UNINASSAU Caruaru realiza aula inaugural para alunos EAD

Neste sábado (18), os calouros dos cursos de Educação a Distância (EAD) da Faculdade UNINASSAU Caruaru participam da aula inaugural do semestre, na qual irão ter a oportunidade de conhecer a Instituição e a modalidade. O evento acontece das 9h às 12h, no auditório da unidade.

Durante as atividades, os alunos irão poder tirar dúvidas sobre o mercado de trabalho e conhecer a Instituição, além de conhecer a Central de Relacionamento com o Aluno (CRA) se informando sobre as principais funções e como podem ajudá-los.

A coordenadora de projetos EAD da UNINASSAU Caruaru, Dylma Omena, ressalta a responsabilidade da Instituição de Ensino Superior (IES) em formar futuros profissionais com qualidade. “Iniciamos mais um módulo, mas com a mesma responsabilidade e compromisso de levar aos nossos alunos cursos a distância com a qualidade UNINASSAU. É uma missão que fazemos com grande alegria”, destaca.

Cursos ofertados

A UNINASSAU Caruaru oferece os seguintes cursos EAD: Administração, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Ciências Aeronáuticas, Ciências Biológicas – Licenciatura, Ciências Contábeis, Design de Interiores, Educação Física – Licenciatura, Enfermagem, Engenharias- Civil/ de Produção/ Elétrica e Mecânica, Farmácia, Fisioterapia, Gastronomia, Gestão Ambiental, Gestão Comercial, Gestão da Qualidade, Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Serviços Jurídicos e Notariais, Gestão Financeira, Gestão Hospitalar, Gestão Pública, Letras, Letras – Espanhol, Letras – Inglês, Logística, Marketing, Nutrição, Pedagogia, Processos Gerenciais, Publicidade e Propaganda.

Novos cursos: Coaching e Mentoring, Assistência e Cuidado à Saúde, Ciência Política, Ciências Econômicas, Coding, Data Science, Digital Security, Empreendedorismo Digital, Filmmaker, Game Design, Service Design, Streaming Profissional.

Reunião sobre transporte público é realizada na Câmara

Aconteceu na manhã desta quinta-feira (16), a primeira reunião da comissão temporária de transporte público em Caruaru. Estiveram presentes os vereadores Ricardo Liberato, Heleno Oscar, Daniel Finizola, Pierson Leite e Rozael do Divinópolis. Os presentes realizaram votação para a ocupação de cargos de presidente e relator da comissão, elegendo respectivamente, Ricardo Liberato e Rozael do Divinópolis.

Ficou definido que a comissão temporária realizará reuniões nas próximas quintas-feiras, a partir das 9 horas.

Ponte que liga bairros Vassoural e Petrópolis será liberada nesta sexta (17)

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Urbanismo e Obras, iniciou, desde julho, a demolição e construção de uma nova ponte na estrada da Pitombeira, ligando os bairros Vassoural e Petrópolis.

A obra se deu pelas más condições e riscos que a antiga construção apresentava para a população e para os veículos que trafegavam no local. A estrutura estava totalmente condenada, correndo o risco de desabar.

Após finalização das obras e passado o período de cura, a ponte está em seus ajustes finais, sendo liberada para a comunidade nesta sexta-feira (17).

A obra teve duração de quase dois meses, com investimentos em torno de 60 mil.

Armando começa campanha com agricultores em Petrolina

Diante de cerca de 200 trabalhadores da fazenda Frutos do Sol, localizada em perímetro irrigado da zona rural de Petrolina, o candidato ao governo do Estado pela coligação Pernambuco Vai Mudar, senador Armando Monteiro (PTB), reafirmou seu compromisso com a retomada do crescimento, a geração de emprego e fez uma homenagem “às pernambucanas e aos pernambucanos que fazem pelo trabalho a grandeza de Pernambuco”. O ato no Sertão do São Francisco abriu a campanha oficial de campanha, que nesta quinta-feira (16) ainda tem atividades em Caruaru, no Agreste, e no Recife.

“Fiz questão de começar essa caminhada aqui no Sertão, aqui em Petrolina. Esta foi a melhor maneira que encontramos de homenagear os que trabalham por Pernambuco”, disse Armando, ao lado de seus companheiros de majoritária: o vice Fred Ferreira (PSC) e os candidatos ao Senado, Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM).

Aos trabalhadores, com quem tomou café da manhã, Armando passou uma mensagem de esperança e fez uma avaliação sobre o fato de o governo Paulo Câmara impor ao Estado um ritmo lento. “Temos um governo que anda devagar. As pernambucanas e os pernambucanos têm pressa. Precisamos colocar o governo no mesmo ritmo do povo de Pernambuco, que trabalha e vai à luta”, ressaltou.

Armando ainda contou com a presença de líderes da região, como o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), o prefeito Miguel Coelho (PSB), o candidato a deputado estadual Antônio Coelho (DEM), o ex-prefeito Guilherme Coelho (PSDB), suplente de Bruno Araújo, e o presidente da Câmara de Vereadores do município, Osório Siqueira (PSB).

Bruno Araújo lembrou que o cidadão anda desencantado com a política, mas que a união de forças representadas por Armando tem compromisso com a mudança: “Com Armando, vamos devolver a esperança aos pernambucanos”. Mendonça foi na mesma linha. “A população está insatisfeita com a falta de governo. Armando é, sem dúvidas, a melhor opção de mudança”, salientou.

Shopping Difusora participa do dia D de vacinação

No próximo sábado (18), os postos de saúde de todo o Brasil participam da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e Poliomielite. A data é conhecida como o dia de mobilização nacional – o chamado dia D. Dessa vez, o Shopping Difusora está integrando o mutirão e receberá um posto para atender ao público que circula pelo espaço. O atendimento será feito próximo a entrada principal, das 10h às 17h.

Nesse primeiro momento, a imunização contra o Sarampo e Poliomielite é voltada para o público alvo, formado por crianças a partir de um ano de idade até os 4 anos e 11 meses. As crianças devem estar acompanhadas dos pais ou responsáveis, portando o cartão de vacinação. A montagem do posto no Shopping Difusora vem para facilitar o acesso das pessoas, já que ele possui boa localização.

Uma novidade para o público é que, durante a próxima semana, ou seja, de segunda (20) até a sexta (24), o posto de vacinação do Shopping Difusora continua em pleno funcionamento, sendo das 16h às 20h. Além das vacinas contra a o Sarampo e Poliomielite, o espaço montado por lá também contará com outras vacinas indispensáveis para a imunização completa da criança.

Puxado por Bolsonaro, PSL dispara e lidera número de candidatos em 2018

Há quatro anos, quando 26.162 pessoas se candidataram a cargos eletivos, o nanico Partido Social Liberal (PSL) lançou 832 candidatos pelo Brasil. Passados quatro anos e agora com o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) como presidenciável do partido, o número de candidatos pela sigla disparou 51,4%, chegando a 1.260.

O PSL foi de 15º partido com maior número de candidatos em 2014 para primeiro em 2018, puxado pela popularidade do presidenciável e seus apoiadores mais próximos, todos ligados à chamada bancada da bala no Congresso.

Desde a entrada do deputado no partido, em março, a legenda atraiu mais postulantes com perfil semelhante ao do deputado, que adota discurso “linha dura”, com foco na segurança pública, e antipetista.

Além do PSL, Psol (1.201), PT (1.078) e MDB (1.012) são os outros três partidos que lançaram mais de mil candidatos este ano, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Aumento de candidatos

O resultado nas urnas no PSL em 2014 ano foi pífio. Apenas 2% dos postulantes conseguiram se eleger. Dos 832 candidatos lançados pelo partido naquele ano, apenas 17 (16 deputados estaduais e apenas um deputado federal) foram eleitos.

Em 2014, 585 dos 832 candidatos do PSL postulavam uma vaga de deputado estadual. De lá para cá, o aumento foi de quase um terço, pulando para 776 neste ano. Para o cargo de deputado federal eram 215, número que quase dobrou: agora são 401.

Houve aumento exponencial no número de candidatos a governador. Se apenas uma pessoa tentou se eleger a governador pelo partido em 2014, neste ano são oito postulantes.

Congresso em Foco

Petista puxará votos para Governo de Pernambuco

Na corrida pela vaga no Palácio do Campo das Princesas, contar com o apoio e a influência de “puxadores de votos” é uma estratégia comum. De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) em parceria com a Folha de Pernambuco, entre os nomes de Lula (PT), Marina Silva (Rede), Michel Temer (MDB), Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB), o ex-presidente Lula aparece como o mais influente na escolha do voto pernambucano.

Do total de entrevistados, 45% declararam que “com certeza votariam” em um postulante apoiado pelo petista. O apoio de Lula, inclusive, é um dos mais disputados pelos candidatos em Pernambuco. É o caso do governador Paulo Câmara (PSB), que busca a reeleição, e afirma ser “o candidato de Lula” no Estado. Armando Monteiro (PTB), que apesar de ceder palanque para Geraldo Alckmin (PSDB), também declarou voto para o ex-presidente.

Vale lembrar que o PT firmou aliança com o PSB, retirando a candidatura da vereadora Marília Arraes (PT) ao Governo do Estado em troca da neutralidade do PSB na disputa presidencial. Já a ex-ministra Marina Silva (REDE) aparece com 11% dos entrevistados afirmando que “com certeza votariam” no indicado por ela, enquanto 54% “não votariam de jeito nenhum”. Em Pernambuco, Marina apoia o ex-prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (Rede).

Maurício Rands (PROS) tem o PDT de Ciro Gomes no seu arco de alianças. Mas, segundo a pesquisa, o presidenciável registra uma rejeição grande, com apenas 8% do eleitorado afirmando que “com certeza” votaria num candidato apoiado por ele.

Detalhamento
Entre os entrevistados que declaram que “com certeza votariam” em um candidato apoiado por Lula, o melhor percentual do petista está entre eleitores com idade entre 45 e 49 anos, 49%; que têm o ensino fundamental, 49%, e recebem até dois salários mínimos, 48%.

O melhor desempenho de Marina, por sua vez, é registrado entre os eleitores com idade entre 16 e 24 anos, 13%, que possuem ensino médio, 12%, e recebem até dois salários mínimos, e entre dois e cinco, 11%.

Já Ciro Gomes tem o melhor índice entre os eleitores acima de 60 anos, 10%, com ensino fundamental e médio, 8% cada, e que recebem mais de cinco salários mínimos, 9%.

Os mais jovens também são os que mais consideram apoiar Jair Bolsonaro. O deputado federal possui 19% das intenções de votos entre os eleitores com idade entre 16 e 24 anos, com ensino superior e mais de cinco salários mínimos.

Alckmin, por sua vez, tem mais influência junto aos pernambucanos com idade entre 45 e 59 e, também, com os eleitores com mais de 60 anos, 8% cada. No recorte de escolaridade, o maior percentual é registrado entre entrevistados com ensino fundamental e com ensino superior, 7% cada. No quesito renda, o tucano tem mais influência entre os que recebem até dois salários mínimos e entre os que recebem mais de cinco salários mínimos, 8% cada.

Rejeição
O pior cabo eleitoral, no entanto, é o presidente Michel Temer (MDB). O emedebista – que não é candidato – registra rejeição de 91% entre os entrevistados, que “não votariam de jeito nenhum” em um candidato apoiado por ele. Quando detalhada, a sondagem continua com resultados negativos na capital, na periferia e no interior, com 96%, 89% e 91%, respectivamente.

Atrás de Temer, Bolsonaro e Alckmin também possuem alto percentual de rejeição. Entre os entrevistados, 67% registraram que “não votariam de jeito nenhum” em um candidato apoiado pelos dois presidenciáveis.

Folhape

Aposentados podem consultar valor da primeira parcela do 13º

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão consultar o valor exato da primeira parcela do abono de Natal a partir de sexta-feira (17), dia em que a Previdência começa a processar a folha de pagamentos do mês de agosto. Nessa etapa, os aposentados receberão exatamente a metade do valor do benefício. O depósito sai com as aposentadorias e pensões e acompanha o calendário mensal do INSS. A antecipação do abono vem sendo feita pelo governo nos últimos anos e foi confirmada pela gestão Michel Temer (PMDB) em meados de julho. O depósito da primeira parte vem sem a cobrança do Imposto de Renda. Se o segurado estiver sujeito à tributação, ela chegará na segunda parcela, paga a partir de novembro.

No dia 27, o primeiro da folha de agosto, receberão o benefício e a primeira parcela do 13º os segurados que ganham o salário mínimo, de R$ 954, e têm o cartão terminado em 1. A Secretaria da Previdência explica que nem todos os segurados estarão com o extrato atualizado já no dia 17. Tradicionalmente, o processamento vai ocorrendo aos poucos e começa pelos benefícios iguais ao piso. No dia 27, quando inicia o pagamento, todos os segurados com direito ao abono conseguirão fazer a consulta. O calendário segue até o dia 10 de setembro. A Previdência estima que os pagamentos somem R$ 20,6 bilhões em agosto e setembro.

Valor proporcional Segurados com benefício por invalidez ou os que começaram a receber aposentadoria ou pensão a partir de fevereiro não terão o equivalente à metade do benefício. No caso dos auxílios, o INSS considera que há a possibilidade de o segurado ter alta antes do fim do ano. Por isso, ele recebe o equivalente aos meses em que teve o auxílio até o mês de agosto. A diferença é paga no corte do auxílio ou em dezembro.

Folhapress

Eletrobrás vai reabrir plano de demissão de funcionários

Eletrobras vai reabrir o Plano de Demissão Consensual (PDC) neste segundo semestre. O presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, disse nesta quarta-feira (15) que na primeira etapa houve a adesão de 736 empregados, avaliada por ele como baixa diante da expectativa de alcançar entre 2500 a 3000 profissionais do quadro da empresa. Segundo o presidente, esse efetivo é para fazer frente a uma saída de pessoas da área administrativa, resultado de programas desenvolvidos para organização interna, incluindo a redução de cargos que tinham funções semelhantes. “Isso explica um pouco porque foi menos. Um motivador das pessoas sair é não ter o que fazer, hoje elas têm o que fazer, na medida em que se for implantando [os programas] vai ficando mais claro para as pessoas e se faz a opção. Por isso, estamos esperando uma segunda janela neste segundo semestre”, disse.

Segundo o presidente, a data de início da nova etapa será anunciada nos próximos dias e não haverá mudança na lista de benefícios, que ele identifica como um bom incentivo. “É o mesmo plano que será reaberto com as mesmas condições e mesmos benefícios. Não vai melhorar nenhum benefício”, disse. A empresa propôs no PDC o pagamento da multa do FGTS, somado ao aviso prévio correspondente a três salários do empregado, mais 50% relativos à soma dos valores da multa e do aviso prévio, além de cinco de plano de saúde.

Na visão do presidente, entre as razões da baixa adesão está a avaliação de que o momento da economia e do mercado de trabalho não é propício. Segundo ele, para os que pretendem continuar com uma vaga de emprego fora da empresa, com o panorama atual, seria difícil uma realocação. Apesar disso, Ferreira Júnior acredita que a situação pode alterar com a retomada da economia e se houver uma perspectiva mais efetiva de Reforma da Previdência. “Estamos esperando ter uns fatos que mobilizam as pessoas, entre elas, a entrada dos sistemas, ativar o Centro, as pessoas que estão em idade de aposentadoria e as reformas ficarem mais evidente que vão acontecer, os debates [da campanha eleitoral] vão levar a isso”, observou. Pelos cálculos da empresa, a adesão dos 736 empregados representa economia anual para a Eletrobras de R$ 231 milhões. O presidente inseriu a questão de pessoal em uma das evoluções do Plano de Desafios para o período 2021/22.

Leilão de distribuidoras

Sobre a venda das distribuidoras da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior disse que o leilão está mantido para o dia 30 de agosto, ainda que a votação do projeto de lei que trata do assunto não seja concluída no Senado até esta data. O presidente está confiante na aprovação do projeto no Senado, como ocorreu na Câmara. “Estou positivo com relação ao leilão”, pontuou. Até o momento, a única distribuidora leiloada foi a Companhia Energética do Piauí (Cepisa), cuja venda ocorreu no dia 26 de julho. No próximo dia 30, está previsto o leilão das distribuidoras: Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Boa Vista Energia, e Amazonas Distribuidora de Energia (Amazonas Energia).

Segundo o presidente, a dívida das distribuidoras assumida pela Eletrobras é de R$ 11,2 bilhões. Ele ressaltou que o importante é a empresa não continuar aplicando recursos nas distribuidoras, que não têm bom rendimento, pela falta de capacidade de investimentos da companhia. Já com relação ao PL de privatização da Eletrobras, o executivo acha que a tarefa ficará para o próximo governo.

Custos

Ainda na área de redução de gastos, o executivo anunciou que a empresa vai inciar no dia 7 de setembro a mudança da sede, que atualmente funciona na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade para um outro na esquina das ruas da Quitanda com Conselheiro Saraiva, na mesma região. Com isso, a companhia que, incluindo a sede, há dois anos, usava seis endereços diferentes no Rio, passará a se instalar em apenas dois. “Nós gastávamos R$ 3 milhões por mês com aluguel e vamos gastar R$ 1 milhão. Serão R$ 24 milhões por ano de economia”, disse.

Angra 3

O presidente disse ainda que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) montou um grupo para debater até o final de setembro a retomada das obras de Angra 3. Ele adiantou que será reavaliado o valor da tarifa que pode ser cobrada para a geração da energia pela unidade e, com base nisso, procurar novos investidores. “[ O grupo] vai dizer: nós entendemos que essa tarifa é a adequada para a nova estrutura de capital. Está dentro do padrão internacional e vai gerar um benefício”, contou. “[A decisão] não deve ser pautada por opiniões. Só tem técnicos especialistas e vai sair o melhor que pode sair”, completou.

Número de pessoas que desistiram de procurar emprego bate recorde

Com mais tempo de espera na fila do emprego, bateu recorde no segundo trimestre o contingente de brasileiros que desistiu de procurar trabalho, informou nesta quinta (16) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, a taxa de desalento chegou a 4,4% no período, a maior da série histórica iniciada em 2012. Ao todo, 4,833 milhões de pessoas gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego no trimestre. No trimestre, foi recorde também o percentual de brasileiros que está buscando emprego há mais de dois anos: 3,162 milhões de pessoas, ou 24,4% daqueles que procuraram trabalho. A dificuldade para encontrar uma vaga é uma das razões que leva a pessoa ao desalento. De acordo com o IBGE, cerca de 203 mil pessoas se somaram ao contingente de desalentados no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses do ano. Em um ano, foram 939 mil pessoas. “São pessoas que não foram consideradas desocupadas, mas que se você oferecer emprego, elas estão dispostas a trabalhar. Isso mostra que a desocupação pode ser muito maior do que ela realmente é”, disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

O crescimento se deu em um período de queda da taxa de desemprego, que foi de 12,9% no segundo trimestre, contra 13,1% nos três primeiros meses do ano. O resultado, porém, foi ajudado pelo aumento do desalento e da subocupação. A quantidade de pessoas que trabalham menos do que gostariam chegou a 6,5 milhões, ou 7,1% da força de trabalho. Em um ano 679 mil brasileiros obtiveram trabalho nessas condições. A taxa de subocupação foi de 7,1%, contra 6,8% no trimestre anterior e 6,5% no mesmo período de 2018. Ao todo, 6,5 milhões de brasileiros trabalham menos do que gostariam, segundo o IBGE “Os dados mostram que o cenário no mercado de trabalho brasileiro não é tão favorável quanto aparenta”, comentou Azeredo.

No trimestre, a taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui os desempregados, os desalentados e pessoas que gostariam de trabalhar mas não procuraram emprego foi de 24,6%, o que representa 27,6 milhões de pessoas, informou o IBGE. O resultado é ligeiramente menor do que os 24,7% registrados nos três primeiros meses do ano, mas é a maior para um segundo trimestre desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Com relação ao segundo trimestre de 2016, são 1,3 milhão de pessoas a mais. O cenário do mercado de trabalho é pior na Região Nordeste, onde a taxa de desemprego foi de 14,8% no segundo trimestre. Lá, também estão as maiores taxas de desalento do país, de 16,2% – em Alagoas, chega a 16,6%; no Maranhão, a 16,2%. No Sudeste, a taxa de desemprego é de 13,2%, puxada pelo Rio, com 15,4%. Em São Paulo, foi de 13,6% em junho, estável com relação ao mesmo período do ano anterior. Nos dois estados, houve queda no contingente de trabalhadores com carteira de trabalho, que atingiu o menor nível da série histórica: 9,944 milhões e 2,787 milhões. Azeredo diz que os números preocupam, pois são considerados dois “estados-faróis”. “Tudo o que acontece neles, costuma se repetir no resto do país”, afirmou o economista do IBGE.

Folhapress