Pedro Augusto
Durante evento, na capital pernambucana, o ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior, Armando Monteiro, lançou oficialmente o PNCE (Plano Nacional de Cultura Exportadora no Estado). Este último tem como objetivo principal aumentar o número de empresas pernambucanas exportadoras e integra o Plano Nacional de Exportações, lançado pelo Governo Federal, em junho deste ano. O PNCE, que também atenderá a outros estados brasileiros, vai trabalhar inicialmente com 250 empresas de pequeno e médio portes em Pernambuco.
Elas terão acesso ao diagnóstico de produtos e serviços, consultoria de inteligência comercial (que avalia em quais mercados aquele produto ou serviço tem potencial de venda), rodadas de negócios com compradores estrangeiros e participação em missões comerciais. “O PNCE é uma ferramenta importante no fomento da cultura exportadora no Estado. Pernambuco já é um importante entreposto regional e pode aumentar, e muito, as vendas para outros países, bem como dobrar o número de empresas exportadoras”, acrescentou Armando.
O projeto é desenvolvido em cinco etapas – sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e comercialização – e já foi lançado em São Paulo e Minas Gerais. Os setores contemplados pelo PNCE em Pernambuco abrangem artefatos de couro, gesso, bebidas, joias e biojoias, metalmecânico, higiene e limpeza, alimentos, borracha e plástico, farmoquímicos (dermocosméticos), biotecnológicos, vestuários e acessórios, TI e economia criativa.
“Há um espaço que o comércio exterior nos oferece para o Brasil ampliar as exportações e, com isso, gerar mais empregos e oportunidades aqui. E Pernambuco pode muito bem aproveitar esta oportunidade e ampliar muito as exportações. Vamos mobilizar as empresas, informar, capacitar, treinar e mostrar que esse canal externo não é tão inacessível como alguns pensam. Muitos acham que é complicado exportar. O PNCE vai mostrar que não é complicado e que a exportação traz muitos benefícios”, explicou o ministro.
Neste primeiro momento, o programa já conta em Pernambuco com o apoio de 20 parceiros – entre regionais e nacionais –, como os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; das Relações Exteriores; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Ciência, Tecnologia e Inovação, bem como da Fiepe; do Governo do Estado (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – Addiper); Apex-Brasil; Sebrae, ABDI; Correios; Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Oficina Trade Brasil
No Estado, o lançamento do PNCE fez parte do conjunto de ações da Oficina Brasil Trade. Promovido na semana passada, no Recife, o evento superou com folga a sua estimativa inicial de US$ 3 milhões em exportações. Ao final da ação, as empresas negociaram mais de US$ 12,8 milhões. Ao todo, na oficina, foram realizadas 223 reuniões com 60 empresas pernambucanas, oito comerciais exportadoras e quatro compradores internacionais. “Este resultado expressivo demonstra a força das empresas de Pernambuco. Com a vigoração do PNCE não tenho dúvidas de que agora as nossas companhias locais passarão a obter resultados ainda mais expressivos”, finalizou Armando Monteiro.