A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (13) que Eduardo Campos era um jovem político que tinha um futuro promissor. “Eu quero dizer que hoje o Brasil está de luto e sentido com uma morte que tirou a vida de um jovem político promissor e esse fato entristeceu todos os brasileiros e brasileiras”, afirmou.
Em pronunciamento no Palácio do Planalto, a petista também disse “o Brasil perde uma forte liderança, com um futuro extremamente promissor pela frente, um homem que poderia galgar os mais altos postos do país”.
Em sua fala, a presidente também lembrou que Campos era neto de Miguel Arraes (1916-2005), “um grande político, um grande democrata, um lutador referência para minha geração”, disse. “Eduardo Campos, neto dessa liderança, seguiu os seus passos e duas vezes foi governador de Pernambuco”, completou em seguida.
Candidato a presidente pelo PSB e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Camposmorreu na manhã desta quarta, após a queda do jato particular em que viajava em um bairro residencial em Santos, no litoral paulista. Ele tinha completado 49 anos no último domingo.
Em Brasília, ela disse também que manteve uma “forte relação de respeito mútuo” com Campos e lembrou que o viu pela última vez no enterro do escritor Ariano Suassuna, que morreu no último dia 23 de julho, em Recife. “Eu queria dizer que mantivemos ali mais uma vez a reiterada relação afetuosa que construímos ao longo da vida”, disse a presidente.
Dilma manifestou os mais “profundos pêsames” às famílias de Campos e dos outros assessores que o acompanhavam na viagem.
“Espero que o exemplo do Eduardo Campos sirva para mantê-lo vivo na memória dos corações dos brasileiros e brasileiras. Sem dúvida momento de pesar e tristeza, um momento que nós devemos também acatar com o reconhecimento que nós seres humanos somos afetados pela fragilidade da vida, mas também pela força e pelo exemplo das pessoas”, disse.
Dilma afirmou que deve comparecer ao velório do ex-governador e disse que colocou “todas as condições do governo federal a disposição” da família de Campos. Mais cedo, a presidente decretou luto oficial de três dias pela morte.