A estimativa para o IPCA deste ano avançou, pela 14ª rodada consecutiva, de 9,12% da semana anterior para 9,15% agora, segundo o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. Há um mês, essa projeção estava em 8,97%. No RTI de junho, o BC havia apresentado estimativa de 9% no cenário de referência e de 9,1% usando os parâmetros de mercado.
No Top 5, grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, a mediana para o IPCA de 2015 passou de 9,12% para 9,17%. A projeção está, portanto, maior do que a da pesquisa geral. Há um mês, estava em 8,83%. No caso de 2016, a previsão em 5,27% foi mantida. Quatro semanas antes estava em 5,21%.
Para a inflação de curto prazo, foi visto um aumento das estimativas para o IPCA de julho na pesquisa Focus, que subiu de 0,45% para 0,50% de uma semana para outra – ante 0,40% de quatro edições atrás.
No caso de agosto, no entanto, a taxa estimada permaneceu em 0,30% no período. Já as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente foram reduzidas pela quarta semana seguida e passaram de 5,85% para 5,80%. Há quatro semanas, estavam em 6,13%.
Já a mediana das projeções para o IPCA de 2016 voltou a cair pela terceira semana consecutiva. O ponto central da pesquisa passou de 5,44% da semana passada para 5,40% agora. Há um mês, estava em 5,50%.
O fim de 2016 é o foco da autoridade monetária neste momento, já que promete entregar a inflação no centro da meta daqui a pouco mais de um ano. O resultado da Focus, portanto, vai em linha com o trabalho do BC nos últimos meses.
Pelos cálculos da instituição revelados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o IPCA ficará em 4,8% em 2016 no cenário de referência e em 5,1% no de mercado. A luta do BC no momento é tentar convencer o mercado de que chegará ao centro da meta em 2016.