Covid-19: Casos vão a 30.152.402 e mortes a 661.258

Os casos de pessoas que pegaram covid-19 chegaram a 30.152.402 neste domingo (10) Nas últimas 24 horas, foram registrados 7.210 casos da doença. Até ontem (9), o painel de dados do Ministério da Saúde marcava 30.145.192 casos acumulados.

O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 452.248. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

Já a soma de mortes causadas por complicações associadas à covid-19 alcançou 661.258. Entre ontem e hoje, foram notificadas 38 novas mortes. Ontem, o sistema de informações da pandemia contabilizava 661.220 falecimentos.

Ainda há 3.099 mortes em investigação. Os óbitos em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 demanda exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 29.038.896 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 96,3% dos infectados desde o início da pandemia.

Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgado neste domingo (10). No quadro epidemiológico estão consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras o nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizados.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o estado com mais mortes por covid-19 registradas até o momento é São Paulo (167.706), seguido de  Rio de Janeiro (73.039), Minas Gerais (61.046), Paraná (42.978) e Rio Grande do Sul (39.160).

Os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.996), Amapá (2.128), Roraima (2.146), Tocantins (4.147) e Sergipe (6.334).

Boletim Epidemiológico
Boletim Epidemiológico – 10/04/2022/Divulgação/ Ministério da Saúde

Vacinação

Até hoje foram aplicados 405,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 173,4 milhões com a primeira dose, 152,3 milhões com a segunda dose e 4,8 milhões com a dose única. Outros 71,2 milhões já receberam a dose de reforço e 3,0 milhões ganharam dose adicional.

Macron fica na frente de Le Pen em primeiro turno de eleição na França

O presidente francês, Emmanuel Macron, e a líder de extrema-direita Marine Le Pen lideram as pesquisas no primeiro turno da eleição presidencial da França, e vão se classificar para o segundo turno de votação, marcado para 24 de abril. As projeções iniciais são de pesquisas publicadas neste domingo (10).

Macron ficou na frente de Le Pen no primeiro turno, de acordo com pesquisas separadas de Ifop, OpinionWay, Elabe e Ipsos.

O atual presidente francês teve índice de votação entre 28,1% e 29,5%, enquanto Le Pen obteve 23,3% a 24,4% da preferência dos eleitores.

Doações do IR para projetos sociais esbarram no desconhecimento

Uma das principais oportunidades para o brasileiro praticar o bem esbarra no desconhecimento. As doações de parte do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para projetos sociais deverão totalizar apenas R$ 250,25 milhões neste ano, segundo estimativa da Receita Federal no Orçamento Geral da União de 2022.

Segundo levantamento do Itaú Social, braço de projetos sociais do banco de mesmo nome, o volume doado poderia chegar a R$ 5 bilhões caso todos os contribuintes utilizassem o mecanismo, que permite o abatimento de até 6% do Imposto de Renda devido ou o abatimento de até 6% da restituição, limitada a 3% para cada tipo de ação social.

As doações de parcela do IRPF a projetos sociais, culturais e esportivos têm crescido ano a ano. O total, no entanto, ainda é pequeno diante do potencial. Em 2020, a Receita Federal deixou de arrecadar R$ 191,64 milhões do Imposto de Renda Pessoa Física por causa dessas doações. Em 2021, o total aumentou para R$ 229,27 milhões.

Neste ano, o Fisco prevê o crescimento das doações, mesmo com a redução das possibilidades de doação. Até 2021, o contribuinte podia abater, do Imposto de Renda, doações aos Programas Nacionais de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD) e de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), mas a possibilidade foi suspensa. Nesse caso, as deduções eram limitadas a 1% do imposto apurado na declaração e não estavam sujeitas ao limite global de 6%.

Isso ocorreu porque as leis que autorizavam a doação de pessoas físicas ao Pronas/PCD e ao Pronon perderam a validade e não foram renovadas A partir deste ano, esse mecanismo de abatimento está disponível apenas para as empresas que pagam o Imposto de Renda Pessoa Jurídica.

Ações beneficiadas

Ao todo, cinco tipos de ações podem receber doações na declaração do Imposto de Renda: fundos vinculados ao Estatuto da Criança e do Adolescente, fundos vinculados ao Estatuto do Idoso, Programa Nacional de Apoio à Cultura, projetos de incentivo ao esporte e projetos de incentivo à atividade audiovisual.

No caso dos fundos para idosos e para crianças e adolescentes, a doação pode ser feita diretamente na declaração, com o valor sendo pago na primeira cota ou cota única do imposto. O próprio programa gerador se encarregará de incluir automaticamente o valor das doações na lista de deduções do Imposto de Renda.

Limites

As doações totais estão limitadas a 6% do imposto devido ou da restituição, com até 3% sendo usados para cada categoria. Caso queira, o contribuinte poderá doar mais, porém o valor não poderá ser deduzido do imposto a pagar.

Além das doações diretas, o contribuinte pode deduzir, dentro do limite global de 6%, doações para três tipos de ações feitas no ano anterior: incentivos à cultura (como doações, patrocínios e contribuições ao Fundo Nacional da Cultura), incentivos à atividade audiovisual, incentivos ao esporte.

Como fazer a doação

Ao preencher a declaração do Imposto de Renda, o contribuinte pode escolher o fundo do idoso ou do Estatuto da Criança e do Adolescente para o qual quer doar e a esfera de atuação – nacional, estadual ou municipal. No entanto, não é possível escolher uma entidade. É necessário escolher o modelo completo da declaração, conferir o valor do imposto devido e confirmar a opção “Doações Diretamente na Declaração”.

A lista dos fundos que podem receber o dinheiro do contribuinte aparece no próprio programa gerador da declaração, mas não é possível doar para uma entidade específica. Assim que a doação for selecionada, o sistema emitirá um Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), que precisa ser pago até o último dia de entrega da declaração, junto com o Imposto de Renda. A contribuição não pode ser parcelada.

Em Nova Jerusalém, ministro Carlos Brito destaca importância da Paixão de Cristo para o setor de turismo

O ministro do Turismo, Carlos Brito e o presidente da Embratur, Silvio Nascimento foram assistir ao espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém neste sábado, dia 9. Juntaram-se a eles na cidade-teatro os pré-candidatos a governador de Pernambuco, Anderson Ferreira e, a senador, Gilson Machado Neto.

“Este evento é a cara de Pernambuco e do Brasil. Além da representatividade religiosa, a Paixão de Cristo traz impactos significativos para o nosso setor, ofertando empregos e desenvolvimento para todas as cidades abordadas pelo evento. Contem com o Ministério do Turismo e o governo federal para que este evento seja mais uma vez um grande sucesso”, afirmou o ministro Carlos Brito.

O presidente da Embratur, Silvio Nascimento, destacou a importância da Paixão de Cristo para a cultura e para a economia. “Um dia importante para o turismo brasileiro essa retomada de grandes espetáculos como aqui na Paixão de Cristo, um destino religioso de grande importância para o país.”, afirmou Nascimento.

“Foi muito importante a vinda do ministro do Turismo, Carlos Brito, do ex-ministro Gilson Machado Neto e do presidente da Embratur, Sílvio Nascimento, para que eles pudessem ver o espetáculo que nós preparamos na retomada da Paixão de Cristo em 2022”, afirmou Robinson Pacheco.

“É um prazer muito grande e uma honra poder recebê-los para agradecer pessoalmente pelo reconhecimento da importância do nosso trabalho para a cultura e para o turismo de Pernambuco e do Nordeste”, disse.

A temporada 2022 da Paixão de Cristo vai até o próximo sábado. Os ingressos para o espetáculo adquiridos pelo site oficial www.novajerusalem.com.br, podem ser parcelados em até 12 vezes nos cartões de créditos.

As entradas, que custam R$ 200,00 inteira e R$ 100,00 meia-entrada, também estão disponíveis em pontos de vendas localizados em agências de viagens (como Luck Viagens e CVC em todo Brasil), shoppings centers e hotéis do Recife, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, São José do Egito, Campina Grande e João Pessoa.

Governo adia decisão sobre mudanças que prejudicariam uso de biocombustíveis

Entidades do mercado de biodiesel no Brasil passaram por um momento de alívio na última semana: o governo federal recuou de uma série de mudanças planejadas para o setor. Segundo especialistas, elas prejudicariam a produção do biocombustível. Em reunião extraordinária realizada na quinta-feira, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) vetou três medidas: a abertura o mercado nacional de biodiesel de importações, as alterações no Selo Biocombustível Social e a permissão para o acréscimo de outros tipos de biocombustível na mistura obrigatória.

“Eram três pontos que vínhamos acompanhando com muita preocupação”, resume o presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR). Para reverter a discussão, o presidente da Frente afirmou ter realizado intensas articulações com todos os ministérios que têm assento no CNPE. Compõem o colegiado o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; o ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Ciro Nogueira; o ministro das Relações Exteriores, Carlos França; e demais ministros de Estado, além de representantes dos estados e do Distrito Federal e representantes da sociedade civil.

“Nós chegamos a um consenso, juntamente aos ministros, para que isso não fosse pautado. Foi uma vitória importante para o setor. O próprio ministro Bento Albuquerque tem falado, nas últimas semanas, sobre a valorização do setor, da valorização da produção de biodiesel, de uma provável previsão de incremento da mistura já no plano plurianual de política energética. A tendência é de que as coisas melhorem para o setor, principalmente devido às últimas semanas, a essa queda acentuada do dólar e também a essa estabilização no valor do barril de petróleo”, destaca o parlamentar.

O aumento no incremento da mistura começou a ser estudado pelo governo federal, a fim de retomar os parâmetros da pré-pandemia. Há uma pressão dos produtores de biodiesel e da cadeia produtiva da soja para que o Ministério das Minas e Energia acrescente 12% de biodiesel, a partir do mês de maio, ao diesel comum encontrado nas bombas dos postos de gasolina — hoje a mistura conta com 10%.

Programa
O Brasil faz uma transição planejada para uma matriz energética mais limpa e sustentável. A política pública do biocombustível estabeleceu cronograma de adição crescente de biodiesel (majoritariamente fabricado a partir de óleo de soja) ao diesel de petróleo. O compromisso está descrito no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) e segue progredindo com a Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio.

O programa foi criado após a conferência sobre a mudança climática de Paris em 2015 (COP 21), com o intuito de maximizar o potencial produtivo do Brasil. O RenovaBio trouxe uma série de iniciativas, como a criação de instrumentos financeiros para atrair investimentos com foco na expansão da produção de biocombustíveis. A política estabelece em lei a progressão da mistura de biodiesel no diesel fóssil. A transição previa que a mistura já contasse com 14% de biodiesel (B14), a partir de março de 2022, e que, em um ano, passasse a ser de 15% (B15), em março de 2023.

“Desde 2020, houve reduções significativas na mistura compulsória do biodiesel ao diesel, devido a diversos fatores, entre eles, a crise econômica advinda da pandemia e os consequentes elevados preços que os combustíveis e os biocombustíveis assumiram. A redução causou impactos ambientais e econômicos negativos, foi uma regressão, no sentido de redução das emissões de gases de efeito estufa”, explica a engenheira de Energia pela Universidade de Brasília (UnB) e doutoranda em Bioenergia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Thaynara Espíndola Pereira.

Políticas públicas
Para a engenheira, os biocombustíveis são a ferramenta estratégica de maior relevância que o Brasil possui para reduzir emissões. Porém, a produção só atingirá seus objetivos ambientais com o apoio das políticas públicas integradas ao setor produtivo e desenvolvimento tecnológico.

“Os biocombustíveis são extremamente necessários para a garantia da segurança do abastecimento no país, possuímos um potencial gigantesco de produção nacional, que ainda precisa ser explorado e maximizado, o que promoverá a redução da dependência de importação de combustíveis”, destaca a especialista.

As decisões tomadas pelo governo que pautaram a redução do biodiesel na mistura para o ano de 2022 são alvo de críticas do setor. “Sob qualquer ponto de vista, a decisão do governo federal de adotar o teor de mistura de 10% para 2022 é um equívoco”, pontua o presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), Francisco Turra.

“Ela penaliza o setor, gera desemprego em toda a cadeia do agronegócio, promove desinvestimento, aumenta a poluição — que afeta a saúde da população, a inflação e prejudica a economia. O governo descaracteriza o RenovaBio e quebra a segurança jurídica e a previsibilidade para o setor, que vinha investindo muito para se capacitar e atender o aumento progressivo da mistura.”

Papel social da indústria
O Brasil tem 55 usinas com autorização para produção de biocombustíveis. Outras 11 unidades estão em construção e há mais 4 plantas em processo de ampliação para produção de energia limpa. A cadeia produtiva do biodiesel envolve 74 mil famílias de agricultores que fornecem matérias-primas para as usinas. Essa é uma das contrapartidas sociais do programa de biodiesel no país.

Muito dessa cooperação se dá por meio do Selo Biocombustível Social, um componente de identificação concedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Conforme a norma vigente, as indústrias que detêm esse selo têm prioridade na comercialização de 80% do biodiesel.

“Em termos de geração de emprego e renda, as indústrias de biodiesel promovem assistência técnica e fomentam todo o processo produtivo dessas famílias e agricultores. O valor destinado à assistência técnica pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) é praticamente um terço do que as empresas de biodiesel gastaram com assistência técnica para essas famílias”, explica o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski.

Ele destaca que o biocombustível não deve ser utilizado como política de preço — exatamente a estratégia do governo, ao reduzir a mistura do biodiesel na tentativa de baixar o valor do diesel nas bombas. Segundo o especialista, para compreender a importância do uso do biodiesel é preciso olhar para o valor. “O combustível fóssil mata as pessoas, ele causa doenças pulmonares, cardiovasculares. De acordo com estudos do Ministério de Minas e Energia, somente na região metropolitana de São Paulo, o uso de 10% do biodiesel no diesel evita a morte de 244 pessoas por ano”, detalha.

“Tem muito mais a ver com valor ambiental, redução de gás de efeito estufa, redução de enxofre, redução de material particulado, redução de hidrocarboneto e tantos outros produtos e são nocivos à saúde.”

Desafios do setor
Os maiores desafios enfrentados pelo setor de biocombustíveis podem ser resumidos em três aspectos: visibilidade, planejamento e previsibilidade. É o que enumera o presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), Francisco Turra. “A visibilidade para que todos reconheçam a sua importância; planejamento e previsibilidade para que o setor se mantenha organizado de forma a garantir avanços ainda maiores na transição da matriz energética brasileira para um modelo mais limpo; e contribuição para antecipar o cumprimento das metas de descarbonização estabelecidas na COP26.”

Correio Braziliense

Mais de 620 mil candidatos disputam hoje vagas para trabalhar no Censo

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) faz primeiro teste preparatório do Censo Demográfico 2022, na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.

Mais de 621 mil candidatos devem fazer hoje (10) as provas do concurso que selecionará os 206 mil profissionais que trabalharão no Censo 2022. O exame para recenseadores, ou seja, as pessoas que aplicarão os questionários em todos domicílios brasileiros, começa às 9h (horário de Brasília).

São 349.437 mil candidatos que concorrem às 183.021 vagas para o cargo de recenseador. A prova terá três horas de duração e 50 questões, sendo 10 de Língua Portuguesa, 10 de Matemática, 5 sobre Ética no Serviço Público e 25 de Conhecimentos Técnicos.

Já as provas para as 18.420 vagas de agentes censitários municipais (ACM) e as 5.450 vagas de agentes censitários supervisores estão marcadas para as 14h30 (horário de Brasília) e terão 3h30 de duração. São 271.791 candidatos concorrendo a esses cargos, que serão responsáveis por supervisionar o trabalho dos recenseadores.

As provas para agentes censitários terão 60 questões, sendo 10 de Língua Portuguesa, 10 de Raciocínio Lógico Quantitativo, 5 de Ética no Serviço Público, 15 de Noções de Administração/Situações Gerenciais e 20 de Conhecimentos Técnicos.

As provas serão aplicadas em mais de 5 mil locais por todo o país. Será exigido dos candidatos o comprovante de inscrição, um documento de identidade original com foto e caneta esferográfica de cor preta ou azul, fabricada em material transparente, além de seguir os protocolos sanitários contra a Covid-19 estabelecidos por cada município e informados no cartão de confirmação da inscrição

Os cargos são para trabalho temporário, enquanto durar o Censo, maior pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que deverá percorrer 70 milhões de domicílios nos 5.570 municípios brasileiros, com o objetivo de ter referência sobre as condições de vida da população do país.

A pesquisa revelará características dos domicílios, identificação étnico-racial, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, deficiência, migração interna ou internacional, educação, deslocamento para estudo, trabalho e rendimento, deslocamento para trabalho, mortalidade e autismo.

Agência Brasil

Gil toma posse na ABL: “Poucas vezes na História os artistas foram tão hostilizados”

Foi inevitável, para o cantor e compositor Gilberto Gil, na noite de sua posse na Academia Brasileira de Letras (como o primeiro representante da música popular a ser eleito para a instituição) lembrar da capa de seu LP tropicalista de 1968, em que aparece envergando um fardão e usando pincenê. Um poema, escrito especialmente para o evento, foi recitado na noite de sexta-feira (8), na cerimônia na ABL, como uma tentativa de conciliação entre os dois momentos na vida do artista baiano de 79 anos de idade:

“Eu mesmo, nos meus tempos de aventuras, / cheguei a envergar um garboso fardão, / vestido então como ironia dura, / a fantasia pura da ilusão! / juntava-me, naquele instante, aos muitos / que alfinetavam a Instituição / mal sabia eu quais os intuitos, / do destino astuto a interrogação. Um amigo lembrou-me outro dia / que as ironias sempre trazem seu revés / papéis trocados, eis aqui, vida vadia: / fardão custoso, bordado a ouro, vistoso, / me revestindo da cabeça aos pés”

No início do seu discurso, Gil ressaltou o fato de ter chegado, no limiar dos seus 80 anos, à Casa “onde já estiveram tantos escritores de minha admiração, alguns dos quais foram amigos queridos, na condição de primeiro representante da música popular do Brasil a ser eleito para esta instituição”.

“Entre tantas honrarias que a vida, generosamente, me proporcionou, essa tem para mim uma dimensão especial, não só porque aqui é a Casa de Machado de Assis, um escritor universal, e afrodescendente como eu, mas também porque a ABL, fundada em 20 de julho de 1897, representa, mesmo para quem a critica, a instância maior, que legitima e consagra de forma perene a atividade de um escritor ou criador de cultura em nosso país”, disse o compositor.

Contando com o prefeito do Rio Eduardo Paes na mesa, a cerimônia teve na plateia a presença de acadêmicos, de atrizes como (a também acadêmica) Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Malu Mader, Cissa Guimarães, Arlete Sales e Jessica Ellen, músicos como Jorge Benjor, Carlinhos Brown, Fernanda Abreu e também José Bonifácio de Oliveira Sobrinho e o casal Marcelo Freixo e Antônia Pellegrino. Vieram também suas filhas Preta, Maria, Bela e Nara, além da mulher, Flora.

Gil confessou que, até recentemente, não havia pensado em concorrer a uma cadeira da ABL, “mesmo sabendo que Tom Jobim chegara a se inscrever em 24 de setembro de 1993, retirando em seguida a candidatura em homenagem a seu amigo Antonio Callado, eleito em março de 1994”. Antes da posse, comentou que há dois meses passou a frequentar mais a Academia e que pretende “dar uma descontinuada” nas turnês para seguir frequentando. O momento político do país, em grande medida, o impeliu à disputa.

“A Academia Brasileira de Letras é a Casa da Palavra e da Memória Cultural do Brasil. E tem uma responsabilidade grande no sentido de fortalecer uma imagem intelectual do país que se imponha à maré do obscurantismo, da ignorância, e demagogia de feição antidemocrática. Poucas vezes na nossa história republicana o escritor, o artista, o produtor de cultura, foram tão hostilizados e depreciados como agora”. denunciou, para aplausos da plateia.

“Há uma guerra em prol da desrazão e do conflito ideológico nas redes sociais da internet, e a questão merece a atenção dos nossos educadores e homens públicos. A ABL tem muito a contribuir nesse debate civilizatório. E eu gostaria, aqui, de colaborar para o debate, em prol da cultura e da justiça”, completou.

Gilberto Gil se apresentou aos acadêmicos como alguém que “sempre procurou acompanhar o desenvolvimento das novas tecnologias no que elas possam contribuir para o bem de todos.” E expôs suas interrogações:

“O que será do Brasil em meio a esse mundo de pandemias e guerras? Que destino aguarda a Amazônia? O que os políticos estão fazendo para acabar com a fome e o analfabetismo? Quando conseguiremos alcançar a tão sonhada independência científica e tecnológica? Até quando o Brasil será o “país do futuro” de Stefan Zweig?”, perguntou-se ele, na incerteza de que algum dia vá ter as respostas.

“Procurei, junto com alguns brilhantes companheiros de geração, colaborar para que o Brasil fosse respeitado e amado mundo afora. Participei de movimentos culturais como a Tropicália, que continua dando frutos por aí. Tive grandes êxitos e alegrias nesta vida. Mas também fundas tristezas, a maior e a mais dolorosa a perda de meu filho Pedro Gil [falecido em 1989, num acidente automobilístico]. Mas não desanimo, porque é preciso resistir sempre”, continuou.

Em tempos “politicamente sombrios”, Gil disse apostar na esperança. E pediu a permissão para citar os versos de um dos seus maiores sucessos, “Luar”: “Se a noite inventa a escuridão / a luz inventa o luar / o olho da vida inventa a visão / doce clarão sobre o mar”.

“Contra a treva física e moral, que haja ao menos a chama de uma vela, até chegarmos a toda luz do luar”, disse o cantor, compositor e imortal da ABL.

Em seu discurso, Gil ainda saudou os acadêmicos, os amigos, a família (em especial a mulher, Flora) e os seus pais, a professora primária Claudina e o médico José Gil Moreira (“a eles devo o meu amor às letras e à música”). E fez longas menções aos ocupantes anteriores da Cadeira 20: o patrono Joaquim Manuel de Macedo (“um nome a merecer resgate, para além de sua eterna ‘Moreninha’”), o fundador Salvador de Mendonça, o “poeta, satiristra e boêmio” Emílio de Menezes, Humberto de Campos, Múcio Leão, Murilo de Melo Filho (seu antecessor imediato) e o general Aurélio de Lyra Tavares – nome que teve certo desconforto em dizer, por tratar-se “de um dos três integrantes da Junta Governativa Provisória que comandou o Brasil de 31 de agosto a 30 de outubro de 1969” — a mesma que levou Gil e Caetano a serem presos e exilados.

“Mas, ao contrário, na constatação de como gira, às vezes com ironia, a roda da História, do ponto de vista acadêmico, os que conheceram e conviveram com o general Lyra Tavares nesta Casa reiteram o seu comportamento sempre afável e solidário, sua cultura literária e histórica e sua dedicação aos valores que balizam a história da ABL”, amenizou Gil.

Seguindo os protocolos, Fernanda Montenegro entregou a Gil o colar de acadêmico; Arnaldo Niskier entregou a espada; Cacá Diegues entregou o diploma e Merval declara Gil empossado na cadeira 20.

Depois do discurso, esperavam os convidados acarajé e abará de Carina, baiana radicada no Rio, e tapioca. Uma festa baiana montada por Flora, segundo Gil, a pedido dos próprios colegas acadêmicos.

No discurso em que recebeu o canto e compositor na ABL, o acadêmico Antonio Carlos Secchin disse que a Casa é não apenas de Machado de Assis, mas também de José do Patrocínio, Dom Silvério Gomes Pimenta, Pereira da Silva, João do Rio, Domício Proença Filho e “de tantos, enfim, que na história da Academia marcaram e marcam, de modo indelével, a benfazeja herança da diversidade e a força da afro-descendência para a cultura e as letras do país”.

“A perspectiva de Gil, ampla, ecumênica, dissolve hierarquias e congrega alteridades. Experimentador de formas, explorador de um largo espectro temático, o cancioneiro de Gilberto Gil assombra pela complexidade e pela amplitude, pautando-se, ao mesmo tempo, por um princípio de clareza e comunicabilidade. A cadeira 20 vai comportar muitos Gilbertos. Por isso, equivoca-se quem supõe que a ABL esteja simplesmente acolhendo Gilberto Gil; na verdade, ao acolhê-lo, ela se engrandece com a chegada do múltiplo Gilberto Mil”, disse Secchin.

Domício Proença Filho exaltou a novidade de Gilberto Gil na Academia:

“Sua presença na ABL evidencia dois princípios reveladores da visão aberta da Casa: a integração de tradição e contemporaneidade; a concretização de uma entre as múltiplas e necessárias ações afirmativas da representatividade do negro na cultura brasileira”, disse.

Para o presidente da ABL e imortal Merval Pereira, a Academia “recebe com alegria o grande poeta Gilberto Gil, que representa a cultura popular brasileira de maneira sublime, e a cultura afrobrasileira como parte dela”:

“Gilberto Gil, além do mais, foi ministro da Cultura, podendo dar contribuições importantes no trabalho que a ABL desenvolve na defesa da língua e da literatura nacional. Sua presença na Casa de Machado de Assis expande, portanto, nossa abrangência cultural, nossa diversidade de representações”, afirmou.

Poeta e letrista de canções, o acadêmico Geraldo Carneiro festejou a eleição do colega:

“Gilberto Gil é um dos grandes exemplos de como a força da palavra se encantou na música brasileira e criou um repertório de imagens e ideias comuns a todos nós. A entrada de Gil na Academia é uma celebração da vida e da poesia traduzidas em música. Como já disse um poeta, é uma alegria pra sempre”, disse.

Já para a acadêmica Rosiska Darcy, a chegada de Gil a ABL “é de imensa importância, assim como foi a de Fernanda Montenegro, uma afirmação de que a ABL elege o que de melhor a Cultura Brasileira oferece, em sua formidável diversidade, nossa maior riqueza”:

“É uma eleição cheia de simbolismos, Gil é homem de muitos deuses, expressão estelar da Cultura Negra. A música popular acolhe grandes poetas de língua portuguesa, Gil é um poeta de excelência e, por isso, seu lugar é na Academia Brasileira de Letras”, afirmou.

Agência O Globo

Danilo reforça que Lula garantiu seu apoio “incondicional” na corrida ao Governo de Pernambuco

O ex-presidente Lula assegurou ao deputado federal Danilo Cabral, pré-candidato a governador, apoio ao arco de alianças da Frente Popular de Pernambuco na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas. Os dois pré-candidatos estiveram lado a lado, em São Paulo, no ato de apresentação do ex-governador Geraldo Alckmin como vice na futura chapa nacional PT/PSB.

“Tivemos, hoje, mais uma vez a manifestação de apoio do presidente Lula à nossa pré-candidatura, juntando Pernambuco em uma ampla frente democrática, a exemplo do que estamos fazendo no Brasil. O presidente manifestou seu apoio incondicional e único à nossa caminhada. E me disse que em breve estará manifestando isso de forma direta a todos os pernambucanos”, pontuou Danilo, que estava acompanhado do governador Paulo Câmara e do prefeito do Recife, João Campos.

Danilo afirma que a Frente Popular de Pernambuco representa no estado o movimento em prol da democracia liderado por Lula e Alckmin no plano nacional.

“O ato de hoje é muito mais do que a apresentação do nome do ex-governador Geraldo Alckmin como pré-candidato a vice representando o PSB. Na chapa junto com o presidente Lula, ele representa o primeiro movimento estruturado e objetivo de construção da frente ampla em defesa da democracia, da soberania, dos direitos dos mais vulneráveis. E um enfrentamento mais objetivo que precisamos fazer contra o Bolsonaro”, argumentou.

Vice-presidente nacional do PSB, Danilo também enalteceu as credenciais de Alckmin para representar o PSB na chapa presidencial. “A figura do governador Alckmin, pela sua trajetória de vida pessoal, pela sua trajetória de vida política, traz um conjunto de valores que são fundamentais nesse momento que o Brasil passa. A decência, honestidade; a capacidade de diálogo que ele consegue ter com amplos setores. A defesa que ele fez da liberdade e da democracia são atributos que conferem a ele a melhor alternativa que nós podemos ter para construção dessa frente ampla”, finalizou.

Blog da Folha

Miguel Coelho pretende criar programa de renda para famílias pobres de Pernambuco

O pré-candidato ao governo do estado, Miguel Coelho (União Brasil), afirmou nesta sexta-feira (08) que pretende criar um programa social para transferência de renda para a população mais pobre. Segundo dados do IBGE, as famílias da Região Metropolitana do Recife possuem a pior renda de todo o Brasil entre os que ganham menos. Diante desse cenário, Miguel tem a ideia de criar um programa que funcione como “guarda-chuva”, abarcando outras políticas sociais, e que tenha duração inicial de 12 meses, permitindo que as famílias saiam da condição de pobreza extrema.

“A Região Metropolitana do Recife tem uma das piores médias de renda do Brasil. A nossa proposta é ter um programa social, além dos que já existem, mas um programa guarda-chuva, perene, de 12 meses, e o ponto de entrada será a renda das famílias. Até porque, hoje, de acordo com o IBGE, você tem uma média no Recife de pouco mais de R$ 100,00 nas classes mais vulneráveis e mais pobres do nosso estado. Com R$ 100,00, a pessoa não consegue sequer garantir a comida, o mínimo”, disse o pré-candidato em sabatina na rádio CBN Recife.

Ex-prefeito de Petrolina, Miguel explicou que o município do Sertão do São Francisco está na contramão do quadro observado na Região Metropolitana. A cidade sertaneja é a que mais gera emprego em Pernambuco (8ª no Brasil) e com melhor qualidade de vida no Nordeste.

“Tenho muito orgulho de tudo que a gente conseguiu construir em Petrolina. Conseguimos fazer da nossa cidade referência na educação, na saúde e no social. Petrolina tem a maior nota da política social de Pernambuco, que é o índice de desenvolvimento social, ou seja, tem a melhor política de acolhimento, de poder olhar pelos mais simples e vulneráveis, e isso nos traz uma experiência. Claro que o estado é muito maior, uma dimensão ainda mais complexa, mas com humildade e somando esforços a gente poderá trazer o que foi feito de bom em Petrolina, mas também de outros estados de referência”, afirmou.

Blog da Folha

Morre o médico, ator e escritor pernambucano Reinaldo de Oliveira, aos 91 anos

Morreu neste sábado (9) o médico, ator e escritor pernambucano Reinaldo de Olivera, aos 91 anos. A família não informou a causa da morte. O velório será às 15h, no Morada da Paz, localizado no município de Paulista. O enterro acontece às 18h.

Reinaldo ocupava a cadeira número 24 da Academia Pernambucana de Letras. Referência na história do teatro pernambucano (Reinaldo era filho de Waldemar de Oliveira, fundador do Teatro de Amadores de Pernambuco), Reinaldo também guardava outra paixão: a medicina.

“Academia Pernambucana de Letras manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do acadêmico Reinaldo de Oliveira e apresenta sinceras condolências aos seus familiares e amigos”, diz a APL, em nota.

Em 2018, Reinaldo lançou na sede da Academia sua biografia: “Reinaldo de Oliveira – Do bisturi ao palco”, editada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe).