O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) fechou o ano de 2015 no patamar mais baixo desde que o indicador começou a ser pesquisado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em março de 2011. De acordo com a CNC, o índice ficou em 79,9 pontos em dezembro deste ano, 26,5% abaixo do mesmo período no ano passado.
A queda da confiança dos empresários foi provocada, principalmente, pelas condições atuais que tiveram piora de 50,8% na avaliação. Os empresários estão menos confiantes na situação presente da economia (-68,7%), do segmento comercial (-50,3%) e de suas próprias empresas (-40,7%).
Houve piora também nas expectativas dos empresários, que recuaram 15,7%, com quedas nas avaliações sobre o futuro da economia (-22%), do comércio (-14,9%) e das empresas (-11,2%). A intenção de investimentos também caiu (-23,6%). Os empresários esperam investir menos na empresa (-34,9%), contratar menos funcionários (-27%) e têm uma visão mais negativa sobre seus estoques (-6,7%).
Segundo a economista da CNC Izis Janote Ferreira, o resultado do Icec é um reflexo de um ano ruim para a economia brasileira. “O ano de 2015, por todos os indicadores que vêm sendo divulgados, foi um ano difícil, principalmente para o comércio. Pelos dados do PIB [Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país], a gente vem observando que o comércio acumula quedas consecutivas”, disse.
Na comparação com o mês de novembro deste ano, o Icec caiu 1,4%, com piora nas avaliações sobre as condições atuais (-12,2%). Houve melhoras nas expectativas para os próximos meses (1%) e nas intenções de investimentos (0,7%).