Um dos aliados de Dilma Rousseff que passou no Palácio do Alvorada na manhã desta segunda-feira (29) – antes de a presidente afastada ir ao Senado depor no julgamento final do processo de impeachment – relatou ao Blog que se deparou com um ambiente ameno, de confiança e “tietagem”. Segundo este interlocutor de Dilma, o único movimento fora do script – e que chamava a atenção –, era o assédio ao cantor e compositor Chico Buarque, que viajou a Brasília para acompanhar no plenário, como convidado da petista, a sessão de julgamento. Ex-ministros do governo Dilma e outros aliados tiraram fotos com o músico e elogiaram o trabalho e a posição política do artista. No Senado, Chico acompanhou o discurso inicial e o interrogatório de Dilma ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio ao interrogatório, senadores dilmistas subiram à galeria para tirar fotos com o cantor e compositor.
Após discursar por 46 minutos, Dilma denunciou, durante o interrogatório, que é vítima de um “rotundo golpe”. Na manifestação inicial, ela havia se emocionado duas vezes. Em uma delas, ao citar torturas que sofreu na ditadura, ela criticou adversários políticos, como o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB). Entre os convidados de Dilma no Senado está a ex-ministra da Secretaria da Política para Mulheres Eleonora Menicucci. Na ditadura, ela ficou presa na mesma cela de Dilma.