UFPE apresentará inovador projeto do Sertão em energia renovável

Nesta segunda-feira (6), a climatologista Francis Lacerda do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e o PhD em Meteorologia, Paulo Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), participam do Colóquio do Centro de Energias Renováveis (CER) da Universidade Federal de Pernambuco. Os pesquisadores desenvolvem no interior do estado, através da rede Ecolume, um projeto inovador na América do Sul onde potencializa a energia solar voltada para o armazenamento e o gerenciamento de água para produção alimentar de vegetais e animais. O evento começa a partir das 13h30 no auditório do CER da instituição.

Francis Lacerda, que é coordenadora do Laboratório de Mudanças do Clima do IPA, abordará sobre o Ecolume enquanto conceito inovador de interesse para as áreas alimentares, hídricas e também energéticas. Já em fase de experimentos práticos através de protótipo técnico-científico-social em desenvolvimento em Ibimirim, o Ecolume visa demonstrar que é possível plantar água, comer Caatinga e irrigar com o sol. O conceito- experimento, atento a desafios postos pelos impactos socioeconômicos e ambientais frente à mudança climática, bem como para a necessidade de adaptações, aposta no sistema agrovoltaíco para produção alimentar familiar. E, na palestra, a pesquisadora apresentará o conceito Ecolume diante dos desafios das mudanças climáticas no semiárido nordestino.

Na programação, Paulo Nobre, coordenador do Sistema de Modelagem Brasileira das Mudanças Climáticas, desenvolvido pelo Inpe, abordará sobre a abundância energética e as mudanças climáticas enquanto uma questão central para o futuro da sociedade. O Ecolume inclusive já vem apostado neste cenário, investindo no Bioma Caatinga, no semiárido do Brasil – região de pouca chuva, quente e muita incidência solar durante a maior parte do ano, além de uma fauna e flora naturalmente adaptada.

“Tais condições naturais, associadas a contextos da mudança do clima, estes que agravarão secas nestas regiões e em outras não semiáridas, demandam de pesquisadores também em áreas de energias renováveis a busca por estudos, inovações científicas e tecnológicas que estimulem e atrelem novos experimentos socioeconômicas e ambientais vinculados ao potencial solar no já adaptado ecossistema do clima semiárido”, fala Francis. Assim, endossa a pesquisadora, é preciso primeiro enxergar a Caatinga como um local de grandes potencialidades e não de miséria.

Brasil tem mais de 3,2 milhões de profissionais de educação no mercado de trabalho

A educação é fundamental para o desenvolvimento do país e pilar para o crescimento de todas as profissões. Há quatro anos, o país comemora, em 6 de agosto, o Dia Nacional dos Profissionais de Educação, instituído pela Lei 13.054/2014.

Para analista de Políticas Sociais do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho, Mariana Eugênio, os profissionais da educação têm um papel decisivo na formação de outros profissionais e influenciam direta e indiretamente a dinâmica do mercado de trabalho. “Os dados revelam o espaço que esses profissionais têm no mercado brasileiro, em especial as mulheres, que são a grande maioria”, afirma.

No Brasil, existem 3.294.788 profissionais atuando na área, de acordo com a última Relação Anual de Informações Sociais (Rais), de 2016. São 3,1 milhões de professores, 66,5 mil coordenadores pedagógicos, 38,9 mil orientadores educacionais, 37,2 mil diretores escolares e 27,4 mil supervisores de ensino.

No primeiro semestre do ano foram criadas 7.149 novas vagas de emprego para profissionais de educação, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A ocupação que mais gerou postos de trabalho no período foi a de professor (6.698), seguida da de coordenador pedagógico (245), orientador educacional (96) e diretor escolar (83).

Dos 6.698 professores contratados entre janeiro e junho, 4.809 foram mulheres e 1.889 homens. Os melhores desempenhos na contratação desses trabalhadores ocorreram nos estados de Minas Gerais (963), São Paulo (844) e Bahia (812). Entre os coordenadores pedagógicos contratados em 2018, as mulheres também foram maioria com saldo de 195 postos. O estado que mais gerou vagas para esses profissionais foi o Ceará (51).

São Paulo foi o estado que mais contratou orientador educacional (63); o Distrito Federal, diretores escolares (30); e Minas Gerais, supervisores de ensino (13).

Artigo: Desmobilizar capital pode trazer bons retornos

*Thomas Lanz

Ao acompanharmos a movimentação da Bolsa de Valores, observamos que na maioria dos casos as ações têm uma movimentação favorável quando empresas desmobilizam o seu capital. Nas últimas semanas tivemos por exemplo grandes grupos que anunciaram a venda e negociação de alguns de seus ativos, como a BRF, Vale e Petrobrás. De imediato, o mercado reagiu positivamente às decisões tomadas e anunciadas por enxergar que este foi um alívio.

Pelas mais diversas razões as empresas enfrentam dificuldades em seus negócios com sérias repercussões sobre o fluxo de caixa. Os gestores em conjunto com o Conselho de Administração após analisarem as diversas alternativas concluem que o mais viável seria se desfazer de alguns negócios responsáveis pelo mau desempenho. As decisões são tomadas dentro de um contexto de plena racionalidade objetivando a manutenção e ou recuperação da empresa.

Agora vamos voltar os olhos para o universo das empresas familiares. Para muitas delas enfrentando dificuldades de ordem econômico-financeira, medidas de desmobilização se enquadram na categoria do impensável. Se nas empresas de capital aberto o Conselho de Administração toma decisões baseadas em fatos e resultados, em empresas familiares o componente emocional ocupa boa parte do cenário sobrepondo-se às análises frias e realistas.

Imaginemos um grupo familiar cujo negócio de origem apresenta prejuízos, sorvendo recursos financeiros das outras empresas do mesmo grupo que cresceram e prosperaram ao longo do tempo. Todos esforços são feitos para que o primeiro negócio continue em pé, por razões sentimentais. Sócios e gestores são obrigados a investir muito mais tempo do que deveriam nessa missão. O mais sensato seria encerrar as atividades dessa unidade de negócios. Entretanto tudo é feito para salvá-la.

As pressões são inúmeras contra o fechamento deste primeiro negócio do grupo.
Em primeiro lugar temos a influência da família que tem dificuldades em admitir que as portas da empresa-mãe precisam ser fechadas.

Para os familiares é como o chão que lhes fosse tirado debaixo dos pés.
Em segundo lugar, os próprios gestores têm receio em relação ao impacto institucional negativo que a notícia poderia causar sobre os stakeholders. Por fim, a falta de uma estrutura de governança corporativa adequada dificulta muito uma tomada de decisão deste vulto.

Observamos igualmente que muitas empresas familiares sofrem um constante processo de descapitalização ao longo dos períodos em que os negócios estão indo bem. Os sócios, fazem uma distribuição de lucros sem levar em conta o planejamento empresarial. Na maioria dos casos, falta uma política adequada voltada à repartição dos ganhos. De uma hora para outra a situação dos negócios pode se inverter levando a empresa enfrentar dificuldades. Os resultados operacionais começam a afetar o caixa. Os gestores são obrigados a recorrer às instituições financeiras para captar recursos. As elevadas taxas de juros começam a pesar cada vez mais no desempenho da empresa. Para muitos empresários é uma situação nova ou há muito tempo não vivida. O que resta fazer se a busca de recursos junto ao mercado se torna inviável?

Além das medidas clássicas de redução de custos, os sócios e gestores não estão muito propensos a pensar na capitalização da empresa através da desmobilização de certos ativos, linhas de produtos ou até negócios de um grupo ou a transformação de parte do capital privado das famílias sócias em recursos financeiros a serem injetados na empresa. Existe a preferência pelo endividamento em relação à injeção de recursos pessoais por parte dos sócios. Esta prática é hipoteticamente simples quando estamos falando de uma empresa de um dono só. Quando a empresa tem diversos sócios esta prática se torna mais difícil principalmente se o objetivo for manter a participação societária dos detentores do capital. A alternativa mais simples de capitalização seria a desmobilização, enxugamento e readequação da empresa familiar.

Fica a dica para quem está enfrentando este cenário:
– agir racionalmente, mesmo sendo uma empresa familiar. Os números é que deverão orientar a tomada de decisões e não o histórico da empresa.

– não ter medo de parar com a fabricação de certas linhas de produtos menos rentáveis ou fechar unidades de negócios que estão no prejuízo

– elaborar uma Política de Distribuição de Lucros

– constituir , caso não exista, um Conselho de Administração que acompanhe o desempenho econômico financeiro da empresa

– preparar a família sobre a necessidade de uma eventual desmobilização de bens familiares para capitalizar os negócios da família

*Thomas Lanz é fundador da Thomas Lanz Consultores Associados, empresa especializada em governança corporativa, gestão de empresas médias e grandes no Brasil.

Alimentação saudável à venda na Feira de Orgânicos do Sesc Ler Surubim

Alimentação saudável e fresquinha, além de deliciosa, pode ser encontrada na Feira de Orgânicos do Sesc Ler Surubim, organizada em parceria com a Agroflor Belo Jardim, toda terça, a partir das 7h, no Pátio das Carretas da unidade. Serão comercializados tomate, cebola, cenoura, alface, couve, feijão verde, acerola, inhame, laranja cravo e banana. O espaço conta ainda com pães sem glúten, bolachas e bolos. Também são oferecidas peças do artesanato local.

Os produtos podem ser adquiridos a preços acessíveis, a partir de R$ 2. “Os alimentos vendidos na feira são provenientes da agricultura familiar, propiciando a ingestão de produtos livres de aditivos químicos, o que nos apresenta uma possibilidade de elevar nossa qualidade de vida”, comenta a assistente social do Sesc Ler Surubim, Amanda Roberta de Souza.

A feira faz parte do Programa ECOS de Sustentabilidade, que tem a missão de planejar, propor e apoiar ações que induzam a prática da sustentabilidade. O Sesc Ler Surubim fica na Rua Frei Ibiapina, s/n, no bairro São José.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço: Feira da Agricultura Familiar

Data: Toda terça-feira

Horário: das 7h às 11h

Local: Sesc Ler Surubim – Rua Frei Ibiapina, s/n, no bairro São José.

Entrada gratuita

Informações: (81) 3634-5280

Congresso Medtrop 2018 reunirá três mil pesquisadores no Recife

O 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop), que volta ao Recife de 2 a 5 de setembro, está com inscrições abertas para médicos, pesquisadores e estudantes. Com o tema “Doenças transmissíveis, predição e desafios para o enfrentamento de novas e velhas epidemias”, o encontro reunirá cerca de três mil pesquisadores do Brasil e de outros países para debater os desafios das doenças tropicais no mundo. As inscrições podem ser feitas pelo site www.medtrop2018.com.br

O Medtrop contará com uma programação extensa, totalizando 42 mesas-redondas, 21 palestras e 11 conferências magnas. Nestes espaços, a comunidade científica apresentará pesquisas e estudos voltados a vencer, entre outros desafios, o das arboviroses e demais doenças endêmicas transmitidas por mosquitos. O tema será tratado em workshop específico sobre vetores, o Entomol7, que acontecerá simultaneamente ao congresso. O Aedes aegpty, responsável pela transmissão de doenças como dengue, Zika, febre chikungunya e febre amarela, ganhará destaque.

Programação – Associado ao tema das doenças transmissíveis, serão discutidas as questões de condições de vida e a falta de saneamento, que interferem na transmissão das doenças. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Sinval Brandão Filho (PhD), “as condições precárias de saneamento favorecem diretamente a incidência e transmissão da maior parte destas doenças, chamadas hoje de doenças tropicais de populações negligenciadas”, disse Brandão Filho, que também é presidente do Congresso Medtrop2018.

Com ênfase especial a estas populações, o pré-congresso (1.º e 2 de setembro) promoverá o Fórum de Doenças Negligenciadas, e também minicursos sobre diversos temas. A intensa programação do congresso inclui ainda discussões sobre as mais recentes epidemias no Brasil, com conferências sobre “Epidemia do vírus Zika no Brasil: Emergência e Respostas em Saúde Pública” e “Políticas Públicas e Pesquisas em epidemias urbanas: a proposta da ReneZika”.

Nesta perspectiva da saúde pública, o congresso terá conferências não só de alternativas de diagnóstico e tratamento, mas também sobre os programas de controle e vigilância em saúde, no intuito de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). Podemos destacar as conferências: “SUS, direitos e democracia: (des) caminhos no Brasil” e Integração das doenças tropicais negligenciadas na saúde global e no desenvolvimento à luz dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Na ocasião, os pesquisadores podem conferir ainda os eventos satélites, simultâneos ao Congresso Medtrop2018, com temas sobre doença de Chagas e leishmanioses (Reunião de Pesquisa Aplicada em Chagas e Leishmaniose – ChagasLeish 2018 ), malária (Reunião Nacional de Pesquisa em Malária,) Tuberculose (Workshop da Rede de TB) e vetores de doenças tropicais (Entomol7_SOVE Brazil).

A programação completa e as inscrições do 54º MedTrop estão à disposição no site www.medtrop.com.br

Serviço:

54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop) 2018

Quando: 2 a 5 de setembro

Onde: Centro de Convenções, em Olinda, em Pernambuco, e Mar Hotel Conventions em Boa Viagem, além de outros locais onde serão os cursos e oficinas

Mais informações: http://www.medtrop2018.com.br/

Mega-Sena não tem ganhador e prêmio acumula em R$ 35 milhões

Brasília – Movimentação nas lotéricas às vésperas do sorteio da Mega-Sena da Virada (Wilson Dias/Agência Brasil)

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2065 da Mega-Sena, sorteado neste sábado (4). Com isso, o prêmio acumulou e pode chegar a R$ 35 milhões no próximo sorteio, na quarta-feira (8). As dezenas sorteadas foram: 04 -11 – 20 – 30 – 37 – 43.

Na Quina, foram registradas 74 apostas acertadoras, que irão receber R$ 37.180, 01 cada uma. E 4.900 apostas acertaram a Quadra e vão ganhar R$ 802,13. A aposta mínima na Mega-Sena custa R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília) em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em to o país.

Agência Brasil

PRTB anuncia general Mourão como vice de Bolsonaro

O PRTB divulgou neste domingo, que o general Hamilton Mourão será o vice da chapa de Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL. O nome será confirmado em convenção do PRTB no período da tarde.

Uma falha nos microfones interrompeu o discurso do deputado e candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro pela manhã, durante a convenção do PSL de São Paulo. Depois que os equipamentos pararam de funcionar, ele e o deputado Major Olímpio, presidente do diretório estadual do partido, deixaram a convenção.

Bolsonaro chegou a declarar, quando sua fala estava quase inaudível, que o vice de sua chapa será anunciado na convenção do PRTB, com a presença do presidente do partido, Levy Fidelix e do general Mourão.

Perguntado pelo jornal o Estado de São Paulo se Hamilton seria anunciado vice, Olímpio respondeu que “pode ser”.

Antes da chegada de Bolsonaro, a convenção do PSL oficializou a candidatura do deputado Major Olímpio ao Senado. O partido não lançará candidato a governador ou um segundo nome ao Senado.

O astronauta Marcos Pontes, primeiro brasileiro a ir para o espaço, em 2006, é o segundo suplente da chapa de Major Olímpio e o empresário Alexandre Giordano, o primeiro suplente.

Em seu discurso, Bolsonaro agradeceu as pessoas que sondou para ocupar o posto de vice, incluindo o senador Magno Malta e Marcos Pontes.

Estado de Minas

Venda de computadores cresce, após seis anos em queda

O mundo da tecnologia não tem muita lógica. O que é novo hoje passa a ser velho amanhã e o que parecia fadado ao desaparecimento resiste ao passar dos anos. Até pouco tempo atrás, os especialistas davam como certo o fim dos computadores pessoais. Eles seriam substituídos por tablets e smartphones, com pouca chance de sobrevivência. Se câmeras digitais, aparelhos de GPS e DVD players sucumbiram aos telefones inteligentes, por que seria diferente com os computadores?

Esse fim parecia irreversível, mas indicadores de 2018 contrariaram todas as previsões. Depois de 6 anos de queda, as vendas de computadores pessoais voltaram a crescer. A retomada foi confirmada por dois estudos diferentes que sinalizam o renovado interesse pelos equipamentos.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Gartner, os fabricantes enviaram às lojas de PCs, no segundo trimestre de 2018, 62,1 milhões de unidades, ou 1,4% acima do mesmo período do ano passado. O indicador não estava no azul desde 2012. Para a consultoria especializada em tecnologia International Data Corporation (IDC), os números são ligeiramente melhores: 62,3 milhões de computadores chegaram às lojas, ou 2,7% a mais do que no ciclo anterior.

O que explica o resultado? Para Eduardo Tancinsky, consultor especializado em marcas e tecnologia, os PCs estão longe de desaparecer. “Eles ainda são indispensáveis no mercado empresarial e provavelmente continuarão sendo por muito tempo”, diz o especialista. “Além disso, os dispositivos conseguiram acompanhar a evolução tecnológica e chegam aos consumidores com recursos sofisticados que atraem também o público jovem.”

Tancinsky, porém, ressalta que os números indicam mais estabilidade do que crescimento. “Parar de cair já é algo importante, mas considero um exagero falar em retomada. Pelo menos por enquanto.” No relatório de apresentação do estudo, Mikako Kitagawa, analista da Gartner, vai na mesma linha. “Os consumidores estão usando seus smartphones para tarefas cotidianas diárias, como checar as mídias sociais, calendários, bancos e compras, o que está reduzindo a necessidade de um PC”, disse Kitagawa.

Disputa
A disputa é acirrada entre os principais fabricantes. Lenovo e HP estão rigorosamente empatadas na liderança do ranking mundial de vendas: as duas empresas têm 21,9% de participação de mercado. A Dell aparece em terceiro lugar, com 16,8%, seguida pela Apple, com apenas 7,1%.

A Apple trata a sua divisão de computadores como um caso à parte. A gigante de Cupertino jamais conseguiu ameaçar os líderes do setor, mas cativou um público fiel — em especial os jovens — com produtos de design arrojado e sofisticação. Durante muito tempo, a estratégia funcionou, mas, a partir de 2010, as vendas começaram a cair. Agora a situação dos Macs piorou. Entre abril e maio de 2018, a empresa vendeu 3,72 milhões de computadores. Foi a primeira vez em cinco anos que o número ficou abaixo de 4 milhões para o período.

A queda coincidiu com o período em que a linha completa de notebooks estava desatualizada. Novas versões do MacBookPro foram lançadas apenas em julho, quando o balanço trimestral já havia sido finalizado. Não é só. Há pelo menos um ano, modelos como o MacBook de 12 polegadas e o iMac não têm atualização de hardware, o que é bastante comprometedor em um segmento que exige alto índice de renovação.

A questão é que a Apple não parece ligar para isso. Há muito tempo, a empresa deixou de ser apenas uma fabricante de produtos tecnológicos para se tornar uma vendedora de serviços (iTunes, iCloud, aplicativos, entre outros). Não à toa, apesar de os computadores da empresa sofrerem no mercado, ela se tornou na semana passada a primeira companhia privada a valer US$ 1 trilhão.

Os números do mercado
» 62,3 milhões de PCs enviados às lojas no segundo trimestre, 2,7% a mais do que no ciclo anterior.

» Lenovo e HP estão empatadas na liderança do setor, com 21,9% de participação de mercado.

» Entre abril e maio de 2018, a Apple vendeu 3,72 milhões de computadores.

» Foi a primeira vez em cinco anos que o número ficou abaixo de 4 milhões para o período.

Sesc Arcoverde promoverá oficina para formação de saraus literários

Como organizar um sarau literário? O que é importante para que a ação tenha êxito? Questões como estas serão respondidas pelo escritor e educador Rodrigo Ciríaco na oficina “Pedagogia dos Saraus – Teoria e Prática Literária e Educativa” que o Laboratório de Autoria Literária José Rabelo de Vasconcelos do Sesc Arcoverde realiza no período de 06 a 10 de agosto, das 18h às 22h, no Sesc. A oficina faz parte da programação do projeto Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras.

Durante as atividades, serão abordadas as origens e a contextualização histórico-literária dos saraus; a literatura marginal e os saraus da Periferia de São Paulo; os diferentes tipos de sarau; a melhor forma de organizar um sarau na escola; a construção e o desenvolvimento do arsenal poético-literário; os ensaios e a preparação; a construção e a apresentação; a difusão poética urbana e marginal; as propostas de exercícios de criação poética/literária; e os acertos finais para a ação.

Para participar da oficina, os interessados precisam fazer suas inscrições no Ponto de Relacionamento com Clientes do Sesc Arcoverde, que fica na Avenida Capitão Arlindo Pacheco de Albuquerque, nº 364, no Centro da cidade, das 8h às 12h e das 14h às 18h. O taxa custa R$ 20, mas os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo têm desconto e pagam R$ 10.

Sarau – é uma reunião que tem o objetivo de fazer com que as pessoas possam compartilhar experiências culturais e o convívio social. Geralmente, é composto por grupos que se reúnem para realizar atividades lúdicas e recreativas, como dançar, ouvir músicas, recitar poesias, conversar, ler livros. O sarau literário é um dos mais populares, promovidos por pessoas que apreciam a literatura e a poesia. Nesses encontros, as pessoas leem trechos de livros, recitam poesias e fazem debates filosóficos sobre os conteúdos das obras lidas.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Saiba como ficaram as chapas para a disputa pela Presidência da República

Em 1989, a primeira eleição depois da redemocratização do país, um governo enfraquecido pela CPI da Corrupção e por inflação mensal de 80% fez a maioria dos partidos testar a força nas urnas. Desta vez, a situação não é muito diferente. A Lava-Jato e seus desdobramentos levaram Lula para a cadeia e solaparam a popularidade do governo Michel Temer, que tentava ganhar confiança para recuperar a economia. Diante desse quadro, o número de candidatos a presidente da República se multiplicou, atingindo 14. Só não é maior por causa da lição do pleito de 1989. Lá atrás, com tantos postulantes ao cargo, passaram ao segundo turno os extremos do espectro político e com um discurso da antipolítica — Fernando Collor de Mello, do então minúsculo PRN, e Luiz Inácio Lula da Silva, candidato de um PT bem mais modesto. Nesta eleição, o esforço por alianças, nos últimos dias, foi justamente para tentar evitar que a história se repita.

Na disputa de 1989, o PSDB lançou Mário Covas; o PTB, o ex-ministro dos Transportes, Affonso Camargo; o PL, Guilherme Afif Domingos; o PSD, Ronaldo Caiado; o PFL (atual DEM), o ex-ministro e ex-vice presidente Aureliano Chaves. Agora, DEM, PTB, PSD (atual partido de Afif Domingos) se uniram ao PSDB para evitar que o segundo turno termine na mão dos extremos representados por Jair Bolsonaro (PSL) e um nome de esquerda, seja Ciro Gomes, seja quem chegar pelo PT.

A engenharia política dos últimos 10 dias levou para Alckmin nove partidos e a maior coligação eleitoral. Mas não foi suficiente para tirar o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) do páreo. Assim como em 1989, o PTB de Affonso Camargo não quis conversa com o PSDB nem com o PDT, tampouco Marina Silva, que vai para a campanha com uma estrutura semelhante àquela que Fernando Gabeira, o candidato do PV, obteve à época. Gabeira, num mundo sem internet, “morreu na praia”.

Os especialistas, no entanto, não colocam Marina entre os candidatos marcados para morrer na praia. Eles listam, hoje, seis com chances reais de chegar ao segundo turno, porém, consideram difícil fugir da polarização PT-PSDB. “Ainda vejo essa polarização como uma realidade concreta, porém não está garantida por causa do surgimento de outras opções que se mostram viáveis”, diz Cristiano Noronha, da Arko Advice.

Além de Alckmin e do candidato do PT, que dificilmente será Lula, Noronha cita Jair Bolsonaro, do PSL; Alvaro Dias, do Podemos; Marina Silva, da Rede Sustentabilidade; e Ciro Gomes, do PDT, como os que têm de ir adiante. Ou seja, seis das oito candidaturas que fecharam coligação.

A probabilidade de uma das outras oito candidaturas chegar longe na campanha é ínfima. Seja por falta de capilaridade nos estados, seja por falta de recursos. Dessas, duas formaram aliança. O MDB, de Henrique Meirelles, e o PSol, de Guilherme Boulos, ambas com chapas puras. Mas nem mesmo eles alçarão voos altos. Os socialistas são pequenos e não conseguirão crescer em uma frente da esquerda, que já conta com Ciro e o PT.

Os emedebistas também terão vida difícil, devido à imagem vinculada ao governo Temer, pondera Noronha, da Arko. “Meirelles não é unanimidade no MDB, e a associação dele com a popularidade muito frágil do governo, que tem um alto índice de rejeição, é uma situação muito prejudicial”.

Dos seis mais cotados, Ciro e Alvaro têm chances equiparáveis. O pedetista conta com prestígio de boa parte de eleitores da esquerda, mas os poucos minutos que terá de televisão são obstáculo para expor ideias e abocanhar eleitores do PT. A lógica envolvendo o senador do Podemos não é muito diferente. Ele é pouco conhecido fora do Sul do país, e a coalizão montada não garante muita visibilidade. “Também é uma estrutura modesta”, pondera Noronha.

O cenário de Marina não é muito melhor. Ela ainda tem um eleitorado cativo das duas últimas eleições. No entanto, diferentemente de 2010 e 2014, o ambiente é mais hostil. Não no sentido de rejeição, mas de dificuldades. Há postulantes com maior potencial de crescimento nas eleições, como Alckmin, ou eleitores mais fiéis, como os de Bolsonaro. Pesa contra Marina a fraca coligação montada. Há quatro anos, depois da morte de Eduardo Campos, ela passou a liderar uma aliança do PSB com outros cinco partidos, montada pelo ex-governador de Pernambuco, que faleceu num acidente aéreo em 13 de agosto de 2014. Dessa vez, Marina conta apenas com o PV. Os recursos também caíram. Eram R$ 45 milhões. Agora, a Rede tem um limite de R$ 10 milhões para gastar com todas as campanhas.

O ambiente acaba sendo propício para Bolsonaro, Alckmin e o PT. O primeiro conta com um eleitorado cativo e com a onda conservadora que cresce na América Latina e no mundo. Mas não dispõe de minutos de televisão e precisará apostar muito no marketing digital, onde a tendência ao longo da campanha é de que o jogo fique empatado. O tempo de televisão é fator positivo para Alckmin, que caminha para 12 inserções diárias na programação normal das emissoras. O PT terá no máximo cinco inserções diárias e Bolsonaro, uma a cada dois dias.

A capacidade de Bolsonaro de se manter no topo das eleições com uma estratégia limitada às redes sociais é questionada pelo sociólogo e cientista político Paulo Baía, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Por esse motivo, ele também aposta numa desidratação de Bolsonaro e a volta de uma polarização entre o PSDB, fortalecido pelo centrão, e o PT, que deve montar uma tática para transmitir os votos de Lula ao candidato que vier a ser o “plano B, provavelmente, Fernando Haddad.

Ciente de que, em 1989, quase perdeu a vaga no segundo turno para o PDT, de Leonel Brizola, o PT tentou até o último minuto “limpar a área”. Queria, na verdade, reconstruir a coligação PT-PSB-PCdoB que, naquele ano, guindou Lula ao segundo turno por uma diferença de 0,6% dos votos em relação a Brizola. Agora, os petistas conseguiram tirar fôlego do candidato do PDT, que estava prestes a conseguir um acordo com o PSB. Os socialistas se afastaram de Ciro depois que PT ofereceu apoio à reeleição do governador Paulo Câmara, em Pernambuco.

O PCdoB, por sua vez, preferiu marchar em carreira solo, depois de receber do PT uma proposta que considerou indecente — de retirar a candidatura de Manuela sem a certeza da vaga a vice na chapa petista. Pela primeira vez, desde a redemocratização do país, o PCdoB estará com um nome à Presidência da República para chamar de seu. Com tanta coisa parecida com 1989, essa é uma grande diferença.

Diario de Pernambuco