“Fake news” poderão ter na eleição brasileira de 2018 dimensão “muito preocupante”, diz pesquisador

Congresso em Foco

Responsável pelo lançamento do primeiro jornal digital brasileiro (o JB Online), Rosental Calmon Alves possuía quase 30 anos de uma bem-sucedida carreira jornalística quando, em 1996, aceitou um convite para trabalhar como professor da Universidade do Texas, em Austin. Ali, criou o Centro Knight para o Jornalismo das Américas, do qual é diretor, e organiza anualmente um dos principais eventos de jornalismo digital do mundo – o Simpósio Internacional de Jornalismo Online (ISOJ, na sigla em inglês).

Também se notabiliza pela facilidade com que transita por três territórios que são mais distantes entre si do que costuma imaginar a maioria das pessoas: as áreas de jornalismo, das novas tecnologias e a comunidade acadêmica. Um dos raros brasileiros incluídos entre os palestrantes da edição deste ano do South by Southwest, Rosental se confessa um “ciberentusiasta” e “quase que um evangelizador digital”.

Ainda assim, ao receber o Congresso em Foco para uma conversa em sua sala na Universidade do Texas, confessou estar “muito preocupado” com o impacto que as novas tecnologias – e, sobretudo, as redes sociais e as bolhas de desinformação que elas abrigam – terão nas eleições brasileiras. “O Brasil é um dos países que têm uma das dinâmicas de rede social mais intensas do mundo. Quando os americanos não tinham nem prestado atenção no fenômeno de rede social, os brasileiros já tinham se diplomado e tinham PhD em Orkut. Em 2006, você já via o Lula e o Alckmin fazendo campanha no Orkut”.

Ao menos 36 vereadores foram assassinados em todo o país nos últimos dois anos

Congresso em Foco

Os crimes foram cometidos de diversas maneiras e englobam 17 estados nas cinco regiões do Brasil. A maioria foi praticada por disparos de arma de fogo, caso de Marielle Franco. O obituário seria muito maior se fossem incluídos na conta todos os ex-vereadores, candidatos a vereadores ou parentes de vereador executados por motivos políticos.

Diante dessa realidade, o governo federal não tem tomado providências para proteger, na esfera pública, não só vereadores, mas também ativistas e demais militantes de qualquer causa. Segundo reportagem veiculada nesta quinta-feira (15) no site do jornal O Estado de S. Paulo, o governo ignorou alertas das Nações Unidas sobre ameaças e assassinatos envolvendo ao menos 17 ativistas de direitos humanos. O registro consta de cartas confidenciais que relatores da ONU enviaram ao Brasil em 2017. Sequer uma delas teve resposta, informa o escritório de Direitos Humanos da ONU.

Luta

Com uma filha de 19 anos, Marielle era negra, socióloga e ativista dos direitos humanos, além de exercer uma natural liderança feminista. Quatro dias antes do seu assassinato, Marielle fez uma denúncia em seu perfil nas redes sociais contra policiais do 41º BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Acari.

Há duas semanas, Marielle assumiu a função de relatora da Comissão da Câmara de Vereadores do Rio, criada para acompanhar a atuação das tropas na intervenção federal decretada pelo presidente Michel Temer (MDB), em ano eleitoral, em meio a muitas interrogações, entre elas a fonte de custeio. A própria vereadora, para quem Temer e seus aliados deram um golpe em Dilma Rousseff com o impeachment, era contra a ação militar patrocinada pelo governo.

O caso de Marielle, para responder à pergunta do início desta reportagem, está longe de ser o último, conforme demonstram números sobre vereadores assassinados nos últimos dois anos. Os dados aqui levantados apenas indicam que a realidade pode ser ainda mais negativa. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não há dados consolidados sobre assassinato de vereadores nos últimos anos.

Em 2016, por ter sido uma campanha marcada por assassinatos de pré-candidatos, o tribunal fez um levantamento dos casos de violência contra candidatos a vereador durante a campanha eleitoral, entre agosto e outubro. Como este site antecipou à época, pelo menos 20 candidatos a prefeito e vereador foram assassinados em todo o país.

MARANHÃO

– No dia 2 de janeiro de 2017, o vereador do município de Apicum-Açu (MA) Jorge Cunha (PROS) foi assassinado a facadas por causa de R$ 2. Ele estava participando de uma festa no povoado Turilana, no mesmo município, quando foi esfaqueado após negar dinheiro para o suspeito de cometer o crime.

O suspeito de cometer o crime identificado como “Pelebreu”, de 25 anos, teria pedido a quantia de R$ 2 ao vereador, que disse que não tinha o valor. O vereador seguiu para o seu veículo quando foi abordado novamente pelo suspeito. Após negar novamente a quantia, ele foi atingido por duas facadas, sendo uma no peito e outra na costela. O vereador Jorge Cunha, de 47 anos, não resistiu e acabou falecendo.

– Em Agosto de 2017, um vereador da cidade de Governador Nunes Freire (MA) morreu a golpes de faca na cidade de Turilândia. Antonio Kledison Rodrigues Costa (PPS), conhecido como “Kledson”, de 38 anos, foi morto com várias facadas em uma área de matagal, nas proximidades do povoado Bacabeira, em Turilândia. Ele foi o terceiro mais votado na eleição de 2016.

– Em 2016, o vereador Esmilton Pereira dos Santos, de 45 anos, foi executado a tiros quando chegava em casa. Ele estava em seu quarto mandato e era, na época, candidato à reeleição.

– Em dezembro de 2016, Cesar Augusto Miranda, de 45 anos, eleito vereador pelo PR, no município de Godofredo Viana, foi diplomado pela manhã e no início da noite foi alvejado por três disparos de arma de fogo.

ALAGOAS

– No final de 2017, somente na cidade de Batalha, Sertão de Alagoas, dois vereadores foram assassinados em um intervalo de pouco mais de um mês. Em dezembro, o vereador Tony Carlos Silva de Medeiros, o Tony Pretinho (PR), 34, foi morto a tiros de pistola e de espingarda quando conversava com amigos na porta de casa.

– No início de novembro, o vereador Adelmo Rodrigues de Melo, o “Neguinho Boiadeiro” (PSD), também foi assassinado a tiros, mas em uma circunstância diferente, quando saía da Câmara de Vereadores.

SERGIPE

– Em junho do ano passado, o presidente da Câmara de Vereadores de Carira, em Sérgipe, Jailton Martins de Carvalho, o Jailton do Preá, de 46 anos, e seu motorista, José Válter da Costa, foram assassinados por tiros.

Às sextas-feiras são abatidos, no matadouro de Carira, animais das cidades de Pinhão, Pedro Alexandre e Coronel João Sá. De acordo com amigos do vereador, ele sempre acompanha o abate, e possivelmente sabendo desse hábito, os criminosos aproveitaram para praticar o crime. Quatro homens em duas motocicletas chegaram ao local e efetuaram os disparos de arma de fogo, o que resultou no duplo assassinato.

GOIÁS

– O secretário de Desenvolvimento Econômico e Social de Goianésia e vereador licenciado, Wilson Portilho da Cunha (PMDB), de 48 anos, foi encontrado morto no dia 6 de dezembro de 2017. Ele estava desaparecido havia dois dias, depois de sair da prefeitura no carro oficial. O corpo foi localizado no distrito de Cirilândia, no município de Santa Isabel. Wilson Portilho estava no seu segundo mandato. O corpo foi encontrado, segundo a imprensa local, com um tiro na cabeça.

MINAS GERAIS

– O vereador de Santa Helena de Minas Alexandro Pereira da Silva, de 37 anos, foi assassinado a tiros no Centro da cidade, no dia 18 de fevereiro de 2017. Testemunhas informaram à Polícia Militar que o parlamentar transitava em uma moto quando foi surpreendido por dois homens, que também estavam em uma motocicleta. O homem que estava na garupa efetuou, segundo relatos, diversos tiros. O parlamentar já havia sofrido uma tentativa de homicídio. Testemunhas também disseram que ele estava em atrito com um morador, por motivos políticos, e com um comerciante da cidade. Um dia antes do crime, Alexandro teria se envolvido em uma briga, mas a motivação não foi informada.

– Em março de 2017, o vereador de Santo Antônio do Monte, na Região Centro-Oeste do estado de Minas Gerais, Antônio Marcos dos Santos, de 41 anos, foi morto a tiros em Betim. Uma testemunha informou que Antônio Marcos foi executado por um homem que estacionou um Gol preto atrás do carro em que estava o vereador. Os trabalhos da perícia constataram quatro tiros no rosto e em uma das pernas do parlamentar.

CEARÁ

– No dia 4 de janeiro de 2016, o empresário e vereador do Município de Itarema, no litoral Oeste do estado (a 210Km de Fortaleza), José Marcondes Rodrigues (PRB), foi assassinado a tiros na Praia de Almofala, ao reagir a um assalto.

– No dia 13 de abril de 2016, o vereador Antônio Chagas de Oliveira (PTB), 48 anos, foi assassinado a tiros durante uma discussão política na porta de um bar na cidade de Catarina, na Região dos Inhamuns (a 394Km da Capital).

– No dia 31 de julho de 2016, o vereador e ex-presidente da Câmara dos Vereadores de Paraipaba (a 115Km de Fortaleza), Manoel Paulino Cavalcante, 62 anos, filiado ao PDT, foi morto a tiros na porta de casa, naquela cidade do Litoral Oeste do Estado. O crime teria sido uma vingança e não teve conotação política.

– No dia 5 de setembro de 2016, o vereador e candidato à reeleição José Elbio de Almeida Chaves, 39 anos, o “Elbinho”, filiado ao PPS, é morto, a tiros de escopeta calibre 12 e pistolas, por pistoleiros na cidade de São João do Jaguaribe (a 220Km de Fortaleza). A Polícia desconfia de que o crime foi motivado por disputa política na região.

– No dia 24 de setembro de 2016, vereador e candidato à reeleição em Aiuaba, na Região dos Inhamuns (a 430Km da Capital), José Valmir de Sousa, 58 anos, filiado ao PSDB, foi morto a tiros, por dois pistoleiros, no momento em que deixava o palanque onde participara de um comício na localidade de São Nicolau, na zona rural daquele Município. Logo em seguida, um filho dele matou um dos assassinos e feriu o segundo. O crime teve motivação política.

– No dia 27 de dezembro de 2016, o vereador e presidente da Câmara Municipal de São João do Jaguaribe, Francisco Anaílde Chaves (PDT), foi assassinado por pistoleiros. Anaildo, como era conhecido, foi o vereador mais votado nas eleições daquele ano.

– No dia 21 de fevereiro de 2017, a vereadora Jucely Alves Arrais (PDT), 36 anos, foi assassinada por pistoleiros na localidade Bom Nome, na zona rural do Município de Aiuaba. O crime ocorreu na residência de familiares.

SANTA CATARINA

– No dia 22 de junho de 2017, o vereador de Brunópolis, no Oeste catarinense, Ademir Carlos Patel (PMDB) foi morto após uma discussão em um posto de gasolina. Conforme a Polícia Civil, ele teria discutido com um homem sobre o arrendamento de terras quando foi baleado.

– Em agosto de 2016, o vereador Fernando Martim, de 58 anos, foi encontrado enforcado em um galpão em uma chácara que fica na Linha Progresso, em Tigrinhos (SC). Ele era professor aposentado, foi vice-prefeito por dois mandatos e atualmente era vereador pelo PSDB.

BAHIA

– Em setembro de 2016, o vereador José Claudio Carvalho Borges, de 46 anos, era candidato à reeleição pelo PSDB e foi assassinado a tiros durante um comício, no município de Barra, no oeste da Bahia.

PARÁ

– Em abril de 2017, o vereador aulo Chaves Marinho (PSB) foi morto a tiros em Rio Maria, no sudeste do Pará. Ele exercia o segundo mandato na câmara do município. A vítima foi abordada quando estava em um veículo. Do lado de fora do carro, ele foi alvejado cinco vezes. Duas balas acertaram o peito e três atingiram a cabeça de Paulo, que morreu no local.

– Em outubro de 2017, o vereador de Pau D’arco Manoel Francisco Soares de Almeida, de 43 anos, foi assassinado. O vereador estava em um bar com amigos, no centro de Pau D’Arco, quando foi morto. Ele levou dois tiros nas costas e um na cabeça. Testemunhas contaram que dois homens chegaram ao local em uma motocicleta.

– Em dezembro de 2017, o vereador José Roberto Cavalcante, o “Beto da Forquilha” foi assassinado em Tomé-Açu, município do nordeste do Pará. Beto foi o vereador mais votado de Tomé-Açú na eleição 2016.

– Em fevereiro de 2016, O vereador José Ernesto da Silva Branco, da Câmara de Goianésia do Pará, foi assassinado a tiros na saída da cidade. O parlamentar foi surpreendido por dois homens, que atiraram à queima-roupa, quando ele retirava um de seus caminhões de um atoleiro, próximo à rodovia PA-150. Dias antes de ser assassinado, José Ernesto havia prestado depoimento sobre a morte do prefeito do município, João Gomes.

PARAÍBA

– Em dezembro de 2016, o vereador Josevandro da Silva Marinho (PSB) morreu depois de reagir a um assalto na zona rural de Pocinhos, no Agreste paraibano. A vítima teria perseguido os assaltantes e acabou baleada. Josevandro tinha 55 anos e estava em seu sétimo mandato.

PARANÁ

– Em fevereiro deste ano, o vereador de Barra do Jacaré Elton Alexandre de Aguiar Matta (PV) foi assassinado durante uma tentativa de assalto a carros-fortes. O vereador viajava em um carro acompanhado dos parlamentares a caminho de Curitiba, onde fariam visitas a órgãos públicos estaduais.

PERNAMBUCO

– Em janeiro de 2016, o vereador Triunfo, Sertão de Pernambuco, Lucimar Feitosa Ventura (PSB) foi morto a tiros. De acordo com informações da polícia, o vereador estava saindo da residência dele em um sítio, em direção à cidade, quando os criminosos atiraram contra ele.

PIAUÍ

– Em agosto de 2016, o vereador do MDB e presidente da Câmara de Vereadores do município de Esperantina, a cerca de 188 km de Teresina, Antonio Aristides de Carvalho, conhecido como Tote Aristides, foi atingido com vários tiros nas proximidades de sua própria residência. Aos 64 anos, Tote Aristides estava realizando visitas aos seus eleitores, quando, de repente, teve início uma briga de casal. Ao tentar impedir que a mulher fosse assassinada pelo marido, foi alvejado com dois disparos de revólver no peito.

RIO DE JANEIRO

– No dia 14 de março deste ano, nesta quarta-feira, a vereadora Marielle Franco (PSOL), de 38 anos, foi assassinada a tiros, na Rua Joaquim Palhares, no Estácio, próximo à Prefeitura do Rio. O motorista que estava com ela, Anderson Pedro Gomes, também foi morto na ação. Marielle era negra, acadêmica, estava em seu primeiro mandato e era ativista dos direitos humanos. A parlamentar vinha denunciando excessos da Polícia Militar no estado. A principal linha de investigação é a de execução. Ela foi atingida por quatro tiros na cabeça.

– Em fevereiro de 2016, o vereador de Rio Claro (RJ) Silvério Amaro Pereira Filho, conhecido como Pendão, de 57 anos, foi assassinado a tiros. Ele estava dirigindo quando foi atingido pelos disparos na Rodovia Saturnino Braga (RJ-155).

– Em 13 de janeiro de 2016, Geraldo Cardoso, vereador do PSB em Magé, foi morto dentro da Câmara de Vereadores, com três tiros. Ele foi atacado no caminho entre o gabinete e o estacionamento. Segundo as investigações, Geraldo coordenava uma das comissões especiais de inquérito (CEI) da Casa, e lutava para tentar cassar um colega vereador por irregularidades em contratos com unidades de saúde.

RIO GRANDE DO NORTE

– Em setembro de 2016, o vereador e candidato à reeleição Manoel Clementino do Carmo (PMDB), de 56 anos, foi assassinado a tiros durante um evento político em Serrinha dos Pintos, cidade distante cerca de 367 quilômetros de Natal.

RONDÔNIA

– Em janeiro deste ano, o suplente de vereador em Cacoal, Rondônia, Uelliton Brizon foi atingido por quatro tiros de arma de fogo ao sair da sua casa. Ueliton Brizon ainda foi socorrido por uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu e morreu ao dar entrada no hospital de Cacoal.

SÃO PAULO

– Em novembro de 2017, o vereador de Guará (SP) Fabiano de Freitas Figueiredo (PMDB) foi morto a facadas dentro do sítio onde morava. Segundo a Polícia Civil, a principal suspeita do crime é a mulher do parlamentar.

– Em dezembro de 2016, o vereador reeleito de Porto Ferreira, interior de São Paulo, Gilson Alberto Strozzi (DEM), de 61 anos, foi assassinado com três tiros por homens encapuzados que invadiram sua casa, na cidade do interior de São Paulo.

– Em março de 2016, o advogado criminalista e suplente de vereador Leandro Balcone, de 35 anos, foi assassinado em seu escritório, localizado em Guarulhos, na Grande São Paulo. Balcone era um conhecido ativista anti-PT e integrava o Movimento Brasil Livre (MBL).

Candidatura para a Copa de 2026 nomeia 23 cidades-sede

AFP

A candidatura conjunta da América do Norte para a Copa do Mundo-2026 apresentou, nesta quinta-feira, 23 cidades eleitas como potenciais sedes para o torneio, enquanto a autoridades se preparavam para enviar um livro de ofertas à Fifa.

“Canadá, México e Estados Unidos se uniram para apresentar uma oferta conjunta que oferece à Fifa e a suas associações membro o poder de unidade, a promessa de certeza e o potencial de uma oportunidade extraordinária”, disse em comunicado John Kristick, diretor executivo da United Bid.

“Acreditamos que a combinação de nossos 23 estádios de nível mundial existentes, 150 instalações de treinamento de elite existentes e nossa rede de transporte moderna e conectada possa ajudar a Fifa a alcançar novos recordes de público e receita”, acrescentou.

A candidatura, conhecida como “The United”, fará uso de estádios e instalações já existentes, um ponto decisivo para tentar vencer a disputa com Marrocos. O membros vão votar para o evento em junho.

As cidades que não receberem jogos podem ser eleitas para outros usos para o torneio, como sede de treinamento para equipes. Os estádios selecionados têm capacidade média de 68.000 espectadores.

Os responsáveis pelas licitações garantiram que 60 dos jogos da Copa serão realizados nos Estados Unidos. Canadá e México receberiam outros 10 jogos cada um.

Os EUA organizariam todos os jogos a partir das quartas de final, mas o dia de abertura do torneio vai ter jogos em cada um dos três países anfitriões.

– Cidades candidatas a sede da Copa do Mundo-2026 da América do Norte:

Canadá: Edmonton, Montreal, Toronto.

México: Guadalajara, Monterrey, Cidade do México.

Estados Unidos: Atlanta, Baltimore, Boston, Cincinnati, Dallas, Denver, Houston, Kansas City, Los Angeles, Miami, Nashville, Nova York/Nova Jersey, Orlando, Filadelfia, San Francisco, Seattle e Washington DC.

Número de homicídios em Pernambuco cai em fevereiro, diz SDS

Folhape

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) divulgou, na quinta-feira (15), os números de vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no Estado em fevereiro deste ano. De acordo com a SDS, o número de homicídios caiu em fevereiro em comparação ao mês passado: foram registradas 416 mortes, enquanto o órgão registrou 451 homicídios em janeiro.

Em fevereiro, a redução é de 16,13% em relação ao mesmo mês em 2017, quando foram registradas 496 mortes violentas. Janeiro deste ano já havia registrado uma redução de 6,08% no quantitativo de CVLIs em comparação com janeiro de 2017.

Entre os casos em fevereiro, 75% foram motivados por atividades criminais, como tráfico de drogas e acertos de contas entre grupos rivais. Ainda segundo a SDS, os conflitos em comunidades representam 15,1% dos homicídios totais.

Em relação às ocorrências de feminicídio, a Secretaria registrou apenas um caso no Estado no mês passado, 75% a menos do que no mesmo mês em 2017.

Ainda de acordo com os dados da SDS, foram efetuadas 157 prisões de acusados de homicídios em fevereiro, sendo 69 flagrantes. Também foram apreendidas 480 armas e foram cumpridos 334 mandados de prisão.

No total, Pernambuco já registra 867 vítimas de crimes violentos nos dois primeiros meses de 2018. No Recife, foram 113 mortes. Na Região Metropolitana do Recife (exceto a capital), 273 casos foram computados – os municípios com maior quantidade de homicídios foram Jaboatão dos Guararapes e Olinda, onde aconteceram, respectivamente, 66 e 46 crimes.

Em nota, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antonio de Pádua, alegou que a aplicação de recursos para a segurança em Pernambuco tem crescido e que mais de 6 mil policiais estão ingressando nos quadros, além de estarem sendo criados mais de cinco batalhões e companhias da Polícia Militar e nove delegacias de Repressão ao Narcotráfico.

Lulismo: a doença infantil do petismo

Paulo José Cunha

Até outro dia era fácil definir, em linhas bem gerais, um esquerdista: alguém que condena toda forma de opressão e exploração. Alguém que apoia as lutas dos trabalhadores. Que abraça o socialismo, porque todo mundo merece ser tratado de forma igualitária, sem privilégios, respeitando as individualidades de credo, raça, nacionalidade etc. Que defende a liberdade ampla e irrestrita, cujo único limite é a liberdade do outro. Esquerda é sinônimo de visão generosa das relações sociais, econômicas e trabalhistas.

O socialismo moderno defende que, sobre toda propriedade privada, pesa uma hipoteca social. Quer dizer: o socialismo/comunismo que originariamente defendia a estatização ampla e irrestrita passou a admitir a propriedade particular dos meios de produção desde que bens, serviços e lucro produzidos tenham destinação social e não se restrinjam às mãos do patrão, aumentando a concentração de renda e o fosso social.

Arquipélago Gulag

A história andou. E não foi pra frente, infelizmente. O ideário original virou saudade guardada em livros de história. Com a negação das liberdades pelos regimes que se diziam de esquerda mas usavam e usam a força em nome da causa que defendem, as liberdades são suprimidas, a pluralidade de pensamento é combatida com violência e os dissidentes, perseguidos, presos e mortos.

Uma verdade difícil de aceitar: na maioria, os governos instituídos sob a égide das ideologias libertárias deram lugar a regimes de força. Aí os muros começaram a ruir, a União Soviética derreteu, a economia chinesa se capitalizou e experiências comunistas que ainda resistiam como as da Albânia e da Coréia do Norte revelaram sua pior face: não passavam de ditaduras sanguinárias.

Cuba é outra experiência que perdeu o rumo. Emperrou. Enferrujou. E pensar que nossa geração vibrou com os guerrilheiros retornando vitoriosos de Sierra Maestra, e que um dia vestimos com orgulho a camiseta com a foto famosa de Che Guevara…

A retórica vazia

No Brasil, boa parte dos partidos e líderes que ainda se dizem de esquerda perderam-se numa retórica vazia, sem contrapartida prática, gerando uma profunda decepção em quem se formou no ideário solidário e generoso da esquerda genuína.

A decepção começou pela ação de partidos, principalmente o PT, que nasceu sob a promessa de lisura e honestidade, derrapou em vários artigos do Código Penal e lamentavelmente terminou se limitando a repetir mantras em defesa do Grande Líder, enrolado até os cabelinhos das sobrancelhas com mensalões, petrolões, sítios, triplex e o escambau.

Agora, que Lula sofreu no tribunal mais uma derrota classificada pela imprensa nacional e internacional de acachapante (e foi mesmo), o mantra se repete, insuportavelmente. Não se entende como um partido com uma história como a do PT não tenha tido competência para produzir discurso novo, arejado, convincente, capaz de escapar da narrativa do golpe (inexplicavelmente o partido não defende a volta de Dilma, a injustiçada, será por quê?).

Ricardo Stuckert/Instituto Lula
“Perseguição tornou-se uma palavra que serve para explicar tudo e mais alguma coisa”

Perseguição tornou-se uma palavra que serve para explicar tudo e mais alguma coisa. Ninguém é mais perseguido do que Lula. Cercado de Paloccis, Vaccaris, Dirceus e Andrés Vargas, é o único ser humano a não ter nada com coisa alguma, pelo que se lê nas notas, discursos e outras manifestações do comando petista.

Resiste impávido, em odor de santidade, sobrevivendo entre os ímpios. Seria vítima de implacável perseguição por um extraordinário e espetacular complô de golpistas formado pelos poderes executivo, judiciário e legislativo, pela polícia federal, pelo ministério público, pela mídia golpista, pelas elites brasileiras, pelo império norte-americano e o que mais couber neste complô.

Nunca antes na história deste ou de qualquer país se conheceu complô tão vasto, tão amplo e tão bem articulado. Reféns do Grande Líder, os sublíderes petistas insistem em bater na tecla surrada: Lula teria sido condenado sem provas, Sérgio Moro seria um agente infiltrado da CIA, tudo estaria sendo urdido com a única finalidade de impedir que seja candidato a presidente.

Convenhamos: chega a ser patético. Cansativo. Irritante. Até porque, da direita que assola o país, com Temer à frente, nunca se esperou outra coisa além das canalhices noticiadas dia sim e outro também. Os bandidos emedebistas, tucanos et caterva que estão indo pro xilindró ou para prisões domiciliares são velhos conhecidos.

O PT, por sua vez, se esquece por conveniência que é o pai legítimo de Temer. Sim, pois foi o PT que o escolheu para ser vice de Dilma. Os petistas que votaram nela votaram nele. Repita-se, apenas com outras palavras, para não haver dúvidas: Temer, o vampiro, foi eleito vice-presidente da República… pelo PT. É filho legítimo, registrado em cartório pelo PT.

Ultimamente, alguns eleitores do PT de Lula começaram a perceber a derrocada moral do Grande Líder. As redes sociais andam abarrotadas de lulistas arrependidos, tristes, desapontados, decepcionados. Perceberam que não dá mais pra acreditar na retórica da perseguição. Acordaram. Mas a direção do partido não consegue tirar os antolhos e ver o que se passa ao lado.

Um grande partido chamado PT

E olha que o PT é um grande partido. Nasceu sob luzes fulgurantes da esperança, quando o Brasil saía das trevas da ditadura militar. Foi anunciado numa festa linda que rapidamente conquistou quem sonhava com um país limpo da corrupção, comprometido com a justiça social, contra o patrimonialismo, sem os vícios da velha política.

Se retomar o espírito original de sua criação, o PT ainda pode sonhar em ser o grande partido da classe trabalhadora brasileira. Isso é difícil, porque começa por um sincero exame de consciência, pelo reconhecimento dos erros (argh!), e pela retomada do seu ideário original. Em poucas palavras: o PT precisa deixar de ser refém de Lula. Precisa se reinventar.

Como, de resto, a esquerda como um todo precisa de renovação de discurso e de práxis. Basta ver como já não empolga nem seduz. Enfrenta sua pior crise. Enquanto isso, os conglomerados de centro-direita a cada dia assustadoramente ganham mais espaço no mundo inteiro.

Em 1920, Lênin dizia que o esquerdismo era a doença infantil do comunismo. Hoje, os sublíderes petistas estão pendurados por conveniência num discurso forçado em defesa do Grande Líder. Sem ele no proscênio sabem que seu futuro político pode dar com os burros no brejo. Tudo isso permite adaptar a afirmação de Lênin. E, quase 100 anos depois, afirmar que hoje, o lulismo é a doença infantil do petismo.

Shopping Difusora lança projeto cultural neste fim de semana

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A partir deste fim de semana, e seguindo pelos próximos três meses, o público que comparecer ao Shopping Difusora vai desfrutar de uma programação extensa e especial, montada justamente com ênfase na cultura, música, dança, teatro e muito mais. Trata-se do “Difusora +”. O projeto traz muitas novidades para o centro de compras.

O lançamento do projeto será no sábado (17), com um pocket show dos cantores caruaruenses Azulão e Azulinho. A apresentação, que será aberta ao público e acontece no primeiro piso do shopping a partir das 14h, trará grandes sucessos desses dois cantores que tem muito envolvimento com a cultura de Caruaru e com o ritmo mais popular de todos: o forró.

No mesmo dia também será inaugurada a Feirinha de Artesanato do Shopping Difusora. Por lá, o público de Caruaru e toda região vai encontrar uma pequena amostra da Feira de Caruaru, com diversos artigos que já fazem parte da identidade da cidade. A feirinha será montada no primeiro piso, próximo à entrada principal.

Já no domingo (18), o “Difusora +” entra no clima da Páscoa, com o lançamento da decoração pensada para evidenciar o período. Próximo à entrada principal será montada uma casa temática para receber as famílias e em especial a criançada. Para interagir ainda mais com os pequenos, coelhos de verdade também habitarão o espaço. As Praças de Alimentação receberão elementos da páscoa, completando o clima.

De acordo com o gerente de Marketing do Shopping Difusora, Welter Duarte, trazer mais opções de lazer para o público que frequenta o espaço é o principal objetivo do “Difusora +”. “Difundir a cultura local, fazendo com que ela também faça parte do lazer das famílias que frequentam o Shopping Difusora entra como um dos nossos propósitos. E tem muito mais novidades que estão sendo preparadas para os próximos fins de semana”, adianta.

Cadastro Positivo pode injetar R$ 35 bilhões na economia do Estado

O novo modelo de Cadastro Positivo poderá injetar R$ 35 bilhões na economia de Pernambuco e possibilitar acesso ao crédito para um contingente adicional de 958 mil consumidores. Esses números fazem parte do recente desdobramento, por estado, de pesquisa da Serasa Experian divulgada no ano passado, e que constatou que o novo CP pode inserir até 22 milhões de consumidores no mercado de crédito nacional, e mais de R$ 1 trilhão na economia brasileira.¹

O aprofundamento do estudo foi um pedido da ANBC (Associação Nacional dos Bureaus de Crédito) para mostrar os benefícios potenciais do Cadastro Positivo com inclusão automática do consumidor por estado e região, além dos níveis atuais de inadimplência em cada um desses locais. A aprovação desse novo modelo, que está na pauta de votação da Câmara dos Deputados, trará uma forma mais abrangente e inclusiva de conceder crédito, tendo como base o histórico de endividamento de um cidadão e a forma como ele paga suas dívidas com instituições financeiras, empresas de comércio e empresas de serviços como água, gás, energia elétrica e telefonia. Ou seja, o modelo valoriza os pagamentos realizados, os dados positivos – e não eventuais dívidas não pagas ou em atraso.

De acordo com a pesquisa ampliada, Pernambuco, com 41,9% de inadimplentes, apresenta um índice superior ao da média brasileira, que é de 40,3%. E a exemplo do que deve ocorrer no resto do país, o novo Cadastro Positivo tende a promover uma redução de até 45% na inadimplência no estado. Poderá ainda adicionar 958 mil pessoas ao mercado de crédito, o que representa mais de 10 por cento da população total de Pernambuco. Essas pessoas estão fora do mercado de crédito não por serem inadimplentes, mas por terem pontuação de crédito baixa à falta de informação.

Os principais erros e acertos no marketing pessoal

Por Marcelo Olivieri

O marketing pessoal é uma ferramenta estratégica e indispensável para a construção e desenvolvimento de uma carreira de sucesso. No entanto, pouquíssimos profissionais dão a devida atenção para o tema, e um número menor ainda dedica-se de maneira ativa para desenvolver uma imagem positiva perante o mercado. Mas, gerenciá-lo é mais fácil do que se pode imaginar.

O primeiro passo é avaliar se a imagem que você está transmitindo é coerente com quem você é de fato. Não adianta você se comunicar bem e transmitir confiança se tudo isso for apenas da boca para fora. Marketing pessoal não é apenas o que você diz sobre o seu trabalho, mas principalmente o que pessoas que convivem com você pensam ou falam sobre sua personalidade.

Para isso, é importante ser um bom profissional. Dedique-se para atingir as suas metas no trabalho e busque sempre superá-las. Entregue resultados e seja reconhecido pelos seus feitos. Para se tornar referência, o profissional precisa partir do micro para o macro, ou seja, primeiro ser reconhecido pelos seus pares e superiores. Depois, para a sua área e, posteriormente, para a sua divisão, unidade de negócio e corporação como um todo.

Contudo, não basta ser bom, você precisa ser notado. A exposição na dose certa é essencial para a construção de uma imagem. É importante que as pessoas saibam bem quem você é. Não adianta muito ser um ótimo profissional, mas ninguém perceber isso. Autenticidade e autoconhecimento também fazem a diferença. Uma pessoa autêntica cativa quem está por perto e faz com que você seja visto exatamente pelo que você é, e não pelo que gostaria de ser. Para isso, você precisa se conhecer muito bem para fazer brilhar seus pontos fortes, e minimizar os fracos.

Outra tática bastante eficiente é o famoso storytelling. Conte sua história de maneira atrativa. Aprenda a falar sobre suas conquistas de forma envolvente e empolgante. Além de prender a atenção das pessoas, você tem muito mais chances de ser lembrado. Para uma entrevista de emprego, por exemplo, é interessante fazer um resumo sobre a sua carreira. Pense quais foram os seus principais projetos realizados, os resultados atingidos e quais foram as principais lições aprendidas. Isso pode facilitar muito o seu desempenho, além de despertar interesse no entrevistador e te deixar mais tranquilo durante a conversa.

Procure identificar ainda o seu maior diferencial. Busque reconhecer o seu melhor e investir nele de modo estratégico. Esse diferencial pode estar em destaque no currículo ou no início do seu discurso. Se tiver algo exclusivo, invista sem medo. As chances de começar a ser reconhecido e admirado por isso são grandes. Por outro lado, tome cuidado com o “overposting”, ou seja, a imensa quantidade de posts sobre um determinado assunto ou pessoa. Superexposição não favorece ninguém. Estude a hora certa de se expor e como fazer isso da melhor forma. Caso contrário, você pode se tornar a “pessoa chata” que tenta “se vender” o tempo todo ou pode ser visto como um profissional carente, que precisa ser sempre parabenizado.

Lembre-se que não adianta aparecer apenas por aparecer. O profissional precisa ter algo para mostrar, alguma coisa relevante, que seja reconhecida. Você está em um ambiente de trabalho e não em um show de talentos. Cuidado também para não se apropriar de ideias de outras pessoas para buscar reconhecimento próprio. Isso demonstra uma falha de caráter. Além de antiética, essa atitude pode destruir sua credibilidade. Evite ainda bajulações com a chefia. O seu objetivo deve ser apenas mostrar a qualidade do seu trabalho e criar bons relacionamentos.

Por fim, defina onde você quer chegar e de que forma quer ser reconhecido. Invista em sua carreira, aprenda e reaprenda a ser bom no que faz continuamente. Reconheça os seus erros, aprenda com eles e busque corrigi-los. Crie uma rede de relacionamento para troca de experiências, boas práticas e conhecimentos. E, não se esqueça de que a construção de uma marca pessoal é constante. Mesmo quando sua imagem já é positiva, você precisa se atualizar com as inovações e tendências do seu mercado para continuar sendo visto como uma autoridade no assunto. Tome muito cuidado com a zona de conforto e invista sempre em você!

Marcelo Olivieri é bacharel em psicologia e possui MBA em Gestão Estratégica. Com mais de 10 anos de experiência no recrutamento especializado nas áreas de marketing e vendas, Olivieri é diretor da Trend Recruitment.

Lucro líquido da Energisa cresce 192% em 2017

O Grupo Energisa registrou lucro líquido consolidado de R$ 572,6 milhões em 2017, aumento de 192% em relação a 2016. No 4T16, o lucro líquido consolidado foi de R$ 232,6 milhões, ante os R$ 35,2 milhões registrados em 2016, um crescimento expressivo de 560%. Apesar do cenário de baixo crescimento econômico no país, os resultados da empresa mantiveram a trajetória de expansão. A receita líquida consolidada cresceu 15% em relação ao ano anterior e chegou a R$ 13,6 bilhões, enquanto o EBITDA Ajustado Consolidado foi de R$ 2,4 bilhões, aumento de 15,7% na mesma base de comparação. Os bons resultados obtidos ao longo do ano e o foco em excelência foram reconhecidos pelo mercado: as ações da Energisa tiveram, em 2017, a maior valorização entre as empresas do setor elétrico, com alta de 50,5% no período.

Na contramão do cenário de quase retração no Brasil, as vendas de energia da empresa encerraram o ano com crescimento de 3,7%, índice superior à média de 0,8% registrada no país (dados da EPE). No total foram 29.620 GWh consumidos em todas as áreas de concessão do Grupo – total de nove distribuidoras –, um recorde histórico, sinalizando a recuperação gradual do mercado de energia. O forte crescimento da agropecuária, que chegou a 13%, puxado pela safra recorde de grãos, representou a principal contribuição para o resultado positivo do PIB nacional em 2017, contribuiu para a expansão do consumo nas áreas de concessão da Energisa no Centro-Oeste – Mato Grosso e Mato Grosso do Sul cresceram, respectivamente, 6,6% e 5,4% – e Norte, na concessão do Tocantins, que expandiu 2,7% no período. No ano, a classe industrial cresceu 2,3%, enquanto a residencial expandiu 3,9%.

“Mesmo em um ambiente desafiador, entregamos resultados consistentes, o que reafirma nosso foco na eficiência, simplicidade e agilidade no jeito de fazer negócio e na condução sustentável das nossas atividades, gerando valor para todos os stakeholders. Apesar da ainda tímida recuperação do país, para a Energisa foi um ano marcado não apenas pelos bons indicadores financeiros, mas também por investimentos significativos – que permitem continuamente o bom desempenho e a melhoria das nossas operações e serviços – e muita disciplina e prudência financeira, que nos ajudam a navegar por momentos mais adversos”, afirma Ricardo Botelho, diretor-presidente do Grupo Energisa.

O quarto trimestre impactou fortemente o consumo de energia em função de temperaturas mais elevadas e da aceleração das vendas para a indústria. No 4T17, houve aumento de 6,3% do consumo em relação a igual período do ano anterior, totalizando 7.644,9 GWh. Todas as classes apresentaram variação positiva no período, com destaque para a residencial e a industrial, que apresentaram crescimento de 6% (154,1 GWh) e 7,7% (118,2 GWh), respectivamente.

A dívida líquida consolidada totalizou R$ 7 bilhões em dezembro de 2017, contra R$ 6 bilhões em dezembro de 2016. A empresa manteve uma relação saudável de dívida líquida por EBITDA Ajustado, que ficou em 3,0 vezes, em linha com os 2,9 vezes registrados em 2016, mesmo com os relevantes investimentos realizados.

Investimentos

Os investimentos realizados pela Energisa em 2017 somaram R$ 2 bilhões. Os recursos foram destinados, principalmente, a ativos elétricos nas distribuidoras do Grupo, que receberam R$ 1,1 bilhão do montante, a fim de promover a expansão e reforço da rede e a melhoria contínua da qualidade da energia. No 4T17, o investimento foi de R$ 456,6 milhões, sendo R$ 285,3 milhões em ativos elétricos. Para 2018, a Energisa planeja investir R$ 1,8 bilhão, dos quais cerca de R$ 1,6 bilhão nas nove distribuidoras do Grupo. Nas transmissoras do Grupo serão investidos cerca de R$ 92 milhões, na consecução dos Lotes 3 e 26 vencidos no leilão de abril de 2017.

Transmissão

No ano passado, a Energisa apostou na expansão e diversificação dos negócios do Grupo, ingressando no segmento de transmissão de energia elétrica. A companhia venceu o leilão para a construção de duas linhas de transmissão de energia, nos estados de Goiás e Pará, que estarão concluídas até 2021 e 2022, respectivamente, e ampliarão a qualidade do fornecimento de energia e a segurança do sistema, especialmente no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Perdas e Inadimplência

As perdas totais consolidadas do Grupo Energisa em 2017 somaram 4.080 GWh, representando 11,81% da energia injetada, queda de 0,57 ponto percentual em comparação com dezembro de 2016. Pelo quinto trimestre consecutivo, a trajetória das perdas de energia consolidadas apresentou declínio e encerra o ano dentro do limite regulatório. As concessões que mais contribuíram para a boa redução das perdas consolidadas em 2017 foram a Energisa Paraíba, Energisa Mato Grosso, Energisa Mato Grosso do Sul e Energisa Tocantins. As reduções das perdas do Grupo são resultado de expressivos investimentos em equipes de combate e tecnologias que inibem este tipo de ilegalidade.

Em 2017, a inadimplência (calculada pela relação percentual entre a provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) e o fornecimento faturado, no período de 12 meses) foi de 0,67%, 0,42 ponto percentual acima da registrada em 2016 (0,26%). Esse aumento deve-se, principalmente, a fatores não recorrentes no Mato Grosso em junho e setembro de 2016, devido a renegociação com clientes no montante de R$ 99 milhões. Compensando parcialmente esse efeito, no 4T17 houve reversão de provisão em Sergipe, referente ao acordo com a CODEVASF, referente a dívida anterior a 1997.

Indicadores de qualidade

Todas as distribuidoras do Grupo apresentaram redução do FEC (frequência das interrupções) em 2017 e continuam abaixo dos limites regulatórios. Em relação ao DEC (duração das interrupções), os melhores desempenhos ocorreram nas distribuidoras do Sudeste e Nordeste, cujos resultados se encontram abaixo do limite regulatório, com destaque para EMG (-18,6%), ENF (-20,1%) e EBO (-18,7%), que estão no seu menor nível histórico.

O ambiente climático nas áreas de concessão das distribuidoras do Centro-Oeste e Norte foi bastante desafiador se comparado com o ano de 2016. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no Mato Grosso do Sul, o índice de descargas atmosféricas em 2017 foi 65% maior do que em 2016. Ainda assim, a EMS encerrou o ano dentro da meta regulatória. O estado do Tocantins também vivenciou situação climática similar e observou-se elevação de 173% nas descargas atmosféricas em 2017. No entanto, a execução do plano de recuperação da qualidade na ETO foi bem sucedida, dada a redução de 4,26 horas no DEC da concessão no ano e na proximidade com a meta regulatória.

Ranking ANEEL 2017

As unidades da Energisa tiveram bom desempenho no ranking da Continuidade do Serviço 2017, divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Entre as grandes distribuidoras do país, com quantidade de unidades consumidoras maior que 400 mil, a Energisa Minas Gerais ocupa a 1ª posição, com indicador de desempenho global de continuidade (DGC) de 0,64. Já a Energisa Paraíba alcançou o 3º lugar do ranking, com DGC de 0,70.

Na avaliação das pequenas distribuidoras – aquelas em que o número de unidades consumidoras é menor ou igual a 400 mil –, a empresa também teve destaque. A Energisa Borborema ficou com a 1ª colocação geral do país, com DGC de 0,28, e a Energisa Nova Friburgo ficou na 5ª posição, com DGC de 0,45.

O ranking da Continuidade do Serviço 2017 se baseia no DGC, que mede a qualidade do fornecimento das empresas por meio da comparação entre os valores apurados e limites anuais dos indicadores de qualidade DEC e FEC.

Fusão Distribuidoras em SP e PR

O ano foi marcado por movimentos importantes para o Grupo, como a consolidação da Energisa Sul-Sudeste, viabilizada após a conclusão da fusão de cinco distribuidoras dos estados de São Paulo e do Paraná. Foi um processo pioneiro autorizado pela Aneel e que traz ganhos de eficiência relevantes para empresa e clientes.

Oferta Pública para Aquisição das Ações da Energisa Mato Grosso

Em dezembro de 2017, a Energisa S/A, controladora indireta da Energisa Mato Grosso, anunciou Oferta Pública para aquisição de até a totalidade das ações ordinárias e preferenciais de emissão da concessionária. Após a realização de leilões em 16 de janeiro e 2 de fevereiro de 2018, a Energisa passou a deter 95,6% (ante os 66,6% anteriores à Oferta) do capital social total da Energisa Mato Grosso, pelo valor de R$ 531,3 milhões.

Investimentos na nova sede Energisa Minas Gerais e Central de Serviços Energisa (CSE)

Em Minas Gerais, no município de Cataguases, berço do Grupo Energisa desde 1905, a empresa construiu dois novos prédios que passaram a abrigar a sede da Energisa Minas Gerais e a Central de Serviços Energisa, seguindo o modelo de Centro de Serviços Compartilhados para todos os serviços administrativos e financeiros do Grupo. Com investimento de R$ 61 milhões, os empreendimentos movimentaram a economia da cidade de 74 mil habitantes. O destaque dos novos edifícios é a união entre sustentabilidade, tecnologia e altos padrões em estrutura, oferecendo excelente condições de trabalho para os nossos colaboradores.

Reconhecimentos

A Energisa caminha para se tornar um grupo líder no setor elétrico. O objetivo da companha é crescer e ser referência em quatro frentes: satisfação do cliente, segurança, bom clima no ambiente de trabalho e rentabilidade. Nesse sentido, o Grupo obteve conquistas significativas em 2017: a liderança em satisfação do cliente, com o melhor desempenho de grupo econômico no Índice de Satisfação da Qualidade Percebida (ISQP), o reconhecimento em segurança com a medalha Eloy Chaves para sete das nossas distribuidoras e o selo Great Place to Work para a Energisa Paraíba. A Energisa Paraíba, também foi eleita a melhor distribuidora do país na categoria acima de 500 mil consumidores.

Pesquisa ABF aponta crescimento de 6% no segmento de franquias de alimentação

Individualmente, o maior segmento em faturamento e um dos mais consolidados do sistema de franchising, o segmento de Alimentação apresentou um crescimento de 6% em sua receita em 2017 frente ao ano anterior. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o segmento expandiu 3,1% em número de unidadesno período.

Segundo o balanço anual realizado pela entidade, o setor de franquias cresceu 8% no ano passado, atingindo o faturamento de R$ 163,3 bilhões. Além da melhora de vários indicadores macroeconômicos, a consistente queda de juros, a baixa inflação, a leve redução da taxa de desemprego e a queda dos custos dos alimentos acabaram impactando positivamente a renda real dos consumidores. Com isso, o consumo se reaqueceu, o que se refletiu no franchising de forma geral, mas com mais ênfase nos segmentos ligados ao consumo.

Para este ano, as expectativas também são positivas, tanto para o setor de franquias quanto para o mercado de food service em geral, que deve acompanhar o reaquecimento da economia e crescer ainda mais. Nesse mercado, o nicho de culinária asiática fora do lar é expressivo, correspondendo a 6,8% de todo o segmento de Alimentação. Segundo a última avaliação da Pesquisa Setorial dea Food Service da ABF, em junho de 2017 o subsegmento de comida asiática cresceu 3,8% em faturamento.

Com mais de 25 anos de história, a tradicional rede de culinária asiática Jin Jin é um exemplo de sucesso nesse nicho de mercado. A marca, opera predominantemente em shopping centers, oferece aos clientes o formato buffet na praça de alimentação e também conta com o modelo Jin Jin Sushi, quiosque também em shoppings, hipermercados, galerias, aeroportos, etc.

A rede conta com 79 lojas em operação, em 11 estados e está em plena expansão. A expectativa é chegar ao final do ano de 2018 com crescimento de 15% tanto em unidades como em faturamento.