Após seis meses no cargo de governador, Paulo Câmara tenta manter rotina familiar e pessoal intacta

Por FRANCO BENITES
do Jornal do Commercio

A vida do cidadão Paulo Câmara começou a mudar quando ele foi anunciado por Eduardo Campos como pré-candidato ao governo estadual no início de 2014. A partir daí, ele foi se tornando cada vez mais conhecido e viu sua rotina ser totalmente modificada.

Entre os interlocutores do hoje governador, há quem garante que o socialista se esforça para manter parte da rotina que tinha quando ainda nem sonhava em comandar o Estado e estar nos holofotes. O compromisso diário de levar as duas filhas à escola, que Paulo mantinha quando era secretário estadual do governo Eduardo, já não é cumprido.

O socialista, no entanto, trata de compensar essa falta de outras maneiras e bloqueia toda a agenda nos dias em que a sua presença é importante para as meninas. Nas festas escolares em que a participação paterna é requisitada, ele bate ponto e faz questão de se livrar do terno e da gravata para deixar por alguns instantes o papel de governador e encarnar a figura de pai.

É a hora de se sentir tão pai quanto outros profissionais que encontram um espaço na agenda para curtir a vida em família. Quando há uma folga nos compromissos, Paulo também pede que as filhas almocem no Palácio do Campo das Princesas com ele.

O contato com os amigos de escola e faculdade também ficou menor devido à vida social e política mais agitada. No entanto, Paulo tem se programado para organizar jantares em casa para reunir as pessoas que começaram a fazer parte da vida dele antes que se tornasse o sucessor de Eduardo Campos e ingressasse no universo político-eleitoral.

“O governador não tem amigos, tem aliados. Quem tem amigo é o cidadão Paulo Câmara. E nesses encontros não se discute política e assuntos de trabalho. São momentos de relaxamento, de conversar besteira e ficar realmente à vontade. Quando não pode se reunir com os amigos, ele sempre liga para saber como estão”, conta um interlocutor do governador.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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