Empresas que aderiram ao novo Refis devem R$ 1,18 bilhão

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

As empresas que aderiram ao Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), também conhecido como Novo Refis, devem R$ 1,18 bilhão em tributos correntes (que não entraram na renegociação), informou a Receita Federal. O Fisco já enviou o aviso aos devedores e fará a cobrança este mês. De acordo com a lei que criou o programa, todos os tributos vencidos a partir de maio do ano passado, inscritos ou não na Dívida Ativa da União, precisam ser pagos para que o contribuinte não seja excluído do parcelamento especial.

O Pert abrange dívidas vencidas até 30 de abril de 2017. Os contribuintes aderiram à renegociação com perdão parcial nas multas e nos juros. No entanto, a Lei 13.496, que instituiu o programa, estabeleceu a exigência de que todas as obrigações de contribuintes com a União após essa data estejam em dia. A inadimplência por três meses consecutivos ou seis meses alternados leva à exclusão do programa.

Cobrança

Cada contribuinte que aderiu ao Pert recebeu um endereço eletrônico administrado pela Receita Federal que servirá para o envio de avisos com prova de recebimento. Em dezembro, o Fisco mandou o primeiro lote de cobrança na caixa eletrônica de 405 empresas.

De acordo com a Receita, havia um montante de R$ 1,6 bilhão em aberto. Segundo o levantamento mais recente do órgão, do fim de dezembro, as empresas quitaram R$ 424 milhões, reduzindo para R$ 1,18 bilhão o valor dos tributos correntes devidos.

Neste mês, a Receita realizará a cobrança dos débitos vencidos após 30 de abril de 2017 dos demais optantes pelo Pert e dará prosseguimento à cobrança e à eventual exclusão dos contribuintes já cobrados. Como o prazo de adesão ao parcelamento acabou em 14 de novembro do ano passado, quem não cumpriu as obrigações tributárias por três meses seguidos pode perder direito à renegociação.

A Receita recomenda aos contribuintes que aderiram ao Pert acessar a página do órgão na internet para verificar o marco legal que introduziu o programa. A Lei 13.496, a portaria e a instrução normativa que regulamentaram o parcelamento estão disponíveis no campo Legislação, no site da Receita.

Suplente recebe até R$ 67 mil de ajuda de custo por uma semana de trabalho no Congresso

Congresso em Foco

A Câmara gastou em torno de R$ 3 milhões, desde o início da legislatura, em 2015, apenas com “ajuda de custos” para suplentes. A verba, equivalente ao salário integral de um congressista (R$ 33,7 mil), é concedida a deputados e senadores no início e no fim do mandato. Mas, entre os suplentes, há quem tenha recebido R$ 67 mil por somente uma semana de trabalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelas regras da Câmara, a verba deve ser “destinada a compensar as despesas com mudança e transporte” dos parlamentares, independentemente do tempo de duração do mandato. Pelas normas das duas Casas, um suplente só deve ser convocado se a previsão de afastamento do titular for superior a quatro meses.

Na Câmara, os gastos com ajuda de custo para 70 suplentes geraram despesa de R$ 2,2 milhões. Já no Senado foram R$ 944,4 mil com 19 mudanças, segundo o Estadão. No exercício do mandato, todos tiveram direito aos demais benefícios garantidos aos titulares, como auxílio-moradia, verba indenizatória, entre outros.

De acordo com a reportagem, em pelo menos dois casos os suplentes receberam a ajuda de custo mesmo ficando apenas uma semana no trabalho. Em maio de 2016, Wirlande da Luz (MDB-RR) recebeu R$ 67,5 mil após ficar no Senado seis dias na vaga de Romero Jucá (MDB-RR). Jucá havia se licenciado para assumir o Ministério do Planejamento. Mas, com a divulgação de gravações em que defende, entre outras coisas, a troca de governo para “estancar a sangria” da Lava Jato, durou somente uma semana no cargo e voltou para o Senado.

Gilberto Piselo (PDT-RO), suplente do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), recebeu R$ 33,7 mil por seis dias de mandato, além de R$ 10,1 mil como salário proporcional. Ele também recebe da cota parlamentar de Gurgacz de R$ 5 mil a R$ 6 mil há sete anos pela locação de uma sala comercial em Rondônia. O negócio já rendeu R$ 500 mil para Piselo desde 2010.

Piselo deixou o Senado após pedir licença, o que abriu vaga para o segundo suplente de Gurgacz, o pastor Sebastião Valadares (PDT-RO). O pastor recebeu duas ajudas de R$ 33,7 mil cada ao longo dos quatro meses em que exerceu o mandato. Os três não foram encontrados pelo Estadão.

Os suplentes ganham o benefício até quando assumem a vaga às vésperas ou durante o recesso, entre dezembro e fevereiro. No final do ano passado, três senadores pediram licença para tratar de interesses pessoais ou cuidar da saúde: Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), em novembro, e Edison Lobão (MDB-MA), em dezembro. Os pedidos precisam ser aprovados pelo plenário da Casa.

Defensores federais não recebem auxílio-moradia

A Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais – Anadef vem esclarecer: a Defensoria Pública da União (DPU) somente concede auxílio-moradia àqueles que preenchem os requisitos do artigo 60-B da Lei 8.112/1990. Atualmente, apenas dois servidores recebem os valores. São eles o defensor público-geral federal, chefe da instituição, e um assessor de sua equipe.

Apesar de a Lei Orçamentária Anual de 2017 ter autorizado R$ 489.444 para o pagamento de auxílio-moradia na DPU, só foram gastos, de fato, R$ 41.412, isto é, nem 10% do valor total. Em face disso, o valor previsto na LOA 2018 diminuiu em relação ao ano anterior, sendo de R$ 150 mil.

Destaca-se, ainda, que diferentemente do auxílio-moradia pago em outros órgãos autônomos, na DPU, o benefício é limitado a 25% do total de eventual gratificação recebida (Direção e Assessoramento Superior – DAS). Outra condição imposta pela Defensoria é que o beneficiário apresente o contrato de locação do imóvel para fazer jus ao pagamento.

Cabe ressaltar, por fim, que os valores efetivamente pagos pela DPU são muito menores do que os de órgãos de estrutura semelhante e estão de acordo com todas as leis, regramentos e princípios da administração pública.

Recife tem voos extras no Carnaval

voo

Folhape

Com a proximidade do período de carnaval e maior demanda de turistas para Pernambuco, as companhias aéreas anunciaram demanda extra para a temporada. O Estado vai receber um total de 150 operações adicionais realizadas pelas empresas Azul Linhas Aéreas, Avianca Brasil e a Gol Linhas Aéreas. O objetivo é manter uma malha completa para o período a fim de atender os clientes que querem ir para o foco da folia ou para os que preferem descansar.

A Azul irá disponibilizar 285 voos extras entre os dias 08 e 18 de fevereiro, com uma maior demanda de pousos e decolagens para a sexta-feira e para a quarta-feira de cinzas. A companhia vai oferecer 24 operações saindo e chegando do Aeroporto do Recife durante o carnaval, com destinos para Maceió, São Paulo, Aracajú, João Pessoa, Natal e Rio de Janeiro. Ao todo, serão 30 mil assentos a mais para 36 destinos manipulados pela empresa.

Já a companhia Gol vai operar no período do carnaval 72 voos, entre pousos e decolagens para Pernambuco, incluindo os aeroportos do Recife e de Fernando de Noronha. Ao total para o Estado, serão 12.500 assentos extras. Recife receberá voos de Guarulhos, Foz do Iguaçu, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Buenos Aires e Córdoba. Para Fernando de Noronha, será lançada uma operação partindo do Recife.

Os voos extras da Avianca para o período de carnaval estão inclusos na demanda da alta temporada. Das 200 operações adicionais, 54 serão para a capital pernambucana, com saída do Aeroporto de Guarulhos. As decolagens serão realizadas até o dia 19 de fevereiro.

Cármen Lúcia recebe presidente do TRF-4 para falar de julgamento de Lula

Folhapress

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, receberá às 10h desta segunda-feira (15) o presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, para conversar sobre questões de segurança durante o julgamento do recurso do ex-presidente Lula, marcado para o dia 24 em Porto Alegre.

Na semana passada, Thompson Flores relatou a Cármen Lúcia sua apreensão com ameaças que os magistrados do TRF-4 têm recebido, principalmente nas redes sociais. O tribunal é responsável por julgar os recursos dos condenados pela Operação Lava Jato em Curitiba.

Conforme a agenda da presidente do Supremo, o encontro nesta segunda será para tratar de “assuntos institucionais”. A reunião foi marcada a pedido de Thompson Flores. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que também é presidido por Cármen Lúcia, tem uma departamento exclusivo para cuidar da segurança de juízes e desembargadores.

O presidente do TRF-4 já se reuniu com parlamentares petistas na sexta (12) para relatar que está preocupado com possíveis conflitos durante o julgamento de Lula. Thompson Flores disse aos parlamentares que os juízes estão recebendo ameaças e que alguns deles tiraram suas famílias do Rio Grande do Sul. Ele citou o caso de uma pessoa de Mato Grosso do Sul que tem ameaçado atacar fisicamente o prédio do TRF-4.

“Não há nos movimentos sociais qualquer disposição para conflitos, não há orientação nesse sentido”, disse o deputado Marco Maia (PT-RS), que admitiu haver “radicalismo” de todos os lados. Por causa do clima de tensão, o TRF-4 decidiu alterar o horário de expediente e suspender os prazos processuais e as intimações nos dias 23 e 24 de janeiro, na véspera e no dia do julgamento.

O caso do tríplex
O ex-presidente Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro, em julho de 2017, a nove anos e meio de prisão. Ele recorreu da sentença. Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina da empreiteira OAS, em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras.

O valor, segundo a acusação, refere-se à suposta cessão pela OAS de um apartamento tríplex em Guarujá (SP) ao ex-presidente, às reformas feitas pela construtora no imóvel e ao transporte e armazenamento de seu acervo presidencial.

O petista nega ter cometido crimes. Caso o TRF-4 mantenha sua condenação, ele poderá ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

Anvisa, STF e Congresso podem mudar regulamentação do fumo no País

205431,475,80,0,0,475,365,0,0,0,0

Agência Brasil

A forma de exposição e comercialização de cigarros e outros produtos derivados do tabaco poderá ser regulamentada este ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A questão já passou por consulta pública e será analisada na primeira reunião da diretoria colegiada da agência, marcada para a próxima terça-feira (16), em Brasília.

Entidades que defendem as políticas de controle do tabagismo argumentam que a exposição nos locais de venda é usada pela indústria como propaganda, proibida atualmente no Brasil pela Lei Antifumo. A tendência é que haja restrição na forma como os comerciantes deixam os maços ou carteiras de cigarro e outros produtos fumígenos expostos em vitrines ou locais que atraiam os consumidores.

Cigarros com aditivos no STF

A discussão sobre outras medidas de controle do uso do tabaco também deve se destacar na agenda do Judiciário e do Legislativo em 2018. Logo após o recesso, em fevereiro, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve analisar a proibição dos aditivos de cigarro. O assunto foi colocado em pauta no ano passado pelo menos nove vezes, mas o julgamento foi adiado para o dia 1° de fevereiro.

“O Brasil foi um dos primeiros países que promulgaram uma legislação proibindo os aditivos no cigarro. A gente sabe que esses aditivos, como baunilha, chocolate, menta, são colocados nos produtos pra atrair crianças e adolescentes para iniciação [do fumo]. É um assunto bem importante pra saúde pública”, destacou a consultora no Brasil da União Internacional contra a Tuberculose e Doenças Pulmonares (The Union), Cristiane Vianna.

Aumento da tributação

Na Câmara dos Deputados, os ativistas pelo fim do tabagismo trabalham pela aprovação de projetos de lei que aumentam impostos sobre a produção de cigarros e outros produtos derivados do tabaco. Entre as propostas em análise pelos parlamentares, há medidas que visam criar tributos sobre o tabaco para estimular a redução do consumo do produto e direcionar os recursos arrecadados para ações de prevenção e tratamento de doenças causados pelo fumo.

Um dos projetos em debate (PLP 4/2015) estabelece a criação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a fabricação e importação do tabaco e seus derivados. A arrecadação da chamada Cide Tabaco deve ser destinada, segundo o projeto, ao financiamento do tratamento de doenças causadas pelo fumo em hospitais da rede pública. O valor destinado às vítimas seria calculado com base na alíquota de 2% sobre o lucro dos fabricantes ou importadores de tabaco.

Um dos objetivos é fazer com que o fumo se torne inviável economicamente para boa parte das pessoas, principalmente entre os adolescentes, fase na qual se inicia o consumo de cigarro em 90% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dois em cada dez estudantes do ensino fundamental já experimentaram cigarro, segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), de 2015.

Um quarto dos estudantes compra o cigarro em loja ou botequim e quase 40% dos jovens compram escondido ou pedem para alguém comprar. Mais da metade dos estudantes que participaram da pesquisa já presenciou pessoas que faziam uso do cigarro e quase 30% deles tem pais ou responsáveis fumantes.

Cigarro

“Tributação sobre tabaco é fundamental para reduzir o consumo em dois grupos populacionais que são os mais vulneráveis para o tabagismo: é evitar que os jovens comecem a fumar e reduzir o tabagismo entre pessoas de baixa renda, que são os mais expostos, os que mais fumam. A ideia não é penalizar essas pessoas, é tentar evitar que elas sofram, porque são as que mais adoecem, mais morrem por problemas relacionados ao tabagismo”, afirmou a pesquisadora e coordenadora do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Fiocruz. Valeska Carvalho Figueiredo.

Os projetos de lei ainda estão em fase de discussão nas comissões antes de serem avaliados em plenário. A tramitação das propostas tem sido permeada pelo embate entre representantes da indústria do tabaco e de organizações que defendem políticas de controle do tabagismo.

“A cadeia produtiva do tabaco brasileira é mais tributada do mundo. Ao aumentar o preço do cigarro brasileiro, que já um dos mais caros do mundo na relação de renda da população, significa jogar ainda mais pessoas para o consumo do cigarro contrabandeado do Paraguai, que é extremamente barato, não tem vigilância sanitária e causa prejuízo gravíssimo à economia brasileira e também à saúde. Pesquisas mostram que há produtos misturados nos cigarros que vêm do Paraguai, como chumbo, insetos e outras coisas que são extremamente prejudiciais à saúde”, afirmou o consultor executivo da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), Dalvi Soares de Freitas.

Saúde

O aumento dos impostos e do preço do cigarro é apresentado pela Convenção Quadro para Controle do Tabaco, compromisso assumido pelo Brasil e mais 191 países, como uma das políticas efetivas de redução do fumo. A medida também é defendida pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).

A OMS considera o tabagismo uma doença crônica e um fator de risco para diversas enfermidades. Segundo a organização, a dependência à nicotina é responsável por cerca de 5 milhões de mortes em todo o mundo.

No Brasil, de acordo com o Inca, cerca de 156 mil pessoas morrem por ano por causas relacionadas ao tabaco, o que equivale a 428 mortes por dia. A maioria das mortes ocorre por problemas cardíacos, pulmonares, cânceres, tabagismo passivo, pneumonia e acidente vascular cerebral (AVC).

Pesquisadores projetam que se o Brasil aumentasse o preço do cigarro em 50%, seriam evitadas mais de meio milhão de internações e aproximadamente 200 mil mortes por ano, segundo estudo da Faculdade de Medicina de Buenos Aires em parceria com o Inca, a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Custos

Do outro lado do debate sobre o controle do tabaco, estão os produtores e a indústria. Com a segunda maior produção de tabaco do mundo, o Brasil se tornou o maior exportador mundial do produto. Segundo o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), só na Região Sul do país, onde está concentrada a produção nacional, a safra de 2016 teve 539 mil toneladas de tabaco.

Espalhada em 600 municípios do Sul, a atividade agrícola do tabaco envolve 144 mil produtores rurais e tem receita de mais de R$ 5 bilhões, além de R$ 2 bilhões em divisas com exportação. De acordo com as entidades do setor, apenas 20% da produção é destinada para o consumo interno.

Para aumentar o potencial de exportação, os produtores de tabaco esperam que o Congresso Nacional aprove mudanças na lei que exige que os maços de cigarros destinados à exportação não podem ter menos de 20 unidades. O setor também argumenta que as propostas de aumento da tributação seguem na contramão da tendência de simplificação tributária, em análise na Câmara, e que prevê a inclusão dos impostos do cigarro no grupo do chamado Imposto Seletivo (IS).

De acordo com dados do Sinditabaco, os impostos correspondem de 77 a 88% do preço do cigarro no Brasil e a indústria do tabaco paga mais de R$ 13 bilhões por ano em tributos por ano.

No entanto, as entidades favoráveis ao aumento do preço do cigarro ressaltam que o valor atual arrecadado pela indústria do tabaco não é suficiente para cobrir os custos dos problemas decorrentes do uso do produto. O valor médico para tratar as doenças causadas pelo fumo chega a quase R$ 40 bilhões por ano, segundo estudo da Faculdade de Medicina de Buenos Aires em parceria com o Inca, a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e outras instituições de pesquisa do Brasil. O montante equivale a 8% de todo o gasto com saúde no país.

Outros R$ 17,5 bilhões são gastos de forma indireta com morte prematura e incapacidade por enfermidades relacionadas ao fumo. As perdas com o vício no tabaco somam quase R$ 58 bilhões, o que corresponde a 1% de todo o produto interno bruto (PIB, soma das riquezas do país) do Brasil, segundo o mesmo estudo.

“O cigarro do Brasil é um dos mais baratos do mundo. A gente quer que o preço aumente e que a carga tributária possa ser revertida para investimento na cura dessas doenças”, disse Valeska, pequisadora da Fiocruz. De acordo com a Receita Federal, o custo médio do maço de cigarro no país varia de R$ 5 a R$ 12, dependendo da marca e da região onde é comercializado.

Contrabando

Para economistas e representantes dos produtores de tabaco, o aumento do preço do cigarro não necessariamente vai reduzir o consumo, uma vez que pode estimular o aumento do contrabando, que envolve todo o processo de produção, distribuição, posse, recepção, venda, compra ou qualquer prática que facilite a atividade ilegal.

“São bilhões que o governo deixa de arrecadar anualmente que poderiam ser usados na saúde. Então, não é justo que se aumente um imposto sobre um produto legal com a justificativa de que todo o câncer causado no Brasil é culpa do cigarro, ainda mais que 40% do cigarro consumido no Brasil não é legal, é contrabandeado do Paraguai”, afirmou Freitas, da Amprotabaco.

No fim do ano passado, o plenário do Senado aprovou o acordo internacional que confirma a adesão do Brasil ao Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos de Tabaco. O protocolo prevê que os países se comprometam a adotar medidas de eliminação da rede de tráfico de cigarros e outros produtos derivados do tabaco e estabelece que nações cooperem entre si no combate ao contrabando de cigarros, por meio de compartilhamento de informações e extradição de criminosos.

Além do contrabando, outra queixa dos produtores é a falta de incentivos financeiros do governo federal para que os municípios que vivem do tabaco plantem outras culturas.

“A implementação do tratado [de controle do tabaco] traz em si a redução da demanda em nível global. O Brasil é um grande exportador de tabaco, então, a gente precisa preparar as famílias fumicultoras para encontrar alternativas economicamente viáveis e mais saudáveis para a vida delas”, sugeriu Cristiane Vianna, consultora da The Union.

“Todos os municípios produtores de tabaco tem programas voltados à diversificação da lavoura, no sentido de ter outras alternativas econômicas. Agora, não se faz uma nova matriz econômica no município sem recursos. E a gente não vê dinheiro sendo colocado pra isso. Sem incentivos financeiros não haverá diversificação de fato. Enquanto houver demanda por tabaco no mundo, nós continuaremos produzindo tabaco. Não há nenhuma outra cultura na agricultura familiar que dê a mesma remuneração da que o tabaco dá”, comparou Dalvi Soares, ex-prefeito de Dom Feliciano, um dos municípios do Rio Grande do Sul que tem economia baseada na produção de fumo.

Odontopediatra adverte sobre o aumento do consumo de doces nas férias e risco de cáries

WESLA SIQUEIRA

Época própria onde as guloseimas e tudo que é gostoso é dado com mais generosidade à criançada, as férias escolares são sinônimo de diversão, descanso e de muito doce. É preciso ficar atento, pois o período pode acarretar futuras dores de cabeça para os pais e sofrimento às crianças.

Com maior tempo livre em casa, as crianças e adolescentes costumam consumir mais industrializados. Lanches que podem, não só, oferecer riscos à saúde como a obesidade, por exemplo, mas também o aparecimento da indesejada cárie.

Biscoitos, brigadeiro, sorvetes, bebidas lácteas, sucos de caixa, balas e outros doces aumentam o nível de sacarose no organismo. O crescimento do açúcar na dieta, aliado aos maus hábitos de higiene, oferece um ambiente mais propenso ao aparecimento de doenças como a cárie dentária, como explica a odontopediatra, Wesla Siqueira.

“Com o aumento do açúcar na dieta, a cárie pode aparecer e ser agravada, piorando a condição do dente afetado, causando dor e desconforto a criança, exigindo um tratamento mais invasivo”, diz wesla.

Mesmo afetando um dente de leite, a cárie pode acabar resultando em extração precoce. Dependendo do nível da cárie, outros tratamentos são realizados, mas é importante que, além da escovação diariamente e do uso do fio dental, a criançada faça uma visita de rotina ao odontopediatra para tratar e prevenir doenças.

Ainda de acordo com a odontopediatra Wesla Siqueira, os pais podem diminuir a probabilidade da doença atingir o dente da criança.

“Os pais devem evitar a oferta de doces em excesso, dando preferência a alimentos mais saudáveis, como frutas. Na época de férias, é frequente as crianças dormirem mais tarde que o habitual, e sem escovar os dentes. Por isso, os adultos precisam acompanhar a rotina dos pequenos e impedir que isto aconteça”, explica.

Em relação ao período entre as consultas, é necessário que as crianças visitem o dentista a cada seis meses, onde o flúor é aplicado.

Wesla Siqueira é formada em odontologia pela Asces-Unita e possui pós-graduação em odontopediatria pela COESP-UNICSUL.

Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica será emitida via Certificação Digital

A nova legislação da Sefaz (Secretaria da Fazenda) determina que a emissão da Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e) seja via Certificação Digital. Com isso, a nova medida será obrigatória para empresas do comércio varejista, que deverão substituir a impressão de documentos fiscais, como o cupom e a nota fiscal, ao consumidor. Para aderir ao novo modelo de nota fiscal, o contribuinte deve acessar o site do órgão, usando o CNPJ e senha cadastrados para acesso à Agência Virtual e preencher o formulário de credenciamento em produção. O novo modelo já será obrigatório a partir de 1° de janeiro em seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul.

Benefício da Certificação Digital para emissão de NFC-e

A Certificação Digital é um tipo de tecnologia criptografada que funciona como uma assinatura online. Através dela é possível confirmar se dados fornecidos sobre o estabelecimento na nota fiscal são válidos. A tecnologia também possui validade jurídica, ou seja, equivale a nota impressa ou a feita de próprio punho, o que garante a confiabilidade e proteção de documentos eletrônicos tanto para o comerciante quanto para o consumidor.

Obrigatoriedade sem burocracia

“Com essa nova medida, haverá redução de custos ao contribuinte com a instalação e manutenção de impressoras e softwares, além de desburocratizar e simplificar a utilização do sistema, com repasse automático à Sefaz dos dados das vendas. Isso facilita tanto a vida do comerciante, quanto a do consumidor que, ao efetuar uma compra, vai poder escolher como quer receber sua nota fiscal, que poderá ser enviada para um endereço de e-mail indicado, ou por meio de mensagem de SMS”, esclarece Lucas Vieira, Gerente de Produtos da Soluti, segunda maior Autoridade Certificadora do país, e empresa especializada nesse segmento de certificação digital.

A NFC-e também terá um QR Code registrado no cupom com uma chave de acesso. Esse código servirá para consulta da validade do Danfe/NFC-e recebido. Assim, será possível fazer a leitura do código via aplicativo de celular de sua preferência.

Para facilitar a emissão de Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica, a Soluti desenvolveu uma solução chamada S.PoS, na qual permite emitir a NFC-e diretamente da maquininha de cartão, sem necessidade de possuir computador e impressora. “Para isto, o sistema de PoS deve realizar uma integração com o sistema da Soluti para possibilitar a emissão do Certificado Digital diretamente na maquininha. Além disso, o consumidor poderá acessar o site da Sefaz e ter acesso ao documento com a descrição completa da sua compra, o que elimina a necessidade de impressão e preservação do cupom físico”, ressalta Vieira.

Sobre a Soluti

A Soluti é uma empresa especializada em oferecer soluções de segurança e certificação digital integradas às empresas de todos os portes e setores, pessoas físicas e profissionais liberais, com atuação em todo o território nacional. Toda a sua linha de produtos utiliza tecnologia criptográfica para a proteção de transações eletrônicas, dados em repouso e identidades digitais.

Presente em 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, com uma rede de atendimento composta de mais de 2400 parceiros, desenvolveu um modelo operacional totalmente aderente às normas da ICP-Brasil, proporcionando agilidade para parceiros e clientes. Ao longo dos últimos anos, tendo em vista a ampliação de sua rede de atuação, tem investido na aquisição de empresas e estabelecimento de parcerias estratégicas com companhias que são referência mundiais em segurança da informação.

Confira os ganhadores do Caruaru da Sorte

Sorteio Realizado 14/01/2018

1º PREMIO CINCO MIL REAIS (R$ 5.000,00)
GANHADOR: SEVERINO TEIXEIRA
CERTIFICADO: 337.435
ENDEREÇO: RUA PROFESSORA Mª AUXILIADORA TEIXEIRA LINS Nº54
CIDADE: RIACHÃO – CARUARU
VENDEDOR: DOCE MEL – DIST. JANE E NECO
BOLAS: 10 01 33 21 48 29 43 07 41 09 58 55 34 17 39 23 45 56 60 03 40 36 13 05 49 24 46 52 12 08 53 15 04 28 20 06 38.
2º PREMIO CINCO MIL REAIS (R$ 5.000,00)
GANHADOR: VANDEILDO LUÍZ DA SILVA
CERTIFICADO: 317.749
ENDEREÇO: SÍTIO BOM JESUS
CIDADE: ZONA RURAL – LAJEDO
VENDEDOR: ZÉ IZÍDIO
BOLAS: 30 21 02 50 10 26 08 52 03 04 57 05 58 29 59 55 33 31 43 45 11 56 17 32 22 28 16 09 25 47 27 54 41 36 19 46 40.
3º PREMIO CINCO MIL REAIS (R$ 5.000,00)
GANHADOR: JOSÉ EDNALDO OLIVEIRA
CERTIFICADO: 321.518
ENDEREÇO: RUA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS Nº92
CIDADE: IRMÃ JULIA – BEZERROS
VENDEDOR: ANYELLE MARIA
BOLAS 41 43 18 38 50 54 11 15 03 30 39 53 36 12 46 27 17 40 09 01 45 23 26 47 48 49 20 24 42 33 22 56 31 59 60 05.
4º PREMIO SESSENTA MIL REAIS (R$ 60.000,00)
GANHADOR: JOSÉ ADELMO PIMENTEL FILHO
CERTIFICADO: 340.467
ENDEREÇO: SÍTIO POCINHO
CIDADE: ZONA RURAL – BELO JARDIM
VENDEDOR: NÃO PREENCHEU CORRETAMENTE
BOLAS: 39 16 11 37 35 26 34 54 19 60 01 22 18 17 36 04 29 15 27 45 44 50 49 07 10 56 06 33 55 51 58 14 09 12 47.

Modalidade Giro da Sorte
R$ 1.000,00 (Um Mil Reais)

1º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 317.101
GANHADOR: CICERO
LEANDRO DOS SANTOS
ENDEREÇO: SÍTIO RIACHO DA
PEDRA
ZONA RURAL – JUREMA

2º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 21.460
GANHADOR: JOÃO BOSCO
DA SILVA
ENDEREÇO: RUA
FLORIANO PEIXOTO Nº39
NOVO HORIZONTE –
CUPIRA

3º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 51.276
GANHADOR: ALDENIO
CORDEIRO DA SILVA
ENDEREÇO: SÍTIO
BANDEIRA
ZONA RURAL – RIACHO
DAS ALMAS

4º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 92.447
GANHADOR: JOSÉ
BENEDITO ALVES
ENDEREÇO: RUA PEDRO
FIRMINO DE MELO Nº79
CENTRO –
CACHOEIRINHA

5º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 32.156
GANHADOR: JOSÉ
EUGENIO FILHO
ENDEREÇO: SÍTIO POEIRA
ZONA RURAL – SÃO
CAETANO

6º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 337.939
GANHADOR: JOSÉ ANTÔNIO
ENDEREÇO: RUA SÃO
CAETANO Nº154
CENTENARIO – CARUARU

7º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 259.582
GANHADOR: SANDRA
MARIA DA SILVA
ENDEREÇO: LOT. JOSÉ
ABÍLIO 1ª TRAV. DA
GRANJA Nº122
CENTRO – CAMOCIM DE
SÃO FÉLIX

8º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 90.662
GANHADOR: AELSON
PEREIRA DA SILVA
ENDEREÇO: RUA
APOLINÁRIO FELIPE
SANTIAGO Nº52
SÃO PEDRO – BELO
JARDIM

9º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 83.764
GANHADOR: PEDRO
HONÓRIO DOS SANTOS
ENDEREÇO: RUA BELO
HORIZONTE Nº29
RIACHÃO – CARUARU

10ºRODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 313.512
GANHADOR: POSSIDONE
FERREIRA
ENDEREÇO: RUA 27 Nº45
RENDEIRAS – CARUARU

Samu Agreste passa por atualização em atendimento ao politraumatizado

Os acidentes de carro e moto envolvendo politraumatismos são os que mais solicitam o atendimento do Samu Agreste em Caruaru e cidades atendidas pela base do município. Com o objetivo de aperfeiçoar a prática dos profissionais a atuar no ambiente pré-hospitalar diminuindo a morbimortalidade e buscando encaminhar os pacientes ao hospital com uma estabilidade maior foi realizado, nesta quinta (11) e sexta-feiras (12), uma atualização em atendimento inicial ao Politraumatizado com as bases descentralizadas do SAMU Agreste.

O treinamento foi ministrado pela médica do SAMU, Dra Adlay Menezes e contou com a participação de 150 pessoas ligadas ao SAMU e a Rede de Atenção às Urgências (RAU) de Caruaru e dos municípios da Macrorregião que estão sob a Regulação médica do município.

“Este treinamento dá continuidade as ações de Educação Permanente da Secretaria de Saúde de Caruaru, pois atualizando o conhecimento dos nossos profissionais, a possibilidade dele executar um trabalho com sucesso é muito maior”, explicou o Coordenador do SAMU, Tiago Acioli.