A pesquisa da Nassau mostra que o candidato do PTB, Armando Monteiro Neto, lidera a rejeição entre os eleitores pernambucanos. No levantamento, 18% dos entrevistados afirmaram que tem medo do político vir a se tornar governador. Na versão anterior, a rejeição somava 12%
Já o socialista Paulo Câmara mete medo em 11% dos entrevistados. Na versão anterior, a rejeição era 8%
A situação atual pode provar que tem dado resultado a estratégia dos socialistas de apresentar o senador do PTB como o candidato anti-Eduardo. O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, tem batido nesta tecla quase todos os dias, levando bordoadas de volta dos aliados de Armando Monteiro.
Pelo lado do petebista, o dado pode mostrar ter sido um erro estratégico levar o caso do avião de Eduardo Campos ao debate e ao guia eleitoral. Sem poder provar irregularidade contra o adversário, passa a ideia de desespero e irresponsabilidade, ajudando a ampliar a rejeição. Em política, quem bate acaba sempre recebendo de volta parte dos golpes que desfere.
No mesmo levantamento, os nanicos Jair Pedro (8%), Pantaleão (7%) e Zé Gomes (2%) também se destacam. Com seu discurso radical, o candidato do PSOL chega a ter mais pontos de rejeição do que intenção de votos.
Como faz cruzamentos por regiões e por renda, a pesquisa ponta a situação da rejeição em relação a esses recortes.
De acordo com os números, a maior rejeição do petebista ocorre na Zona da Mata, onde atinge 24%. Uma das possibilidades seja a origem social do candidato, cuja família é apresentada como detentora de usinas, com todo o preconceito associado à atividade.
No Recife, onde os socialistas detém o comando da Prefeitura, a taxa de rejeição soma 20%, contra 16% na Região Metropolitana do Recife. A melhor performance neste indicados apresenta-se no sertão, com uma taxa de 11% apenas.
Já o candidato do PSB tem a sua maior rejeição justamente no sertão, com 22%. O dado pode provar que o candidato ao Senado, Fernando Bezerra Coelho, não está conseguindo transferir votos para o candidato majoritário. Na região do São Francisco, o indicador é 17%.
Tirando essas duas regiões, Paulo Câmara tem 12% no Agreste e 10% na RMR.
No Recife, como era de se esperar, em função da gestão socialista, tem um dos menores índices, com 9%.
A menor rejeição, 6%, ocorre na Zona da Mata, justamente onde Armando Monteiro tem o seu pior desempenho. O bom desempenho pode ser atribuído aos efeitos do programa chapéu de palha. Não por acaso, nesta campanha, o petebista prometeu manter e ampliar o programa, se eleito.