Diante do quadro de estiagem que atinge Pernambuco, o prefeito José Queiroz (PDT) se reuniu ontem, no Recife, com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, para discutir o abastecimento d’água de Caruaru. Os principais reservatórios que abastecem o município estão sendo monitorados diariamente, mas não está configurada uma situação que exija medidas drásticas como o racionamento, apesar de o Governo do Estado ter incluído a cidade entre as que vivem situação de emergência por conta da seca.
A Compesa, no entanto, busca reforçar o sistema do Prata, contemplando principalmente a Bacia do Camevô, que repercute diretamente na disponibilidade hídrica para a maior cidade do interior do Estado. Essa providência, aliada ao regime de chuvas, garantirá a ultrapassagem de 2015, tido como o último de um ciclo de cinco anos de seca, previsto para todo o Nordeste. Outra perspectiva de solução para o abastecimento regional é a Adutora do Agreste, cuja implantação está sendo acelerada pelo governo estadual.
Já o projeto de saneamento da cidade está sendo concluído, devendo ser apresentado ao governador Paulo Câmara (PSB) para avaliação final ainda neste semestre. Batido o martelo, a obra passará pelo processo de licitação. A proposta é de uma inédita cobertura de esgotamento sanitário em toda a área urbana de Caruaru.
Um resumo da situação não aponta para um quadro crítico, mas não custa a população tomar medidas de economia e adotar uma conduta de prudência no consumo do líquido. De toda sorte, as obras não são imediatas, como de hábito, e as chuvas previstas para 2015 ainda estarão abaixo da média histórica, conforme prevê a Apac (Agência Pernambucana de Águas e Clima).