Em janeiro, o Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA) bateu o recorde de 1,24%, maior índice desde fevereiro de 2003. A expectativa é que em 2015 o valor acumulado seja de 7,14%. Os efeitos já podem ser sentidos pelos consumidores, com aumento do preço da eletricidade, combustível, além da alta do dólar. Eliane Alves, professora de economia do Unifavip/DeVry Brasil, dá algumas dicas para que os consumidores possam amenizar o impacto da inflação.
1. Pesquise preços
Com o aumento dos valores de produtos e serviços, a pesquisa de preços em diferentes estabelecimentos continua sendo uma grande aliada, para fugir da inflação. . Ferramentas de busca e aplicativos que comparam preços são grandes aliados nesta tarefa e poupam o tempo do consumidor. Além disso, as redes sociais possuem grupos de compartilhamento de promoções.
2. Busque novas opções de investimentos
Em tempos de inflação em alta, deixar o dinheiro parado é sinônimo de prejuízo. Neste caso, a poupança passa a ser uma opção pouco indicada para investimentos. “Com renda 0,5% + TR, isso dá um rendimento de, aproximadamente, 6,5% a.a., se a inflação é superior a esse valor, você acaba tendo o rendimento reduzido”, explica Amanda.
Neste caso, a poupança é uma opção válida se for para cumprir uma meta em curto prazo: uma viagem de férias ou um curso, por exemplo. Caso contrário, é interessante optar por fundos de investimento, títulos do tesouro e produtos financeiros atrelados a esses títulos e com rendimentos acima da inflação. Deve-se verificar também, o custo da aplicação financeira. Pois, embora algumas tenham rendimento superior ao da poupança, devemos lembrar que sobre o rendimento da poupança não incide nenhum custo (como IOF e IR).
3. Reavalie a necessidade de determinadas compra
“Em tempos de forte instabilidade, é necessário reduzir os gastos para esperar o problema passar”, orienta a professora da DeVry Brasil. É aconselhável evitar assumir grandes dívidas como a aquisição de um carro ou um empréstimo, por exemplo. Uma forma de evitar comprar por impulso é fazer as seguintes perguntas: Eu preciso comprar? Eu posso comprar? Tem que ser agora?
4. Planejamento é a palavra de ordem
É indispensável o uso de uma planilha de controle de gastos, a qual deve ser atualizada com frequência. A fim de que o que foi planejado seja realmente executado. Uma maneira eficaz para evitar compras por impulso, além de ter uma perspectiva dos gastos da família. Adiar a compra de certos itens e esperar promoções também é indicado. Durante este tempo o consumidor pode ainda reavaliar se realmente precisa, por exemplo, comprar uma nova TV.
5. Mude seus hábitos
O aumento do preço da gasolina pode ser uma oportunidade para aderir à novos hábitos. Se você mora razoavelmente próximo ao trabalho, ir de bicicleta para o escritório, pelo menos alguma vezes por semana, é uma maneira de cortar custos, além de evitar o trânsito. Uma outra opção é dividir o carro com um colega de trabalho ou vizinhos. Além disso, há redes sociais e aplicativos especialmente para quem procura dividir a gasolina.
Para economizar energia, use o ar-condicionado com moderação e preste atenção no tempo gasto no chuveiro e tire da tomada eletrodomésticos que não estão sendo utilizados.
6. Substitua produtos
A alta do dólar significa o encarecimento de itens como vinhos, carnes e matérias primas de produtos de higiene e limpeza. O ideal é evitar ao máximo o desperdício e cortar alguns supérfluos da lista de compras.
Opte por frutas e verduras da estação, que sempre são mais baratos. Levar o almoço para o trabalho também é uma opção que garante uma maior economia no final do mês. Substitua também o uso de algumas marcas, principalmente no consumo de alimentos, setor que geralmente apresenta um grande leque de novas marcas, facilitando assim o consumidor poder comparar preços e consumir, gastando menos.