A Força Tarefa Previdenciária, composta pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e pela Previdência Social, desarticulou na manhã da última quinta-feira (30), em alguns municípios do Estado, de Alagoas e do Rio Grande do Norte, o maior esquema de fraudes contra a Previdência aplicado neste ano no país. Liderada por um empresário de Caruaru, a quadrilha envolvida teria provocado um prejuízo de mais de R$ 12 milhões aos cofres da instituição. De acordo com as investigações da Força Tarefa, o bando burlava há mais de um ano o sistema previdenciário nacional através da falsificação de documentos, bem como com o auxílio de servidores do INSS.
Além de três deles, a Operação Omni também foi responsável pelas prisões de duas contadoras, um advogado e dois funcionários da Prefeitura de Garanhuns. Ao todo, a operação cumpriu 51 mandados judiciais sendo seis de prisão preventiva, sete de prisão temporária e 38 de busca e apreensão. Sete integrantes da quadrilha foram detidos em Caruaru, enquanto cinco em Garanhuns e um em Bezerros. Todos eles foram encaminhados à sede da PF na Capital do Agreste. Nela, representantes dos três órgãos retiraram todas as dúvidas a respeito do esquema fraudulento.
“Em suma, a quadrilha fazia vínculos com empresas existentes ou não e em seguida solicitava os benefícios, a exemplo de pensões por morte ou invalidez. Isso só era possível porque ela contava com a atuação de servidores do INSS, como também utilizava documentos falsos. Cada integrante chegava a sacar 15 benefícios por mês, o que no geral gerava um prejuízo à Previdência de cerca de R$ 200 mil. Não fomos ainda autorizados a divulgar os nomes dos integrantes, porém podemos adiantar que o líder do grupo possui comércio em Caruaru”, informou, ainda na manhã da quinta-feira (30), a chefe da Delegacia da PF, em Caruaru, Mariana Cavalcanti.