Por Maurício Assuero

Início de ano e começa a valer a TLP – Taxa de Longo Prazo que, em cinco anos, substituirá a TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo. A TJLP é utilizada para reajustar contratos firmados com o BNDES e todos os contratos firmados até 31.12 serão atualizados pela TJLP, enquanto os contratos formalizados a partir deste mês serão atualizados pela TLP.

A diferença entre as taxas não está, apenas, no J que saiu. A TJLP é divulgada trimestralmente enquanto a TLP será divulgada mensalmente e com um método diferente de cálculo visto que tomará por base o IPCA e a taxa de juro real das NTN-b (Nota do Tesouro Nacional, indexada ao IPCA). Há duas questões que decorrem dessa mudança. A primeira é que o BNDES usa recursos do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador para realizar suas operações de empréstimos e com isso poderá captar mais recursos para emprestar; a segunda é que, na prática, isso pode trazer impacto negativo para o financiamento do setor produtivo do Brasil. Ou seja, antes a taxa era definida trimestralmente pela equipe econômica e agora ela tem um mecanismo que considera a volatilidade inflacionária.

O BNDES tem sido usado ao longo do tempo em situações alheias aos seus objetivos. No governo FHC emprestou dinheiro para que empresários adquirissem empresas públicas, notadamente as chamadas teles; Lula e Dilma usuram o BNDES para realizar obras de investimento em Cuba (Porto Mariel, US$ 6 milhões), na Venezuela (Ponte sobre o rio Orinoco, US$ 1,22 bilhão, além das linhas de metro de Caracas, US$ 1,6 bilhão, para citar alguns). Do governo Dilma para cá o banco reduziu sua participação em financiamentos, até mesmo por conta da situação econômica do país.

O que estranha é que o governo continua fazendo bobagens. Pergunte-se qual o objetivo de criar um novo instrumento de atualização de operações de longo prazo e você não vai encontrar uma resposta satisfatória. Bastava tão somente ajustar a TJLP em moldes que atendesse a necessidade de investimento e não ocultasse o verdadeiro interesse por parte do governo: comprometer recursos próprios o mínimo possível com tais operações.
O ano começa, mas os dias continuam e com eles os problemas insolúveis do governo Temer. Antes, o governo negociou como quis benefícios para congressistas que votassem contra as denúncias. Agora, o governo foi mais objetivo e colocou na Secretaria de Governo um deputado de caráter duvidoso que já disse abertamente que os créditos da CEF serão destinados aos governadores que apoiarem, com votos, a reforma da previdência. Começamos bem?

Pedro Augusto

Sem fugir a tradição, no primeiro dia útil do ano, as livrarias de Caruaru comportaram um extenso fluxo de compradores à procura de materiais escolares para os seus filhos e responsáveis. De acordo com os lojistas do setor, que foram entrevistados pelo Jornal VANGUARDA, na manhã da última terça-feira (2), a expectativa em 2018 é das empresas do ramo superarem ou ao menos igualarem com os volumes de vendas que foram computados no mesmo intervalo de 2017.

Segundo o empresário João Bosco, que é proprietário da Livraria Dom Bosco, a projeção é de igualar com as comercializações do ano passado. “Hoje, já não vem se vendendo mais tantos livros didáticos nas livrarias, porque os colégios e as editoras passaram a comercializar este tipo de produto de forma consignada. Mas, mesmo assim, continuamos com o nosso compromisso de oferecê-los na Dom Bosco, em paralelo aos demais materiais, que, por sinal, já estão tendo uma saída muito grande. Se alcançarmos o mesmo patamar de vendas em relação a 2017, já estará de bom tamanho.”

De acordo ainda com ele, na Dom Bosco a demanda intensificada por materiais passou a ser observada no último mês de dezembro. “Haja vista que muitos pais aproveitam para antecipar as compras para economizar um pouco mais. Isso porque, quanto mais próximo do início das aulas, a tendência é de os preços ficarem mais salgados. Se bem que na Dom Bosco dispomos de produtos de qualidade com valores que agradam a todos os bolsos. Para darmos conta de tanta demanda, abriremos as portas também no último domingo deste mês”, acrescentou João Bosco.

Na Livraria Cabral, a procura por materiais escolares também se encontra alta, conforme destacou a gerente Maria Betânia. “A demanda tem sido tão grande que estamos projetando um crescimento nas vendas de 10% em comparação com o mesmo período do ano passado. O interessante é que neste ano os pais não vêm economizando na aquisição de materiais com valores mais elevados, o que demonstra que, sim, o país vem melhorando quando o assunto se refere a sua economia”, afirmou.

Pedro Augusto

Em sintonia com o desempenho no âmbito nacional, em 2017 as empresas de materiais de construção de Caruaru também contabilizaram acréscimo nos volumes de vendas em relação a 2016. A Cazanova Construção, por exemplo, que é uma das referências do setor no mercado local, foi uma das a terem motivos para comemorar ao término do expediente do último dia 30. De acordo com o gerente Sílvio Barbosa, a Cazanova obteve um aumento nas comercializações entre 4 % a 6% no intervalo de um ano para o outro.

“Conforme já foi citado pela Anamaco, o primeiro semestre de 2017 foi bastante difícil em termos de vendas para todo setor, mas, a partir do segundo, observamos um crescimento gradual em relação às comercializações. Isso por conta dos avanços econômicos os quais o Polo Têxtil da nossa região obteve, no desenrolar dos últimos seis meses, o que demandou a compra de diversos materiais de construção, seja para construir ou reformar, e também devido à própria recuperação financeira a qual o Brasil passou a sentir, a partir de julho de 2017. Estimamos um 2018 ainda melhor em termos de vendas”, analisou Sílvio.

É o que também espera o proprietário do Dragão das Tintas, José Eraldo da Silva. Com vasta experiência no mercado local, ele projetou saldos positivos ao longo deste ano. “Por conta da crise, em 2015 e 2016, percebemos certas diminuições nas vendas em relações aos anos anteriores. Porém, em 2017, com o aumento das chuvas na região, o que demandou a compra de tintas para a realização de reparos, e a retomada do fôlego do país em relação a sua economia, fechamos o ano passado com o saldo satisfatório em relação às comercializações. E em 2018 deveremos computar mais acréscimos em termos de vendas”, disse.

As vendas de material de construção no varejo cresceram 6% em 2017 na comparação com o ano anterior, segundo a pesquisa da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). O faturamento anual do setor ficou em R$ 114,5 bilhões. Segundo o presidente da associação, Cláudio Conz, este foi um ano de recuperação, mas com percalços. A expectativa da Anamaco é que o setor cresça 8,5% em 2018, influenciado pela redução da taxa de juros, da inflação e pelo aumento do emprego.

Em dezembro passado, as vendas de material de construção cresceram 1% em relação ao último mês de novembro. O mesmo percentual foi observado na comparação com dezembro de 2016. Na análise por categorias, as vendas de tintas tiveram crescimento de 8% em dezembro na comparação com novembro. As vendas de cimento cresceram 2% no período; as de revestimento cerâmico caíram 4% e as de telhas de fibrocimento tiveram queda de 3%.

“O ano de 2016 foi um dos piores da nossa série histórica. Por isso, o início de 2017 não foi exatamente como gostaríamos. Tivemos percalços durante os últimos 12 meses, mas conseguimos superar as dificuldades e encerrar o ano com um faturamento muito próximo do apresentado em 2015, que foi de R$ 115 bilhões”, explicou o presidente da Anamaco, Cláudio Conz. “Com os resultados dos últimos 12 meses, esperamos que 2018 seja um ano de retomada e estamos prevendo um crescimento de 8,5% sobre 2017”, complementou.

Para 2018, a pauta principal da Anamaco será a aprovação da reforma tributária. “Nós acreditamos que a medida beneficiará e muito o nosso setor, que depende de assessoria contábil, jurídica e fiscal de inúmeros especialistas para conseguir se manter atualizado em relação às suas obrigações tributárias. O novo modelo deve dar mais fôlego e competitividade às empresas brasileiras, reduzindo a renúncia fiscal e diminuindo os contenciosos administrativos, além de acabar com a guerra fiscal entre os Estados, que possuem alíquotas diferenciadas de ICMS”, destacou Conz.

O primeiro homicídio de 2018 em Cupira, no Agreste do Estado, foi registrado na noite da última quarta-feira (3), na Avenida Miguel Pereira Neto. Um homem conhecido apenas como Washington da Silva, aparentando ter entre 20 a 25 anos, foi morto com vários disparos de revólver e espingarda de grosso calibre no momento em que transitava na via. Ele era suspeito de ter matado um jovem na saída de um colégio, em outubro do ano passado, no município.

Uma dupla de assaltantes roubou um idoso de 68 anos, na última quarta-feira (3), no Bairro Heliópolis, em Garanhuns, no Agreste do Estado. De acordo com informações repassadas pela Polícia Militar, o aposentado, de nome não informado, estava saindo de uma agência bancária, quando foi abordado pelos criminosos que estavam fortemente armados. Segundo testemunhas, eles renderam a vítima, pegaram R$ 20 mil que se encontrava de posse dela e fugiram em seguida em uma motocicleta. Até o fechamento desta editoria, os bandidos não haviam sido localizados.

A Polícia Rodoviária Federal está intensificando, até o dia 22 de fevereiro, a fiscalização nas rodovias federais. Trata-se da operação integrada Rodovida, que está reunindo órgãos da União, do Estado e dos municípios, com o objetivo de reduzir a violência no trânsito de Pernambuco. Durante o período de Ano Novo, que compreendeu ao intervalo do dia 29 de dezembro até o último dia 1º, foram registrados 53 acidentes, que deixaram 35 feridos e três pessoas mortas.

Em comparação com o período natalino houve uma redução de 50% no número de mortes e 18% no índice de colisões, já que durante os dias 23 e 25 de dezembro, foram registrados 71 acidentes, com 51 feridos e seis pessoas mortas. O balanço total de final de ano, incluindo o período de Natal e o Réveillon, contabilizou um total de 124 acidentes, com 86 feridos e nove mortes. Em 2016, durante os dias 23 de dezembro de 2016 até o dia 1º de janeiro 2017, foi registrado um total de 109 colisões, que deixaram 99 feridos e quatro pessoas mortas.

Dos três acidentes com vítimas fatais, dois foram por atropelamento. O primeiro ocorreu na madrugada da sexta-feira (29), na BR-407, em Petrolina, no Sertão. Na ocasião, um ciclista que estava cruzando a rodovia foi atropelado por um motorista não identificado. Este último fugiu do local sem prestar socorro. Já o segundo aconteceu na noite do sábado (30), na BR-232, em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. O pedestre estava atravessando a rodovia, quando foi atingido por um veículo. A vítima morreu no local e o condutor também fugiu.

Durante ainda neste período, 895 pessoas e 921 veículos foram fiscalizados, sendo emitidas 746 autuações por diversas infrações ao Código de Trânsito. Dentre elas, 46 por ultrapassagens em local proibido, 41 pelo não uso do cinto de segurança, nove pela falta da cadeirinha e quatro por conduzir motocicleta sem capacete. Também foram recolhidos na operação: 55 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLVs) e 22 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) por diversas irregularidades.

No combate à alcoolemia, a ação da PRF teve o apoio das equipes da Operação Lei Seca, sendo feitos 652 testes com o bafômetro e 16 autuações, bem como sendo realizadas as prisões de duas pessoas, que estavam dirigindo sob o efeito de álcool com índice superior a 0,34 mg/l. Já no combate à criminalidade, a operação contou com o auxílio do Núcleo de Operações Especiais, através dos Grupos de Policiamento Tático e do Grupo de Motociclismo da PRF.

Ao todo, seis pessoas foram presas por diversos crimes, tais como uso de documento falso, assalto a veículo, embriaguez ao volante e receptação.

Em preparativos finais para a estreia no Campeonato Pernambucano 2018, o Central fará dois jogos-treinos no decorrer da semana. Neste domingo (07), a partir das 16h, no Estádio Juca Sampaio, em Palmeira dos Índios (AL), a Patativa visita o CSE enquanto nesta quarta-feira (10), a partir das 20h, no Estádio Lacerda, duela com Íbis. Ingressos para este segundo compromisso serão comercializados ao preço único de R$ 10. Na primeira rodada do Estadual, o Central duela com o Afogados, no próximo dia 17, no Estádio Vianão.

Na temporada que ficou marcada como a mais violenta da história, a Capital do Agreste fechou o saldo de 2017 com impressionantes 265 homicídios registrados. O último deles ocorreu poucas horas antes da virada do ano, mais precisamente no final da noite do dia 31, na Rua Doutor José Manoel, no Bairro Santa Rosa.

De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, o jovem Luiz Felipe Ramos da Silva, de 23 anos, encontrava-se nas imediações da Favela Bonanza, quando acabou sendo baleado com dez tiros de pistola. A suspeita é de que vítima tenha sido morta devido ao seu envolvimento com as drogas.

O corpo de Luiz foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal de Caruaru. Ele foi a 14ª pessoa a ser assassinada no último mês de dezembro na cidade. Com o encerramento de 2017 foram contabilizados 36 homicídios a mais na Capital do Agreste em relação a 2016.

1º assassinato

A primeira vítima fatal de 2018 em Caruaru foi o ex-presidiário Alison Alves Rodrigues da Silva, de 24 anos. De acordo com informações repassadas pela Polícia Militar, ele foi morto por volta das 3h da última segunda-feira (1º), na Rua D-2, no Bairro Vila Kennedy. Alison foi executado com dez disparos de pistola. Seu corpo também foi levado para o IML.