De acordo com a gerente do Departamento de Negócios Tecnológicos (Dent) do IPA, Luciana Sartori, o Instituto tem orientado a cooperativa neste processo de obtenção do Certificado e na caracterização das cultivares crioulas, trabalho desenvolvido pela pesquisa em parceria com as atividades de assistência técnica. Se a Coopaf seguir corretamente as orientações do IPA, a partir de 2016, já estará pronta para comercializar nos mercados institucionais, como o PAA Sementes.
O extensionista do IPA, Pedro Balensifer, representa o Instituto no Grupo Territorial de Governança (GTG) e destaca que o Agreste Meridional é a maior região produtora de feijão no Estado. Ao todo, onze municípios compõe o Território Produtivo do Feijão nessa região, que é responsável pela geração de emprego e renda dos produtores locais. Além viabilizar o resgate da biodiversidade, em relação ao processo atual da agricultura moderna, a produção de sementes crioulas dispõe de grande potencial para o desenvolvimento de variedades adaptadas a sistemas de produção com baixa utilização de insumos e de recursos naturais, explicou Balensifer.
As sementes denominadas crioulas são variedades desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultores familiares, assentados da reforma agrária ou indígenas. A conservação delas faz parte de uma campanha mundial de soberania dos povos quanto à posse de suas sementes, como estratégia de segurança nacional. Os bancos de sementes são uma importante estratégia para que os agricultores tenham acesso a estas cultivares.
A ação está sendo coordenada pelas pesquisadoras Luciana Sartori e Regina da Rosa, pelo supervisor de produtos vegetais Waldemar Araújo, e pelos extensionistas Pedro Balensifer, Joseval Silva e Josias Calado. Participaram também do encontro representantes SEAF, UFRPE, Sebrae e Prorural.