Em 8 países um quarto da população passa fome, diz ONU

Da Agência EFE

Ao todo, oito países têm um quarto ou mais da sua população passando fome em situação de emergência, revelou o último relatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) elaborado por duas agências do organismo. A informação é da Agência EFE.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) informaram nesta segunda-feira (29) em comunicado conjunto que a insegurança alimentar em países afundados em conflitos continua piorando, fazendo com que a ajuda humanitária seja de “extrema importância”.

O relatório identificou 16 países com sérios problemas de alimentação, dos quais oito enfrentam crise ou emergências que afetam um quarto ou mais da população. O caso mais preocupante é o do Iêmen, onde 60% dos habitantes (17 milhões de pessoas) sofrem fome severa, seguido do Sudão do Sul, com 45% da população (4,8 milhões) em situação semelhante.

A guerra na Síria fez com que 33% da população do país sofra com altos níveis de insegurança alimentar (6,5 milhões de pessoas), a mesma porcentagem do Líbano, com 1,9 milhões de famintos devido ao grande número de refugiados sírios lá.

Três de cada dez pessoas sofrem com níveis críticos de fome na República Centro-Africana (1,1 milhões de pessoas), enquanto que a porcentagem é 26% na Ucrânia (1,2 milhões) e de 25% tanto no Afeganistão (7,6 milhões) quanto na Somália (3,1 milhões).

Frente às crises que receberam mais atenção em outras partes da África, as agências mostraram “preocupação” pela rápida deterioração vista na República Democrática do Congo, onde calcula-se que a crise alimentar pode afetar 7,7 milhões de habitantes (11% da população).

No Sudão o número de pessoas com graves problemas de insegurança alimentar é 3,8 milhões; no Iraque, 3,2 milhões; no entorno do Lago Chade (entre Chade, Níger, Nigéria e Camarões), 2,9 milhões; no Burundi, 1,8 milhão; e no Haiti, 1,3 milhão.

Em 2016, o cálculo era que 815 milhões de pessoas passavam fome no mundo, sendo que 489 milhões (75%) viviam em zonas afetadas pela violência.

56,8% das operadoras em regime de direção da ANS são de pequeno porte

No período entre 2000 e 2017, houve 829 instaurações de regimes de direção fiscal de operadoras de saúde no país, sendo que muitas foram recondução de regimes vigentes. Parte considerável dos encerramentos dos regimes se dão com liquidação extrajudicial ou cancelamento do registro. De acordo com o estudo inédito “Regimes de Direção e de Liquidação Extrajudicial”, desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base nos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foram identificadas 44 operadoras com regime de direção fiscal ainda em andamento. Acesse a íntegra do estudo: http://iess.org.br/?p=publicacoes&id_tipo=3.

Dessas, 97,7% prestavam assistência médico-hospitalar e 2,3% assistência exclusivamente odontológica. Entre as operadoras que estão em direção fiscal, apenas sete, o que equivale a 15,9% do total, são de grande porte, ou seja, possuem mais de 100.000 beneficiários. A maior parte das operadoras sob regime de direção fiscal é de pequeno porte, um total de 56,8%.

O levantamento do IESS apresenta também os dados de regime de direção fiscal em andamento por região. A região Norte é que possui maior número proporcional de operadoras com anormalidades econômico-financeiras. Na região, 9,5% das 42 OPS existentes encontram-se nessa situação. Já 4,2% das operadoras com sede na região Centro-Oeste estão sob regime de direção fiscal. Nas regiões Sul e Nordeste, as proporções são de 3,0% e 2,5%, respectivamente. Por concentrar o maior número de sedes de operadoras, um total de 793, a Região Sudeste apresenta o maior número de operadoras com problemas econômico-financeiros, um total de 26. No entanto, este número representa o menor valor proporcional, ou seja, 3,3% de operadoras sob regime de direção fiscal.

Operadoras de pequeno porte

Com relação aos desfechos desses regimes, o documento mostra que 81,6% das operadoras que saíram do mercado ou entraram em processo de liquidação judicial eram consideradas de pequeno porte, ou seja, respondiam por até 20 mil beneficiários. “A falta de escala acaba por prejudicar os menores players do mercado, com maior dificuldade em atender as normas sobre regras financeiras do órgão regulador”, analisa o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro.

Os resultados da pesquisa reforçam a necessidade de se pensar na saúde financeira das pequenas e médias operadoras. Segundo Carneiro, há uma série de fatores que impactam nas condições econômicas das operadoras. Uma destas questões é a alteração no rol de procedimentos da ANS. “Sem uma avaliação criteriosa de custo-efetividade da incorporação de novas tecnologias, há a expansão de custos sem, necessariamente, mais eficiência e qualidade assistencial. Esse e outros fatores, como modelo de pagamentos a prestadores, podem alterar a estrutura de custos e a sustentabilidade, principalmente, das pequenas e médias operadoras”, comenta.

O processo de consolidação do setor de saúde suplementar nos últimos 10 anos tem sido acompanhado por adequações da legislação e a atuação sistemática da ANS. “A legislação sobre as garantias financeiras não deve se tornar um obstáculo para a manutenção das operadoras, mas uma maneira de garanti-la, contribuindo para o amplo atendimento de diferentes grupos de beneficiários de planos de saúde”, conclui o superintendente executivo do IESS.

Entenda a regulação

A título de informação a constatação por parte da ANS de irregularidades em alguma operadora gera um regime especial de direção técnica, que pode ser transformado em regime de direção fiscal nos casos de anormalidades econômicas/financeiras e/ou administrativas graves.

No entanto, pode-se notar que houve uma redução gradativa do número de direções fiscais ao longo do período analisado. Este fato pode ser explicado pela criação de medidas técnicas e gerenciais para o acompanhamento da situação econômico-financeira das operadoras.

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

Ministros pela metade

Heitor Scalambrini Costa*

O forte de Pernambuco não é oferecer bons ministros ao Ministério de Minas e Energia (para outros ministérios deixo você decidir). Nos últimos 20 anos, dois políticos do Estado figuraram como ministros desta pasta tão estratégica e importante para o país . Este ministério, como outros, tem sido usado como “moeda de troca” na politicagem da chamada “governança”. Já foi feudo do PFL/DEM, depois do PMDB, e com passagem do PT. Pessoas sem nenhum vínculo com a área e sem conhecimento de causa tem sido nomeadas.

Ministro, entre março de 2001 e março de 2002, em plena crise do desabastecimento de energia, quem não se lembra de José Jorge (DEM-PE). Um verdadeiro fantoche. Em pleno gozo, na cadeira de ministro, se sujeitou a que uma outra pessoa, comandasse as ações do Ministério, o então Chefe da Casa Civil da época (atual presidente da Petrobrás), Pedro Parente. Virou chacota para a grande imprensa do país. Além de imporem, com o apagão elétrico da era FHC, um prejuízo de R$ 45,2 bilhões, segundo relatório aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Agora, no cargo, está um outro personagem completamente desconhecido do setor energético, e mesmo da política nacional, o deputado federal do PSB Fernando Bezerra Coelho Filho. Sem entrar no mérito de como se deu sua indicação, em pleno processo de angariar votos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, caiu em seu colo um Ministério no (des)governo Temer. Diga-se de passagem, contestado por amplos setores da sociedade brasileira.

De tradicional família sertaneja, os Coelhos do município de Petrolina (Pernambuco), é filho de um senador da república. Esta família por décadas domina a região, com mão de ferro, com seus descendentes sempre ocupando cargos em governos, não importando o viés ideológico. Transitam no amplo espectro politico da direita, a esquerda. Sem nenhum constrangimento, a frase “Hay gobierno, soy gobierno” cai muito bem a esta família.

O atual ministro do MME é um títere de empresas, e de setores organizados do empresariado nacional e internacional, cumprindo um papel de mero coadjuvante, um borbônico no meio energético. Todavia, tem amplo respaldo do chamado “mercado”. E age, e governa, em função dos interesses do capital.

Diante dos energúmenos personagens atuais, Pernambuco se ressente de figuras ícones como Frei Caneca, Paulo Freire, Dom Helder Câmara, Josué de Castro, Francisco Julião, Miguel Arraes, Pelópidas da Silveira, entre outros.

Anúncios pagos em redes sociais ampliam recursos para candidatos

Folhapress

Os políticos terão uma nova arma à disposição na campanha de 2018. Além da propaganda de rádio e TV –uma bala de canhão, com potência para atingir um número amplo de telespectadores–, eles poderão dar tiros mais certeiros em seus eleitores.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a propaganda eleitoral na internet, o que inclui pagar para exibir anúncios eleitorais ou impulsionar publicações em plataformas como o Facebook, Instagram, YouTube e o Twitter.

O tribunal também permite que campanhas usem sites, e-mails, blogs e aplicativos de mensagem instantânea, a partir de 16 de agosto. Somente candidatos, partidos e coligações poderão panfletar nas redes, fornecendo dados sobre sua identidade eletrônica à Justiça Eleitoral. Estão proibidos de impulsionar conteúdo eleitoral nas redes perfis falsos, páginas ligadas a empresas e a entidades da administração pública.

O TSE tem até 5 de março para publicar a versão definitiva das regras. Empresas de tecnologia consultadas pela reportagem, como Google, Facebook (que também responde pelo Instagram) e Twitter dizem que vão respeitar as novas normas. Por ora, cientistas políticos e marqueteiros apostam que o impulsionamento de propaganda na internet inaugurará um novo capítulo no modo de fazer uma campanha no Brasil.

As redes podem ser fundamentais para postulantes ao Legislativo, que costumam ter menos exposição midiática. “Um candidato nas disputas proporcionais [Câmara e Assembleias] com recursos para interagir e cultivar uma base potencial –digamos, uma grande corporação como a polícia– terá grande vantagem usando as redes”, diz o cientista político Antonio Lavareda, especialista em comportamento eleitoral.

Nesse sentido, a possibilidade de impulsionar sua campanha nas redes pode favorecer candidatos com recursos próprios, que consigam colocar dinheiro nas campanhas ou angariar doações privadas. As novas regras de financiamento eleitoral proíbem doações de empresas e preveem o uso do fundo partidário.

“Um candidato com mais poder financeiro vai ter mais visibilidade. É um ecossistema [nas redes sociais] que envolve mais planejamento, como buscar quais são os assuntos mais relevantes. É preciso pensar numa gestão de campanha digital, não adianta colocar o ‘play’ [num anúncio] e achar que está tudo certo”, diz Arnaldo Jardim, diretor de planejamento digital da Benjamin, que tem campanhas como a de João Doria (PSDB) em 2016 no portfólio.

O valor da compra de visibilidade nas redes depende da complexidade dos filtros, e pode custar tanto quanto algumas fornadas de santinhos numa gráfica ou ultrapassar o valor de 30 segundos no intervalo da novela das 21h, na casa dos R$ 800 mil.

Agência consultada diz que o orçamento para atingir um público de cerca de 45 milhões do Facebook é na ordem de R$ 12 milhões. Com 120 milhões de usuários no Brasil, a rede é a mais importante no país. Os perfis contêm uma seção em que é possível ver todos os anúncios que o usuário contratou.

Confiança da Indústria fica estável em janeiro

Agência Brasil

O Índice de Confiança da Indústria medido pela Fundação Getulio Vargas encerrou janeiro em 99,4 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, mesmo resultado aferido em dezembro. No trimestre, o índice avançou 1,2 ponto, atingindo 98,8 pontos.

Também registrou estabilidade o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (74,7%), que se manteve o maior desde dezembro de 2015. No trimestre, o índice avançou 0,1 ponto percentual, passando para 74,7%.

O desempenho do Índice da Situação Atual o maior desde setembro de 2013 – subiu 2,4 pontos, atingindo 100,9 pontos. Contribuiu para esse resultado, a melhora na percepção sobre os estoques em janeiro. A parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como insuficiente caiu de 5,6% para 5,4%, mas a parcela das que o consideram excessivo caiu em maior proporção, de 9,1% para 8%.

O Índice de Expectativas caiu 2,4 pontos, totalizando 98 pontos, mesmo nível de novembro passado. A principal contribuição para a queda do índice foi a expectativa sobre a evolução de pessoal ocupado nos três meses seguintes. Houve queda da proporção de empresas prevendo aumento no volume de pessoal, de 19% para 17,8%, e diminuição da proporção das que esperam redução, de 12,5% para 12,3%.

Fundo eleitoral dará mais dinheiro público a 21 partidos

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Congresso em Foco

Dos 32 partidos que participaram da eleição de 2014, 21 terão mais dinheiro em caixa para gastar com as eleições deste ano em comparação com quatro anos atrás. O aumento é decorrente da criação de um fundo eleitoral bilionário com dinheiro público criado pelo Congresso Nacional para compensar a proibição das doações empresariais. O levantamento é do jornal O Estado de S. Paulo. Entre os beneficiários estão, sobretudo, partidos pequenos e médios. O PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, receberá a maior diferença (R$ 56,8 milhões a mais em 2018); seguido por PDT (R$ 53,9 milhões) e PR (R$ 36,2 milhões a mais).

Embora continuem com a maior fatia do bolo do fundo eleitoral, PT, MDB e PSDB perderão recursos públicos em comparação com 2014. No caso do PT, o montante cai de R$ 316,3 milhões para R$ 212,3 milhões; do MDB, de 376,6 milhões para R$ 234,3 milhões; e do PSDB, de R$ 321,7 milhões para R$ 185,8 milhões.

O levantamento feito pelo Estado, com base nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), compara apenas as doações feitas em 2014 aos partidos com o fundo eleitoral, sem computar recursos enviados diretamente para os candidatos. Os valores foram corrigidos pela inflação do período. Quando somadas todas as doações eleitorais, inclusive as que foram diretamente aos candidatos, o número de partidos que terão mais recursos neste ano cai para cinco: PRB, Podemos (ex-PTN), PSOL, PCB e PCO, mostra o Estadão.

Na prática, os números reforçam a análise de que a reforma política aprovada no ano passado favoreceu as cúpulas partidárias, que terão ainda mais poder sobre as candidaturas. Pelas regras, num cenário geral de menos recursos para as campanhas, caberá à comissão executiva de cada partido definir como será a divisão interna do fundo eleitoral entre seus candidatos.

Em entrevista ao Estadão, o diretor executivo da Transparência Brasil, Manoel Galdino, diz que o financiamento público eleitoral deverá reduzir o “abismo” que sempre existiu em relação aos valores disponíveis para as campanhas. Para ele, os grandes partidos ainda continuam com grande vantagem em relação aos demais.

“Proporcionalmente, esses partidos menores serão beneficiados, porque antes recebiam poucos recursos de empresas, era mais de outros partidos. Com a proibição de doação de empresas, eles não perderam, pois, além do que vão receber do fundo eleitoral, continuam podendo vender seu tempo de TV, sua aliança, em troca de mais dinheiro”, afirma o diretor da Transparência.

O financiamento empresarial de campanhas foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em 2015. Como alternativa, parlamentares aprovaram no ano passado a criação do fundo eleitoral, que terá R$ 1,71 bilhão e será abastecido com recursos do orçamento da União. A exemplo do que ocorreu nas eleições municipais de 2016, a doação de pessoa física também será permitida neste ano.

Sem nova Previdência, Brasil vai ser Grécia, diz Temer a Silvio Santos

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Folhapress

O presidente Michel Temer voltou a defender no domingo (28) a reforma da Previdência e disse que, sem a medida, Brasil poderá chegar à situação da Grécia, em que foi preciso cortar o salário dos funcionários públicos.

A declaração ocorreu em entrevista no “Programa Silvio Santos”, no SBT, um dia após ter participado do novo programa do apresentador Amaury Jr., na Band. Os encontros fazem parte de uma estratégia do Planalto para tentar melhorar a imagem do presidente e tentar explicar ao público a reforma da Previdência.

“Se não houver reformulação da Previdência, vai acontecer daqui a dois ou três anos o que aconteceu em Portugal e na Grécia, em que a dívida da Previdência é tão grande e expressiva que lá foi preciso cortar, 30%, 40% dos vencimentos dos funcionários públicos”, afirmou.

Temer também voltou a citar o deficit na Previdência e disse que, sem a reforma, o governo não terá dinheiro para pagar a aposentadoria nos próximos anos.
“Hoje a dívida previdenciária é de R$ 189 bilhões. No ano que vem, será R$ 220 bilhões”, disse.

O deficit do INSS, na verdade, foi de R$ 182,5 bilhões no ano passado -o maior rombo da série histórica, que começa em 1995. O deficit cresceu 21,8% em relação a 2016, quando o rombo foi de R$ 149,7 bilhões. Quando o cálculo leva em conta o regime dos servidores públicos da União, o deficit subiu 18,5% em 2017, para R$ 268,8 bilhões.

Durante a entrevista com Silvio Santos, em clima descontraído, o presidente recebeu o apoio do apresentador, que definiu a situação atual da Previdência como “gravíssima” e “aflitiva”.

Em conversa, Silvio disse que deputados podem não querer aprovar a reforma por achar que Temer deseja concorrer à reeleição, “o que não é verdade”, emendou.
“Ele foi pego numa situação em que foi obrigado a ser presidente. Não quer dizer que tenha vontade de ser presidente de novo”, disse o apresentador. “Esta deve ser a preocupação dos deputados para que não aprovem a Previdência”, completou.

Temer, no entanto, aproveitou o momento para fazer um aceno aos parlamentares, dizendo que eles “têm consciência” da necessidade de aprovar a reforma. “Eles pensam no país. Nós todos estamos pensando no país. Estou pensando em deixar um legado histórico, em as pessoas lá na frente vão dizer: ‘mas esse Temer aí, ele conseguiu fazer as reformas que o Brasil precisava”, disse.

Em seguida, porém, pediu o apoio da população para que “sensibilizem” os deputados para que votem a favor da reforma. Antes de anunciar a entrada do presidente, Silvio chamou a música “Apertar o Cinto”, de Bezerra da Silva, e comparou as dúvidas sobre o tema às ocorridas em outros momentos, como o confisco na poupança na era Collor e a entrada do URV (Unidade Real de Valor, que antecedeu ao real).

Temer aproveitou o fim da conversa para fazer um gracejo ao apresentador. “Vou fazer uma coisa que você faz com suas colegas de trabalho”, disse, referindo-se à forma como Silvio chama as mulheres que ficam na plateia. Em seguida, retirou uma nota de R$ 50 e entregou ao apresentador.

Empresa de auditoria lança “Calculadora de Oportunidades” para recuperar valores e reduzir custos com telefonia

Em tempos de recessão econômica, é esperado que as empresas passem a rever seus planos de investimento e comecem a trabalhar para reduzir custos, por isso, adotar um sistema de auditoria e gestão em telecomunicações acaba sendo a melhor saída para evitar gastos exorbitantes.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações, no último mês de novembro, foram registradas 263,3 mil reclamações dos serviços de telefonia móvel e fixa, TV por assinatura e banda larga. Dessas reclamações, a cobrança indevida continua sendo o maior motivo de queixa dos usuários. Na telefonia móvel, representou 48% e 40% para telefonia fixa.

Quando se gerencia diversas linhas telefônicas, é comum que depois da contratação de um serviço os pagamentos sejam feitos de maneira automática. Com isso, as operadoras se aproveitam da falta de um olhar crítico sobre as contas e abusam das cobranças indevidas.

Pensando nisso, a WeAudit – empresa de gestão e auditoria telefônica – criou uma ferramenta que pode ser acessada gratuitamente no site da própria empresa e aponta a estimativa de valores cobrados de forma errônea.

A “Calculadora de Oportunidades” calcula a economia que empresas podem obter em suas faturas a partir de auditorias em linhas corporativas. Com base de dados como número de linhas, operadora de serviço e o valor médio das contas é possível ter uma média de quanto a empresa poderá reduzir em suas contas, além de mostrar o quanto é possível recuperar do valor pago durante os últimos 36 meses.

Para Tiago Hungria, fundador da WeAudit, essa ferramenta demonstra o quanto a telefonia brasileira precisa evoluir e se adequar aos padrões de qualidade. Hoje, apenas 2% das empresas em nosso país possuem algum serviço de auditoria ou gestão telefônica.

Com uma base de 536 clientes atendidos, entre eles LG, Canon, Kerry e Ferrero, a WeAudit reduz em média 27% dos gastos com telefonia, oferecendo seus serviços às médias e grandes empresas de diversos setores. Além da enorme redução de custo, o suporte e gestão da WeAudit ajudam as empresas melhorarem sua produtividade e desempenho. Esse trabalho já recuperou cerca de R$33 milhões pagos indevidamente.

Em 2017 a empresa ingressou para o franchising com diversas vantagens aos seus franqueados, como o baixo custo operacional na aquisição da franquia, o expressivo retorno financeiro e alta lucratividade.

No modelo de negócios compartilhado, durante o primeiro ano, o franqueado pode trabalhar home based e contará com o auxílio da franqueadora. A partir do segundo ano, o atendimento passa a ser responsabilidade do franqueado que precisará ter uma infraestrutura completa e padronizada. O investimento inicial na marca é de R$55 mil.

Sobre a WeAudit

Fundada em 2011, a WeAudit é uma empresa de auditoria e gestão telefônica pioneira no país, que tem como objetivo reduzir os custos mensais de telefonia de seus clientes. Isso é possível através de um mapeamento feito por softwares exclusivos e sem vínculo com operadoras, a empresa garante a economia média de 27% no valor. Vencedora do prêmio Great Place to Work de 2015, a empresa cresceu 211% em 2016 e após anos de experiência no mercado, a WeAudit está lançando o primeiro modelo de franquia de Auditoria de Telefonia do país.

Conheça mais sobre a empresa: http://weaudit.com.br

Temer diz que reforma da Previdência pode sofrer mudanças

Karine Melo e e Débora Brito – Repórteres da Agência Brasil

O presidente da República, Michel Temer, afirmou hoje (29) em entrevista à Rádio Bandeirantes, que na volta do recesso parlamentar o texto da reforma da Previdência ainda pode sofrer alterações.

“Aconteça o que acontecer sempre haverá uma economia muito significativa ao longo de 10 anos. O governo não pretende abrir mão daquilo que está na reforma. Mas, evidentemente, o diálogo pode levar a uma ou outra modificação. Diante do projeto original, a economia de recursos seria de cerca de R$ 900 bilhões em 10 anos. Com este novo projeto amenizado, a economia seria de R$ 550 bilhões a R$ 600 bilhões, ou seja, vale a pena. Entre nada e R$ 550 bilhões, melhor esta economia, que garante os valores dos aposentados e servidores públicos.”

Ele disse estar otimista em relação à aprovação do texto e afirmou que “quem não votar pela reforma da Previdência estará fazendo um mal para o país”. Segundo o presidente, agora as pessoas estão mais esclarecidas sobre o tema.

“Conseguimos fazer uma comunicação com a população, esclarecendo o que é a reforma da Previdência”. O presidente destacou que, pela proposta, para os trabalhadores que ganham até R$ 5.645 nada muda. “Se não consertarmos a Previdência, daqui a dois ou três anos ela não resiste”, alertou.

Temer lembrou a situação de estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, que enfrentam dificuldades para pagamento de servidores e tiveram socorro federal.

O presidente disse que, se a reforma for aprovada, “muito provavelmente a nota de crédito do Brasil será recuperada” e o país voltará a atrair investimentos. Temer ressaltou que o país já está aumentando sua confiança e que foram abertos, nos últimos meses, mais de 1,4 milhão de postos de trabalho. Ele espera que, até o fim de seu governo, o Produto Interno Bruto volte a crescer mais de 1% e possam ser abertas mais de 1,5 milhão de vagas de trabalho.

Temer também defendeu a reforma da Previdência em entrevistas exibidas em emissoras de televisão, no fim de semana. No programa do Amaury Jr, veiculado no último sábado, na Band, e no programa do Sílvio Santos, no domingo, no SBT, reforçou os argumentos pela aprovação da reforma e apontou os riscos para as contas do Estado caso não haja nenhuma medida para conter o déficit previdenciário.

Juros

Outro tema abordado pelo presidente, na emissora de rádio paulista, foi a demora da queda de juros para o consumidor. Ele disse que tem discutido com sua equipe uma forma de coincidir a redução na Selic (taxa básica) e os juros, ressaltando que, apesar da diferença, “indispensavelmente os juros vão cair pouco a pouco”.

Abortos recorrentes podem estar ligados a miomas

Poucos eventos ligados à gravidez causam tanto desamparo e impotência do que saber que você vai se tornar mãe para, em seguida, sofrer um aborto espontâneo. Surpreendentemente, a perda do bebê nos primeiros meses de vida é algo comum: 15% das futuras mamães poderão passar por isso.

No entanto, estatísticas mostram que se a primeira gravidez terminou em um aborto, há mais ou menos 14% de chance de a gravidez seguinte não ser bem-sucedida novamente. Depois de dois abortos espontâneos, as chances de ter um terceiro praticamente dobram, ficando em torno de 26%.

O aborto recorrente ou habitual é aquele que ocorre por três vezes, de forma consecutiva, antes de 20 semanas de gestação. Entre 1% a 2% das mulheres sofrem abortos recorrentes.

Extração do mioma reduz chance de abortos recorrentes

A medicina está longe de fechar todas as causas dos abortos recorrentes, porque apenas em metade dos casos é possível identificar uma origem específica para o problema. Sabe-se com certeza absoluta, por exemplo, que anormalidades nos cromossomos estão entre as causas. Alguns problemas no útero, entre eles miomas, pólipos e disfunção hormonal também estão ligados à condição.

A boa notícia é que a remoção cirúrgica de miomas que distorcem a cavidade do útero foi capaz de reduzir o risco de aborto no segundo trimestre de gravidez a zero. Foi o que mostrou um estudo publicado na revista Human Reproduction.

“Alguns tipos de mioma nascem na parede uterina. Ao crescerem, eles podem distorcer a cavidade do órgão. São os chamados miomas intramurais, uma das causas de infertilidade”, comenta Dr. Edvaldo Cavalcante, cirurgião ginecológico.

Foi a primeira vez que se encontrou evidências de que esse tipo de mioma está entre as causas de abortos habituais. Sabia-se que eles estavam associados aos abortos espontâneos, mas não recorrentes. O estudo estimou, ainda, que a prevalência de miomas em mulheres com abortos recorrentes chega a 8,2%.

Miomectomia preserva o útero

A miomectomia é a técnica cirúrgica utilizada para preservar o útero em mulheres que desejam engravidar. Ela pode ser realizada por meio de técnicas minimamente invasivas, com menos riscos, menor custo e recuperação mais rápida.

Entre as técnicas utilizadas estão a videolaparoscopia, videohisteroscopia ou ainda a miomectomia por cirurgia robótica, esta última indicada para casos mais complexos ou mais delicados, que necessitam de alto detalhamento e precisão.