Segurança pode ter sido morto a mando de ex-companheira

Pedro Augusto

O segurança Rogério José da Silva, de 31 anos, foi assassinado a tiros, na manhã da quarta-feira (29), no Sítio Barra de Riacho do Peixe, na zona rural de Agrestina, no Agreste do Estado. De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, ele estava pilotando a motocicleta Bros, de cor vermelha e de placa KKS-0262, quando acabou sendo alvejado à bala por criminosos em um automóvel.

Segundo ainda as investigações preliminares da polícia, Rogério havia sofrido uma tentativa de homicídio há pelo menos dois anos, em frente a um mercadinho onde trabalhava como segurança, no Loteamento Cidade Alta, em Caruaru. Ele residia na Rua do Vassoural, no bairro de mesmo nome, e era conhecido como “Índio Carroceiro”.

A vítima, de acordo com a polícia, teria sido morta em frente a um bar. Logo em seguida, os criminosos teriam fugido no automóvel com sentido para a BR-104. Após o levantamento cadavérico do Instituto de Criminalística, o corpo de Rogério foi encaminhado ao IML de Caruaru.

“Estamos trabalhando com todas as hipóteses, dentre elas a de vingança, haja vista que Rogério vivia em constante atrito com a ex-companheira, pois esta última não aceitava a separação. Inclusive, ele a acusava de ter sido a mandante da tentativa de homicídio sofrida há mais de dois anos. Ela está sendo tratada como suspeita”, comentou, ainda na cena do crime, o delegado de Agrestina, Fernando Elias.

Caruaru

Na Capital do Agreste, o autônomo Nilson de Freitas Silva, de 32 anos, foi morto a facadas na noite do último domingo (26). De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, ele estava trafegando na estrada que dá acesso ao Residencial Luiz Bezerra Torres, na altura do Sítio Taquara de Cima, na zona rural, quando acabou sendo atingido por golpes de faca peixeira. A arma utilizada acabou sendo encontrada pela polícia. O seu corpo foi encaminhado ao IML local.

ARTIGO — O preço da modernidade

Maurício Assuero

Em novembro passado, entrou em vigor a reforma trabalhista que aliada a proposta da terceirização (em análise no STF) alterou as relações de trabalho. Primeiro, a faculdade Estácio de Sá demitiu 1200 docentes para recontratá-los, essa é a verdade, segundo as novas regras trabalhistas. Não adiantou a tentativa de frear a ação através da justiça.

Esta semana, a LATAM anunciou a demissão de, coincidentemente, 1200 funcionários optando por terceirizar os serviços no aeroporto de Guarulhos. A situação das companhias aéreas no Brasil não é uma coisa fácil. Em 2016, por exemplo, 20 empresas tiveram prejuízos não sanados ao longo desses dois anos porque a renda caiu e, embora, a alta do dólarsirva para impulsionar o turismo interno, não é isto que está sendo visto.

Os custos operacionais são altos. Começa pelo combustível cujo preço é expressivo e, com isso, por mais que as empresas tentem ofertar um serviço atrativo, a nossa combalida economia não permite por conta da renda achatada e desemprego em alta são ingredientes difíceis de conciliar com rentabilidade financeira.

Mas, o problema está na forma do processo. Demite-se, 1200 funcionários que serão incorporados a um plano de demissão e que irão contar com alguns benefícios (plano de saúde, por exemplo) ao longo de um período de tempo. A vantagem é a redução de custos visto que os encargos sociais no Brasil são absurdos. O que vai acontecer é que, ao terceirizar, alguns destes antigos funcionários serão recontratados com salários menores. Se não for assim, ficará desempregado.

O Brasil criou essa modernidade com a reforma trabalhista. Em alguns momentos aqui dissemos que havia a necessidade de uma atualização, mas que ficou claro qual seriam os benefícios para a classe trabalhadora. Aparentemente, teremos alguma dificuldade em conviver com esse avanço, no entanto, alguns dos candidatos a presidente alegam rediscutir tal reforma e cada vez que pronuncia algo assim, o mercado reage negativamente. Isso significa que a reforma foi excepcional, para o empregador.

O Brasil permitiu a terceirização de atividades meio. A contabilidade, informática, os serviços gerais, etc. Agora a pauta é terceirizar a atividade fim, ou seja, uma empresa pode, simplesmente, ceder suas instalações (como um comodato, um arrendamento) e o capitalista ganhar dinheiro com isso. Sabe aquele produtor de jeans do agreste que vende seu produto por X para um loja de um shopping vender por 4X? tudo indica que ele será bem mais requisitado.

Patativa encara Leão pelo Sub20 do Pernambucano

Dono de uma boa campanha na etapa inicial, a Patativa estreia, neste fim de semana, pela segunda fase do Campeonato Pernambucano Sub20. A Patativa mede forças com o Sport, no sábado (1º), a partir das 15h, no Estádio Luiz Lacerda.

A equipe, comandada pelo técnico Erivelton Souza, está no grupo juntamente com o Leão, o Santa Cruz e o Afogados. De acordo com o regulamento, os dois times de melhores campanhas avançarão à etapa seguinte da competição.

Uma temporada desastrosa para os times do Estado

Pedro Augusto

Das Séries A até a D, Pernambuco só colecionou fracassos na temporada 2018. Prova disso é que faltando ainda quatro meses para acabar o ano, apenas o Sport se encontra em atividade com compromissos válidos pelo Brasileiro da 1ª Divisão. Já os outros seis clubes do Estado – Central, Flamengo, Belo Jardim, Náutico, Santa Cruz e Salgueiro -, que disputaram a competição nacional, só que em divisões inferiores, já estão de férias acumulando os prejuízos financeiros que o término forçado de calendário costuma proporcionar com a bola ainda rolando num segundo semestre e para outros times.

Central
Compondo o grupo 7, juntamente com Sergipe, Jacuipense e ASA, esperava-se que a Patativa fosse um pouco mais longe no Campeonato Brasileiro da Série D. A equipe, até então comandada por Mauro Fernandes, havia sido, um pouco mais cedo, vice-campeã pernambucana e contava com um elenco forte, tendo como destaques o atacante Leandro Costa, o meio-campista Júnior Lemos e o lateral esquerdo Charles Maceió. Ainda com cabeça voltada para a perda do Estadual, o Central acabou ficando apenas na primeira fase do Nacional, se despedindo da temporada 2018 já no dia 27 de maio. Na ocasião, goleou o Jacuipense por 3 a 0 com o estádio praticamente vazio.

Fla e Belo
Representantes também do Estado na 4ª Divisão, assim como a Patativa, tanto o Flamengo de Arcoverde como o Belo Jardim acabaram encerrando as suas séries de compromissos em 2018 ainda na etapa inicial da competição. Rebaixado este ano para a Série A2 do Estadual, o Calango ficou apenas na terceira colocação da chave A6 do Nacional, enquanto a Fera Sertaneja, que conseguiu escapar da degola do PE somente na última rodada, terminou na mesma posição do Belo, só que na chave A8. Ambos os clubes estão sem atuar desde o dia 27 de maio.

Salgueiro
Dono de boas campanhas nas temporadas anteriores, quando chegou a ser por duas vezes vice-campeão pernambucano, o Salgueiro decepcionou bastante a sua torcida ao colecionar sucessivos fracassos em meio à temporada 2018. Foi eliminado por goleada pelo Fluminense na segunda fase da Copa do Brasil, deixou a Copa do Nordeste ainda na primeira fase e, para fechar o ano desastroso, também foi rebaixado à Série D do Brasileirão. A derrota para o Santa Cruz por 1 a 0, no último dia 11 de agosto, no Estádio do Arruda, foi o último compromisso do time sertanejo na temporada atual.

Náutico
Com um início de ano bastante animador, quando conseguiu a classificação para o Nordestão, o avanço para a quarta fase da Copa do Brasil e o título de campeão pernambucano após 14 anos de seca, projetava-se um fim de temporada diferente, do que acabou sendo observado pelos alvirrubros em relação ao Náutico. Tido como um dos favoritos ao acesso à Série B 2019, o Timbu foi obrigado a interromper prematuramente os seus planos ao ser eliminado pelo Bragantino nas quarta-de-final da Terceirona. O último jogo do Náutico em 2018 foi justamente contra o Bragantino, quando acabou empatando por 1 a 1, no domingo passado (26), na Arena de Pernambuco.

Santa Cruz
Diferentemente do arquirrival Náutico, que até conseguiu fazer bonito em alguns momentos, o Santa teve um ano digno de ser totalmente esquecido. Sucumbiu ainda nas quartas do Estadual, foi eliminado também nas quartas da Copa do Nordeste, caiu fora logo na primeira fase da Copa do Brasil e, para fechar o “caixão”, não conseguiu o acesso à Segundona. Mesmo com a vantagem obtida no primeiro jogo, na partida de volta das quartas-de-final da Série C, o Mais Querido acabou sendo goleado por 3 a 0 pelo Operário-PR. O confronto ocorreu também no último dia 26, mas no Estádio Germano Kruger.

Sport
Mesmo com calendário garantido até o próximo mês de dezembro, o Leão da Praça da Bandeira vem, até agora, preocupando bastante a sua torcida. Nem poderia ser diferente, haja vista que o rubro-negro pernambucano está há 11 jogos sem conseguir saber o que é vitória na Série A. O mau momento é reflexo dos tropeços obtidos no início da temporada. Favorito absoluto a levantar mais um troféu, o Sport caiu nas semifinais do Pernambucano diante do Central e também foi eliminado nos pênaltis pelo Ferroviário-CE, na segunda fase da Copa do Brasil. Hoje, encontra-se na zona de rebaixamento para a Série B e com um elenco desmotivado.

“País necessita de um presidente com bom trânsito no mercado”

Diante de um cenário tão difícil como este, no tocante à economia, devido à crise política/financeira que já vem se arrastando há alguns anos em todo o país, procurar se inteirar um pouco mais sobre o assunto poderá facilitar a vida do eleitor na hora da escolha do candidato à Presidência da República na Eleição 2018. No intuito de deixar os leitores mais informados, VANGUARDA entrevistou esta semana o seu colunista econômico, Maurício Assuero. Confira, abaixo, a entrevista.

Pedro Augusto

Jornal VANGUARDA — O próximo presidente terá o desafio enorme de tentar recolocar a economia nos eixos após um dos maiores períodos de crise política/financeira do Brasil. Em sua opinião, qual seria o perfil de gestor mais indicado para assumir o país neste momento tão delicado da economia brasileira?

Maurício Assuero — Pelo que tenho acompanhado, a melhor proposta para o Brasil tem sido defendida pelo economista Paulo Guedes. No entanto, isso não quer dizer que o seu candidato é o mais adequado. Paulo chama essa relação com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) de ‘Ordem e Progresso’, numa alusão ao lema da Bandeira do Brasil. O que tem de interessante nisso é, de que, ao contrário dos demais, Paulo Guedes diz como vai formar poupança e estimou reduzir a dívida somente com privatizações. No momento que colocar as concessões, então, o Brasil estaria em outros trilhos. Por incrível que pareça, o melhor perfil para presidente do Brasil é esse de Paulo Guedes. Não adianta dizer que vai reduzir o déficit sem dizer de que forma, por exemplo. Não temos um candidato ideal, mas precisamos de alguém que tenha um bom trânsito com o mercado interno e externo, que busque reduzir o tamanho do estado, que trate as reformas com seriedade, principalmente a reforma tributária. Eu vejo a questão como o perfil do Brasil e não como o perfil do presidente do Brasil.

JV — Em entrevista recente, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro afirmou que o presidente não precisa entender tanto de economia. Em sua opinião, ele está correto ou errado e por quê?
MA — Uma das maiores descobertas do mundo político talvez tenha sido Sarah Palin, governadora do Alasca, que concorreu ao cargo de vice-presidente dos Estados Unidos pelo Partido Republicano na chapa do senador Jonh McCain, falecido na semana passada. Palin ganhou notoriedade extrema por seus discursos e incomodou bastante Barack Obama, no entanto, na sua primeira entrevista sobre política externa, seus limitados conhecimentos foram escancarados fazendo transitar do céu para o inferno rapidinho. O conhecimento é fundamental para dar segurança. A falta de conhecimento leva à manipulação e, como o ambiente político muda ao sabor dos ventos, isso significa abalos ao longo do caminho. FHC colocou um economista, José Serra, como ministro da Saúde e o que se viu foi uma formação de políticas públicas na área. Por exemplo, a questão dos remédios genéricos foi cuidado nesse período. Lógico que há críticas, mas o economista possui a visão de longo prazo. Tem mais chance de colocar as contas em ordem. Lula colocou um médico no Ministério da Fazenda. Qual a função dele? Vender a política econômica traçada pelo Banco Central. As projeções de séries temporais, os modelos de volatilidade etc eram traduzidos para Palocci. Lógico que ele tinha inteligência para entender e expor. Mas defendo muito mais José Serra na Saúde do que Palocci na Fazenda. Foram dois momentos diferentes. Palocci não teve trabalho porque na sua época a economia estava em ascensão. Assim, acho que o candidato está equivocado. Ele precisa ter um conhecimento. Não precisa ter doutorado, mas precisa conhecer os conceitos e as consequências da economia.

JV — Além de ter que buscar soluções para os diversos gargalos financeiros que acabaram se avolumando no decorrer da crise, o novo gestor do país ainda terá a missão árdua de tentar conquistar a confiança de volta do investidor externo. Que medidas seriam mais viáveis para esse início de governo?
MA — Essa é uma parte complicada. Não tem como o Brasil conquistar confiança externa sem o funcionamento pleno das instituições. Não há segurança no STF, visto que a soltura de envolvidos em escândalos de corrupção incomoda a sociedade, mas basta um pedido chegar à segunda turma, que o acusado é posto na rua. Em todo mundo há uma preocupação muito clara com o combate à corrupção. Um banqueiro suíço fez uma delação sobre a fortuna de US$ 180 milhões da família de Nicolás Maduro. A Justiça leva em conta tal delação, mas aqui uma delação pode não ser aceita como prova. O investidor externo vê isso e não quer arriscar colocar seu dinheiro aqui. Eike Batista investiu US$ 6 milhões na Bolívia e, quando Evo Morales foi eleito, estatizou investimentos estrangeiros, inclusive da Petrobras. Qual foi a reação do governo brasileiro? Nenhuma. O investidor quer garantias de que seu capital terá mobilidade.

JV — Especialistas afirmam que só a partir de 2020 é que a economia brasileira começará a respirar alcançando resultados mais positivos. O senhor concorda com essa estimativa ou vai depender essencialmente da escolha do novo presidente?
MA — Eu acho que vamos esperar um pouco mais. O próximo governo precisa arrumar a casa. Vai reduzir ministérios? Vai cortar gastos? Mesmo a proposta liberal de Paulo Guedes não seria implantada no primeiro ano porque quando se fala de privatizar, alguém entra com uma ação e um juiz de plantão concede uma liminar. Basta ver o caso da Eletrobras. Prejuízos absurdos ao longo do ano, mas ninguém está interessado nisso. Vai entrar as demandas judiciais, vai ter pressão dos movimentos sociais, enfim, o Brasil de 2019 é a maior das incógnitas mundiais. Lógico que isso pode ser abreviado a partir da eleição do presidente. Conhecido o nome, então já se deve partir para a transição e começar a delinear o perfil do governo, o tamanho da máquina, etc. Não quero ser pessimista, quero ser realista.

JV — Assim como os demais estados, Pernambuco contabilizou, nos últimos anos, perdas significativas no tocante as suas finanças devido à crise que se instalou e ainda vem perdurando no país. De que forma, em sua opinião como especialista, o Estado poderá recuperar o posto de uma das economias mais pujantes não só do Nordeste, mas também de todo o país?
MA — Num recente trabalho acadêmico que fiz, destaquei as economias de Pernambuco, Bahia e Ceará como as mais significativas para a economia nordestina. Por exemplo: entre 2002 e 2017, o BNDES financiou 215 mil projetos para região, totalizando R$ 53,389 bilhões. No entanto, 11% se destinaram à indústria de transformação. Pernambuco teve um bom desempenho, principalmente por conta do turismo. O estado foi assolado por um período de estiagem que comprometeu alguns segmentos importantes, como pecuária, e, diante da crise pela qual passou, tem sofrido a falta de investimentos. A queda na atividade econômica fez o Governo Federal reduzir repasses e, obviamente, com a economia em queda, impostos fundamentais como o ICMS foram impactados. Em contrapartida, gastos com pessoal cresceram e, com isso, Pernambuco já chegou à margem de segurança da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Governo do Estado precisa implantar políticas de geração de renda. Se o emprego está difícil, vamos cuidar da empregabilidade. Então, precisa atuar na promoção de ações que gerem renda. Não há outra forma de voltar a crescer sem renda.

JV — Faltaram ao governador Paulo Câmara (PSB) uma articulação e um plano estratégico maior para garantir melhores resultados para economia estadual?
MA — O governador Paulo Câmara pegou Pernambuco numa fase de crescimento econômico e, com a crise, o estado encolheu. Recentemente, foi classificado como o quinto melhor no ranking da Folha de São Paulo. Uma questão importante aqui tem sido o incentivo à tecnologia. Se a gente for olhar o Pintec, vai ver que Bahia, Pernambuco e Ceará investiram R$ 737 milhões em projetos tecnológicos, obtendo receitas na casa dos bilhões. Essa é uma tendência que pode ser consolidada no estado. Em relação ao plano estratégico, o governo precisa dizer com mais propriedade aonde e como quer chegar. Eu acho que a via tecnológica é uma forma mais rápida para melhorar as finanças.

JV — Ainda em relação à escolha do novo presidente e tendo como tema finanças, que aspectos necessitam ser avaliados pelos eleitores durante este período de campanha?
MA — Um grave problema do Brasil é o déficit. Todos nós sabemos que precisamos de R$ 150 bilhões para cobrir o que gastamos além do que arrecadamos. Então, o eleitor precisa ficar atento às promessas generalistas. Elas são meras falácias. Todos os candidatos precisam esclarecer como será gerado emprego e quais as medidas que serão adotadas para isso. Caso contrário, ficará nítido que se trata de promessas eleitoreiras. Se o estado não reduzir seu tamanho, não há finanças que suporte. Nesse sentido, observar os apoios políticos. Quanto mais apoio, mais cargos no governo. O controle dos gastos públicos tem efeitos diretos na empregabilidade e no controle de preços. Sem isso, vamos esperar o próximo governo do próximo governo.

Prevenção do suicídio e valorização da vida em debate

Caruaru receberá a 5ª Edição do Café Freudiano, dedicada à campanha do Setembro Amarelo, no próximo domingo (2). O evento, promovido pela Escola de Psicanálise Caruaru (EPC), começa a partir das 9h da manhã, no auditório do Teatro Difusora, no Bairro Maurício de Nassau.

Serão abordadas palestras sobre a prevenção do suicídio, depressão e valorização da vida nas áreas de saúde, educação e segurança pública. Ao todo sete especialistas foram convidados para debater sobre os assuntos: Spencer Júnior, PHD em Saúde Mental; Paulo Cisneiros, escritor e professor; Erick Lessa, delegado; Gesa Cléa Oliveira, psicóloga e neuropsicóloga; Bruno Danda, cardiologista, e Anderson Santiago, especialista em Psicanálise Analítica. José Soares, coordenador do Centro de Valorização da Vida (CVV) em Caruaru, também estará presente. Os jornalistas de TV, Anderson Melo e Marcela Calado, serão os mediadores.

Qualquer pessoa que se identifique com o tema do evento pode participar, sendo profissionais de saúde, psicólogos, estudantes, professores, familiares ou parentes que passam por algum drama relacionado ao assunto, bem como outras pessoas interessadas.
A entrada custa R$ 60,00 (inteira) ou R$ 55,00 + 1 kg de alimento não perecível (social). Estudante paga R$ 30,00 e aluno da EPC, R$ 20,00. Toda renda líquida será revertida para o Núcleo de Apoio à Vida de Caruaru (Navic), que cuida da saúde mental e prevenção ao suicídio. Os alimentos serão doados à Casa de Auxílio Maria de Nazaré, no Bairro Cidade Jardim, em Caruaru.

Os ingressos podem ser adquiridos na Banca de Revistas Terceiro Mundo, no centro de Caruaru ou na Livraria Imperatriz, no 3º piso do Shopping Difusora. Também pode ser obtido pelo site www.sympla.com.br/epceventos
O interessado, caso prefira, basta fazer a inscrição por e-mail. É só enviar o nome completo e o telefone para o endereço eletrônico contato.epc@hotmail.com – colocar o título “Inscrição Caruaru” e aguardar a confirmação.

CONFIRA AS PALESTRAS:
Palestrante – Spencer Júnior, PHD em Saúde Mental: ‘Suicídio, mate essa ideia: Novos propósitos para a vida do idoso’.
Palestrante – Erick Lessa, delegado: ‘Exposição à Violência e Comportamento Suicida’.
Palestrante – Anderson Santiago, especialista em Psicologia Analítica: ‘Conversando sobre o comportamento suicida e sua prevenção’.
Palestrante – Gesa Cléa Oliveira, psicóloga e neuropsicóloga: ‘Mães que transformam o luto em luta’.
Palestrante – Bruno Danda, cardiologista: ‘O sentido da vida’.
Palestrante – José Soares, coordenador do CVV Caruaru: ‘Posto do CVV de Caruaru’.
Palestrante – Paulo Cisneiros, escritor e professor: ‘Vida – A ferramenta evolutiva do ser’.

Familiares de pacientes criticam situação do HRA

Os corredores do HRA se encontram superlotados. Foto: Denunciante

Pedro Augusto

Nem mesmo no período eleitoral, onde os problemas que vêm se arrastando já há anos costumam ser solucionados como num passe de mágica, parece resolver a situação caótica do Hospital Regional do Agreste, em Caruaru. Às vésperas das Eleições 2018, a maior unidade hospitalar pública do Interior de Pernambuco agoniza pela superlotação de pacientes, bem como pela escassez ou ausência total de medicamentos e insumos destinados à recuperação dos enfermos. Em visita ao HRA, na tarde da última terça-feira (28), a equipe de reportagem do Jornal VANGUARDA ouviu vários familiares de doentes que se encontram alojados, sejam nos quartos ou nos corredores da unidade.

De acordo com a autônoma Maria José da Silva, que reside em Brejo da Madre de Deus e está com o irmão de 16 anos internado na Ala Vermelha, tem faltado medicamentos no HRA. “O meu irmão se encontrava jogado pelos corredores e, por muita insistência nossa, acabou sendo transferido para a Ala Vermelha. Ele está com um problema sério nos rins, a medicação faltou, não deram um prazo certo, e o seu estado piorou. Tenho medo que ele venha a óbito, porque não estão prestando um atendimento adequado. Quem tem plano de saúde pode dar graças a Deus, porque, se for depender desse matadouro que se chama Regional do Agreste, é melhor estar morto. Qualquer coisa no mundo é melhor do que aqui!”, desabafou.

Outro popular que não poupou críticas aos serviços prestados pelo HRA foi Amaro Junior. De Gameleira, ele relatou o que vem acontecendo em relação ao seu pai. “O atendimento deste hospital é horrível! Os pacientes são tratados como bichos! O meu pai, por exemplo, é diabético, se encontra com uma ferida enorme em uma das pernas e o primeiro médico vascular que o atendeu queria amputá-la. Como questionei bastante, ele acabou sendo atendido por outro médico, que realizou um exame e prescreveu uma raspagem. Agora, sabe-se lá quando isso será feito, até porque o meu pai já está por aqui há mais de 15 dias e somente ontem (última segunda 27) que conseguiram uma vaga na Ala Vermelha para ele. Humilhação é o que não falta no Regional”, disse.

Tanto Amaro como Maria José preferiram não revelar os nomes de seus familiares com receio de sofrerem algum tipo de punição por parte da unidade. “Sei lá! Do jeito que as coisas andam por aqui, capaz de eles não colocarem nem mais as mãos no meu irmão”, comentou Maria. “Meu pai ainda precisa de atendimento e, se eu disser o nome dele, tenho medo de aumentar o seu sofrimento. Duvido nada quanto a este hospital!”, complementou Amaro.

Mesmo tendo um dos dedos decepados e precisando se submeter a uma pequena cirurgia, Josivalter Francisco acabou deixando a unidade na tarde da terça sem previsão de retorno. Ele cansou de esperar a realização do procedimento. “Também pudera! Cheguei aqui na quarta-feira passada (22), marcaram a minha cirurgia para dois dias depois, o que não aconteceu, e, em seguida, para esta segunda-feira (27). Aguardei durante todo este tempo e me informaram que o médico especialista não se encontrava disponível. Agora te pergunto: se comigo, que estou necessitando de uma cirurgia simples, o tratamento dado foi esse, imagine o desespero dos pacientes que estão em situação mais grave? Isso não é um hospital, é uma vergonha.”

Embora estejam passando por problemas diferentes, os três populares possuem a mesma opinião quando o assunto se refere à infraestrutura do Hospital Regional do Agreste. “Meu amigo, de início, tive de comprar atadura, gaze, algodão e esparadrapo para que meu pai pudesse ser atendido. Podem falar o que quiserem, mas quem tem parente por aqui sabe muito bem que faltam materiais e medicamentos no HRA”, criticou Amaro.

“Quando conseguem macas, ótimo, quando não, o jeito é os pacientes ficarem no chão! Sem falar em nós, acompanhantes, que às vezes não temos nem onde dormir, nem o que comer! Quem depender disso aqui, tem que rezar muito”, acrescentou Maria. “Nem com a eleição se aproximando fizeram algo para melhorar o HRA. A população vai ter de esperar por mais quanto tempo para ter uma saúde digna em Pernambuco?”, questionou Josivalter.

De acordo com os dados da Secretaria Estadual da Saúde, atualmente o Regional do Agreste vem prestando serviços, por mês, a cerca de um milhão de pessoas. A unidade é responsável por atender as demandas de pacientes de 87 municípios das microrregiões de Saúde de Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada.
Denúncias
No último dia 9 de julho, o Ministério Público de Caruaru, através da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania, ingressou, junto à Justiça, a Ação Civil Pública nº 0004817-64.2018.8.17.248 contra o Governo do Estado, com o objetivo de garantir o saneamento de inúmeras irregularidades estruturais, administrativas e higiênico-sanitárias do Hospital Regional do Agreste. Até o fechamento desta matéria, ambos os envolvidos aguardavam o pronunciamento do Judiciário.

O MP recomenda aos familiares ou responsáveis pelos enfermos que, ao verificarem irregularidades, protocolem denúncia na sua sede, que fica localizada na Rua José Florêncio Filho, sem número, no Bairro Universitário. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, sempre do meio-dia até as 18h. Mais informações pelo telefone: 3719-9200.

Resposta

Por meio de nota, o HRA justificou que “está fazendo o máximo possível para que as cirurgias sejam realizadas nas datas programadas. Porém, a unidade prioriza os pacientes que chegam através da emergência, o que pode atrasar ou adiar alguns procedimentos. Em relação à compra de materiais como gaze, atadura e algodão por parte do paciente, a informação não procede. O hospital disponibiliza o material necessário para a realização de curativos. Sobre o paciente renal, o Jornal VANGUARDA não informou o nome do paciente, impossibilitando saber os procedimentos adotados”.

São Sebastião

No intuito de atuar como retaguarda ajudando a diminuir a grande demanda do HRA, o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Saúde, realizou, na manhã da última sexta-feira (31), a reabertura do Hospital São Sebastião. De acordo com informações da pasta, ao todo foram investidos mais de R$ 10 milhões nos equipamentos, reforma e qualificação do serviço, que fica localizado na Avenida Agamenon Magalhães, no Bairro Maurício de Nassau. A unidade terá como perfil o atendimento de média e alta complexidade em clínica médica.

Como todo hospital recém-inaugurado, nos moldes do governo, o São Sebastião seguirá um cronograma de implantação e ampliação da assistência. Na última sexta, a unidade começou a funcionar com 40% da capacidade, atingindo a totalidade do funcionamento em 60 dias. Essa medida, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, favorece a estruturação da unidade e permite a integração dos serviços e dimensionamento da demanda.

Edjailson da start na campanha com comitê

O candidato a deputado estadual Edjailson da Caru Forró, do PRTB, faz lançamento oficial da candidatura e inaugura comitê neste domingo (02), a partir das 15h, no Antigo Casarão Beer, na Rua José Mariano, no centro de Caruaru.

Em seu segundo mandato como vereador, com um trabalho reconhecido pela população caruaruense, Edjaílson, que adotou o slogan “O Deputado do Povo”, deverá contar no ato com a presença de várias lideranças políticas do Estado a exemplo do senador e candidato ao governo Armando Monteiro (PTB) da prefeita de Caruaru Raquel Lyra (PSDB), do suplente de senador Douglas Cintra (PTB), do deputado federal Luciano Bivar (PSL) e do presidente do PRTB estadual Ednalzio Silva.

Miguel Ricardo e PTC Caruaru inauguram comitê hoje

O candidato a deputado estadual, Miguel Ricardo, do PTB, realizará inauguração de comitê, neste sábado (1º), a partir das 14h, em espaço que fica localizado na Rua Doutor Manoel Borba, nº 128, no centro de Caruaru.

Miguel, que já vem sendo considerado uma das promissoras lideranças políticas jovens do Estado, convida os eleitores da cidade e demais municípios circunvizinhos a comparecer ao comitê para adesivar o seu carro ou motocicleta. O espaço também dispõe de espaço kids.

Também estarão presentes na inauguração o presidente local do PTC, Nildo Caruaru, o vice-presidente Edson Filho, além do pastor Paulo Curi.

Caixa antecipa crédito dos lucros do FGTS

Desde a última segunda-feira (27) que os trabalhadores estão podendo visualizar o valor da distribuição dos rendimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em sua conta vinculada. Foram distribuídos R$ 6,23 bilhões, para 90,72 milhões de trabalhadores, em 258 milhões de contas vinculadas.

O crédito dos resultados estava previsto para o último dia do mês, mas foi antecipado pela Caixa Econômica Federal para 26 de agosto. Os trabalhadores poderão sacar os valores de acordo com as regras tradicionais de saque do FGTS, estabelecidas pela Lei 8.036/90, como nos casos de demissão sem justa causa, aposentadoria e término de contrato por prazo determinado, entre outros.

Conforme a Lei 13.446/2017, o percentual de distribuição de resultados do FGTS é de 50% do lucro líquido do exercício anterior. Como o lucro líquido do FGTS em 2017 foi de R$ 12,46 bilhões, foram distribuídos R$ 6,23 bilhões. A lei estabelece que os valores creditados nas contas dos trabalhadores sejam proporcionais ao saldo da conta vinculada apurada no dia 31 de dezembro do ano anterior.

De acordo com a Caixa, o resultado distribuído não integra o saldo da base de cálculo do depósito da multa rescisória, medida que preserva também o empregador. Tanto em 2016 como em 2017, a distribuição de resultados do FGTS levou o índice de atualização do fundo a patamares superiores ao da inflação prevista para 2018, de 4,5%. A rentabilidade das contas do fundo, neste ano, passou de 3,8% ao ano para 5,59%.

“A iniciativa de melhoria da rentabilidade das contas do FGTS, por meio da distribuição de resultados, atende a uma reivindicação antiga dos trabalhadores brasileiros, sem comprometer a sustentabilidade do FGTS”, disse a Caixa, em nota.

O trabalhador pode consultar o crédito de distribuição de resultados no site www.resultadosfgts.caixa.gov.br. Outra opção de atendimento aos trabalhadores é o próprio site da Caixa, o aplicativo FGTS ou ainda através de cadastro e recebimento dos extratos por meio do SMS FGTS.