ARTIGO — Cenário Internacional: Brasil e Chile

*Rene Berardi

“Padrões modernos e de alto nível” é a avaliação do novo Acordo de Livre Comércio assinado entre Brasil e o Chile, o qual contempla o que já está estabelecido no contrato entre o Chile e o Mercosul e visa facilitar o comércio entre os dois países. “Este é o resultado de uma convergência natural que existe entre os nossos governos”, disse o presidente brasileiro Michel Temer, na assinatura do acordo em Santiago. O destaque foi a rapidez de obter o acordo, em menos de seis meses. Por outra parte, o presidente chileno Sebastián Piñera comentou que “este é um acordo que vai além do estritamente econômico”, pois busca trazer e integrar nossos países do ponto de vista da cultura, colaboração política, solução e enfrentamento de problemas”.

O Acordo de Livre Comércio aborda questões relacionadas a telecomunicações, comércio eletrônico, serviços, meio ambiente, emprego e gênero, defesa, bem como cooperação econômica. O tratado beneficiará empresas chilenas de pequeno e médio porte que possam participar de licitações públicas no Brasil em igualdade de condições com fornecedores locais. Além disso, será facilitada a operação de provedores de serviços e produtos digitais chilenos no comércio eletrônico bilateral no Brasil. Nas telecomunicações, as tarifas de roaming serão eliminadas após dois anos do tratado.

O acordo incorpora novos capítulos sobre o progresso da tecnologia, cibersegurança, cooperação, incluindo a ligação entre o Oceano Atlântico com o Oceano Pacífico, desde Puerto Murtinho no Mato Grosso do Sul, passando pelo Paraguai e Argentina, até os portos do norte do Chile. O Brasil é o principal parceiro comercial do Chile, com um comércio que supera US$ 11 bilhões e também o principal destino para investimentos chilenos no exterior, com mais de US$ 31 bilhões.

Entre janeiro e agosto de 2018, o intercâmbio comercial cresceu 21%, totalizando US$6.808 milhões. O acordo negociado será um grande apoio para as Pequenas e Médias Empresas, PME, chilenas, pela proximidade cultural e geográfica com o grande mercado do Brasil. No entanto, estas empresas também devem prestar atenção às novas políticas de abertura e maior competitividade econômica que serão promovidas pelo novo governo, o qual pode ser uma barreira para a entrada no mercado brasileiro para as PMEs chilenas.

Outros capítulos do novo acordo considera a “facilitação do comércio”; “comércio eletrônico”; “política de concorrência”; “entrada temporária de pessoas”; “boas práticas de regulamentação”; “cooperação econômica comercial” e “micro, pequenas e médias empresas”. Na área de compras públicas, será possível que os fornecedores de PMEs chilenas participem de licitações no Brasil com a mesma proteção e tratamento que uma empresa brasileira.

Em relação ao e-commerce, poderão se beneficiar muito as PMEs, pois vai permitir regras que estabelecem o livre fluxo de informações e a proibição de exigir localização de servidores, bem como o reconhecimento de assinaturas eletrônicas emitidas pelos dois países, de acordo com suas leis nacionais, o que irá gerar uma redução significativa nos custos operacionais. Na área de produtos orgânicos, foi assinado um memorando de entendimento, conhecido como MOU, Memorando da Compreensão com o Brasil, no qual as semelhanças e analogias entre sistemas de certificação para orgânico em ambos os países, permitindo a livre comercialização dos produtos chilenos e brasileiros, ou seja, os produtos orgânicos que atendem os regulamentos chilenos podem entrar no Brasil, assim como os produtos brasileiros podem entrar no Chile com selo orgânico chileno.

Como podemos observar, o Tratado de Livre Comércio assinado é muito amplo e permite a ampliação do comércio entre Brasil e Chile, assim como vai incrementar o investimento externo entre os dois países. Pode ser considerado como um exemplo de futuros tratados que o Brasil vai desenvolver com intensidade com múltiplos países, dentro da estratégia ‘’guarda-chuva’’ de uma economia de princípios liberais de novo governo. Este processo poderá ser replicado com países fora do âmbito do Mercosul como Estados Unidos e Israel, no qual serão negociadas cláusulas de natureza econômica, segurança, comércio eletrônico, dentre outras.

Não devemos esquecer que o acordo assinado entre o Chile e o Brasil pode ser analisado como o início de outras ações estratégicas visando a implantação de políticas econômicas liberais que foram sucesso no Chile e que poderiam ser readequados para o Brasil. Acredito ser importante começar a ficar ‘’por dentro’’ destas experiências econômicas chilenas, tanto nas políticas macroeconômicas como microeconômicas, como forma de desenhar futuros cenários para o Brasil. Da mesma forma, o conteúdo liberal do novo governo também será expressado na Política Externa, na qual a negociação de amplos acordos comerciais de livre comércio serão sinalizadores de novas formas do posicionamento geopolítico do Brasil no cenário global.

*René Berardi é doutro em Sociologia e professor do ISAE Escola de Negócios

Nível de inglês baixo em brasileiros afeta futuro profissional

O inglês permanece tão importante como sempre foi. De fato, o idioma é o de maior relevância quando o assunto é globalização, tecnologia e qualquer outro tipo de relação internacional. Para as empresas, o inglês é peça fundamental na inovação e compartilhamento de ideias, que fazem total diferença dentro do mercado de trabalho.

À medida que estas relações ficam cada vez mais necessárias para o sucesso de um negócio, o valor da proficiência no inglês cresce juntamente com a competitividade. Atualmente, menos de um quarto dos falantes à nível mundial são nativos, e este número diminui ao passo que cada vez mais pessoas aprendem o inglês como idioma adicional.

O Brasil, que manteve durante anos uma colocação acima dos 40 países com maior domínio do inglês, ocupa atualmente a 53ª posição no ranking mundial, considerado baixo. O índice é medido todos os anos pela EF English Proficiency Index, promovida pela Education First.

Apesar da crise econômica recente, o Brasil se mantém como uma das maiores economias do mundo. Dentro de uma empresa, a relação entre o inglês e um salário melhor é mais próxima do que você imagina. Uma pesquisa realizada pela Catho, site de classificados de empregos, comprovou que um profissional brasileiro com fluência no inglês pode ter o salário até 61% maior do que alguém sem essa habilidade.

De acordo o supervisor e educador da rede de escolas KNN Idiomas, um profissional que fala inglês vai ainda mais longe: tem oportunidades de ascensão em todo o mundo. “Isso porque ele não se limita a questões culturais, linguísticas e geográficas. Grandes nomes do business, bem como personalidades e altos cargos administrativos têm o inglês como idioma secundário justamente pela facilidade em conhecer, se comunicar e fechar negócios com pessoas ao redor do planeta”, ressalta Marcelo.

“Mais que nunca, falar inglês é uma habilidade necessária para ter acesso a mais empregos em mais empresas do que nunca. Onde antigamente as habilidades com o idioma eram um requisito de trabalho para funções específicas em determinados níveis de senioridade, hoje em dia, hierarquias de cadeias de suprimento, suporte técnico, contatos com clientes, documentação e gestão cruzam fronteiras nacionais”, afirma relatório publicado pela EF, que pode ser conferido diretamente no site da empresa.

Doações da Vale a políticos somaram R$ 82 milhões em 2014

A Vale e suas mineradoras e empresas subsidiárias influenciaram em 25 Estados e no Congresso Nacional ao distribuir, por meio de doações oficiais e legalizadas, recursos que somaram R$ 82,2 milhões a deputados, senadores, governadores e aos três candidatos mais votados à presidência, segundo levantamento do Estadão Dados. No total, 139 parlamentares estaduais e 101 federais, além de sete governadores e dez senadores, foram eleitos em 2014 – para a legislatura que se encerra neste mês – com alguma participação dessas mineradoras em suas campanhas. Doações de empresas a políticos já não são mais permitidas.

O total colocou a Vale entre os maiores protagonistas de financiamento de campanha naquele ano, em patamar só comparável à JBS, empresa de alimentação que informou em delação premiada ao Ministério Público o caráter ilegal do dinheiro doado.

As doações da mineradora são concentradas em Estados onde a empresa desenvolve operações volumosas, como Minas (18%), Pará (8,8%) e Espírito Santo (8,2%), mas compreende diferentes partidos, do PT ao PSDB, com destaque para políticos do PMDB. No total, candidatos de 27 partidos diferentes receberam doação dessas mineradoras.

O cientista político da Fundação Getulio Vargas (FGV) Cláudio Couto vê ligação direta entre as doações e a defesa da agenda da doadora. “A empresa espera que o político defenda seus interesses, e isso não significa agir necessariamente de forma corrupta para facilitar algo. Mas que defenda um marco regulatório nos moldes desejados, por exemplo”, explica ele. “E isso não é peculiar à mineração. Acontece com vários setores”, acrescenta.

A miríade de doações fez com que políticos que receberam valores da Vale fossem maioria entre os eleitos, como é o caso do Espírito Santo, onde oito dos dez deputados federais receberam doações da empresa. A porcentagem é alta também entre eleitos para o Congresso por Minas (64,5%), Sergipe (50%) e Pará (47%). Nas assembleias estaduais, o padrão é o mesmo: 16 dos 24 deputados do Mato Grosso do Sul receberam dinheiro da Vale, 24 dos 41 no Pará e 45 dos 77 em Minas.

“A Vale nem me procura porque sabe que não vou aceitar”, diz o deputado estadual de Minas João Vítor Xavier (PSDB), autor de um projeto que previa maior rigor na fiscalização de barragens e pretendia desativar modelos como os de Brumadinho e Mariana – construídas com a técnica de alteamento à montante, considerada obsoleta e insegura. Em julho de 2018, sua proposta acabou reprovada na Comissão de Minas e Energia da Assembleia mineira por três votos a um. Dois dos três que votaram contra receberam doação da Vale em 2014.

“Durou 30 segundos a análise e eles votaram contra. Passamos oito meses desenvolvendo a proposta com população, Ministério Público e Ibama, mas eles não quiseram ouvir os argumentos técnicos e preferiram ouvir as mineradoras”, diz. Reeleito para mais um mandato, Xavier promete encampar novamente o projeto, dessa vez “esperançoso por mudança”.

Vale
A reportagem perguntou à Vale com que fins institucionais a empresa fazia as doações, como foram escolhidos os candidatos que receberam recursos, por que as doações são mais volumosas nos Estados onde há mais operações da mineradora, se a empresa manteve contatos com os parlamentares eleitos com ajuda da Vale e se há nova política para doação por pessoa física – única modalidade permitida pela lei atual. As perguntas não foram respondidas até a publicação desta matéria.

Marco Aurélio nega pedido de Flávio Bolsonaro para suspender investigações

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu negar, nesta sexta-feira, o pedido do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para suspender as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro, que apuram movimentações financeiras consideradas “atípicas” pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Na liminar concedida pelo ministro Luiz Fux, no dia 17 de janeiro, as investigações levantadas pela Coaf foram suspendidas e passaram a ter foro privilegiado. Acerca do assunto, Marco Aurélio declarou: “Os precedentes do meu gabinete deixam claro meu pensamento em relação a casos como este.

Investigações

Filho mais velho do presidente da República, Jair Bolsonaro, o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) voltou a afirmar que é vítima de perseguição em relação às investigações envolvendo seu nome e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, que aparece com movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em relatório do Coaf.

Ao ser questionado sobre quando iria ao Ministério Público prestar esclarecimentos, ele não respondeu. “Já falei o que eu tinha de falar, não tenho novidade nenhuma”, acrescentou.

Flávio Bolsonaro toma posse como senador nesta sexta-feira, 1 de fevereiro.

Divulgada programação do Carnaval do Recife 2019

O Carnaval 2019 do Recife promete ser grandioso. Entre os dias 1 e 5 de março, 45 polos, espalhados por toda a cidade, vão receber agremiações tradicionais que encantam os recifenses e visitantes, além de artistas locais como Spok, Maestro Forró, Antúlio Madureira, Nena Queiroga, Almir Rouche, Almério e André Rio. Um dos grandes destaques desta edição é a volta da banda Cordel do Fogo Encantado na segunda de carnaval (4) ao Marco Zero.

O show de abertura, na sexta-feira (1), contará com o espetáculo O Carnaval de todo Mundo, idealizado pelo bailarino pernambuco Dielson Pessoa, com direção musical de César Michiles. Inovando, com inclusão e tecnologia, eles pretendem ampliar o olhar para os dançarinos e movimentos da periferia. Todo o trabalho de atuação foi feito com o corpo mirim de bailarinos do Centro Comunitário pela Paz (Compaz) – Cordeiro e Alto de Santa Terezinha. Finalizando a noite, os homenageados Belo Xis e Gerlane Lopes dividem o palco com os convidados especiais Péricles, Mariene de Castro, Pretinho da Serrinha e Marcelinho Moreira.

Ainda participam da folia, nomes como Baiana System, Monobloco, Alcione, Fafá de Belém e Paralamas do Sucesso, além de um projeto inédito que reúne Lula Queiroga, Pedro Luís, Roberta Sá e Marcelo Jeneci.

Confira a programação completa anunciada pela Prefeitura do Recife

MARCO ZERO

SEXTA-FEIRA (1)

Gerlane Lops
Maestro Forró, Nena Queiroga e Almir Rouche
Belo Xis

SÁBADO (2)

Lula Queiroga, Pedro Luis, Roberta Sá e Marcelo Jeneci
Fafá de Belém
André Rio, Quinteto Violado, Banda de Pau e Corda e Som da Terra
Paralamas dos Sucessos

DOMINGO (3)

Samba no Recife, convidados Adriana B e artistas locais
Leci Brandão
Alcione
Monobloco

SEGUNDA-FEIRA (4)

Gustavo Travassos, Belo Hortis, Luciano Magno e Coral Edgar Moraes
Jota Quest
Cascabulho, Zezé Mota, Daúde e Tony Tornado
Cordel do Fogo Encantado

TERÇA-FEIRA (5)

Alceu Valença
Gaby Amarantos
Elba Ramalho
Spok e Frevo Orquestra Tânia Alves
Orquestrão

ARSENAL

SÁBADO (2)
Claudio Almeida

Antônio Nóbrega
Tibério Azul
Geraldo Azevedo e Transversal Frevo Orquestra
Romero Ferro

DOMINGO (3)

Antúlio Madureira
Família Salustiano
Roberta Sá
Sagrama
Silvério Pessoa
Quinteto Violado

SEGUNDA-FEIRA (4)

Orquestra Santa Massa
Maestro Duda
Adiel Luna
Almério

TERÇA-FEIRA (5)

Coral Edgar Moraes/Getúlio Cavalcanti/ O Bonde
Maciel Salu
Ylana Queiroga e SKA Maria Pastora
André Rio

PÁTIO DE SÃO PEDRO

SÁBADO (2)

Dia da Diversidade

DOMINGO (3)

Maestro Edson Rodrigues
Romero Ferro
Marcelo Jeneci
Geraldo Azevedo
Lia de Itamaracá

SEGUNDA-FEIRA (4)

Belo Xis
Academia da Berlinda
Orquestra Henrique Dias
Siba
Dino Braia
Beto do Bandolim

TERÇA-FEIRA (5)

Bia Marinho
Isaar
Maciel Salu
Flaira Ferro

SAMBA DA MOEDA

SÁBADO (2)

Maria Pagodinho
Gerlane Lops
Paulo Perdigão
Xico de Assis
Belos Xis e Ramos Silva

DOMINGO (3)

Cybelle do Cavaco
Alex Ribeiro
Karynna Spinelli
Leno Galeria
Mesa de Samba Autoral.

SEGUNDA-FEIRA (4)

Wellington do Pandeiro
Adriana B
Paulo Viola do Recife
Luisa Pérola
Letto do Cavaco

TERÇA-FEIRA (5)

Telmo Santiago
Hilton de Oliveira
Cris Galvão
Selma e Nascimento
Aborto do Cavaco

POLOS

CENTRALIZADOS

Marco Zero, Praça do Arsenal, Pátio do Terço, Praça da Independência, Rua da Moeda, Pátio de São Pedro, Cais da Alfândega, Mercado da Boa Vista e Aurora dos Carnavais.

POLOS CONCURSOS DE AGREMIAÇÕES

Avenida Nossa Senhora do Carmo e Avenida do Forte.

BAIRROS

Brasília Teimosa, Linha do Tiro, Alto José do Pinho, Ibura de Baixo, Várzea, Cordeiro (Rua da Lama), Lagoa do Araçá, Campo Grande, Coelhos, Jordão Alto, UR-05 (Ibura), IPSEP, Roda de Fogo, Iputinga, Joana Bezerra/ Coque, Mustardinha, Barro, Santo Amaro/ Frei Casimiro, Areias, UR-2 (Ibura), Jardim São Paulo, Bomba do Hemetério, Chão de Estrelas, Nova Descoberta (Pátio da Feira) e Casa Amarela.

INFANTIS

De olho nos foliões mirins, a Prefeitura terá seis polos destinados aos pequenos. O Segundo Jardim ganha atenção especial no domingo de carnaval à tarde (3). Além do já tradicional polo do Paço Alfândega, os Parques Dona Lindu, Santana, Jaqueira e Macaxeira irão atender a população com uma programação diversificada. Outra novidade é a Praça do Arsenal, que contará com programação voltada para a garotada a partir das 16h, na terça (5).

CORREDORES COMUNITÁRIOS

Morro da Conceição, Três Carneiros e Buriti.

Diario de Pernambuco

ARTIGO — O abismo entre Enem e STEM

Marcos Paim

“Por que eu tenho que aprender isso?”. A questão, tão comum em salas de aulas e corredores dos colégios, é feita por muitos alunos para buscar razões para aprender disciplinas com as quais têm maior dificuldade. E, na forma como podemos respondê-la, está um dos caminhos para se resolver uma adversidade observada nas médias das notas dos participantes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2018.

Dados divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) sobre a prova aplicada no ano passado revelaram um discreto crescimento nas médias das notas em todas as áreas do conhecimento, exceto uma: Ciências da Natureza. A nota média em física, química e biologia teve retração de 510,6 para 493 pontos.

Justamente em três das quatro matérias que compõem a área STEM (acrônimo em inglês usado para designar Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática – Science, Technology, Engineering, and Mathematics). Já a média das notas de Matemática subiu de 518,5 para 535,5. O aumento em cerca de 3%, porém, pode não representar uma melhora factual na absorção de conhecimento por parte dos estudantes.

A consequência direta pode ser observada em levantamento sobre a formação acadêmica brasileira na área STEM. Dentre 46 países onde a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) realiza estudos, o Brasil é apenas o antepenúltimo em geração de profissionais aptos a atuar em mercados de trabalho como animação, arquitetura, design, tecnologia, biomedicina, computação, engenharia e tantos outros: apenas 17%.

Apresentar a mecânica do mercado de trabalho na esfera do diálogo, porém, pode não ser suficiente como método de convencimento. É preciso um sistema envolvente, cujo formato atraia o aluno e mostre na prática, com auxílio dos professores, para que serve o que estão aprendendo. Para isso, é necessário oferecer soluções para o docente aprimorar os resultados de aprendizagem dos alunos. Assim, criar, no “produto final”, a percepção de como funciona a teoria quando colocada em prática.

Com um pouco de ajuda estruturada, os docentes podem trabalhar os conteúdos previstos na Base Nacional Curricular Comum, desenvolver habilidades requisitadas para os profissionais do futuro e aumentar a autoestima dos alunos simplesmente dando-lhes a oportunidade de aprenderem também na prática, experimentando, pensando e resolvendo problemas que mudarão o mundo deles e da sociedade.

As Ciências da Natureza, como o próprio nome diz, envolvem conhecimentos conectados com a natureza, com a vida, com a saúde, a tecnologia e até mesmo a exploração espacial. Para resolver problemas nestas áreas é necessário trabalhar não apenas conhecimentos teóricos, mas também habilidades que envolvam soluções de questões, trabalho em equipe e criatividade. Raramente os alunos encontram esses elementos em uma sala de aula. Se seguirmos com o mesmo modelo de aula tradicional em ciências, os resultados serão os mesmos ou ainda piores, como ocorreu neste ano.

Aposentados a partir de 60 anos terão que agendar prova de vida

Folhapress

Os bancos continuarão a realizar a prova de vida de aposentados e pensionistas do INSS, mesmo após as mudanças a serem aplicadas pelo governo no procedimento, informou nessa quarta-feira (30) a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

A medida provisória 871, assinada em 18 de janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro, determina que beneficiários a partir de 60 anos de idade agendem data para a realização da fé de vida anual. O texto não define, porém, onde e como o serviço será prestado aos idosos, deixando isso a cargo de regulamentação do INSS.

Até o momento, a comprovação ocorre sem agendamento e cada banco define a data-limite para que, uma vez por ano, o beneficiário compareça à agência ou ao autoatendimento para renovar a sua senha.

Além de informar que os “bancos irão continuar fazendo a prova de vida dos beneficiários do INSS”, a Febraban detalhou que as “instituições financeiras estão analisando a medida provisória 871 para avaliar quais medidas terão que ser tomadas” e que, concluída essa análise, “os bancos irão se reunir com o INSS para definir os procedimentos a serem adotados.”

O INSS reafirmou na quarta que alguns pontos da medida provisória dependem de regulamentação, como é o caso da prova de vida. O órgão destacou ainda que as novas regras da prova de vida estão sob análise do novo presidente do instituto, Renato Rodrigues Vieira, em conjunto com a área técnica. Sobre a publicação do ato no “Diário Oficial da União”, o INSS informou que ocorrerá “tão logo seja assinado”.

A medida provisória também introduz a possibilidade da realização da prova de vida na residência de segurados acima de 80 anos. A nova medida mantém a permissão para que o INSS faça o bloqueio dos pagamentos até que o beneficiário atenda à convocação. Por enquanto, não há mudança no calendário definido em cada banco para a realização da fé de vida.

Na semana passada, a Secretaria de Previdência alertou sobre informações falsas circulando na internet sobre um suposto esgotamento do prazo em 28 de fevereiro. A data, na verdade, era referente à prorrogação do atendimento realizada no ano passado para quem não havia comparecido em 2017.

Daniel Coelho é o novo líder do PPS

O deputado federal reeleito Daniel Coelho vai assumir a liderança do PPS, na quinta-feira (31), na Câmara dos Deputados, em 2019. Daniel Coelho afirma que o partido vai atuar de maneira independente no Congresso, apoiando as pautas importantes para o país, apoiando o governo, mas deve reservar o direto de fazer críticas quando houver necessidade.

“Fico feliz em liderar a bancada nesse momento tão importante para o país e para o partido. Nossa eleição confirma a posição de que a bancada atuará de forma independente no Congresso. Votando sempre a favor do povo e do Brasil. Não vamos entrar nessa de quanto pior, melhor, de ficar contra tudo. Mas também não seremos subservientes ao governo. Se houver erros, faremos as críticas. Não haverá espaço para toma lá, dá cá. Nosso convencimento é aquilo que for bom para o país”, disse Daniel, que substitui o paulista Alex Manente, também reeleito.

A mudança de nome do partido também será um desafio dessa nova fase. “O mundo mudou, barreiras do passado foram superadas. Não podemos ficar presos em lutas que foram importantes, mas que pertencem ao século passado. Busca pela liberdades individuais, combate a privilégios, redução de um Estado caro e ineficiente e a constante luta no combate à pobreza e às desigualdades nos guiarão”, enfatizou Daniel Coelho.

Caruaru Shopping realiza mais uma edição do “Adote um Amigo”

Mais uma edição do projeto “Adote um Amigo” será realizada pelo Caruaru Shopping no próximo domingo, dia 3 de fevereiro. O evento acontecerá no lounge próximo à agência de viagem, das 11h às 17h, e é uma grande oportunidade para dar um lar a um bichinho.

Na ocasião estarão disponíveis 50 animais (cães e gatos), entre adultos e filhotes. Para que o processo de adoção seja firmado, é necessário que o interessado apresente um documento com foto e comprovante de residência. Ao fim, um cadastro será feito e o pet poderá ser levado para casa. “Lembrando que todos os animais já estão vacinados”, afirmou Walace Carvalho, gerente de Marketing do centro de compras e convivência.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, no Bairro Indianópolis.

Pernambuco discute método para avaliar barragens

A secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco, Fernandha Batista, discutirá com a Agência Nacional de Águas (ANA) na próxima terça-feira a metodologia utilizada para incluir barragens na lista de alto risco. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Sobre Segurança de Barragens (SNISB), da própria Agência, 63 reservatórios em Pernambuco estão em Categoria de Risco alta e causariam, caso rompessem, Danos Associados. O relatório é atualizado e foi realizado em dezembro.

Segundo a secretária, que discorda do relatório da ANA, o risco é definido a partir de uma série de critérios. “São cinco páginas de questões que a fiscalização avalia e assinala ‘sim’ ou ‘não’. Muitas pequenas coisas que valem pontos e, somados, definem a Categoria de Risco das barragens. Mas, isso não quer dizer que ela vai se romper”, opinou ontem, após coletiva de imprensa na Secretaria. “Essas pequenas coisas são muito variadas. Podem ser um dreno obstruído ou rompido, por exemplo. Nenhuma barragem em Pernambuco pode se romper, estão em perfeito estado para suportar suas capacidades máximas.”

O Governo tem conhecimento de 422 barragens no Estado. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) fala em 477. Dessas, 63 tem um conjunto de problemas capaz de levar a ANA a divulgar que estão em perigo. São de responsabilidades diversas. Do Governo Federal aos municípios, no caso de Iati e Caetés. Ela condena o uso da expressão “risco de rompimento”, pela capacidade de causar pânico na população e por, segundo o Governo Estadual, não haver risco real. De acordo com a ANA, Categoria de Risco de uma barragem diz respeito “aos aspectos da própria barragem que possam influenciar na probabilidade de um acidente: aspectos de projeto, integridade da estrutura, estado de conservação, operação e manutenção e atendimento ao Plano de Segurança.”

O Dano Associado é aquele que pode ocorrer devido a rompimento, vazamento, infiltração no solo ou mau funcionamento de uma barragem, independentemente de sua probabilidade. As 63 pernambucanas têm risco alto nos dois critérios. Durante coletiva de Imprensa, convocada para tranquilizar a população, Fernandha Batista anunciou oficialmente a criação do grupo de trabalho intersetorial para cadastrar as barragens do Estado, como adiantado pela Folha de Pernambuco na edição de ontem.

O prazo de fechamento das fiscalizações é de seis meses. O processo será iniciado nas barragens de onde há maior índice pluviométrico, a Região Metropolitana do Recife (RMR) e a Zona da Mata Sul. Estão envolvidos 29 profissionais das Secretarias de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade e de Desenvolvimento Urbano e Habitação. Ainda lembrou que muitas das barragens estão com pouquíssima capacidade, como é o caso de Jucazinho (com 3,2%) e que a maioria é de pequeno porte. Mas, segundo especialistas como o pós-doutor em riscos de desastres na Universidade de Buenos Aires Neison Freire e o doutor em geografia pela UFPE Luiz Eugênio Carvalho, foi o rompimento de três pequenos diques que causou a enchente em Barreiros, na Mata Sul, em 2010.

Folhape