Bolsonaro defende investimento em educação básica sem ‘cooptação ideolológica’

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Do R7

Pré-candidato à Presidência, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) é descrito pelos seus assessores mais próximos como um homem simples, educado e obcecado com a pontualidade. Ele recebeu a coluna em seu gabinete na Câmara dos Deputados pontualmente, cordialmente e tomando um café com leite e um pão na chapa.

Ao ser questionado sobre o assédio que vem sofrendo nas ruas, nos aeroportos e na porta do seu gabinete nas últimas semanas, presenciados pela reportagem, mostrou a decoração do gabinete: toda semana chegam canecas e camisas. Na parede também estão penduradas as fotos de todos os presidentes que o País teve durante o regime militar: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo.

Bolsonaro tem defendido que quer ser o próximo presidente militar, mas eleito democraticamente pelo voto. Para chegar lá diz estar se preparando. Questionado sobre saúde, educação e economia, defendeu na saúde o foco na gestão, na educação o foco no ensino básico sem viés ideológico e na economia a manutenção do tripé macroeconômico.

— Todas as áreas são interligadas. Sem segurança não tem economia. Com economia se alivia as questões de Saúde e Educação. Então é tudo interligado. Agora a questão de saúde é gestão. Se você coloca um ministro pra negociar com os seus amigos não tem como dar certo. Na universidade tem que se investir em pesquisa. Mas o ensino básico é o mais importante. O Pisa está aí pra mostrar. Hoje a molecada na 9ª série do fundamental, 70% não sabe fazer uma regra de três. Se a gente não resolver essa questão não dá para pensar no Ensino Superior.

Apesar do foco no ensino básico, o pré-candidato não pretende aumentar os recursos destinados à Educação.

— Não pode investir mais, os dados estão aí para mostrar. Quem for partir para mais investimento está simplesmente mentido para conquistar votos ou de quem não tem profundo conhecimento orçamentário. Você tem que mudar bastante o Ensino Fundamental. Colocar a molecada para ser instruída no Ensino Fundamental. E não para ser cooptada para essa ou aquela matiz ideológica.

Questionado se irá manter o tripé macroeconomico, disse que sim, mas não quis adiantar quem pode ser o seu ministro da Fazenda ou do Planejamento.

— Isso tem dado certo até o momento. Você não pode mudar o que está dando certo. Quem irá tratar da economia são os futuros ministros do Planejamento e da Economia.

A disputa

O deputado evitou comentar sobre seus possíveis adversários, Lula, Doria, Huck, mas disse que acredita que alguns nomes estão sendo testados para se contrapor a sua candidatura. Seguindo o estilo que o fez conhecido no País, não fugiu de assuntos assuntos polêmicos: voltou a defender a ampliação do acesso às armas pela população, falou do processo que sofre por ter falado à deputada Maria do Rosário que ela não merecia ser estuprada e defendeu algumas de suas propostas.

Questionado se aceitaria o apoio do PT ou do PSDB em um eventual segundo turno, disse que não aceitará se o apoio for feito como é hoje, com trocas por ministérios ou na política de ‘cooptação no Congresso’.

Atletas universitários jogam no Parque Olímpico até domingo

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

O Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, recebe até domingo (5) os Jogos Universitários, com a participação de 600 atletas de sete instituições de ensino da Região Sudeste. As competições, que ocorrem nas Arenas Carioca 1 e 2, são nas modalidades basquete, futsal, vôlei de quadra, handebol, futebol de campo, judô, jiu jitsu e tênis de mesa. A entrada é gratuita.

Organizado pela Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo) em parceria com a Agência JC2 Esportes, a competição começou ontem (2) e é uma forma de aproveitamento dos equipamentos. Segundo um dos organizadores do evento, Antony Bandeira, o fato de os jogos ocorrerem no Parque Olímpico mostra a importância que os jogos universitários têm para as faculdades e para o país. “Os atletas adoraram, o principal atrativo é o fato de os jogos serem realizados aqui. Está muito legal, está tudo correndo super bem”.

Estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Camila Sotomayor foi a autora do segundo gol do time de futebol e garantiu a vitória no primeiro jogo, realizado nessa quinta-feira (2), primeiro dia das competições. Ela se diz honrada em jogar na mesma arena que os atletas olímpicos.

“Muito bom participar dos jogos, sair com a vitória hoje, estar aqui com os amigos, essa torcida maravilhosa, queria parabenizar a Aglo por essa estrutura. É muito bom jogar aqui no Parque Olímpico, onde foi feita a Olimpíada.

Legado

Para outro integrante da organização, Lucas Romano, o uso das instalações olímpicas é uma forma de prestigiar e incentivar o esporte universitário. “Trazer esse evento para o Parque Olímpico é uma maneira de premiar esses estudantes, que são atletas sérios e que treinam em estruturas profissionais, com o apoio de fisioterapeutas e treinadores, em busca da elevação do nível esportivo”.

O presidente da Aglo, Paulo Márcio, destaca que os Jogos Universitários são uma oportunidade de descoberta de talentos para o esporte de alto rendimento. “Em competições desse porte e nível é que descobrimos os talentos. Depois dos Jogos Universitários, a ideia é trazer o mundial para ser realizado dentro do parque em 2018. Já estamos vendo isso com a Confederação Brasileira de Desporto Universitário”.

Entre os atletas descobertos em competições universitárias estão a jogadora da seleção brasileira de vôlei Juliana Perdigão e o jogador da seleção brasileira de handebol Renan Ribeiro. Para o ano que vem, a Aglo pretende ocupar o Parque Olímpico com eventos internacionais como a Liga Mundial de Vôlei, o Gand Prix de Vôlei e o Mundial de Ciclismo.

Ex-vice-presidente argentino é preso por suposta formação de quadrilha

Da Agência EFE
O ex-vice-presidente da Argentina, Amado Boudou (2011-2015), foi detido nesta sexta-feira em Buenos Aires acusado de integrar uma quadrilha que cometeu lavagem de dinheiro quando era ministro de Economia.

Segundo informaram fontes judiciais à agência oficial Telam, o vice-presidente no governo de Cristina Kirchner foi detido junto com seu sócio José María Nuñez Carmona.

A detenção de Boudou ocorreu em sua casa, no bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires, e foi feita por agentes da Prefeitura Naval Argentina por ordem do juiz Ariel Lijo, que investiga o também ex-ministro de Economia por enriquecimento ilícito.

Além disso, Lijo convocou para prestar depoimento como investigada, mas sem determinar sua detenção, a ex-namorada de Boudou, Agustina Kampfer, e outros acusados de enriquecimento ilícito.

O juiz havia feito, há poucos dias, um requerimento a Boudou, para que explicasse inconsistências detectadas em seu patrimônio, por considerar que há provas de enriquecimento injustificado.

O ex-vice-presidente, uma das figuras mais controversas do kirchnerismo, já enfrenta atualmente um julgamento por suposta corrupção na compra de uma impressora de papel-moeda, em seu período como ministro de Economia.

Além disso, em 2016, ele foi absolvido de acusações sobre falsidade em documentos e, em julho deste ano, também foi absolvido no primeiro julgamento oral que enfrentou por falsificação de documentos para a venda de um veículo.

No final de setembro, no entanto, um juiz determinou o envio para julgamento de outro processo, em que Boudou é investigado por supostas irregularidades na compra, em 2009, de 19 automóveis de luxo destinados ao Ministério de Economia.

Ministério limita reembolso da União às empresas públicas por empregado cedido

Da Agência Brasil

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão estabeleceu ontem (3) as regras para as cessões e requisições de pessoal na Administração Pública Federal, direta e indireta. O reembolso da União às empresas estatais e sociedades de economia mista por empregados que forem cedidos ou requisitados para outros órgãos ficará limitado ao teto constitucional de R$ 33,7 mil. A Portaria nº 342 operacionaliza o Decreto nº 9.144, de agosto deste ano.

De acordo com o ministério, pela portaria ficou regulamentada a impossibilidade de reembolso nas participações nos lucros ou resultados, multas referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e indenização decorrente da conversão de licença-prêmio em pecúnia. As parcelas que podem ser ressarcidas incluem remuneração, subsídio, adicionais de tempo de serviço, produtividade e por mérito, e ainda os encargos sociais e trabalhistas. Também poderão ser restituídas verbas que estejam incorporadas à remuneração do servidor cedido.

Segundo a portaria, as cessões que impliquem reembolso pela Administração Pública federal passarão a ser autorizadas apenas para cargo em comissão ou função de confiança, com graduação mínima equivalente ao DAS 4, na hipótese de o cedente ser órgão ou entidade da administração pública direta, autárquica ou fundacional de outro ente federativo. Caso o cedente seja empresa estatal da União ou de outro ente federativo, só serão permitidas cessões para cargos de DAS 5, no mínimo.

A Portaria nº 342 ainda orienta os órgãos do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (Sipec) sobre o prazo das novas cessões, que passa a ser indeterminado. De acordo com as regras atuais, a cessão é concedida por um ano, podendo ser prorrogado no interesse dos órgãos ou das entidades cedentes e cessionários.

A norma também está alinhada à determinação contida no Acórdão 3195/2015 do Tribunal de Contas da União (TCU), acrescentou o ministério.

Desemprego nos EUA cai a 4,1% em outubro, menor taxa em 17 anos

G1

O índice de desemprego nos Estados Unidos caiu em outubro ao menor nível em 17 anos, ao mesmo tempo em que aumentou a criação de postos de trabalho, informou o Departamento do Trabalho.

A taxa de desemprego ficou em 4,1%, contra 4,2% em setembro. Este é o menor nível desde dezembro de 2000.

A criação líquida de postos de trabalho saltou a 261mil, após o impacto dos furacões no sul do país, que afetaram a criação de empregos em setembro.

Os analistas previam a criação de 300.000 novos postos de trabalho e uma taxa de desemprego de 4,3%.

Procurador do MPF orientou gravação, diz advogado

Do R7

O advogado Rodrigo Tacla Duran afirmou, em depoimento aos deputados Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS), ambos da CPI da JBS, que participou de uma reunião com integrantes da Lava Jato, em Curitiba, na qual o ex-procurador Marcello Miller teria pedido a ele que gravasse uma conversa com advogados da Odebrecht.

O depoimento foi colhido no sábado passado, em Madri, onde Tacla Duran se mantém foragido da Justiça brasileira. O advogado tem ordem de prisão expedida pelo juiz Sérgio Moro.

Miller é um dos alvos da CPI por causa de sua atuação nas negociações do acordo de colaboração da J&F. O ex-procurador é suspeito de ter trabalhado para a empresa enquanto ainda ocupava o cargo no MPF (Ministério Público Federal).

De acordo com o advogado, o pedido de Miller teria acontecido durante negociações com a força-tarefa da Lava Jato. Em um desses encontros, detalhou Tacla Duran aos deputados, ele informou aos procuradores sobre uma reunião que fora convidado a participar com a presença de advogado da Odebrecht. Na versão dele, neste momento, Miller teria solicitado que ele gravasse a conversa dos advogados. “O Sérgio Bruno foi um pouco contra, se mostrou contrário ao que havia sido proposto, e disse: ‘Vai lá e conta pra nós depois'”, disse Tacla Duran.

Em nota, a defesa de Miller confirma que ele esteve com Duran, mas que “nunca orientou ou sugeriu qualquer pessoa a fazer gravações para obter provas em processos de delação”. Procurado, Sérgio Bruno não respondeu os contatos da reportagem. A Odebrecht informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as atividades de Tacla Duran foram informadas pela empresa às autoridades no processo de colaboração com a Justiça.

Sem acordo e a 45 dias do recesso, só texto ‘enxuto’ salva reforma da Previdência, avaliam líderes

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Do G1

Desde que a denúncia contra o presidente Michel Temer foi rejeitada, o Palácio do Planalto tem defendido que a reforma da Previdência seja aprovada ainda neste ano. Mas, com o impasse entre o governo e o Congresso sobre o texto a ser votado, a proposta ainda patina na Câmara a 45 dias do recesso parlamentar.

Diante desse cenário, líderes da base aliada ouvidos pelo G1 consideram que a única chance de as mudanças serem aprovadas é se um texto enxuto for a votação, mexendo somente em alguns pontos, como idade mínima.

Com isso, nos bastidores, o governo já avalia que não conseguirá aprovar a íntegra da proposta enviada pela comissão especial que discutiu o tema (veja o ponto a ponto mais abaixo).

As mudanças na aposentadoria são prioridade para o governo federal, que tem pressa e gostaria de ver as novas regras aprovadas ainda neste ano. A avaliação geral é que, se ficar para 2018, ano eleitoral, o tema, que gera desgaste político, pode não avançar.

Outra dificuldade é conseguir o número suficiente de votos para aprovação. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), é necessário o apoio de três quintos dos parlamentares em dois turnos de votação na Câmara e no Senado.

Governo fala em aprovar a reforma da Previdência ainda este ano

Articulações paradas

O texto que saiu da comissão especial prevê idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres para aposentadoria pelo INSS, além da exigência de pelo menos 25 anos de contribuição. Para quem já está no mercado de trabalho, haverá uma regra de transição.

A proposta mexe, também, na aposentadoria rural e nas regras para a concessão do Benefício de Prestação Continuada, pago a pessoas idosas ou com deficiência.

O parecer foi aprovado em maio, mas, de lá para cá, a reforma não foi incluída na pauta de votações do plenário por falta de consenso.
Nesse tempo, o governo teve que concentrar esforços para barrar as duas denúncias da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer.

Com a rejeição das denúncias, o Palácio do Planalto retomou as conversas com a Câmara. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, é quem tem liderado a articulação com o Congresso.

Negociações

O discurso oficial no governo é de defesa do texto que saiu da comissão especial. No entanto, conforme apurou o G1, os auxiliares do presidente Michel Temer consideram pouco provável a aprovação na íntegra.

Na semana passada, Eliseu Padilha intensificou o diálogo com o relator da reforma na comissão, deputado Arthur Maia (PPS-BA). O ministro também tem discutido alternativas ao texto com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Padilha e Meirelles já debateram a possibilidade de apostar em uma versão enxuta da proposta, priorizando a idade mínima. A ideia é entregar algum tipo de reforma, mesmo que “desidratada”.

Antes de apontar quais mudanças aceitará na proposta, o Planalto quer mapear tópico por tópico os temas que enfrentam maior resistência e identificar se há margem para buscar os votos necessários.

O que dizem os líderes

Na visão do líder da maioria, Lelo Coimbra (PMDB-ES), o prazo que os deputados contam para analisar a proposta neste ano é ainda menor do que os 45 dias até o recesso parlamentar.

Para ele, os trabalhos na Câmara devem ir, no máximo, até o dia 15 de dezembro, uma semana antes da data oficial de início do recesso.
Coimbra espera, com isso, que o relatório da comissão seja usado como referência para que os parlamentares negociem o que é possível ser aprovado.

“É preciso usar esse relatório como um termo de referência para que os líderes possam conversar e ver o que conseguem de alinhamento e votar”, disse, defendendo que sejam aprovados pontos como a idade mínima de aposentadoria e a equiparação das regras para os setores público e privado.

Para o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), é pequena a possibilidade de se aprovar ainda neste ano uma PEC.

Arantes defende que pontos específicos sejam analisados em projetos que não alteram a Constituição e, portanto, exigem menos votos para aprovação. Ele reconhece que, se nada for aprovado neste ano, uma nova tentativa só deve ser feita em 2019.

Na avaliação do líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), o Congresso poderia, por exemplo, aprovar neste ano a idade mínima para aposentadoria e deixar “maiores desafios” para 2019.

“O ideal é extrair do texto o que é polêmico e estimula resistência, como regras da aposentadoria rural e do BPC, que colocam a meta de 308 votos mais distante. Só adianta colocar em pauta quando tiver os votos para ser aprovado”, disse.
Texto enxuto
Segundo o líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP), a sigla apoiará uma proposta que seja mais enxuta e que atenda a algumas sugestões feitas pelos tucanos, como a manutenção das regras atuais nos pontos relacionados a direitos das pessoas com deficiência.

“Se for algo mais enxuto que atenda a algumas determinações que o PSDB apresentou em uma proposta alternativa, dá para votar. Tem que haver um acordo, não dá para imaginar votar a proposta do governo pura e simplesmente da maneira que está”, afirmou.

Para o deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara, não vale a pena aprovar apenas alguns pontos laterais da reforma.

“Tudo está interligado. Não tem como não mexer no BPC se houver alteração na idade mínima e no tempo de contribuição. Ou se aprova algo perene ou não aprova nada”, declarou.

Ponto a ponto
Confira abaixo os principais pontos aprovados na comissão especial:
Idade mínima

Como é hoje: É possível se aposentar sem idade mínima, com tempo mínimo de 15 anos de contribuição.
O que o texto prevê: 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, com 25 anos de contribuição.

Benefício integral
Como é hoje: A soma da idade e do tempo de contribuição deve totalizar 85 (mulher) e 95 (homem), respeitado o tempo mínimo de contribuição de 30 anos (mulher) e 35 anos (homem).

O que o texto prevê: 40 anos de contribuição para atingir 100%. O valor da aposentadoria corresponderá 70% do valor dos salários do trabalhador, acrescidos de 1,5% para cada ano que superar 25 anos de contribuição, 2% para o que passar de 30 anos e 2,5% para o que superar 35 anos.

Regra de transição

Como é hoje: não tem

O que o texto prevê: idade mínima começará em 53 anos para mulheres e 55 anos para homens, sendo elevada em um ano a cada dois anos. Haverá um pedágio de 30% sobre o tempo de contribuição que faltar para atingir 35 anos (homens) e 30 anos (mulheres).
Aposentadoria rural

Como é hoje: o trabalhador rural se aposenta com 55 anos (mulheres) e 60 (homens) e precisa comprovar 15 anos de trabalho no campo. O produtor contribui com um percentual sobre a receita bruta da produção.

O que o texto prevê: idade mínima de 57 anos para mulheres e de 60 anos para homens, com mínimo de 15 anos de contribuição
Benefício de Prestação Continuada (BPC)

Como é hoje: vinculado ao salário mínimo, com idade mínima de 65 anos para idosos de baixa renda.

O que o texto prevê: mantida vinculação do salário mínimo, com idade mínima começando em 65 anos, subindo gradativamente até atingir 68 anos em 2020

Pensões

Como é hoje: É permitido o acúmulo de pensão com aposentadoria

O que o texto prevê: mantida vinculação ao salário mínimo, com possibilidade de acumular aposentadoria e pensão, com o limite de até dois salários mínimos.

Servidores públicos

Como é hoje: há um regime próprio e separado da Previdência dos trabalhadores privados. Parte das aposentadorias vem da contribuição dos próprios servidores e outra parte, do governo.

O que o texto prevê: idade mínima de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens. Atingida a idade mínima, fica garantido o direito de receber de aposentadoria o valor integral do salário no último cargo, além de ter reajuste equivalente ao dos servidores ativos.

Professores

Como é hoje: para professores públicos, os requisitos são 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição para o homem e 50 anos de idade, com 25 anos de contribuição para a mulher. Para o regime geral, exige-se apenas tempo de contribuição (30 anos homem e 25 anos mulher), independente de idade mínima.

O que o texto prevê: idade mínima fixada em 60 anos, com 25 anos de contribuição

Policiais federais e policiais legislativos federais

Como é hoje: Aposentadoria voluntária com proventos integrais, independentemente da idade, após 30 anos de contribuição, com pelo menos, 20 anos de exercício policial, se homem; após 25 anos de contribuição, com pelo menos 15 anos de exercício policial, se mulher. Os policiais legislativos são considerados servidores públicos.

O que o texto prevê: idade mínima de 55 anos. Para homens, exigência de 30 anos de contribuição, sendo 25 em atividade policial. Para mulheres, exigência de 25 anos de contribuição, sendo 20 em atividade policial.

Parlamentares

Como é hoje: Desde 1997, obedecem às regras dos servidores públicos, com idade mínima de 60 anos e 35 anos de contribuição, sendo proibida acumulação com outra aposentadoria do setor público. Valor dos proventos calculado igual ao de servidor público.

O que o texto prevê: passam a ser vinculados ao RGPS, mas com transição diferente para o parlamentar federal. Nesses casos a aposentadoria será, inicialmente, aos 60 anos, subindo a partir de 2020 até o limite de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, com 35 anos de contribuição. Caberá a estados e municípios definirem regras de transição de seus respectivos parlamentares.

Membros do movimento negro criticam declaração de Luislinda

Do R7

Membros do movimento negro criticaram,esta semana, a comparação feita pela ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), entre seu trabalho e trabalho escravo em pedido ao governo Temer para receber acima do teto.

Luislinda entrou com um pedido ao governo para acumular o salário como chefe da pasta ao pagamento como desembargadora aposentada somando. R$ 61,4 mil. Valor que ultrapassa em R$ 26.677 ao teto do funcionalismo previsto na Constituição (R$ 33.723).

Como já recebe R$ 30.471 como desembargadora aposentada, a ministra só pode ganhar mais R$ 3.252 para atuar no ministério, além de privilégos como imóvel funcional, carro com motorista e cartão corporativo.

Em documento de 207 páginas, datado de 3 de outubro, ela se queixa do valor adicional a seu atual rendimento. E acrescenta: “Trabalho executado sem correspondente contrapartida, a que se denomina remuneração, sem sombra de dúvlidas, se assemelha a trabalho escravo”.

O advogado e presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Humberto Adami afirma. “É evidente que foi um momento infeliz de comparação da atividade dela com o trabalho escravo”, afirmou.

Ele ressaltou que o episódio não é inédito e lembrou declaração recente do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), no qual comparou tarefas na Corte à condição análogo à escravidão.

“Mas creio que não se deva partir para cima da ministra de Direitos Humanos, porque ela é a única negra no atual governo”, compeltou Adami.

A advogada Eliane Dias também criticou a declaração. “Um salário de $33.700,00 está longe de ser salário escravo”, afirmou a advogada ela, que é ativista e empresária do Racionais MC’s. “Vem na comunidade ver o que é trabalho análogo ao escravo.”

“A ministra Luislinda Valois não deve mesmo trabalhar como ministra e ganhar $33.700, já que é desembargadora aposentada e tem salário de $30.000”, disse. A empresária defende a saída de Luislinda cargo e critica ainda o vazamento do pedido.

“Não surpreende em nada esse tipo de análise ou de percepção do que é o espaço público, do que é o cargo público, do que é o dinheiro público, de alguém que é colocado no poder por um grupo como esse, que é historicamente descendente daqueles que escravizaram nosso povo”, afirma o historiador Douglas Belchior, ativista do movimento negro.

“Essa fala que Luislinda reproduz ou profere é o que significa o próprio governo. É um governo que tem uma atuação a partir dos interesses particulares daqueles que o compõe”, diz. O professor finaliza dizendo que “lamentavelmente, ela tem uma consciência e uma opinião política que é fruto desse espaço onde ela convive.”

Após críticas, na quinta-feira (2), a ministra recuou. Em nota, ela afirmou. “Considerando o documento sobre a situação remuneratória da ministra Luislinda Valois, o Ministério informa que já foi formulado um requerimento de desistência e arquivamento da solicitação.”

Preço médio de moradias cai pelo oitavo mês seguido no Brasil

Do R7

O valor do metro quadrado de imóveis residenciais no Brasil caiu pelo oitavo mês seguido, de acordo com o Índice FipeZap, divulgado na sexta-feira (3).

O preço médio caiu de R$ 7.636 em setembro para R$ 7.633 em outubro — variação percentual mínima, de 0,04%

A queda acompanha uma tendência que se verifica desde fevereiro, quando o preço médio do metro quadrado chegou a R$ 7.701, mas começou a cair desde então — redução de 1% no período.

No acumulado de 2017, o indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, vinculado à USP (Universidade de São Paulo), mostra queda no valor real das moradias.

De janeiro a outubro deste ano, o valor médio recuou -0,56%, enquanto a inflação oficial (IPCA) subiu 2,26% no período.

A queda no ano é puxada pela forte redução nos preços do metro quadrado de 2 das 20 cidades acompanhadas pelo índice: Rio de Janeiro e Fortaleza.

Com o preço mais alto do País, o Rio tem o metro quadrado calculado em R$ 9.871 — desde janeiro, o recuo foi de 3,86%. Já a capital do Ceará teve o metro quadrado estimado em R$ 6.033 em outubro: queda de 3,39% no ano.

Dados gerais

Segundo o Índice FipeZap, 10 das 20 cidades pesquisadas registraram recuo nos preços de venda na passagem de setembro para outubro, com destaque para Santos (0,58%), Rio de Janeiro (0,47%) e Distrito Federal (0,38%).

Entre as cidades que registraram aumento nominal de preço, as maiores variações foram observadas em Florianópolis (0,53%), Belo Horizonte (0,51%) e Porto Alegre (0,45%).

Após o Rio de Janeiro, os valores médios mais caros estão em São Paulo (R$ 8.728) e Distrito Federal (R$ 8.255).

Já as cidades com menor valor médio por médio quadrado foram Contagem (R$ 3.538), Goiânia (R$ 4.104) e Vila Velha (R$ 4.628).