Do Pernambuco 247
O Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, pode receber uma injeção emergencial de R$ 100 milhões de seus sócios, informa reportagem da Folha de S. Paulo deste sábado (2).
Símbolo da reconstrução da indústria naval projetada no governo Lula, o estaleiro que fica no Complexo de Suape, em Ipojuca, está hoje endividado e com pouco caixa.
Os acionistas – as empreiteiras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, investigadas na Lava Jato, e a japonesa IHI Marine – pretendem evitar, com o investimento, que o EAS entre em processo de recuperação judicial.
A investigação da Polícia Federal tornou o cenário mais difícil para o estaleiro, que havia recebido a encomenda de sete navios-sonda da Sete Brasil. A empresa parou de efetuar pagamentos em novembro do ano passado. O estaleiro ficou com dívidas de R$ 1,6 bilhão com fornecedores.
“Há pouco mais de um mês, os sócios aplicaram cerca de R$ 50 milhões no estaleiro, mas o rombo nas contas continuou. A dívida soma cerca de R$ 3 bilhões, e o caixa não chega a R$ 200 milhões mesmo após corte de gastos e a demissão de trabalhadores”, informa a Folha.
A presidente Dilma Rousseff visitou as obras do estaleiro em 2013 e, em julho do ano passado, participou de cerimônia da viagem inaugural do navio petroleiro Dragão do Mar, a terceira encomenda feita ao EAS.