A obra da segunda etapa da Adutora do Moxotó já está sendo licitada pela Companhia Pernambucana de Saneamento-Compesa, empreendimento que vai captar água no Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, está sendo executada pelo governo federal e será integrada a Adutora do Agreste para abastecer Arcoverde, no Sertão, e outros seis municípios da região Agreste. Será beneficiada uma população de 325 mil pessoas que enfrenta situação crítica de abastecimento de água em virtude dos cinco anos consecutivos de estiagem. Esta etapa da Adutora do Moxotó será somada à primeira, que já está em execução, cujo canteiro de obras está situado no distrito de Algodões, no município de Sertânia.
O investimento estimado para a implantação de todo o Sistema Adutor do Moxotó é de R$ 100 milhões, sendo cerca de R$ 40 milhões destinados para a primeira etapa, recursos que já estão assegurados junto ao Ministério da Integração – o mesmo convênio da Adutora do Agreste. Trata-se de uma obra estruturadora que será realizada em duas etapas e prevê a implantação de 67 quilômetros de adutora em tubos de ferro fundido (600 mm de diâmetro), três estações elevatórias e a captação na Barragem do Moxotó. Além de Arcoverde, a Adutora vai atender as cidades de Pesqueira, Alagoinha, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó e São Bento do Una.
Na segunda quinzena de novembro, a Compesa vai divulgar o resultado da licitação da segunda etapa, que apontará o nome da empresa vencedora para executar a obra. Esta etapa compreende especificamente a construção das três estações elevatórias (sistema de bombeamento) e a captação na Barragem do Moxotó. Ainda serão implantados 34 quilômetros de adutora, sendo um trecho de seis quilômetros entre a Barragem do Moxotó e o distrito de Rio da Barra, em Custódia, e os outros 28 quilômetros de Cruzeiro do Nordeste, situado em Sertânia, até a cidade de Arcoverde. A previsão é concluir as intervenções em 15 meses, a partir da data da assinatura da Ordem de Serviço do empreendimento.
A primeira etapa do projeto já está em andamento e prevê a implantação de 33 quilômetros de adutora, cujas tubulações irão margear a BR 232, entre Rio da Barra e a Estação de Bombeamento Intermediária-EB-2 (estação elevatória), localizada em Cruzeiro do Nordeste, intervenção que integra o conjunto da obra da segunda etapa, que está em processo de licitação. A expectativa é concluir essa fase em 15 meses.
“A adutora é um projeto importante para a população e para a Compesa, pois vai promover a retomada do abastecimento regular de água nessas seis cidades, que ficarão livres do regime de rodízio. Será um grande benefício para a região do Agreste, que teve o abastecimento de água prejudicado devido à escassez de chuvas, nos últimos anos”, explica Rômulo Aurélio de Souza, diretor Técnico e de Engenharia da Compesa. Das sete cidades que serão beneficiadas pelo Sistema do Moxotó, Arcoverde e São Bento do Una encontram-se em pé-colapso, já Belo Jardim, Alagoinha, Sanharó, Pesqueira e Tacaimbó estão em colapso.
De acordo com o diretor da Compesa, quando as duas etapas estiverem concluídas, a adutora fará a condução de água da Estação Elevatória -1, na Barragem do Moxotó, até a Estação de Tratamento de Água (ETA) em Arcoverde, onde o Sistema será interligado à Adutora do Agreste – no trecho que a Companhia já concluiu para abastecer as cidades de Arcoverde, Pesqueira, Alagoinha e Belo Jardim.
Da cidade de Belo Jardim, a adutora será interligada ao Sistema Integrado do Bitury para atender as cidades de Tacaimbó, São Bento do Una e Sanharó.