Douglas Cintra articula mais água para evitar colapso no São Francisco 

ONS aprova vazão maior de Três Marias para evitar colapso na produção irrigada de Petrolina

O ONS (Operador Nacional do Sistema) aprovou ontem (segunda-feira, 28) no final da tarde, em reunião no Rio de Janeiro, o aumento de 400 para 500 metros cúbicos por segundo na vazão da barragem de Três Marias, em Minas Gerais, para suprir a deficiência do lago de Sobradinho. Dessa forma, estará afastado o risco iminente de colapso na produção do Perímetro de Irrigação Senador Nilo Coelho, em Petrolina, e no consumo doméstico de água de 130 mil pessoas em 13 municípios do Vale do São Francisco, pela escassez do lago de Sobradinho.  

A medida, a ser oficializada daqui a pouco no site da ANA (Agência Nacional de Águas), foi acertada por gestões do senador Douglas Cintra (PTB-PE) na ANA e do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, na Casa Civil da Presidência da República, por solicitação do prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB).
  

“Foi uma decisão sensata, baseada em critérios rigorosamente técnicos, que preserva a economia do Vale do São Francisco, mantem o emprego na região e a qualidade de vida de grande parte de sua população”, comemorou Douglas Cintra.

O aumento da vazão da barragem de Três Marias havia sido sugerido à ANA pelo Distrito de Irrigação Nilo Coelho (DINC), em ofício no qual alertava para o risco da escassez do lago de Sobradinho interromper a irrigação do Perímetro Nilo Coelho e o abastecimento do consumo doméstico de 13 municípios do Vale do São Francisco.

“A economia local vai quebrar e haverá desemprego em massa”, alertava o ofício. A solução emergencial para a queda da reserva de Sobradinho – a instalação de motobombas sobre flutuantes para captação do volume morto e algumas obras complementares – demorará 90 dias e até lá a produção irrigada seria paralisada, com previsão a partir de meados de outubro, advertiu o DINC.

Segundo maior perímetro irrigado do país, com 23 mil hectares produzindo principalmente uva e manga, o DINC é ocupado por mais de 2.300 produtores e gera 120 mil empregos diretos. A concentração da safra de exportação de uva e manga no perímetro ocorre entre setembro e novembro, justamente o período em que há o risco de paralisação da produção por falta de água.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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