As chuvas registradas no mês de janeiro no Sertão do Moxotó não foram suficientes para alterar a realidade de abastecimento de água do município de Arcoverde. A barragem Riacho do Pau, que atende a cidade, não conseguiu acumular água suficiente para permitir mudanças no atual regime de distribuição de água. Localizada no município de Pedra, a barragem Riacho do Pau continua ainda com o nível muito baixo, estando hoje com apenas 1,11% do seu volume total, que é de 16 milhões e 800 mil metros cúbicos de água. Segundo o gerente da Unidade de Negócios do Moxotó, Augusto César, apesar das chuvas, o manancial só conseguiu recuperar 0,22 % da sua capacidade, representando um volume atual de 3. 700 mil metros cúbicos de água.
Para alterar o atual regime de distribuição de água da cidade, a Compesa precisa que a barragem Riacho do Pau chegue a pelo mesmo 5% da sua capacidade, o que equivaleria a 840 mil metros cúbicos do seu volume total. “As chuvas sempre são bem-vindas e nos deixam animados para o inverno, porém, as precipitações até então registradas, não ocorreram com a mesma intensidade na região que alimenta a barragem Riacho do Pau”, afirmou o gestor da Compesa. Ele acrescentou que a Compesa está atuando em um rigoroso controle operacional do volume da água disponível para que a população continue recebendo o produto pela rede de distribuição
Atualmente, a Compesa está conseguindo abastecer Arcoverde com um calendário de 4 dias com água e 22 dias sem água, regime implantado desde julho de 2013. Essa realidade é consequência do quinto ano consecutivo de seca, a pior dos últimos 50 anos. Nos próximos dias, a Compesa deverá lançar edital para a licitação da obra da Adutora do Moxotó, um investimento estimado em R$ 80 milhões, que trará água do eixo Leste da Transposição do rio São Francisco para as cidades de Arcoverde e Pesqueira, no Agreste. Os recursos são do Ministério da Integração Nacional.