acessibilidade por meio dos canais oficiais da Justiça Eleitoral.

Serão incluídos em todos os posts publicados nas redes sociais do TSE o texto descritivo da imagem, sem julgamentos ou opiniões, após o uso da hashtag #PraCegoVer. A descrição é lida por sistemas próprios de navegação e permite que não somente deficientes visuais, mas pessoas com dislexia, deficiência intelectual ou déficit de atenção também sejam beneficiadas.

Januário Couto é servidor do TSE há 20 anos e deficiente visual desde o nascimento. Ele conta que acessou com facilidade a hashtag #PraCegoVer e que essa iniciativa do Tribunal contribui muito para o acesso à informação. Atualmente, Januário está trabalhando no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás onde exerce a função de programador, a mesma para a qual passou no concurso do TSE.

Ele lembra que o TSE sempre estuda formas de acessibilidade e que, como deficiente visual, foi um dos precursores da implantação do áudio na eletrônica. Antes de sua sugestão ser acatada, a urna dispunha somente o teclado em braile como forma de acessibilidade.

#PraCegoVer

A hashtag usada para retratar a imagem do post será seguida pela descrição textual da informação. O importante é que a ideia principal da imagem seja relatada, bem como o texto que a acompanha. O uso da ferramenta não acarreta custos ou interfere no planejamento e na criação dos conteúdos a serem publicados.

Todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) serão convidados a adotarem essa técnica, que já é utilizada por diversos órgãos do Poder Judiciário, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Tribunal Superior do Trabalho (TST), além de grandes empresas do setor privado.

Lei de Inclusão

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) – Lei nº 13.146/2015 -, prevê em seu artigo 63 a obrigatoriedade de acessibilidade nos sítios da internet de órgãos do governo, além da obrigatoriedade de utilização de legenda oculta, janela com interprete de Libras e audiodescrição em serviços de radiodifusão.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE, 6,2% da população tem algum tipo de deficiência, sendo a visual a mais representativa, pois atinge 3,6% dos brasileiros.

A Justiça Eleitoral já segue as recomendações da LBI nos materiais produzidos para veiculação em emissoras de televisão e rádio, além de seguir os padrões do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG) em seus sítios eletrônicos.

As recomendações do eMAG permitem que a implementação da acessibilidade digital seja conduzida de forma padronizada, de fácil implementação, coerente com as necessidades brasileiras e em conformidade com os padrões internacionais.

Governo do Estado emite nota sobre salário de militares e bombeiros

NOTA

O Governo de Pernambuco encaminha, na próxima segunda-feira (06/02), à Assembleia Legislativa, o projeto de lei estabelecendo o reajuste do soldo da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) e do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE). Representando um grande esforço financeiro para os cofres estaduais, no maior acordo de valorização funcional da história de Pernambuco, no momento em que o Brasil passa pela maior crise financeira da história, da qual o nosso Estado não está imune.

O reajuste representará um acréscimo de R$ 303 milhões na folha de pagamento de 2017. A proposta estabelece as correções para os meses de Maio de 2017, Abril de 2018 e Dezembro de 2018. Na tabela abaixo, estão os valores atuais e os corrigidos até o final do próximo ano.

Os novos valores são o resultado de muito diálogo, em 17 reuniões realizadas entre o Governo do Estado e os comandos da PMPE e do CBMPE, que representam a tropa na valorização das duas corporações. Pernambuco será um dos primeiros Estados do Brasil a priorizar a equiparação entre as corporações militares e a Polícia Civil, que será atingida no final de 2018.
O objetivo da proposta encaminhada para apreciação da Assembleia Legislativa visa o incentivo à carreira militar, com uma estruturação que levará à criação de 300 novas vagas de subtenente (200 em 2017 e 100 em 2018) e 18 vagas de coronéis (12 em 2017 e 6 em 2018). O subtenente é o topo da carreira dos graduados e o coronel é o topo da carreira dos oficiais. Essas duas faixas terão um reajuste médio de 25% no soldo.

Nos últimos dois anos, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar receberam um aumento médio de 20% em 2015 e 20% em 2016. A política salarial tem objetivado reduzir a diferença de soldo entre os oficiais e os praças.

Infelizmente, durante todo esse processo, iniciado em novembro de 2016, as associações militares se negaram a conversar com os comandos militares.

O Governo de Pernambuco continuará atuando para devolver aos comandos militares a disciplina e a hierarquia, necessárias a instituições com uma respeitável folha de serviços prestados ao povo do nosso Estado.

Governo de Pernambuco

Primeiro Mês – Um tempo para cada coisa acontecer

Primeiro Mês – Um tempo para cada coisa acontecer

Por Paulo Nailson*

Ao ser eleita, Raquel definiu prioridades e assumiu compromissos com a população como um todo. Neste período inicial de ajustes na administração pública, processo natural devido a troca de gestores para nova composição, é preciso compreender que os encaixes não são tão fáceis, até pelo fato do necessário tempo para uma observação mais apurada do quadro encontrado.

O desafio para uma nova gestão é bem maior do que se possa imaginar. São quatro anos, que podem ser renováveis por mais quatro, para promover reparos sobre omissões centenárias. Por isso esse primeiro trimestre é fundamental para colocar cada peça no lugar e, em alguns casos, descartar as que julgar necessário, seja por identificar inadequação ao seu jeito de gerir ou por desalinhamento político.

Os vereadores precisam exercer seu papel de legislar e fiscalizar, não sendo mera correia de transmissão do executivo, porém visando sempre o bem comum, e a oposição ter uma pauta inteligente. Ainda assim ela deve contar com uma base de apoio robusta na Câmara Municipal, já identificada que será comandada pelo vereador Leonardo Chaves, e o amplo apoio popular de quem viu em sua candidatura jovem junto com Rodrigo uma brecha para mudanças.

Ainda em outubro do ano passado, ela afirmou: “Vamos fazer um trabalho inovador, que vai nos ajudar a mudar a forma de enxergar a nossa cultura dando visibilidade a ela, não só para Caruaru, mas para o Brasil inteiro”, isso no histórico encontro com artistas que lotou o teatro João Lyra, sinalizando desde lá que ela compreende o acesso à cultura como um direito básico de cidadania, assim como o direito à educação, à saúde, à vida num meio ambiente saudável.

Busca agora trazer para o mundo tangível a tarefa de unir a todos para executar o prometido. Que avive o velho e atice o novo. Numa dialética permanente entre a tradição e a invenção, nessa encruzilhada de matrizes milenares e informações e tecnologias de ponta.

Há um tripé a ser completado que é conciliar na equipe a eficiência técnica com a sensibilidade humana e a necessária composição política.

Os problemas existem, alguns são graves e outros ainda aparecerão. Que sejam corajosamente encarados e sabiamente enfrentados. E que todos os seus colaboradores tenham a mesma visão ou a decência de não atrapalhar.

Enfim, a expectativa é ao final de seu mandato uma cidade mais humana, mais respeitável e mais suportável para cerca de 350 mil pessoas viverem em sanidade.

*Paulo Nailson de Almeida Lima

Temer age para curar as mágoas dos aliados derrotados na eleição da Câmara

A reeleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara ainda nem tinha sido oficializada e o presidente Michel Temer se antecipou para tentar curar as mágoas dos aliados do governo, derrotados na campanha interna pelo segundo cargo mais importante da República. Ele recebeu no Palácio do Planalto o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), derrotado por Maia, e o deputado Paulinho da Força, aliado do petebista.

Na final da tarde de quinta-feira (2) Temer telefonou para Jovair e o convidou para uma conversa no Palácio do Planalto. Magoado com a pressão que o Planalto fez para eleger Maia, o petebista resistiu ao convite e só atendeu a secretária do presidente depois do terceiro telefonema. Foi ao Planalto, conversou, saiu desconfiado, mas garantindo apoio ao governo.

Líder do PTB há mais de 10 anos, Jovair não pode reclamar muito da atuação de Temer pró Rodrigo Maia. Seu partido ocupa o ministério do Trabalho, onde o titular é o deputado Ronaldo Fonseca (RS). Os outros parlamentares da legenda, que tem 17 congressistas, não querem deixar o governo e abrir mão da fatia de poder para atuar somente no Congresso.

Além do ministério, o PTB indicou nomes paras delegacias estaduais do trabalho e outros cargos de segundo escalão nas autarquias, fundações e estatais. “Quem teve 105 votos na eleição para a presidência da Câmara não pode romper com o governo. Mas vai ter algum tipo de troco nas votações das reformas”, disse um petebista magoado que prefere o anonimato.

Temer sabe que o líder petebista foi fundamental para o impeachment e, em conseqüência, por sua chegada à presidência. Jovair foi o relator, na comissão especial, que deu parecer favorável ao afastamento da presidente cassada Dilma Rousseff. O petebista lembrou isto a Temer quando percebeu que o Planalto atuava para reeleger Rodrigo Maia.

Rede vai ao STF contra nomeação de Moreira Franco

A Rede Sustentabilidade acionou, nessa sexta-feira (3), o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir o afastamento imediato de Moreira Franco do comando da recém-criada Secretaria Geral da Presidência. De acordo com nota divulgada pelo partido, a nomeação, feita pelo presidente Michel Temer na manhã de ontem (sexta, 3), trata-se de uma “artimanha para proteger o novo titular das investigações da Operação Lava Jato. A pasta já era ocupada por Franco. Entretanto, uma minirreforma fez com que a Secretaria ganhasse status de ministério e, por esse motivo, o peemedebista passa a ter foro privilegiado.

O agora ministro foi mencionado na delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Mello Filho. Diante da sua atual situação, Franco garante a prerrogativa de responder a eventuais investigações criminais somente no STF. Ele tomou posse do novo cargo após Temer editar uma medida provisória que recriou a Secretaria Geral da Presidência. Antes, Franco ocupava o cargo de secretário-Executivo do Programa para Investimentos do governo.

Elaborado pelos advogados Márlon Reis e Rafael Estorilio, o mandado de segurança se baseia no princípio da igualdade prevista na Constituição Federal – e também em uma decisão tomada pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que suspendeu a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. Isso aconteceu em 18 de março de 2016, em resposta a uma ação apresentada pelo PSDB e pelo PPS.

Naquela ocasião, a operação já tinha o ex-presidente Lula como alvo das investigações. “Se o STF adotou esse tipo de decisão quando a então presidente Dilma tentou protegê-lo, então esse argumento também pode ser aplicado no caso de Moreira Franco, que foi citado 34 vezes na delação da Odebrecht e, inclusive teria o nome de Angorá no esquema”, afirmou Reis, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa.

Ele explica ainda que o mandado pede apenas o afastamento e a suspensão da nomeação de Franco como secretário geral da Presidência e não a extinção do cargo criado nesta semana. “O problema está em quem foi nomeado para comandar a secretaria com status de ministério, não nesse posto. Nesse caso, o presidente tem o direito legal de criar esse tipo de cargo”, esclarece

Câmara começa o ano priorizando tramitação da PEC da Previdência

A primeira semana de trabalhos legislativos da Câmara neste ano terá como ponto central a criação e instalação da comissão especial destinada a analisar o mérito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da reforma da Previdência Social.

O ato de criação da comissão deverá ser lido em sessão plenária da Casa na segunda-feira (5) ou na terça-feira (6). A partir daí, os líderes partidários farão a indicação dos deputados para compor a comissão, que deverá ser instalada na quarta-feira (7) ou na quinta-feira(8).

A comissão especial será composta, de acordo com a regra da proporcionalidade das bancadas ou blocos, por 36 deputados. Com isso, a maioria dos integrantes será de aliados do governo. A comissão terá até 40 sessões plenárias da Câmara para debater a matéria, de modo que ela seja levada para votação, em dois turnos, no plenário da Casa.

Aprovada, será imediatamente encaminhada à apreciação do Senado. No entanto, o relator da PEC poderá apresentar parecer à matéria na décima primeira reunião, a fim de que ela seja aprovada e levada a plenário.

Mesmo com a possibilidade da votação ocorrer a partir da décima primeira sessão, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), garantiu que não haverá prejuízo dos debates e da transparência. O relator da PEC será o deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA). O deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) já foi escolhido para presidir a comissão.

Além da comissão especial da Previdência, a Câmara terá sessões deliberativas a partir de terça-feira (6). A pauta prevê a apreciação de 15 requerimentos – a maioria para votação de projetos em regime de urgência – 11 projetos de lei e duas PECs.

Entre os requerimentos, um é para votação em regime de urgência do projeto 442/1991, que dispõe sobre a legalização do jogo do bicho (Marco Regulatório dos Jogos no Brasil). Outro é para votação em regime de urgência do Projeto de Lei 2.289, de 2015, do Senado Federal, que prorroga o prazo para disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos de que trata a Lei 12.305/2010.