Autódromo de Caruaru sedia 12ª Gran Prix de Ciclismo

GRAN PRIX CICLISMO - MAMOLA

Neste domingo (12), o Autódromo Internacional Ayrton Senna, de Caruaru, será a casa do ciclista com a 12ª edição do Gran Prix de Ciclismo. O evento contará com a participação de mais de 400 ciclistas de sete estados brasileiros, e também atletas da Itália que estarão disputando em 20 Categorias. Serão R$ 6 mil em prêmios.

A organização do Gran Prix formatou o evento com o intuito de massificar o modalidade e divulgar Caruaru como potencial do esporte no Brasil, já que o ciclismo é largamente praticado na Capital do Agreste. A Associação Caruaruense de Ciclismo, na pessoa de Josué Oliveira, mais conhecido como ‘Mamola Cycle’, é quem está à frente da realização. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos da Prefeitura de Caruaru está apoiando a ação, através da Gerencia de Esportes e Lazer e da Fundação de Cultura e Turismo.

Base Nacional Comum Curricular entra na reta final com aperfeiçoamento da terceira versão

Representantes do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação (CNE) se reuniram na manhã desta quinta-feira, 9, para tratar do andamento dos trabalhos da etapa de educação infantil e ensino fundamental da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Também foram discutidas as propostas de aperfeiçoamento na terceira versão do documento.

“A Base tem sido uma prioridade e temos dezenas de especialistas trabalhando ao mesmo tempo. O documento do ensino fundamental nos toma uma atenção especial neste momento e estamos tendo reuniões diárias com o CNE e com os diversos atores para tratar dela. Estão sendo feitos ajustes, aperfeiçoamentos e melhorias”, comentou o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, durante entrevista coletiva.

O secretário informou que durante todo o mês de novembro haverá conversas com CNE, para avaliar as colaborações oriundas das audiências públicas. “Estamos sistematizando todas as contribuições que foram dadas, localizando quem são os atores e identificando se é algo que tem a ver com a educação básica. Temos modificações, mas não é uma nova versão; não será grande o suficiente para dizer que mexemos substancialmente na estrutura. São aperfeiçoamentos, pois é o documento mais complexo e importante da educação em décadas.”

Entre as propostas consideradas, destacam-se a incorporação das tecnologias nas diversas partes da BNCC e as sugestões do grupo de trabalho étnico-racial do CNE. Outro ponto em destaque é a explicitação dos critérios de organização e progressão no componente língua portuguesa, incluindo a sistematização da alfabetização nos dois primeiros anos do ensino fundamental. A proposta de aperfeiçoamento inclui, ainda, o componente ensino religioso na BNCC.

A Base é resultado do diálogo constante entre o MEC e o CNE para aprimoramento e ajustes do documento, considerando contribuições recebidas durante as audiências públicas realizadas pelo CNE em todas as regiões do país. “Temos estabelecido um diálogo com o MEC de pontos ouvidos nas audiências públicas, para que o MEC possa fazer sua avaliação. Nessas audiências, vários tópicos foram apresentados e eles têm sido trabalhados a partir de comissões do Conselho. Então, estamos muito alinhados e trabalhando em conjunto”, destacou o presidente do CNE, Eduardo Deschamps.

A construção da BNCC segue rigorosamente o cronograma estabelecido e pactuado desde o início. Prevista na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014, a BNCC foi elaborada pelo MEC, em articulação e colaboração com os estados, o Distrito Federal e os municípios, e encaminhada ao CNE, que realizou cinco audiências públicas em diferentes regiões do país. “O cronograma está em dia e o que foi planejado está sendo cumprido. Temos um mês de trabalho ainda, mas o Conselho está em dia e o ministério vai dar todo apoio para que se conclua no prazo”, complementou Rossieli Soares.

O resultado dessas audiências, em forma de contribuições de diversos segmentos da sociedade, serve de subsídio para que o CNE elabore parecer e projeto de resolução da BNCC, que, uma vez homologada pelo ministro da Educação, se transforma em norma nacional. O CNE, entre as atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao ministro da Educação, é responsável pela apreciação da proposta da Base e por emitir parecer e resolução para sua implantação.

O objetivo é a elaboração de um documento normativo que reflita necessidades, interesses, diferenças e pluralidade do panorama educacional brasileiro e os desafios a serem enfrentados para a construção de uma educação de qualidade como direito de todos. O MEC mantém interlocução permanente e produtiva com o CNE e confia na conclusão da tramitação do documento para que a BNCC seja homologada neste ano.

Aécio reassume PSDB para “garantir isonomia” entre Tasso e Marconi

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Um dos principais investigados na operação Lava Jato, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) divulgou nota nesta quinta-feira (9) para comunicar que está reassumindo o comando do partido a fim de garantir isonomia de condições entre os dois postulantes à presidência da legenda, o governador de Goiás Marconi Perillo e o senador Tasso Jereissati (CE), que foi presidente interino do PSDB por quase seis meses. Ao reassumir, Aécio transmitiu a direção provisória da legenda para o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, um dos vice-presidentes tucanos.

A decisão de Aécio vem exatamente um mês antes da convenção nacional do PSDB que decidirá o novo presidente do partido, marcada para o dia 9 de dezembro. O comunicado divulgado pelo mineiro justifica a decisão para “garantir a desejável isonomia entre os postulantes” ao posto de comandante do PSDB, que atravessa frequentes turbulências desde o afastamento de Aécio do comando tucano. Desde então o PSDB rachou entre “cabeças pretas” e “cabeças brancas”, as alas pró-desembarque do governo de Michel Temer (PMDB) e contra deixar o barco governista, respectivamente.

O senador cearense tinha assumido o comando da sigla após Aécio se afastar do posto, em maio deste ano, após a divulgação de áudios que integravam o acordo de delação dos donos da JBS. Aécio foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista. Agora, quase seis meses depois -período em que chegou a ser afastado do cargo de senador e foi obrigado a ficar em casa durante a noite por determinação do STF, mas conseguiu que seus colegas de senado revertessem a decisão 20 dias depois – o mineiro reassume o cargo.

“Estou reassumindo a presidência do partido e, ato contínuo, indicando nosso mais antigo vice-presidente, o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, para conduzir com imparcialidade a eleição que se dará na convenção nacional marcada para o próximo dia 9 de dezembro”, diz o comunicado.

A candidatura de Tasso à presidência do PSDB foi oficialmente lançada ontem (terça, 8). Apesar de defender uma candidatura única, o parlamentar disputará a liderança da legenda com o governador de Goiás, Marconi Perillo, que já havia oficializado a candidatura para liderar o partido tucano, em contraponto a Tasso.

Em Brasília, prefeito de Belo Jardim discute gestão e busca recursos para a saúde

Hélio Brasília 1

O prefeito Hélio dos Terrenos, o secretário de Governo e Articulação, Cecílio Galvão, e o secretário de Gestão, Edilson Fruhalf, participaram de uma reunião, nesta quinta-feira (9), em Brasília, no gabinete do senador Armando Monteiro. O encontro contou com a presença de dois representantes do Movimento Brasil Competitivo e discutiu formas de melhorar a gestão, com eficiência nos gastos e monitoramento.

Durante a reunião, o senador anunciou a destinação de R$ 900 mil, por meio de emendas, para a saúde de Belo Jardim. Os recursos irão melhorar a prestação de serviços de saúde no município. “Estamos buscando formas de melhorar a arrecadação, diminuir os gatos e otimizar os nossos investimentos em saúde e educação. A reunião foi bastante proveitosa”, explica o secretário de Gestão.

Senado permite aplicação de fundos constitucionais na recuperação de rios

Congresso em Foco

O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (9) projeto do senador José Pimentel (PT-CE) que permite a destinação de recursos dos fundos constitucionais de financiamento a projetos de revitalização dos rios nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O texto segue para a Câmara dos Deputados.

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 369/2017 permitirá financiar ações de recuperação da cobertura vegetal em bacias hidrográficas vulneráveis, como a do Rio São Francisco.

– Pouco adianta chover se a chuva não se converte em água passível de utilização. No caso do Rio São Francisco, a recuperação das matas ciliares é fundamental para reverter o processo de degradação, que já se encontra bastante avançado – explicou o relator do projeto, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Pimentel agradeceu ao presidente da Casa, Eunício Oliveira, pela celeridade na tramitação do projeto:

– Com este projeto, estamos permitindo que os fundos constitucionais possam viabilizar a recuperação das nascentes e dos olhos d’água, que a sociedade civil possa desenvolver projetos produtivos e ao mesmo tempo de preservação ambiental. É uma forma de nós, do Ceará, que vamos receber água do Rio São Francisco, colaborarmos.

Vários senadores louvaram no Plenário a iniciativa do senador cearense, entre eles, Armando Monteiro (PTB-PE), Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) e Waldemir Moka (PMDB-MS). Roberto Rocha (PSDB-MA) lembrou que “quando falta água, falta energia e não há civilização”. Paulo Rocha (PT-PA) e Romero Jucá (PMDB-RR) ressaltaram que o projeto permite combinar preservação com incentivo à produção. Cidinho Santos (PR-MT) afirmou que seu estado será diretamente beneficiado pelo projeto. Elmano Férrer (PMDB-PI) disse recear que os recursos dos fundos constitucionais não sejam suficientes nos casos dos rios Parnaíba e São Francisco.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) e o senador Magno Malta (PR-ES) aproveitaram para criticar os manifestantes que destruíram maquinário de uma fazenda em Correntina (BA), na semana passada, em um protesto pelo uso intensivo das águas do Rio Arrojado para irrigação, em detrimento do abastecimento humano.

O projeto aprovado altera a Lei 7.827/1989, que institui os Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO).

Fórum Mundial da Água

Cristovam Buarque (PPS-DF) lembrou que o projeto de Pimentel é oportuno, pois em março Brasília vai sediar o 8º Fórum Mundial da Água:

– Este talvez seja o mais grave problema que o Brasil vai viver daqui para a frente: a escassez de água. O Brasil é um país aquacida. Assassina suas águas. Estou propondo a criação de uma Frente de Defesa das Águas, com senadores e deputados.

Fatura do cartão de crédito aumentou em setembro para 41% de seus usuários, aponta indicador do SPC Brasil e CNDL

Quatro em cada dez (41%) usuários de cartão de crédito aumentaram o valor da fatura no último mês de setembro. Os dados são do Indicador de Uso do Crédito calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Para 36%, o valor se manteve estável frente aos meses anteriores, enquanto somente 16% notaram uma diminuição no total a ser pago na fatura. Considerando os entrevistados que se lembram do valor do último mês, a média da cobrança foi de R$1.008. Os itens de primeira necessidade como alimentos em supermercados (64%) e remédios (55%) foram os mais adquiridos por meio do cartão de crédito. Produtos como roupas (38%), idas a bares e restaurantes (36%) e combustível (29%) ocupam as demais posições do ranking de gastos feitos com o chamado ‘dinheiro de plástico’ no último mês de setembro.

De acordo com o levantamento, seis em cada dez (63%) consumidores brasileiros não utilizaram nenhuma modalidade de crédito no mês de setembro, como empréstimos, linhas de financiamento, crediários e cartões de crédito. O restante (37%), porém, mencionou ao menos uma modalidade a qual tenham recorrido no período. Os cartões de crédito (30%) e os cartões de loja e crediário (12%) foram as modalidades mais usadas no último mês. O cheque especial foi citado por 6% da amostra. Há ainda, 3% de consumidores que recorreram à empréstimos e 3% que buscaram financiamentos.

Em setembro, o Indicador de Uso do Crédito, que mensura a quantidade de consumidores que recorrem ás compras a prazo e à contratação de empréstimos e financiamentos, marcou 23,9 pontos, resultado abaixo da média observada em meses anteriores, que é de 27,2 pontos. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior o número de usuários e de frequência do uso das modalidades.

De acordo com o levantamento, quase a metade (45%) dos brasileiros consultados considera que atualmente está difícil conseguir empréstimo ou financiamento no mercado. Apenas 13% consideram a contratação fácil.

Ao tentar fazer uma compra parcelada em estabelecimentos comerciais, 22% dos consumidores tiveram o crédito negado, sendo que 9% estavam com o CPF negativado e 2% não tinham renda suficiente para adquirir o bem pretendido. A sondagem mostra ainda que, considerando os consumidores que possuem empréstimos e financiamentos atualmente, 29% admitem ter havido atrasos ao longo do contrato e 23% disseram estar, no momento, com parcelas pendentes de pagamento, o que totaliza 52% de consumidores com dificuldades para honrar esse tipo de compromissos.

“O cenário de recessão intensificou o cuidado das instituições financeiras no momento de conceder crédito, dificultando seu acesso pelo consumidor. Com desemprego elevado, muitos nem conseguem comprovar renda. Com a retomada gradual da economia, a expectativa é de que esse quadro comece a se reverter aos poucos”, analisa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, alguns cuidados devem ser observados na hora de contratar um empréstimo ou financiamento. “Se o empréstimo não visa a cobrir uma necessidade emergencial, pode ser o caso de esperar mais um pouco para tomá-lo. Convém analisar a real necessidade de assumir um compromisso que, muitas vezes, só acaba depois de anos”, explica Pellizzaro Junior.

Segundo apurou o indicador, seis em cada dez (57%) consumidores manifestaram a intenção de reduzir seus gastos neste mês de novembro, enquanto 33% planejam mantê-los no mesmo patamar. Os que vão aumentar os gastos representam apenas 5% da amostra. Entre quem vai desembolsar menos nas compras, 25% menciona os altos preços, 16% culpa o desemprego e 10% justificam a queda na renda mensal. Além desses, 11% citam o endividamento e 9% a intenção de começar a fazer uma reserva financeira, tendo de diminuir gastos para cumprir esse objetivo. O fato de estarem sempre economizando como hábito foi citado por 21% dos consumidores entrevistados.

Excluindo os itens de supermercado, os produtos que os consumidores planejam adquirir ao longo deste mês de novembro são em sua maioria remédios (17%), roupas, calçados e acessórios (16%), recarga para celular pré-pago (14%), perfumes e cosméticos (11%), eletrodomésticos (8%), materiais de construção (7%) e idas a salão de beleza (6%).

De acordo com o levantamento, apenas 13% dos consumidores brasileiros estão com as contas no azul – ou seja, com sobra de recursos para consumir ou fazer investimentos. A maior parte (43%) admite estar no zero a zero, sem sobra e nem falta de dinheiro, enquanto 38% encontram-se no vermelho e não conseguem pagar todas as contas. Para os especialistas do SPC Brasil, esses números mostram o impacto da crise e, em muitos casos, da negligência com as próprias finanças, nos orçamentos familiares.

Metodologia

A pesquisa foi realizada em abril e abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

Expo Natalina começa nesta quinta (9), no Caruaru Shopping

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Com a proximidade das festas de fim de ano, preparar a casa para o período não é um serviço lá dos mais fáceis. Além do mais, outra tarefa traz preocupação para muita gente é a ceia natalina. Para ajudar a resolver esses problemas, mostrando inspirações e soluções, o Caruaru Shopping apresenta de hoje, quinta-feira (9), até o próximo domingo (12), a primeira Expo Natalina.

O evento, que tem a coordenação da promoter Cleide Santos, contará com cerca de 30 expositores que vão explorar todos os detalhes que a época natalina exige, indo desde a decoração dos vários ambientes da casa, passando pela montagem da mesa para a ceia natalina, escolha do cardápio, até a contratação de chefes especializados no preparo dos alimentos consumidos na véspera de natal.

Como se ainda tudo isso não fosse suficiente, também está programado um curso de montagem de mesa para que a noite de natal seja mesmo perfeita e rica em detalhes, ideal para agradar a todos os membros da família e convidados. “Essa será uma excelente oportunidade para as pessoas montarem a sua ceia de natal em grande estilo, desde a decoração a hora de servir”, enfatiza Cleide.

O evento também contará com a presença do Papai Noel e apresentações musicais especiais. Pelo que já deu para perceber, muitas novidades e inspirações farão parte da Expo Natalina. Tudo estará montado, aberto a visitação de todos, no lounge próximo ao cinema. Para marcar a abertura oficial, um coquetel será servido para convidados e para o público que for prestigiar o evento.

Vale lembrar que a Expo Natalina funcionará de acordo com o horário do Caruaru Shopping: de quinta (9) a sábado (11), das 10h às 22h e domingo (12), das 11h às 21h.

Governo lança programa para concluir mais de 7,4 mil obras paralisadas

Yara Aquino e Marcelo Brandão – Repórteres da Agência Brasil
O governo lançou hoje (9) o Programa Avançar, com o objetivo de finalizar 7.439 obras que estão paralisadas. O investimento previsto é de R$ 130,9 bilhões, e a entrega das obras deve ocorrer até o final de 2018.A apresentação do programa reúne diversos ministros, em cerimônia no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Michel Temer.

O programa prevê a conclusão de obras de saneamento, creches, unidades básicas de saúde, recuperação de pistas de aeroportos e duplicação de rodovias, entre outroa iniciativas. O Nordeste terá o maior número de obras finalizadas. Serão 3.186, com investimentos de R$ 19 bilhões. Em seguida, vem o Sudeste, com 1.931 obras, totalizando R$ 52,51 bilhões.

O secretário-geral da Presidência da República, ministro Moreira Franco, destacou que serão concluídas pelo programa obras inacabadas, algumas paralisadas há anos, o que demonstra a retomada do investimento público no país. “Com o Programa Avançar, vamos retomar os investimentos públicos. Lamentavelmente, para tirar o país do vermelho e fazer todas essas reformas para garantir o equilibro fiscal do país, eles [os investimentos] tiveram que ser contidos. Agora estamos retomando”, afirmou Moreira.

Os recursos virão de três fonte: R$ 42,1 bilhões. do Orçamento Geral da União; R$ 29,9 bilhões, da Caixa Econômica Federal, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 58,9 bilhões, de empresas estatais do setor de energia, em especial a Petrobras.

Supremo suspende novamente julgamento sobre títulos de terras quilombolas

André Richter – Repórter da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a julgar hoje (9) a constitucionalidade do decreto presidencial de 2003 que regulamentou o processo de demarcação e titularizarão de terras remanescentes de quilombos. Embora a Constituição garanta a posse definitiva das propriedades pelos quilombolas, o processo de reconhecimento das terras e o marco temporal de ocupação foram questionados na Corte pelo Democratas (DEM).

A ação tramita na Corte há 13 anos, mas foi interrompida novamente por pedido de vista do ministro Edson Fachin.

A ação foi protocolada em 2004 pelo DEM, que sustentou no STF a inconstitucionalidade do Decreto nº 4.887/2003, norma que regulamentou o procedimento de identificação e demarcação de terras ocupadas por quilombos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A principal questão questionada pelo partido é o critério de auto-atribuição para identificação das comunidades remanescentes de quilombos.

O julgamento foi retomado com o voto do ministro Dias Toffoli. Para Toffoli, a Constituição destinou aos povos remanescentes de quilombos o reconhecimento das terras por eles ocupadas com forma de protegê-los. Seguindo o ministro, o comando constitucional repara “dívida histórica” diante do passado escravocrata do país. “Não há dúvida de que o preceito constitucional motivou-se na necessidade de reparar uma dívida histórica decorrente da injustiça secularmente praticada contra os negros desde o período escravocrata brasileiro”, afirmou Toffoli.

No entanto, o ministro entendeu que deve ser estabelecido um marco temporal para garantir o direito dos quilombolas. Pelo entendimento, somente devem ser titularizadas as áreas que estavam ocupadas do dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. em diante.

“Não é ampliando, numa interpretação extensiva, sem limite temporal futuro, que se vai efetivar esse relevante direito. Pelo contrário, talvez tenha sido essa tentativa de ampliar em demasia o seu alcance que tenha retardado e tornado ainda mais complexa a demarcação e a titulação definitiva dessas terras”, concluiu.

Não há data para a retomada do julgamento.

Meirelles: unificar previdência dos setores público e privado é base da reforma

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (9) que as alterações a serem feitas no texto original da reforma da Previdência precisam manter um percentual “substancialmente acima de 50%” dos benefícios fiscais previstos inicialmente, de R$ 800 bilhões. Segundo o ministro, tal percentual estará garantido, se forem mantidos pontos como idade mínima para homens e mulheres, período de transição e similaridade entre as previdências pública e privada.

“Há pontos fundamentais, como a questão da idade mínima para homens e mulheres. Tem o período de transição e o fato de o regime público ser similar ao setor privado, criando condições para que cada vez mais a previdência complementar do servidor publico possa cobrir essa diferença. São contribuições extras feitas pelo servidor, de maneira que [se]] diminua de fato o déficit do regime geral. Unificação dos sistema é muito importante. É a base”, afirmou Meirelles, após participar de um seminário sobre dívida pública.

O ministro ressaltou que o tempo mínimo de contribuição também é importante para que se consiga manter o percentual de benefícios fiscais acima dos 50% inicialmente previstos. “Temos sempre de levar em conta qual é a queda desse benefício”, disse Meirelles. “Além disso, [serão necessárias] outras medidas que assegurem a economia fiscal, para que atinjamos algo substancialmente acima de 50%.”

Meirelles evitou precisar qual seria esse percentual “substancialmente” acima de 50%, até porque quem terá a palavra final sobre essa questão será o Congresso Nacional. “Não fecho esse número para não fixar um ponto, porque, se digo que o número é X, imediatamente estarei com esse X nas discussões. Teremos os números logo que possível. O que é importante é que seja um número que faça efeito no equilíbrio das contas públicas no Brasil e que garanta o beneficio fiscal do Brasil nos próximos anos”, acrescentou.

O ministro reiterou a confiança de que a matéria seja aprovada ainda este ano pelo Legislativo. “Esperamos que, logo depois do feriado de quarta-feira [15 de novembro], tenhamos a visão de para onde está caminhando o Congresso, para termos uma proposta viável que assegure um benefício fiscal suficiente para manter o equilíbrio das contas públicas”, destacou Meirelles. Ele classificou de “proposta substitutiva que seja de fato aprovável” a que está sendo redigida pelo relator da reforma, deputado André Maia (PPS-BA).

“A grande questão é: qual é a restrição? Eu tenho deixado claro que, a cada proposta de mudança, temos de olhar qual é a redução do benefício. Repito: o projeto final aprovado e sancionado tem de ser substancialmente acima de 50% daqueles benefícios fiscais previstos”.

Meirelles disse ainda que o governo tem estudado outras medidas complementares para compensar eventuais reduções desses benefícios. Ele citou entre as propostas em estudo medidas de redução de gastos com subsídios e com isenções tributárias.