Festejos juninos deixam Câmara dos Deputados duas semanas sem votação

presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu que até o dia 4 de julho todas as sessões realizadas no plenário da Casa serão solenes ou de debates. Ou seja, não haverá ordem do dia e, portanto, não serão contabilizadas faltas e nem realizadas votações de matérias durante o período. Em ato encaminhado à Secretaria-Geral da Mesa, o presidente utilizou como justificativa o feriado junino, que faz homenagem a São João nesta sexta-feira (24), recebendo apoio, principalmente, da bancada do Nordeste, uma das mais envolvidas nos festejos. A ação de Maranhão gerou um “feriadão” com 13 dias ininterruptos de folga para os deputados.

A ideia inicial era manter a ordem do dia pelo menos no início da próxima semana, segunda (27) e terça-feira (28). Entretanto, com o feriado de São Pedro no dia 29 (quarta), parlamentares pressionaram o presidente interino por uma solução alternativa. Já para os trabalhos nas comissões, Maranhão afirmou que, em caso de quórum, as discussões poderão seguir normalmente.

Partidos reagiram com contrariedade à decisão institucional. Em nota divulgada à imprensa, a assessoria de comunicação do PSDB na Câmara criticou a posição adotada pelo presidente e avaliou como “reprovável” a conduta de Maranhão. Ainda de acordo com o texto, a decisão do presidente interino é “absolutamente contrária ao interesse público”.

A mesma postura teve o líder do PRB na Câmara, deputado Márcio Marinho (BA), que diz ter apelado aos demais líderes partidários e ao próprio Maranhão para que medida seja revista e, consequentemente, tenha continuidade a apreciação de pendências na pauta de votações. “O republicano lembra que vivemos um momento delicado da política e da economia brasileira e uma semana sem votações representa ineficiência do processo legislativo, assim como um prejuízo incomensurável para a Nação”, diz trecho de nota da liderança do PRB.

“Num momento como esse, em que deve haver um esforço em torno do processo de reconstrução nacional e de recuperação da economia e projetos importantes estão na pauta da Câmara, é inadmissível que uma decisão unilateral do presidente interino paralise os trabalhos durante uma semana”, afirmou o líder da legenda, Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Cachês de artistas causam repercussão

Do Jornal VANGUARDA

Wesley, que se apresentará no mesmo dia em Caruaru e em Campina, receberá na cidade paraibana R$ 195 mil, uma diferença de R$ 380 mil em relação à Capital do Agreste

O deputado Cleiton Collins (PP) deu entrada, na segunda-feira (20), na Assembleia Legislativa de Pernambuco, em um projeto de lei que estabelece um limite para os cachês pagos com verbas públicas para artistas que se apresentam em festas no Estado. Caso o PL seja aprovado, o valor dos repasses não poderá ultrapassar R$ 200 mil.

O debate sobre o valor dos cachês pagos para os artistas que se apresentam em festas pernambucanas se reacendeu há alguns dias, quando foi divulgado que o cantor Wesley Safadão receberá R$ 575 mil para se apresentar, no próximo sábado (25), no São João de Caruaru. Em 2015, para se apresentar no mesmo local, o artista recebeu R$ 310 mil.

Outros artistas de fora de Pernambuco receberão mais de R$ 200 mil para fazer shows em Caruaru no São João deste ano. Segundo levantamento do blog JC Negócios, o cantor Luan Santana recebeu R$ 325 mil para se apresentar no palco do Parque de Eventos Luiz “Lua” Gonzaga, no último dia 10.

Além dele, Bell Marques receberá R$ 280 mil pela apresentação no Dia de São Pedro (29), e a Banda Aviões do Forró, que tocou no local no último sábado (18), teria ganho R$ 250 mil. Ao todo, a Prefeitura de Caruaru deve gastar R$ 4,1 milhões com toda a festa de São João.

O cachê desses artistas e bandas fez com que a TV Jornal de Caruaru trouxesse reportagem, na noite da segunda-feira (20). Com análise no Portal da Transparência, foi observado que a PMC paga bem mais caro pelos mesmos shows no São João, em relação a Campina Grande.

Wesley Safadão, que se apresentará no mesmo dia nas duas cidades, por exemplo, segundo a reportagem, receberá R$ 195 mil, uma diferença de R$ 380 mil em relação ao que está sendo pago na Capital do Agreste. Aviões do Forró cobrou lá 195 mil, R$ 55 mil a menos. Já Elba Ramalho cobrou R$ 190 mil para se apresentar em Caruaru e R$ 160 mil em Campina Grande.

Para esclarecer os números, a PMC emitiu nota oficial:
1. A Luan Promoções e Eventos Ltda, divulgou nota afirmando que Wesley Safadão não tem contrato com a Prefeitura de Campina Grande para o São João. Para a empresa, responsável pela comercialização dos shows do artista, isso impede qualquer comparação sobre valores pagos ao cantor. A assessoria de imprensa de Wesley informou, ainda, que o valor contratado em Caruaru está no padrão de mercado, na média de R$ 600.000,00 como é do conhecimento da mídia nacional.
2. Elba Ramalho veio à Capital do Forró exclusivamente para a abertura do São João. Por isso, o cachê da cantora engloba as despesas de passagens de avião, deslocamentos e hospedagem, dela e da banda. Mesmo assim, o cachê pago este ano foi igual ao do ano passado.
3. Aviões do Forró também recebeu este ano, em Caruaru, um cachê no mesmo valor do ano passado. A apresentação ocorreu num sábado, 18 de junho. Em Campina Grande, o show será no domingo três de julho, fora, portanto, do circuito das festas, o que barateia o evento. Além disso, na Capital do Forró, o cachê cobre os custos de hospedagem para 55 pessoas, assim como passagens e as demais despesas logísticas

 

Condenação na Ponto Final vai alterar quadro eleitoral

Wagner Gil

A Justiça Criminal de Caruaru condenou, na tarde da última terça-feira (21), todos os dez vereadores acusados na Operação Ponto Final I, que tinha como foco investigar possível cobrança de propina para aprovar o projeto BRT (Bus Rapid Transit), que a prefeitura tentava implantar no município. Na época, o valor da obra girava em torno de R$ 250 milhões e, para executá-la, a PMC precisaria de uma autorização da Câmara de Vereadores para adquirir um empréstimo junto ao Banco do Brasil. Como se tratava de matéria financeira, para que o projeto fosse aprovado, seriam necessários votos de dois terços dos 23 edis, ou seja, 16 votos.

Segundo a denúncia da Polícia Civil, que teve a coordenação das investigações do delegado Erick Lessa e foi aceita pelo Ministério Público, os edis exigiram uma propina de R$ 2 milhões para aprovar a matéria e essa cobrança teria sido feita em vários momentos ao secretário de Relações Institucionais, Marco Casé, na época também presidente do Diretório Municipal do PTB. Para adquirir as provas foram autorizadas pela Justiça escutas ambientais, interceptações telefônicas e filmagens em vários locais e momentos, inclusive dentro da própria Câmara de Vereadores.

Na época, em 17 de dezembro de 2013, o projeto foi à votação e aprovado, mas na manhã seguinte (por volta das quatro horas), a Operação Ponto Final foi deflagrada com os dez edis sendo presos e afastados de seus cargos. Eles chegaram a ser conduzidos para a Penitenciária Juiz Plácido de Souza, onde passaram alguns dias. São eles: Louro do Juá (PMDB), Evandro Silva (PMDB), Neto (PMDB), Val Lima (PMDB), Cecílio Pedro (PMDB), Jailson Soares Jajá (PSDC), Pastor Jadiel (PSDC), Val das Rendeiras (PSDC), Sivaldo Oliveira (PP) e Eduardo Cantarelli (PMDB).

De acordo com a decisão, todos os vereadores foram condenados nos crimes de associação criminosa (artigo 288 do Código Penal) e concussão (artigo 316 do CP). Alguns chegaram a pegar penas maiores, segundo a Justiça, por terem sido ‘flagrados’ mais de uma vez cometendo esses delitos. A maior pena foi para Jajá.

PROCESSO

Apesar do processo ter durado dois anos e meio, foi considerado rápido por juristas ouvidos por nossa equipe de reportagem. O processo envolveu dez vereadores, teve quase cinco mil páginas (4990), 19 volumes, além de três anexos, com uma media de 680 páginas cada. Foram dez interrogatórios e 150 testemunhas, entre elas o prefeito José Queiroz (PDT), que esteve presente no Fórum e, na época, negou que tivesse sido procurado por algum vereador para pagar vantagem em troca de aprovação de projetos que seriam enviados à Câmara pelo Palácio Jaime Nejaim.

Os advogados Roberto Vasconcelos e João Américo, que defendem o vereador Ceílio Pedro, falaram com o VANGUARDA. “Realmente essa decisão me surpreendeu. Não tem nada, absolutamente nada, de provas contra meu cliente. Assim que formos notificados da decisão, iremos preparar um recurso especial”, disse João Américo. “Cecílio Pedro não cometeu crime algum. Respeito a decisão do magistrado, mas não existem provas contra ele. Ele não pediu vantagem em momento algum. Nos autos do processo, não existe nenhuma prova de seu envolvimento em cobrança de vantagens indevidas”, completou Vasconcelos.

O advogado Émerson Leônidas, que comanda a bancada criminalista e representa a grande maioria dos edis, disse que já esperava uma condenação em primeira instância. “Nós já esperávamos por isso (condenação). Na Operação Ponto Final II, que não tinha nada, ele condenou os vereadores e, nessa, não iria ser diferente. Repito, não houve cobrança de propina e, sim, um esquema para acabar com a oposição no município, tanto é que todos os membros do bloco oposicionista foram presos e afastados. Outro detalhe é que o delegado que conduziu as investigações é candidato a prefeito. A operação foi montada na sala de um secretário municipal (Marco Casé) que, na época, presidia o PTB. Esse mesmo partido lançou o delegado para ser candidato a prefeito. Então volto a dizer: o processo em Caruaru foi político”, disparou Leônidas.

Em relação aos recursos de apelação, Leônidas disse ter certeza que consegue absolver todos os clientes. “Como o processo em Caruaru era político, focamos nossa defesa em instâncias superiores e, nesse caso, vamos ter sucesso com nossos recursos. Aliás, já tivemos várias vitórias no Tribunal de Justiça e ainda aguardamos julgamentos no Superior Tribunal de Justiça”, disse o experiente criminalista, que no ano passado concorreu ao cargo de presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, sub-seccional Pernambuco.
Quadro eleitoral pode mudar em Caruaru

Com a decisão do juiz Francisco de Assis Morais Júnior de condenar os dez vereadores acusados na Operação Ponto Final I, o quadro nas eleições deste ano pode mudar, principalmente para quem vai disputar a reeleição. Alguns edis devem desistir de ir para a disputa e o primeiro deles foi o Pastor Jadiel Nascimento. Ele também foi condenado na Operação Ponto Final II, acusado pelo crime de corrupção passiva. Segundo a Justiça, Jadiel teria recebido dinheiro para votar a favor da criação da CPI da CGU, que tinha como foco investigar possíveis irregularidades na aplicação de verbas federais destinadas à educação. No seu lugar, quem vai entrar na disputa é o seu filho, Jadiel Filho (PSDC).

Na Câmara, os edis evitam falar em eleições ou em substituições, já que alguns acreditam que podem ser inocentados antes mesmo do período eleitoral. Mas nossa reportagem apurou que pelo menos mais dois vereadores devem desistir de tentar a reeleição. Um deles deve colocar a esposa e outro um filho, que já atuava na Casa. Esses dois são do PMDB e pediram para não ter seus nomes revelados.

O vereador que tem a situação mais complicada é Neto (PMDB). Ele também foi condenado na Operação Ponto Final II, além de ter uma condenação na Justiça Eleitoral, que o tornou inelegível, embora a decisão em primeiro grau caiba recurso. O juiz Brasílio Guerra, titular da 1ª Vara Civel, em Caruaru, condenou Neto no dia 6 de maio deste ano a cinco anos de prisão. O motivo teria sido transferência irregular de eleitores.
Veja como ficaram as condenações:
EDUARDO CANTARELLI – condenado a oito anos e seis meses de reclusão e 291 dias-multa;
EVANDRO SILVA – cinco anos de reclusão e 194 dias-multa;
JADIEL NASCIMENTO – oito anos e seis meses de reclusão, além de 291 dias-multa;
JAÍLSON SOARES (JAJÁ) – nove anos e um mês de reclusão, além de 307 dias-multa;
LOURO DO JUÁ – cinco anos e sete meses de reclusão, além de 210 dias-multa;
AVERALDO RAMOS DA SILVA NETO – cinco anos e sete meses de reclusão, além de 210 dias-multa;
JOSEVAL BEZERRA DE LIMA – cinco anos e sete meses de reclusão, além de 210 dias-multa;
VAL DAS RENDEIRAS – cinco anos de reclusão e 194 dias-multa;
SIVALDO OLIVEIRA – cinco anos de reclusão e 194 dias-multa;
CECÍLIO PEDRO – cinco anos de reclusão e 194 dias-multa

MPPE pede que artistas evitem falar no prefeito, no vice, entre outros

Com o objetivo de impedir o uso eleitoreiro das apresentações musicais do São João de Caruaru, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou ao prefeito José Queiroz (PDT), à presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, Lúcia Lima, e aos artistas contratados pelo poder público uma série de medidas para garantir o respeito ao princípio da impessoalidade, expresso no artigo 37 da Constituição Federal.

José Queiroz e Lúcia Lima devem determinar aos contratados, patrocinados e copatrocinados que não divulguem, durante suas apresentações, nomes, símbolos ou imagens alusivos a agentes públicos ou particulares e seus familiares. Da mesma forma, também não devem ser feitas menções a esses agentes, sob pena de caracterizar promoção pessoal.

A presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru deve ainda fazer constar nos contratos firmados pelo órgão uma cláusula proibitiva, com imposição de sanção em caso de menção ou divulgação de nomes, símbolos ou imagens alusivas a agentes públicos ou particulares. Os contratos devem, ainda, vedar que os artistas usem quaisquer termos para tentar consagrar a determinadas pessoas a realização das festividades populares.

Aos próprios artistas contratados pela administração pública, o MPPE recomendou que se abstenham de propagar nomes, símbolos ou imagens que remetam a agentes públicos ou particulares, bem como deixem de indicar nominalmente agentes políticos ou seus familiares.

A recomendação conjunta foi elaborada pelos promotores de Justiça que compõem a Comissão de Defesa do Patrimônio Público. Segundo eles, é frequente a intervenção dos artistas e apresentadores para realizar promoção pessoal de agentes políticos ou particulares, em evidente ato de propaganda política que configura desvio de finalidade.

“Conforme constatado pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), em eventos custeados com recursos públicos foi verificada a referência, por parte dos artistas, ao agente político como idealizador, organizador ou realizador, bem como aos seus familiares ou amigos”, afirmaram os promotores de Justiça.

A promoção pessoal configura violação ao artigo 37, parágrafo 1º da Constituição Federal.

Mais de 70 mil pessoas lotaram Pátio de Eventos Luiz Gonzaga 

A festa de São João começou muito cedo na Capital do Forró. Ainda de manhã, nesta sexta, 24, o Alto do Moura recebeu milhares de caruaruenses, visitantes e turistas. Forró pé-de-serra, arte em barro e gastronomia foram contemplados durante todo o dia no Maior Centro de Artes Figurativas das Américas. Jader e Banda, Fredy e Mary, Jucélio Vilela, Léo Domingos e Lucas Medeiros tomaram conta do forró.

 No início da tarde, a tradição de uma das mais bonitas manifestações culturais tomou conta das ruas de Caruaru por mais um ano. É que no dia 24 de junho também é comemorado o Dia do Bacamarteiro na Capital do Agreste. E a data é lembrada com um tradicional desfile dos batalhões.

O desfile reuniu 32 batalhões de das áreas rural e urbana. Ao todo, mais de mil fortes e resistentes bacamarteiros mostraram a todos um pouco da cultura do bacamarte. Os batalhões se reuniram na Escola Altair Porto Nunes Filho, localizada no bairro do Cedro, e seguiram em caminhada até o Polo das Quadrilhas, que funciona na Estação Ferroviária. Lá eles foram homenageados e receberam medalhas de honra ao mérito. O vice-prefeito de Caruaru, Jorge Gomes, sua esposa, a secretária executiva de Direitos Humanos, Laura Gomes, e a presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Lucia Lima, fizeram as entregas das medalhas.

E a festa estava apenas começando. Depois da animação no Alto do Moura e da tradição do bacamarte, ainda houve tempo para diversas programações nos outros polos do Maior e Melhor São João do Mundo. O Polo das Quadrilhas recebeu os grupos de dança Flor de Barro e Luar do Sertão da cidade de Custódia. O Polo Mestre Vitalino contou com apresentações dos trios Boa Sorte, Forró da Saudade, Onofre do Forró e Carrapixo. Lá no Polo Multicultural Azulão, a linda noite de São João foi comandada pelas bandas Dentes Azuis e Casaprima, além de Paulo Matricó e Rogéria. E o Polo do Repente recebeu a Banda de Pífanos Vitoriano Jovem, João Bosco do Pajeú e os repentistas Josenildo França e João Lídio.

Enquanto isso, o Pátio de Eventos Luiz Gonzaga e o Polo Forró do Candeeiro distribuíram atrações de primeira qualidade e o forró foi pegado a noite inteira. No Candeeiro, Michel França, a Banda Cheiro da Terra e Zé Agripino fizeram os forrozeiros gastar as solas dos sapatos.

Lá no Pátio de Eventos, que é o palco principal do São João de Caruaru, uma turma animada e talentosa comandou a noite do famoso santo junino. A caruaruense Fulô de Mandacaru, Margareth Menezes, Paula Mattos e Forró Santa Dose colocaram 70 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, para dançar do início ao fim.

Quem abriu a noite no Pátio foi a Banda Fulô de Mandacaru, que há 15 anos está na estrada, mostrando como é que se faz forró de qualidade. Os meninos aproveitaram a noite de São João para gravar o primeiro DVD. Eles estão participando de uma competição musical e falaram durante a coletiva de imprensa sobre a emoção de representar Caruaru no Super Star. “Já temos uma longa estrada na música e é muito bom levar o nome e a tradição de Caruaru para onde vamos”, comentou o sanfoneiro Armandinho, que também aproveitou o momento para pedir o apoio da população: “estamos na final e precisamos demais do voto de cada caruaruense e de todos os que simpatizam com nossa música”, finalizou.

A segunda apresentação ficou por conta da baiana Margareth Menezes, que há seis anos se apresenta no São João de Caruaru. Como em todas as vezes, a cantora valorizou a cultura de Caruaru e de Pernambuco e convidou novamente a Cia de Dança Caruaruense para dançar coco, xaxado, forró, xote. Em pouco mais de uma hora de show, Gonzagão e outros nomes da música brasileira foram lembrados em forma de canção. Marga também interpretou músicas autorais.

“No ano passado tivemos aquele episódio triste da partida do Cristiano Araújo, o que nos deixou obviamente tristes e abalados para a apresentação, mas cantar em Caruaru é tão especial. E este ano pudemos apresentar um show alegre, pra cima”, lembrou Margareth durante a entrevista para a imprensa.

E ninguém estava cansado. O público queria ouvir Paula Mattos, a menina que ficou conhecida após emplacar sucessos na voz dos sertanejos Luan Santana, Henrique e Juliano, Gusttavo Lima e Munhoz e Mariano. “Rosa amarela”, “Quanto tempo falta”, “Pros outros”, “O povo fala”, “Tem que ser agora” e outras canções foram interpretadas no palco. E público cantou em cada uma em coro.

A noite foi finalizada pela banda Forró Santa Dose. Comandada pela cantora Nanara Bello, o grupo trouxe um repertório bem diversificado e apresentou a música de trabalho “Eu amo por dois”, além de alguns sucessos, como “Whisky 12”.

COMIDAS GIGANTES – A noite de São João ainda teve a festa da Broa de Milho Gigante, em sua 9ª edição. O evento ocorreu no bairro Divinópolis e contou com apresentação de grupo de dança, trio pé-de-serra, quadrilha junina e banda de forró.

A festa do Bolo de Tapioca distribuiu 500 quilos da iguaria e contou com apresentações culturais. O evento foi realizado nesta sexta, 24, no bairro do Salgado.

Na mesma noite foi realizada a Festa do Maior Arroz Doce, na Vila Kennedy. Foram distribuídos 300 quilos do alimento e seis mil pessoas participaram da festa. Em sua 16ª edição, o evento homenageou o ex. secretário de Infraestrutura, Bruno Lagos, e foi animado por Décio Luiz e Banda.

Confira as imagens :

Disque-Denúncia oferece recompensa por informações sobre criança desaparecida‏

O Disque-Denúncia Pernambuco está oferecendo uma recompensa de até R$ 2 mil para quem tiver informações que auxiliem na localização de Carlos Attias Boudoux, também conhecido como Carlinhos, 9 anos. O menino foi levado ilegalmente pelo pai, o empresário argentino Carlos Attias e, até o momento, não se sabe o paradeiro da criança. A última vez em que foi visto pela família brasileira foi no dia 25 de dezembro de 2015.

Ao longo desses meses do desaparecimento, diversas ações foram realizadas
pelas forças policias, porém sem sucesso. “Existe um trabalho muito sério
sendo realizado tanto pela Polícia Civil quanto pela Polícia Federal, mas,
infelizmente, ainda não conseguimos localizar o Carlinhos. Assim, estamos
vindo à população pernambucana para pedir que repassem informações que
auxiliem na resolução pacífica do caso”, explica o coordenador do
Disque-Denúncia Agreste, Alexandre César.

Apesar de existir a possibilidade do pai ter fugido do Brasil com a
criança, a polícia ainda trabalha com a hipótese de que ele esteja
escondido em algum município do interior de Pernambuco ou em estados
próximos. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Polícia da
Criança e do Adolescente (DPCA).

Quem tiver informações pode ligar para o Disque-Denúncia através do
telefone (81) 3421-9595, na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata
Norte, ou  pelo telefone (81) 3719-4545, no Interior do Estado. No
interior, existe ainda a possibilidade de enviar denúncias pelo WhatsApp
(81) 991193015 As informações também podem ser repassadas pelo site
www.disquedenunciape.com.br, inclusive vídeos e fotografias. O anonimato é
garantido.

Compesa certifica fornecedores por alto grau de desempenho‏

certificação

Cinquenta empresas que fornecem produtos e suprimentos para a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) estão sendo certificadas pela companhia por terem atingido ou superado  80% do Indicador de Desempenho. O reconhecimento faz parte do Programa de Avaliação de Fornecedores de materiais da Compesa, que está em seu segundo ano de vigência. O programa foi implantado com o objetivo de melhoria contínua da qualidade do fornecimento e consequentemente melhoria na satisfação dos clientes da Compesa.

A certificação dada aos fornecedores ocorre a título de premiação e reconhece aquelas que conseguiram: reduzir o prazo de entrega; melhorar a pontualidade e aumentar o índice de atendimento; aumentar a conformidade dasentregas; e melhorar a qualidade dos produtos. “O objetivo da Compesa é adquirir materiais a um preço justo, garantindo a qualidade do produto e o atendimento ao prazo de entrega. Ou seja, o melhor preço. Menor custo commaior qualidade. Precisamos garantir que o recurso público está sendo aplicado de forma responsável”, avaliou a diretora de Gestão Corporativa, Simone Albuquerque.

De acordo com a gerente de compras, Kelly Magalhães, os dois principais critérios de avaliação dos fornecedores são o prazo de entrega e a conformidade do produto solicitado. Na visão dos fornecedores, o rigor da Compesa nos seus contratos é visto
como um diferencial que consegue separar “o joio do trigo” do mercado. “Quando a Compesa reconhece a empresa com esse certificado, está aplicando um filtro, mostrando ao mercado quem são as melhores empresas para senegociar, o que é muito bom para a gente”, reconheceu o executivo de infraestrutura da Tigre Tubos e Conexões, Edson Buonafina. “Ser reconhecida por uma empresa de saneamento do porte da Compesa traz benefícios diretospara o nosso negócio, pois seremos vistos com outros olhos quando oferecermos nossos produtos e serviços para outras companhias do ramo”,  opinou o representante da Mexichem Brasil Indústria de Transformação Plástica, Hugo Ferreira.

O modelo de compra de produtos e suprimentos da Compesa já recebeu a certificação ISO 9001 e tem servido de referência para outras companhias de saneamento do país. “Já fomos procurados pelas empresas de saneamento doCeará, Roraima, Rio Grande do Norte, Sergipe, Goiás e Brasília. Nosso modelo tem inspirado essas empresas, que enxergam nele padrões de qualidade antes só vistos no setor privado”, observou a gerente Kelly Magalhães.

Secretaria de Educação de Garanhuns lança edital com vagas para instrutores de banda marciais‏

Estão abertas, pela Secretaria de Educação e Esportes (SEDUCE), as inscrições para a seleção de instrutores para bandas marciais. O intuito da seleção é suprir o quadro temporário da secretaria para o exercício de 2016. O edital se destina à convocação de 10 vagas diretas, ressalvada a formação de cadastro de reservas.

Para participar da convocatória é necessário ter mais de 18 anos, além de comprovar experiência profissional através de carteira assinada, contratos de prestação de serviço e/ou notas ficais de prestação do serviço há pelo menos 12 meses.  As inscrições podem ser realizadas no período de 22 a 30 de junho na sede da Secretaria de Educação.

Os interessados deverão apresentar em envelopes individuais, fechados e externamente identificados, contendo obrigatoriamente:

1.   Curriculum Vitae;

2.   Xerox da Cédula de Identidade (RG), CPF, Título de Eleitor, Comprovante de Votação das últimas eleições ou Certidão de Quitação com a Justiça Eleitoral, comprovante de residência atualizado há no mínimo 90 (noventa) dias e número da conta corrente/conta poupança da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL de que seja titular;

3.   Xerox dos documentos que comprovem a experiência profissional de no mínimo 12 (doze) meses, por meio de carteira assinada e/ou contratos (fornecido em papel timbrado, assinado pela pessoa responsável e devidamente carimbado com endereço e CNPJ da Instituição/Empresa competente e idônea) e/ou notas fiscais da prestação do serviço;

4.   Carta de Recomendação emitida por Instituição/Empresa competente e idônea.

A seleção dos candidatos será feita mediante análise curricular, classificando por ordem decrescente, a partir do tempo de serviço comprovado. No caso de haver empate na classificação, será dada prioridade ao que comprovar experiência positiva de serviço prestado na Secretaria Municipal de Educação e Esportes e Cursos de formação em áreas específicas e/ou afins.

Serão desclassificados os candidatos que possuam vínculo empregatício com a Prefeitura Municipal de Garanhuns, ainda que membro de entidade prestadora de serviço.

O resultado desta seleção será divulgado através do endereço eletrônico www.garanhuns.gov.br e na Secretaria Municipal de Educação e Esportes, no dia 07/07/2016.

Vídeo mostra Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB, negociando freio em CPI da Petrobras

Vídeo em poder da força-tarefa da Operação Lava Jato, exibido pelo Jornal da Globo, mostra uma reunião em que o então presidente do PSDB, Sérgio Guerra, o hoje deputado Dudu da Fonte (PP-PE), um diretor da Petrobras e representantes de empreiteiras negociam o esvaziamento da CPI da Petrobras que funcionava naquele ano, em 2009, no Senado. Senador à época, Sérgio Guerra defende que a comissão conclua seus trabalhos com “uma discussão genérica” e diz ter “horror” a CPIs. Em contrapartida, recebe a promessa de “suporte”, o que é interpretado pelos investigadores como propina.

Leia a íntegra da transcrição da conversa

Clique aqui para ver o vídeo

Para os investigadores, ele e Dudu da Fonte, denunciado ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção, pediram R$ 10 milhões para que as apurações não avançassem sobre as suspeitas de superfaturamento nas obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. “Eu tenho horror a CPI. Nem a da Dinda eu assinei. É uma coisa deplorável. Fazer papel de polícia, parlamentar fazendo papel de polícia”, diz o então senador em um dos trechos da conversa.

Participam do encontro com Guerra e Dudu da Fonte o então diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o presidente da Queiroz Galvão, Idelfonso Colares Filho, Erton Medeiros, representante da Galvão Engenharia, e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no petrolão. Erton Medeiros, Baiano e Paulo Roberto já sofreram condenações na Lava Jato.

Com exceção de Guerra, todos são investigados na Lava Jato. O ex-presidente do PSDB morreu em 2014, aos 66 anos, em decorrência de pneumonia e câncer de pulmão. Quando morreu, o tucano era deputado federal.

“Vamos fazer uma discussão genérica, não vamos polarizar as coisas. […] Eu disse ao Aluísio lá, segura. […] Quando essa […] começou, eu disse: ‘não vai ter isso […], não vai. […] Você não segura’”, diz o então senador em um dos trechos da reunião, que a Procuradoria-Geral da República interpreta como promessa de apoio para evitar o aprofundamento das investigações da CPI.

“Queria fazer o combate sem ir atrás de pessoas”, diz o tucano em outro momento da conversa, ocorrida em uma sala comercial localizada no edifício Leblon Empresarial, na zona sul do Rio. As imagens, registradas pelo circuito interno de segurança da sala, foram entregues ao Ministério Público pelo empresário Marcos Duarte, proprietário do imóvel onde ocorreu o encontro e amigo de Fernando Baiano.

“Termos obtusos”

Segundo a PGR, os participantes da reunião utilizam “termos obtusos” para se referir a propina. Em sua delação premiada, Baiano afirma que o tema é tratado quando o presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares, fala em “suporte” a Sérgio Guerra e o senador responde que o assunto deveria ser tratado “entre vocês”. “Dando suporte aí ao senador, tá tranquilo”. “Conversa aí entre vocês”, diz Guerra.

De acordo com os procuradores, o encontro serviu para acertar o pagamento de R$ 10 milhões em propina ao tucano para que ele freasse as investigações da CPI da Petrobras no Senado.

Abreu e Lima

O principal receio, segundo os investigadores, era que a CPI se aprofundasse sobre o superfaturamento de R$ 58 milhões em um contrato da estatal com o consórcio Refinaria Abreu e Lima, formado pelas construtoras Norberto Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia, e responsável por parte das obras do complexo petrolífero.

O relatório final da CPI não apontou irregularidades no contrato. A Queiroz Galvão e a Galvão Engenharia sequer foram citadas no parecer final da CPI, assinalou Janot na denúncia. A comissão não propôs o indiciamento de ninguém. Um dos delatores da Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa relatou que o suborno foi pago a Sérgio Guerra pela construtora Queiroz Galvão, que integrava o consórcio investigado pela CPI.

Denunciado

Ex-líder do PP na Câmara, Dudu da Fonte foi denunciado por Janot ao Supremo Tribunal Federal. O deputado pernambucano é acusado de ter participado ativamente da negociação da propina. O procurador-geral da República pede sua condenação por corrupção passiva, a perda do mandato e o pagamento de R$ 10 milhões em danos morais.

Em nota, Dudu da Fonte disse que a denúncia “será respondida, no tempo e forma devidos, perante o Supremo Tribunal Federal. “Anota-se, todavia, desde logo, que os membros da CPI, que hipoteticamente, se teria desejado encerrar, ofereceram, no 25/11/2009, com a CPI em andamento, 18 representações a esse mesmo Mistério Público acusador, diretamente ao seu chefe solicitando à adoção das providências necessárias à apuração das notícias de crime identificadas no decorrer dos trabalhos da Comissão, em especial as pertinentes às obras da refinaria Abreu e Lima”, diz o comunicado à imprensa do deputado.

Já a direção nacional do PSDB afirmou que defende as investigações da Lava Jato e que o trabalho das instituições públicas brasileiras avance para os esclarecimentos necessários.

Ex-ministro Paulo Bernardo é preso

O ex-ministro Paulo Bernardo (PT) foi preso nesta quinta-feira (23), em Brasília, pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ele havia sido indiciado juntamente com a esposa em março em inquérito que apura suspeitas de desvio dinheiro da Petrobras para a campanha da petista ao Senado em 2010. Policiais também cumprem mandado de busca e apreensão na residência do casal em Curitiba.

A prisão do ex-deputado e ex-ministro das Comunicações e do Planejamento no governo Lula é desdobramento da 18ª fase da Lava Jato e foi batizada de Custo Brasil. São cumpridos, ao todo, 65 mandados judiciais em São Paulo, no Paraná, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e no Distrito Federal. Policiais federais também estão na sede do PT em São Paulo.

A operação apura o pagamento de propina de mais de R$ 100 milhões para diversos funcionários públicos e agentes políticos do Ministério do Planejamento, entre 2010 e 2015, com o intuito de permitir que uma empresa de tecnologia fosse contratada para a gestão de crédito consignado na folha de pagamento de servidores.

De acordo com os investigadores, a empresa repassou mais de 70% de seu faturamento líquido para outras mediante simulação de contratos e emissão de notas fiscais simuladas, com o único objetivo de manter o esquema em funcionamento.

Campanha de 2010

Este não é o único problema que Paulo Bernardo enfrenta na Justiça. Os investigadores entendem que há fortes indícios de que a campanha de Gleisi recebeu R$ 1 milhão em propina. Antonio Carlos Pieruccini, um dos novos delatores da Lava Jato, disse que transportou o dinheiro, em espécie, de São Paulo para Curitiba em quatro viagens e que entregou a quantia ao empresário Ernesto Kugler, apontado como pessoa próxima do casal. A PF identificou 25 ligações telefônicas entre Kugler e o então tesoureiro da campanha da petista.

A defesa do ex-ministro disse à TV Globo que desconhece as razões da prisão e que Paulo Bernardo sempre se colocou à disposição das autoridades.

Relatório da Polícia Federal, ao qual a TV Globo teve acesso, indica que o pedido de dinheiro para a campanha de Gleisi foi feito por Paulo Bernardo, quando era ministro do Planejamento de Lula, ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Para os investigadores, não há dúvida de que o petista sabia do esquema de corrupção na estatal.