Forças de Israel realizam a maior incursão à Cisjordânia em 21 anos

Casa e Jardim. Sob esse nome, as Forças de Defesa de Israel (IDF) lançaram a maior operação militar em duas décadas na Cisjordânia. Amparados por blindados e drones, centenas de soldados invadiram o campo de refugiados de Jenin, enquanto escavadeiras destruíram ruas para desarmar explosivos. Dez alvos foram bombardeados pelas aeronaves não tripuladas. Tropas israelenses e militantes palestinos trocaram tiros, e civis aremessaram pedras contra o Exército judeu. Três mil dos 14 mil moradores abandonaram suas casas, no acampamento, e aguardavam as gestões das autoridades locais e da ONU para serem abrigados em escolas. Até o fechamento desta edição, nove palestinos tinham sido mortos durante a incursão. Cinquenta ficaram feridos, dez em estado grave.

As IDF anunciaram que o objetivo da operação foi desmantelar uma “infraestrutura terrorista” e um “centro de operações conjuntas”, que estariam sendo usados pelas Brigadas de Jenin, grupo militante islâmico fundado dois anos atrás por Jamil Al-Amouri, integrante da Jihad Islâmica. Por meio do Twitter, o Exército israelense informou que a unidade de combate Magellan e o serviço de segurança Shin Bet destruíram um laboratório que continha centenas de explosivos. Moradora de um vilarejo próximo a Jenin, a jornalista palestina Shatha Hanaysha contou ao Correio que a operação começou com ataques a casas por foguetes lançados de drones. “Depois, os soldados chegaram ao campo por entradas diferentes”, disse.

O premiê Benjamin Netanyahu informou que a incursão visava “deter terroristas que buscam destruir Israel”. “Soldados tentaram alcançar, sem serem detectados, o alvo mais legítimo do planeta — pessoas que aniquilariam nosso país”, assegurou. Por sua vez, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, destacou a aplicação como uma “estratégia proativa” contra o terrorismo.

O Ministério das Relações Exteriores palestino acusou Israel de ter lançado “uma guerra aberta contra a população em Jenin”. O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmud Abbas, interrompeu os contatos e reuniões com o governo israelense, e manteve a suspensão da coordenação de segurança, em retaliação à ofensiva. Abbas recebeu, em Ramallah, representantes de várias facções palestinas, em uma reunião de emergência para acordar uma “visão nacional abrangente e unir as fileiras para enfrentar a agressão israelense”, segundo Nabil Abu Rudaineh, porta-voz da Presidência da AP. A operação em Jenin é um capítulo a mais da escalada de tensão na Cisjordânia. Desde o início do ano, 192 palestinos, 25 israelenses, um ucraniano e um italiano morreram.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, se disse “profundamente preocupado” com os desdobramentos em Jenin e sublinhou que “todas as operações militares devem ser conduzidas com total respeito pelo direito humanitário internacional”. A Liga Árabe convocou uma reunião de urgência para esta terça-feira.

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, explicou ao Correio que, nos últimos meses, Jenin tornou-se uma área de onde se iniciaram muitas “atividades terroristas e ataques contra civis israelenses”. “Desde o começo do ano, 29 pessoas morreram nesses atentados, incluindo um palestino que trabalhava em Israel e foi morto por um foguete”, lembrou. “Isso tem a ver com o enfraquecimento da Autoridade Palestina e a luta pela sucessão a Mahmud Abbas. Muitos desses ataques assassinaram israelenses. O campo de refugiados de Jenin se tornou o centro dessas atividades de mentores do Hamas e da Jihad Islâmica, algumas vezes de pessoas do Fatah. Eles se reuniram para criar atividades terroristas”, acrescentou.

Segundo Zonshine, houve uma escalada na região, duas semanas atrás. “Forças de Israel entraram no campo para prender suspeitos e encontraram uma resistência muito forte, que disparou e colocou explosivos nas ruas. Israel tornou a entrar no campo para atingir a infraestrutura e os laboratórios de fabricação de explosivos, com o mínimo de danos para as pessoas que vivem em Jenin.”

Responsabilização

“O povo palestino não é terrorista, mas combatente pela liberdade, e não abrirá mão dos direitos em seu Estado independente. Israel pratica terrorismo de Estado organizado e deve ser responsabilizado. Seus líderes devem ser levados às Cortes internacionais”, disse ao Correio Ibrahim Alzeben, embaixador da Palestina no Brasil.

De acordo com o diplomata, com a operação em Jenin, Israel “voltou a trilhar o caminho sangrento e fechado”. “O povo da Palestina não levantará a bandeira branca. Que Netanyahu e aqueles que estão com ele, entre os assassinos, olhem para trás para ver os remanescentes de 56 invasores que passaram pela terra da Palestina. Cada invasor usou seu poder para acabar com a Palestina e seu povo. A Palestina permaneceu e apenas alguns remanescentes dos invasores permaneceram”, acrescentou. Ele lembrou que a operação em Jenin é “a mais ampla e cruel em 20 anos”, afirmou Alzeben.

O embaixador Qais Shqair, chefe da Missão da Liga Árabe no Brasil, relatou que cerca de mil soldados israelenses equipados com armas de alta tecnologia invadiram o campo. “Escavadeiras derrubaram casas de civis. Mais de 3 mil moradores foram deixados nas ruas, incluindo crianças e idosos, apenas para que Netanyahu ganhe popularidade junto à opinião pública israelense”, disse à reportagem. Shqair defende que o ciclo de violência se encerre com o fim da ocupação de Israel. “Esta é a causa raiz do derramamento de sangue.”

Analista política em Ramallah (Cisjordânia), Nour Odeh disse à reportagem que a incursão em Jenin é “parte do esforço do governo israelense de esmagar os palestinos em todas as frentes e a ideia de um Estado, como disse Netanyahu”.

Confira a matéria no site do Correio Braziliense.

Bolsonaro pode ficar inelegível além de 2030; saiba como

O ex-presidente Jair Bolsonaro pode ficar inelegível para além de 2030 — período já decidido pela condenação imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral, na sexta-feira. Isso porque uma representação do Ministério Público Federal (MPF) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), em consequência do resultado no TSE, pede a análise do impacto nos cofres da União do encontro com os embaixadores, no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado — razão da inelegibilidade de Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado cobra a apuração dos impactos nas contas públicas. “É possível verificar que se está diante do uso da máquina pública com desvio de finalidade, tanto pelo fato de ter havido a difusão de informações inverídicas quanto ao sistema eleitoral brasileiro, quanto pelo fato de o então presidente ter buscado se beneficiar pessoalmente do alcance que teria a transmissão por meio dos canais oficiais”, observa a representação.

A decisão do TSE foi encaminhada ao TCU, à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves — relator do processo que tornou Bolsonaro inelegível — determinou o compartilhamento dos documentos também com o MPF para a apuração de eventuais irregularidades.

No Tribunal de Contas, o resultado na Corte eleitoral será passado a algum dos ministros para que o caso seja avaliado tecnicamente e, depois, levado ao Plenário. Gastos como hora de trabalho dos servidores presentes ao evento entre Bolsonaro e os embaixadores, além da locação do prédio da residência oficial, estão entre os custos a serem levantados.

Caso o plenário do TCU aceite a representação do MPF, será solicitado a Bolsonaro a devolução aos cofres públicos da despesa feita irregularmente. Conforme as normas do tribunal, a tomada de contas especial — quando é cobrado o ressarcimento à União do valor gasto de forma ilegal — não é aberta em casos em que o prejuízo é inferior a R$ 100 mil.

Ficha suja
Se a Corte decidir pela irregularidade e solicitar a devolução dos valores, o ex-presidente será atingido pela Lei da Ficha Limpa — que proíbe quem nela esteja enquadrado de concorrer a eleições, uma vez que teve as “contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa”. A partir daí, caberá ao TSE analisar a decisão do TCU e decidir pela nova inelegibilidade de Bolsonaro.

Furtado cita o julgamento da Corte Eleitoral para sustentar a argumentação do pedido. “As irregularidades que marcaram a realização da reunião já estão caracterizadas e registradas nos votos dos ministros do TSE que embasaram a decisão do Pleno daquela Corte”, salienta.

A representação será recebida pelo presidente do TCU, ministro Bruno Dantas. Para o Tribunal de Contas, a inelegibilidade de oito anos vale a partir da data do trânsito em julgado. Isso que tornaria Bolsonaro inelegível para depois de 2031.

O ex-presidente ainda pode ser punido na esfera criminal. Um dos inquéritos nos quais foi incluído é o das milícias digitais, em análise no STF.

Confira a matéria no site do Correio Braziliense.

Com salários de até R$ 3.100, IBGE lança dois editais com 7.548 vagas; há 309 para Pernambuco

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (4), dois editais com o total de 7.548 vagas de nível médio para todo o Brasil, para os cargos de Supervisor de Coleta e Qualidade e Agente de Pesquisa e Mapeamento. Ao todo, há 309 oportunidades para Pernambuco.

Confira distribuição de vagas e salários:
– 806 para Supervisor de Coleta e Qualidade – sendo 30 vagas para o Pernambuco – com remuneração de R$ 3.100.
– 6.742 para Agente de Pesquisa e Mapeamento – sendo 279 vagas para o Estado – com remuneração de R$ 1.387,50.

De acordo com o edital, as duas funções ofertam vagas para pessoas pretas ou pardas e para pessoas com deficiência. O contrato tem previsão de duração de até um ano, podendo ser prorrogado, desde que o prazo total não exceda a três anos.

Além de salário, o contratado também terá direito a auxílio alimentação, no valor de R$ 658, auxílio transporte, auxílio pré-escolar, férias e 13º salário proporcionais.

Os interessados devem se inscrever até o dia 19 de julho, no site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), organizador do certame. O valor da taxa de inscrição é de R$ 42,20 para ambas as funções.

A seleção ocorrerá por meio de prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatória, com 60 questões distribuídas nas seguintes áreas:
Supervisor de Coleta e Qualidade:
– Língua portuguesa
– Matemática e raciocínio lógico
– Ética no serviço público
– Noções de informática
– Noções de administração e situações gerenciais
– Geografia

Agente de Pesquisa e Mapeamento:
– Língua portuguesa
– Matemática e raciocínio lógico
– Ética no serviço público
– Geografia

As provas serão aplicadas no dia 17 de setembro. O resultado final está previsto para ser divulgado no dia 23 de outubro. Para as duas funções a jornada de trabalho será de 40 horas semanais, sendo 8 horas diárias.

Entre as atribuições da função de Supervisor de Coleta e Qualidade estão organizar, planejar, e executar atividades estabelecidas no cronograma de trabalho; gerenciar os trabalhos desenvolvidos nas agências de coleta; acompanhar o desenvolvimento da coleta dos dados das pesquisas e levantamentos; controlar a produção e a qualidade das atividades de coleta e levantamentos.

Já algumas atribuições da função de Agente de Pesquisas e Mapeamento são visitar domicílios e estabelecimentos de qualquer natureza, em locais selecionados de acordo com o tema a ser pesquisado, para a coleta de dados visando à realização de pesquisas de natureza estatística; realizar e (ou) agendar entrevistas presenciais ou por telefone, registrando os dados em questionários impressos ou em meio eletrônico.

Folhape

PRF inaugura nova delegacia e unidade operacional em Caruaru

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) entrega à sociedade pernambucana uma nova Delegacia e Unidade Operacional (UOP) na cidade de Caruaru, no Agreste do estado. O evento de inauguração será realizado na manhã desta terça (04) na área externa das novas edificações, localizadas no km 57 da BR-104.

A entrega dos novos prédios refletem a prioridade dada pela PRF à reestruturação da infraestrutura predial. A iniciativa busca possibilitar maior efetividade nas fiscalizações, oferecer melhores condições de trabalho e também segurança aos policiais e, especialmente, oferecer um atendimento de excelência à sociedade. Esta qualidade na prestação de serviço aos usuários das rodovias federais em todo o país é o destaque das comemorações de 95 anos da PRF, no dia 24 de julho.

Com a inauguração, a gestão administrativa e operacional da PRF em Caruaru deixa os prédios à margem da BR-232 e passa a funcionar na BR-104. A nova Delegacia tem 308 m² de área construída e 414 m² de área coberta. Já o novo prédio da UOP foi construído em dois pavimentos, são 233 m². A instituição investiu em proteção balística (blindagem) garantindo melhor segurança para o efetivo e o público que lá será atendido. A área externa coberta, são 760 m², chama a atenção na nova estrutura e confere maior conforto para as fiscalizações.

As novas edificações serão conhecidas de perto pelo efetivo e autoridades convidados a participar do evento de inauguração, que contará ainda com a presença do Diretor Geral da PRF, Fernando Oliveira, e do Superintendente da PRF/PE, Rodrigues Silva.

SOB NOVA GESTÃO – O evento de inauguração das novas edificações da PRF em Caruaru será também o momento em que o PRF Hélio Davino tomará posse formalmente no cargo de Chefe da Delegacia. O policial sucede o PRF Gilsomar Fabiano que por 5 anos esteve comandando a gestão na região.

Como novo gestor, o PRF Hélio Davino tem pela frente os desafios de gerir a administração e ações operacionais da Delegacia, que conta com seus servidores distribuídos ainda em suas duas Unidades Operacionais (UOPs), localizadas em Gravatá e Caruaru. No total, são cerca de 233 quilômetros de rodovia federal sob a circunscrição da nova DEL02.

RESULTADOS OPERACIONAIS – Com mais de 378 mil habitantes, Caruaru, situada no Agreste de Pernambuco, não só se destaca pelo São João ou sua conhecida feira. A cidade também ganha destaque nos resultados operacionais obtidos pela PRF no Estado.

Somente este ano, a Delegacia PRF em Caruaru foi responsável pela aplicação de cerca de 9,7 mil testes com o etilômetro e promoção de ações educativas que atingiram mais de 6 mil pessoas. Foi na área de atuação da DEL02 que mais 420 auxílios foram prestados a usuários, 26 veículos foram recuperados e 85 pessoas foram detidas por diversos crimes.

Serviço
Inauguração – PRF Caruaru
Data: 04/07/2023
Hora: 11h
Local: km 57, BR-104

Central de Abastecimento de Caruaru entrega certificados de conclusão do curso de Spa dos Pés

Central de Abastecimento de Caruaru entrega certificados de conclusão do curso de Spa dos Pés
Curso foi realizado para mulheres de comunidades de baixa renda capacitando-as e realizando sonhos

Nesta segunda-feira (03), foi realizada a cerimônia de entrega dos certificados para a primeira turma do curso “Spa dos Pés”, uma iniciativa da Central de Abastecimento de Caruaru (Ceaca), em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). O curso foi composto por quatro módulos e teve o objetivo de capacitar mulheres de comunidades de baixa renda, que também fazem parte do programa Ceaca Alimenta.

Com o objetivo de promover a geração de renda fazendo com que as mulheres tenham muito mais impacto em suas redes de convivência, o curso Spa dos Pés ofereceu para as 21 participantes a oportunidade de adquirir conhecimentos teóricos e práticos sobre cuidados com os pés e técnicas de massagem e relaxamento. Ao longo de dois meses de aprendizado, as mulheres tiveram acesso a aulas ministradas por uma profissional especializada da SPM, que compartilhou seus conhecimentos e experiências.

Para Maísa Aristiles, uma das alunas, foi uma experiência incrível, pois ela tinha o sonho de realizar o curso e assim ter a oportunidade de trabalhar certificada com o que gosta. “É a primeira vez que recebo um certificado na vida, não só eu, mas como a maioria das minhas colegas de turma, e eu tinha um sonho de fazer um curso como esse, tinha me inscrito outras vezes e não era chamada, mas graças a esse programa social maravilhoso da Ceaca pude realizar meu sonho”, destacou.

A conclusão da primeira turma do curso Spa dos Pés representa um marco importante para as mulheres envolvidas. Elas agora possuem uma nova habilidade que pode ser usada para gerar renda e melhorar suas condições de vida. A capacitação oferecida pela Ceaca e pela Secretaria de Políticas para as Mulheres visa fortalecer a autonomia financeira dessas mulheres.

Em um evento de encerramento emocionante, as alunas receberam seus certificados de conclusão em mãos e ainda se deliciaram com um café da manhã, acompanhado por boa música conduzida pelas mulheres que fazem parte do programa Sanfona para Elas, também desenvolvido pela SPM. A felicidade estampada nos rostos das formandas era evidente, refletindo a satisfação de terem superado desafios e conquistado uma nova oportunidade.

Com a conclusão da primeira turma do curso Spa dos Pés, a Ceaca e a Secretaria de Políticas para as Mulheres reforçam o compromisso de promover a inclusão social e econômica das mulheres em vulnerabilidade social, fortalecendo seu papel na sociedade. A iniciativa é um exemplo concreto de como o investimento em capacitação pode transformar vidas e gerar a economia do município.

SISMUC – Regional realiza assembleia com Agentes da Guarda Municipal nesta quarta-feira (05)

O Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru (Sismuc) realiza nesta quarta-feira (05), uma Assembleia Geral Extraordinária com os Agentes da Guarda Municipal e os servidores em geral da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes (AMTTC).

Em pauta, informes gerais, além de debater a portaria SECOP n°29, de 22 de junho desse ano. O encontro acontecerá, às 9h, na sede do SISMUC – na Rua Padre Félix Barreto, n° 50.

AME Animal promove a primeira feira de adoção responsável do segundo semestre de 2023

A Prefeitura de Caruaru, por meio da AME Animal, promove nos próximos dias 05 e 06 de julho, mais uma feirinha de adoção responsável de animais, essa edição é a primeira do segundo semestre de 2023.

A feira que acontecerá como de costume no marco zero da cidade, das 9h às 14h. E faz parte do conjunto de ações do Projeto Meu Amigão da Secretaria de Serviços Públicos e Sustentabilidade (SESP).

“A AME realiza essas feirinhas para aquelas pessoas que sempre quiseram um animal de estimação, mas não têm condições de pagar por um. Nessas ocasiões a pessoa pode escolher o pet que conquistar o coração. São animais saudáveis, cuidados pela nossa AME Animal e o tutor ainda recebe toda orientação, tira todas as dúvidas com o Médico Veterinário durante o ato de adoção”, destacou Paulo Florêncio, gerente da AME Animal.

Os interessados em adotar um bichinho, devem ter mais de 18 anos e comparecer ao local da feira portando RG e Comprovante de Residência.

Reforma tributária pode onerar alimentos básicos, alerta especialista

O projeto substitutivo da reforma tributária apresentado na Câmara dos Deputados pode aumentar impostos de alimentos que formam a cesta básica da população brasileira, segundo alertaram especialistas ouvidos pela Agência Brasil.

Por outro lado, o coordenador do grupo de trabalho da reforma na Câmara, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), afirma que o tema ainda está em debate e que parlamento não deve permitir aumento de imposto sobre alimentos básicos para os mais pobres.

O ex-secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional de 2013 a 2016 e membro do Instituto Fome Zero, Arnoldo Anacleto, avaliou como “escandaloso” o trecho sobre alimentos do substitutivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 45/2019) apresentado pelo deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Anacleto lembra que um dos pontos positivos do atual sistema tributário brasileiro é o imposto zero – tanto federal, quanto estadual – para produtos hortifrutigranjeiros (saladas, verduras, raízes, tubérculos, frutas, leite, ovo), considerados mais saudáveis.

O problema, segundo o especialista, é que o artigo 8º do parecer preliminar da reforma prevê que “alimentos destinados ao consumo humano” podem ter as alíquotas reduzidas em 50%. Com isso, alimentos hoje totalmente isentos seriam tributados, ainda que com alíquotas menores.

“Vamos aumentar os impostos significativamente dos in natura e minimamente processados, que é a base da alimentação saudável, que a gente quer estimular e o que tá causando inflação. Nós vamos encarecer a cesta básica”, afirmou o especialista, que hoje atua como consultor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). “Para mim é um escândalo”, acrescentou.

A Oxfam Brasil compartilha dessa preocupação. O coordenador de Justiça Social e Econômica da entidade, Jefferson Nascimento, argumenta que, apesar do artigo 8º prever uma alíquota menor, ela será maior “do que aquela que a gente vivencia hoje em diversos produtos da cesta básica. Então isso com certeza é algo preocupante”.

A Oxfam Brasil é uma organização sem fins lucrativos que atua no combate às desigualdades e à pobreza, sendo uma das 70 entidades que assinaram o Manifesto pela Reforma Tributária Saudável, Solidária e Sustentável.

As grandes varejistas da alimentação também demonstraram preocupação. Em nota, a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) opinou que “como o texto não deixa expresso qual será a alíquota de referência do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), a cobrança de uma alíquota reduzida pode, sim, onerar produtos que hoje são isentos, causando um aumento de preços generalizado em itens que compõem a cesta básica”.

Responsável pela política do governo federal para produção de alimentos para consumo interno, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse à Agência Brasil que está dialogando com o relator, Aguinaldo Ribeiro, e com o deputado Reginaldo Lopes, “no sentido de não tributar alimentos saudáveis, evidentemente eu acho que tem que ter uma tributação para os ultraprocessados”.

O ministro acrescentou que se o texto for mesmo causar aumento da tributação de alimentos “o governo deve dialogar com o Congresso para evitar (o aumento)”.

O coordenador do grupo de trabalho de reforma, deputado Reginaldo Lopes, em entrevista à Agência Brasil, ponderou que o tema dos alimentos da cesta básica ainda está em discussão e pode ser alterado. “Nós vamos avaliar. O nosso primeiro compromisso é não ter aumento de imposto e menos ainda para o povo mais pobre”.

O parlamentar acrescentou que o mecanismo de cashback, que é a devolução de parte do dinheiro gasto com a compra de algum produto, deve compensar qualquer eventual aumento de tributo, além de considerar que é uma forma mais eficiente de se fazer justiça tributária em comparação com as desonerações que hoje existem para os alimentos.

Procuramos o relator da matéria, deputado Aguinaldo Ribeiro, para comentar o tema, mas a assessoria informou que ele não teria tempo devido a agenda de reuniões sobre a reforma tributária. A expectativa é que o tema seja votado no plenário da Câmara até a segunda semana de julho.

Cashback
O texto da reforma prevê o cashback ao incluir a previsão de “hipóteses de devolução do imposto a pessoas físicas, inclusive os limites e os beneficiários”, o que deve ser regulamentado em lei posterior, sem prazo definido.

A Oxfam Brasil, em nota, alertou que o mecanismo é de difícil implementação, além de destacar que o tempo “entre o estabelecimento do IVA e a regulamentação do cashback pode deixar milhões de famílias de baixa renda expostas ao aumento da alíquota sobre produtos essenciais, a depender da revisão da desoneração de itens da cesta básica”.

O pesquisador do Instituto Fome Zero, Arnoldo Anacleto, argumenta que boa parte dos trabalhadores brasileiros está no mercado informal, o que deve dificultar a devolução de valores pagos. “Esse negócio que o cashback vai resolver, não vai resolver. Ele come ali no ponto de ônibus. Ele come é a quentinha que está sendo vendida lá por R$12,00, ele tá na economia informal. Como é que ele vai gerar crédito?” questionou o especialista.

Carro popular: vendas de veículos sobem 7,4% em junho no país, puxadas por programa de desconto

As vendas de veículos no país subiram para 189,5 mil no mês de junho, um aumento de 7,4% na comparação com o total de unidades licenciadas em maio, de acordo com dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).

O aumento foi puxado pelo bom desempenho no segmento de automóveis, os carros de passeio, que somou mais de 142 mil veículos licenciados, alta de 11,4% ante o mês anterior.

Esse salto foi impulsionado pelo programa de descontos para compra de carros populares anunciado em junho pelo governo federal.

Na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória liberando mais R$ 300 milhões para o programa.

A previsão inicial era destinar R$ 500 milhões ao segmento de automóveis. Deste total, R$ 420 milhões já foram pedidos pelas montadoras em créditos tributários, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Contando os recursos reservados para caminhões, vans e ônibus, o programa agora passará de R$ 1,5 bilhão para R$ 1,8 bilhão em recursos.

O desconto para a compra de carros é de R$ 2 mil a R$ 8 mil no preço de veículos que custam até R$ 120 mil.

O Globo

IPC-S fecha junho com queda de preços de 0,10%

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechou o mês de junho com deflação (queda de preços) de 0,10%. Em maio, o indicador havia registrado inflação de 0,08%. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (3) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o IPC-S acumula taxa de inflação de 2,22% em 12 meses.

Dos oito grupos de despesa, dois apresentaram deflação e contribuíram para a taxa negativa do IPC-S, alimentação (0,36%) e transportes (1,14%).

Entre os seis grupos com inflação, o principal destaque foi educação, leitura e recreação, que teve alta de preços de 0,87%. Em maio, o grupo havia tido a maior deflação (3,37%).

Os demais grupos de despesas apresentaram as seguintes taxas: vestuário (0,50%), habitação (0,23%), saúde e cuidados pessoais (0,19%), comunicação (0,14%) e despesas diversas (0,12%).

Agência Brasil