O Governo do Estado prestou, ontem (13), uma homenagem a Eduardo Campos. O ex-governador por dois mandatos (2007-2014) agora dá nome ao Instituto de Gestão de Pernambuco, criado por ele, em 2012. O atual chefe do Executivo pernambucano, Paulo Câmara, assinou decreto formalizando o gesto em ato realizado no Palácio do Campo das Princesas, na presença da ex-primeira-dama Renata Campos e de seus cinco filhos com Eduardo, além de familiares, autoridades e admiradores do ex-governador.
O Instituto de Gestão Governador Eduardo Campos sustentará de forma metodológica o Modelo de Gestão que profissionalizou a administração pública em Pernambuco. O evento de hoje integrou a semana de homenagens à vida de Eduardo Campos, que faria 50 anos na última segunda. O ex-governador faleceu há um ano, em um acidente aéreo durante a campanha presidencial.
“Para transformar a vida das pessoas, Eduardo, além de sua capacidade de diálogo, de construir pontes, do seu aguçado tirocínio político, apostou e ousou, como nunca antes neste Estado, em gestão política. Gestão alicerçada no tripé eficiência, transparência e mérito. Inovou em todas as áreas da gestão, quer na ciência, tecnologia, inovação, saúde, educação; na política fiscal e tributária, nas políticas sociais, entre outras. No que pesa Pernambuco ter uma grande tradição de planejadores, eu não tenho a menor dúvida que não há nome mais apropriado para nominar o Instituto de Gestão do que o nome de Eduardo Henrique Accioly Campos”, ressaltou Paulo Câmara.
Ligado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), o Instituto foi criado em 2 de fevereiro de 2012, através do decreto 37.828, por iniciativa do ex-governador Eduardo Campos para estimular a pesquisa, a troca de experiências e a geração de conteúdo científico e de boas práticas de gestão pública entre os diversos atores envolvidos com o tema, dentro e fora do Estado. O espaço é também o ambiente onde se pensa, desenvolve e documenta o Modelo de Gestão, e, através de um programa de Formação Continuada, promove a qualificação do capital humano que sustenta o Modelo.
Ao destacar que Eduardo Campos implantou em Pernambuco um Modelo de Gestão que ouvia as pessoas, planejava e fazia as entregas, o governador Paulo Câmara salientou os resultados obtidos. “Um Modelo de Gestão que foi premiado no mundo, pela ONU e organismos internacionais. E ele criou o Instituto de Gestão para que a cultura da gestão, do fazer mais com menos e mais rápido, ficasse permanentemente não como uma política de governo, mas uma política de Estado. Mais do que merecido o Instituto de Gestão que ele criou receber o seu nome, porque ele acreditava, como poucos, que a gestão fazia diferença e trazia resultados. Hoje, a prova viva está em todos os resultados que ele conquistou em favor de Pernambuco”, cravou.
Falando em nome da família, João Campos classificou a homenagem como “mais do que justa” ao lembrar as qualificações do pai como gestor público. “Ele conseguiu juntar a capacidade política extraordinária que tinha e se tornar, talvez, o gestor mais eficiente do Brasil. E por isso, ele foi reconhecido internacionalmente pela ONU e por tantas instituições mundo afora. Mas, acima de tudo, e mais importante do que ser reconhecido por tantas instituições de nome, ele teve seu trabalho reconhecido pelo povo de Pernambuco e brasileiro”, salientou. Ao recitar uma poesia do ex-governador da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima, emocionado, João Campos enalteceu a intensidade com que o pai viveu. “Eu tenho convicção que, se a vida foi curta para ele, também foi muito larga”, afirmou.
Secretário de Planejamento Gestão, Danilo Cabral disse que o ex-governador foi um líder obstinado e trabalhador, que estruturou um pensamento em um “modo de fazer”. “Esse ato de hoje é um reconhecimento a quem colocou a gestão como estratégica dentro do serviço público, trazendo de volta o que tinha sido deixado de lado por décadas e décadas: o olhar estratégico do planejamento. Hoje, se chegarmos a qualquer secretaria do Estado, os servidores sabem que, para que a gente possa cumprir os compromissos com a população, temos que planejar, executar, avaliar e corrigir. Um símbolo que trouxemos da iniciativa privada. E isso tudo foi materializado também a partir da criação, como quis Eduardo Campos, do avanço do Modelo de Gestão e de um espaço dentro do Governo onde a gente pudesse pensar, formular e pesquisar a gestão pública”, explicou.