O Mais Médicos foi criado em 2013 pela presidenta Dilma Roussef e é considerado um dos programas mais importantes da pasta da saúde. Estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, da Fundação Oswaldo Cruz em Recife (PE), indica que, no Nordeste, 63% dos profissionais estão atuando nos municípios mais pobres, o que resultou em um aumento da razão de médicos por mil habitantes na região.
“A presidenta Dilma criou o Mais Médicos para aquela população que vinha sofrendo com a falta de atendimento em seus municípios. Esse foi um programa que revolucionou o País e que, com esse governo atual, não tem garantias que vá continuar”, afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa.
A pesquisa ainda apresenta dados indicando que 88% dos profissionais trabalham para a rede de saúde com municípios de até 50 mil habitantes. Os estados de Pernambuco, Bahia, Ceará e Maranhão foram os que mais absorveram o contingente de profissionais do programa. “Nós temos que ficar atentos para evitar que, passadas as eleições municipais, o governo sem voto de Temer comece o desmonte desse programa tão importante. Eles já deram vários sinais de que são contra o Mais Médicos quando voltaram a discutir se a MP que mantinha os médicos cubanos por mais três anos no Brasil iria passar ou não no Congresso Nacional”, lembrou o senador petista.
Outra informação importante apontada na pesquisa do Aggeu Magalhães indica que os pesquisadores identificaram um decréscimo no índice de alguns tipos de internações na região Nordeste. Com exceção do Maranhão, a redução foi de 35%. Em 2008, a média de casos de gastroenterite e diarreia, por exemplo, era de 6.093. No segundo ano de funcionamento do programa, foram reduzidos para 3.993 casos.
O Mais Médicos beneficia mais de 63 milhões de brasileiros e tem como objetivo suprir a carência de médicos nos municípios carentes do interior, principalmente no Nordeste, e nas periferias das grandes cidades brasileiras. Ao todo são 18.240 médicos atuando em 4.058 municípios (73% dos municípios brasileiros) e nos 34 distritos de saúde indígenas.