A Justiça decretou a prisão de mais da metade dos vereadores de Osasco, uma das maiores cidades da região metropolitana de São Paulo. Os promotores dizem que os vereadores contratavam apadrinhados, que não trabalhavam, mas recebiam como funcionários.
Os policiais cumpriram mandados de busca, apreensão e prisão de 14 vereadores de 11 partidos. As prisões de hoje foram pedidas pelo Ministério Público, que desde o ano passado, investiga um esquema de funcionários fantasmas na Câmara de Osasco.
Os promotores dizem que os vereadores contratavam apadrinhados, que não trabalhavam, mas recebiam como funcionários. Em troca, os parlamentares ficavam com parte dos salários dos funcionários fantasmas. Pelas contas do Ministério Público, o esquema desviou R$ 21 milhões de 2009 até esse ano.
Nessa semana, 217 pessoas, entre vereadores, assessores e fantasmas – foram denunciados. Mais de 200 foram afastadas.
A Câmara Municipal de Osasco tem 21 vereadores. Dez foram presos nesta terça-feira. Destes, seis foram reeleitos nas eleições deste ano para mais um mandato. Havia mandado contra mais quatro parlamentares: dois não foram encontrados, uma está internada e o outro, o prefeito eleito, Rogério Lins, do PTN, só não foi preso porque está viajando, fora do Brasil.
O prefeito eleito de Osasco, Rogério Lins, disse por meio de sua assessoria, que desconhece qualquer motivo que pudesse levar o Ministério Público a pedir sua prisão, que tem colaborado com as investigações e que informou sua viagem ao Ministério Público. Os vereadores presos nesta terça-feira estão na Seccional de Osasco.