ARTIGO — 3ª Guerra Mundial: a falta de ética e a perda da humanidade

Por Samuel Sabino

O mundo está à beira de um abismo. Pela primeira vez, desde a Guerra Fria, se considera como risco real o início de uma 3ª Guerra Mundial. A instabilidade, econômica e política, se deve principalmente ao aumento das tensões entre Estados Unidos e Coréia do Norte. Recentemente, o chefe de estado da Coréia, Kim Jong-un, acusou os governos americano e sul-coreano de conspirarem para assassiná-lo.

Antes disso, a movimentação de um porta aviões americano para a Península Coreana foi encarada como uma provocação de guerra, sendo motivo de troca de ameaças entre as nações. Poderíamos escrever um livro com as informações sobre cada provocação e manobra realizadas pelos dois lados. Isso porque, as tensões podem ter se intensificado nos últimos meses, mas datam de muitas décadas.

A instabilidade se ampliou, em grande parte, por conta da subida de Kim Jong-un ao poder nos últimos anos e sua constante atitude provocativa. Para completar o quadro, as eleições norte americanas colocaram Donald Trump na Casa Branca, e este vem adotando cada vez mais posturas de incentivo ao conflito, já que ele prometeu “tornar a América grande novamente” e sua principal indústria é a da guerra.

Basicamente, a cada semana há uma nova atitude de provocação, ou de um lado ou de outro, todas imprudentes e que aproximam o mundo de um ponto de ruptura. Não coincidentemente, o início dos atritos entre Coréia do Norte e os EUA se iniciaram durante a Guerra Fria.

Na época, a Coréia se dividiu entre do Sul e do Norte, sendo uma parte apoiada pelos EUA e outra pela extinta URSS. Com líderes extremamente nacionalistas, ambos os lados começaram uma guerra para dominar sua outra parte e unificar o país, conflito esse que nunca terminou oficialmente, mesmo que hoje exista um cessar fogo motivado por receios de conflito com os aliados de cada Coréia.

Graças as mudanças geopolíticas, a Coréia do Norte se aliou à China, enquanto que a Coréia do Sul continuou sob proteção norte americana. Com a entrada dos programas nucleares da Coréia do Norte em cena, as tensões começaram a se ampliar até que nos dias atuais ameaçam iniciar a guerra nuclear que nunca se concretizou durante o último confronto entre os dois países.

Apesar desse conflito ter fatores históricos e muito antigos, a verdade é que os atritos só chegaram a esse ponto devido a total falta de ética dos atuais governantes de ambas as nações, algo que não era visto com tamanha proporção, desde a 2ª Guerra Mundial.

Atualmente, ele é considerado iminente justamente por causa da soberania de ambos os estados. Como a lei segue após a ética, ela considera apenas uma parte de uma postura digna. Quando a lei é criada pelo governo, raramente o governo é provado como criminoso, e todas as ações, inclusive provocativas para com outras nações, são consideradas legais e dentro da significância da soberania nacional.

O problema é que essas nações esquecem de levar em conta que a soberania nacional do outro país também existe e, por isso, não se pode fazer o que quiser. Na verdade, eles não se “esquecem”, apenas apontam armas nucleares uns para os outros e quem estiver no meio que seja dizimado por uma guerra pela qual não pediram.

Essa postura, sancionada pela lei, só poderia realmente ser parada se considerada a ética. A moral antecede a obrigação legal. A guerra nasce do abandono da moral, pois na guerra não se presa pela dignidade humana. É somente através da moral que se constrói a verdadeira humanidade e, quando se abandona isso, a lei é tudo que resta, os poderosos manipulam a lei a seu favor e o mais forte ganha sobre o mais fraco. Nos condicionamos ao mesmo patamar dos animais.

Foi em uma carta de Albert Einstein para Sigmund Freud, dois dos maiores pensadores de todos os tempos, que houve uma das mais importantes discussões sobre de onde vem a guerra e como impedi-la. A conclusão de ambos está justamente na aplicação da ética ao comportamento humano, de forma que ele se reflita no comportamento de uma nação.

É preciso abrir mão da liberdade de guerrear, para que haja a liberdade de viver. Ser humano é utilizar a capacidade de abstração, de evolução, para se libertar do instinto animal que presa pelo conflito e pelo controle do mais forte e fazer valer a igualdade advinda de um dos mais importantes instintos humanos, o de amar.

A ética é isso, aplicar racionalmente o amor à toda uma sociedade, pois se não é possível amar a todos, já que isso é utópico nesse estágio evolutivo do ser humano, aplicar o amor de forma racional, através do respeito ao outro, é a prática da moral, é a ética real.

A humanidade é algo que se constrói. Ela vem do esforço moral de conviver com o próximo respeitando sua dignidade. É somente através disso que se pode evitar a guerra. É uma atitude que começa e se encerra no indivíduo e se espalha para a sociedade à medida que se constroem humanos melhores.

Se os conflitos concretizarem uma 3ª Guerra Mundial, o mundo pode realmente regredir a épocas sombrias, onde a falta de ética pode levar a total perda da humanidade. A responsabilidade é de cada indivíduo na prática ética cotidiana.

Caminhada centralina na Série D inicia neste domingo

Álvaro

Pedro Augusto

O Central fará a sua estreia na Série D 2017, neste domingo (21), quando enfrenta o Sousa, a partir das 17h, no Estádio Marizão. O confronto será válido pela primeira rodada do grupo A7. Pela mesma chave, o Coruripe recebe o Juazeirense, no mesmo dia, mas às 16h, no Gerson Amaral. Esta será a sétima vez em que a Patativa disputará a 4ª Divisão. Sua melhor campanha na competição ocorreu em 2009, quando alcançou a 12ª colocação. Apesar dos vários problemas acumulados desde o início da temporada tanto dentro como fora do campo, a equipe caruaruense chega como uma das mais cotadas do grupo para avançar de fase.

Para isso, estará contando com o comando do treinador Álvaro Gaia, que preferiu deixar os problemas extra-campo em Caruaru, antes de embarcar para o solo paraibano. “Pouco tempo para treinar, jogadores se conhecendo, derrota em jogo-treino, dificuldades externas, agora, tudo isso precisa ser deixado de lado. Nosso principal pensamento é de fazermos uma boa apresentação e sairmos da Paraíba com um resultado positivo. Teremos de nos superar. O Sousa teve um tempo maior de preparação, possui um elenco qualificado, mas também contamos com atletas que podem fazer a diferença. Buscaremos os três pontos”.

Do plantel que disputou o último Estadual restaram apenas poucos jogadores que continuam vestindo a camisa alvinegra. Esses são os casos do goleiro Murilo, do lateral-esquerdo Altemar, do volante Vagner Rosa, dos atacantes Azul e Robinho, dentre outros. Já o restante do elenco está sendo composto por atletas recém-promovidos da base e por contratados através da parceria firmada entre o clube caruaruense e o empresário Márcio Granada.

Sobre os rumores que estavam circulando na imprensa local, até o fechamento desta matéria, a respeito da possível quebra de acordo entre os dois parceiros, o gerente de futebol do Central, Adrinaldo Barbosa, não quis entrar em mais detalhes, mas ressaltou que o planejamento para a Série D continua o mesmo.

“Ainda não conversei com o presidente do Executivo, Lícius Cavalcanti, sobre o assunto, tampouco com o Granada, mas afirmo para vocês do Jornal VANGUARDA que daremos sequência à programação que foi feita para a viagem até a Paraíba com todo o elenco e a comissão técnica formada. Até porque, é importante lembrar que todos os profissionais que estão fazendo parte hoje do nosso departamento de futebol possuem contratos vigentes e suas eventuais quebras acarretariam em multas que não podem ser arcadas pelos mesmos. Acredito que o Lícius e o Granada chegarão na melhor proposta para o nosso Central”, comentou Adrinaldo.

Outros representantes

Além da Patativa, Pernambuco estará sendo representado por mais dois clubes na Série D 2017. Serão eles: o América e o Atlético. Integrante do grupo A6, o Periquito visita na estreia o Guarani de Juazeiro, neste domingo, a partir das 16h, no Estádio Morenão, já o Atlético recebe o Campinense, no mesmo dia e horário, no Paulo Petribu.

Congresso Mega Brasil é o maior evento de comunicação corporativa

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Entre os dias 23 e 25 de maio, acontece a 20ª edição do Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas. Neste ano, o tema central irá debater além da comunicação, os desafios da transversalidade no universo corporativo. Até o dia 21 de maio, os interessados podem se inscrever com valor promocional.

“Será nosso mais instigante evento”, diz Marco Rossi, diretor da Mega Brasil e um dos mentores do Congresso, mencionando o grau de ousadia do tema, formato e grupo de convidados. “Entendemos que o evento fará a comunicação transcender e o evento virar um marco na história profissional e de vida dos participantes”, conta.

As atividades presentes no Congresso Mega Brasil terão as mais variadas temáticas: inovação, inteligência artificial, realidade ampliada, pós-verdade, social commerce, geração millenium, compliance, startups e gameificação. “Esses temas são plano de fundo para qualquer corporação e grupo de profissionais, que hoje buscam sucesso e reconhecimento em uma sociedade marcada pelas novas tecnologias”, comenta Rossi.

Entre os mais de 50 convidados, podemos destacar alguns nomes de projeção nacional, como o filósofo e escritor Luiz Felipe Pondé, o cientista-chefe da IBM Fábio Gandour, a psicóloga e escritora Meiry Kamia, o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima (integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato) e do engenheiro espacial Lucas Fonseca (da Missão Garatéa I).

São João de Caruaru vai ter loja com souvenirs

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Responsável pela identidade visual do São João de Caruaru, o estilista mineiro Ronaldo Fraga, um dos nomes mais celebrados na moda e no design, reuniu-se, nessa quinta-feira(18), com o presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, Lúcio Omena, com os pesquisadores do Núcleo de Design da UFPE campus Agreste, Izabela Domingues e Charles Leite, e os produtores Karina Hoover e Walter Holmes. O designer veio acertar os últimos detalhes das artes para os festejos juninos.

O resultado agradou tanto que decidiram, pela primeira vez no São João da cidade, criar uma lojinha com souvenirs com o design de Fraga para o São João. Os stands vão ficar no Polo Cultural, na Estação Ferroviária, e nos dois shoppings da cidade. Serão produzidos canecas, bottons, copos, lenços, capas de celular, ecobags, moleskines, canetas, chapéu, guarda-chuvas e outros produtos. O Projeto Estampa Caruaru une o polo de confecção com a nossa maior vitrine, que é o São João.

No encontro, o presidente da FCTC, Lúcio Omena, também anunciou que o São João vai ter uma exposição de artes plásticas no Polo Cultural, localizado na Estação Ferroviária. Entre os artistas que vão constar na mostra, Gineton Magalhães, homenageado desta edição.

Sobre a marca – Para um novo modo de cuidar da cidade, uma nova marca. O São João, que é a principal festa de Caruaru, em 2017, tem uma marca que une um dos maiores artistas brasileiros com o Núcleo de Design da Universidade Federal de Pernambuco. O designer Ronaldo Fraga, embaixador da cultura brasileira para o mundo, uniu-se aos coletivos caruaruenses para debruçar-se sobre a grandeza que é a maior festa nordestina. O resultado foi a produção de uma estampa inspirada nas quadrilhas juninas vistas pelo alto, que se transformou num xadrez, elemento característico da nossa festa. O Projeto Estampa Caruaru une o polo de confecção com a nossa maior vitrine, que é o São João.

5 dicas para alavancar as vendas nos marketplaces  

O Mercado Livre já é a principal fonte de renda de 320 mil pessoas na América Latina – mais de 100 mil só no Brasil. Com tanta gente apostando no marketplace, é necessário investir em diferenciais para chamar atenção dos clientes e driblar a concorrência acirrada.

De acordo com Frederico Flores, especialista em comércio eletrônico e CEO da Becommerce – maior plataforma para gestão de vendas em marketplaces do Brasil –, ferramentas que otimizam os processos e dobram as vendas são as melhores alternativas. “Alavancar as vendas, entregar no prazo e fazer anúncios atrativos são algumas das preocupações dos lojistas que vendem no marketplace. Para facilitar o dia-a-dia do lojista, algumas atitudes simples podem ajudar. Além disso, já existem ferramentas que otimizam as vendas e permitem o aumento no faturamento da loja”, explica Frederico.

O especialista aponta alguns caminhos e dá 5 dicas para o micro e pequeno empreendedor vender cada vez mais nos marketplaces,

Título dos anúncios: ao fazer uma busca no Mercado Livre, por exemplo, o “primeiro passo” para chamar a atenção do cliente com certeza é o título, portanto, abuse dos 70 caracteres permitidos e deixe seu anúncio o mais atraente possível. Ficar ligado nas tendências de busca da categoria, usando as palavras mais pesquisadas é um tiro certeiro.

Fotos dos produtos: para atrair mais clientes, o ideal é fazer as fotos com fundo branco e apostar na alta definição. Imagens com aspecto “amador” não passam uma boa impressão aos clientes e, por este motivo, é imprescindível divulgar ótimas fotos.

Frete e pagamento: oferecer aos usuários diversas formas de pagamentos e opções de fretes é essencial para quem quer ter sucesso nos shoppings virtuais. Pesquisas apontam que um dos principais motivos para o “abandono de carrinho” é o alto valor do envio. Então procure oferecer frete grátis para seus produtos – mesmo que você tenha que aumentar o preço um pouquinho nesses casos. 

Atendimento ao cliente: oferecer uma boa experiência de compra ao seu cliente passa diretamente pelo atendimento. Portanto, retorne os e-mails e dúvidas dos usuários rapidamente e seja claro nas respostas. Estatisticamente, quem responde às perguntas primeiro, aumenta suas chances de vender – mesmo com preço mais alto. Essa é uma boa oportunidade de fazer valer a qualidade e agilidade do seu serviço.

Automatize sua loja: administrar e automatizar todas as etapas de vendas em marketplaces exigia dedicação e um investimento que nem todos os lojistas possuíam. Porém, hoje já existem soluções bastante acessíveis para ajudar no gerenciamento das lojas – desde o recebimento de um pedido online até sua entrega. A Becommerce (www.becommerce.com.br), por exemplo, é uma ferramenta que gerencia todas as etapas de vendas em marketplaces. Por meio da plataforma é possível controlar os anúncios, responder as perguntas dos possíveis clientes e fazer a qualificação dos usuários de forma automática – facilitando a vida do lojista e permitindo aumento significativo nas vendas. 

CaruaruPrev convoca servidores inativos e pensionistas para o recadastramento

O CaruaruPrev convoca os servidores inativos e pensionistas para o recadastramento, que será realizado do dia 01º de junho ao dia 11 de julho, das 14h às 17h.

Vale lembrar que o calendário foi estruturado de acordo com a data de nascimento do segurado, será divulgado no site da prefeitura e entregue junto com o contra cheque deste mês. Em caso de dúvidas, o servidor pode dirigir-se à sede do CaruaruPrev, que fica situado no Centro Administrativo, na Avenida Rio Branco, 315, ou ligar para o número 81. 3721-9111.

ARTIGO — Juro alto é inútil e desperta dúvidas sobre ajuste fiscal

Por João Guilherme Sabino Ometto

É louvável o esforço do atual governo no sentido de promover um corte das despesas e realizar reformas, como a da previdência e trabalhista, há muito reclamadas pela sociedade. Nesse cenário, contudo, há um paradoxo: a Selic ainda elevadíssima, apesar de sua paulatina redução. Como uma das principais causas dos juros altos é exatamente o desequilíbrio fiscal, ao manter taxas altas, o Comitê de Política Monetária (Copom) sugere, mesmo que da maneira mais sutil possível, que nem mesmo as autoridades econômicas acreditam com firmeza na capacidade de se promover o equilíbrio entre receita e despesas da União.

Tal desconfiança é justificável, pois se sabe que os juros no Brasil têm sido reféns do problema fiscal. Com o Estado gastando muito, é difícil reduzi-los, pois os papéis que fazem a dívida pública girar no mercado financeiro precisam apresentar remuneração atrativa, sob pena de a União não conseguir manter-se adimplente. Acontece que a Selic reflete-se no rol das despesas, engrossando o déficit nominal. Não há milagre em contabilidade. Assim, se não se confia piamente na nova política fiscal, não se baixam as taxas da verdadeira “agiotagem” que o governo pratica contra ele próprio, as empresas, as famílias endividadas e a economia.

Além dessa contradição, que custou mais de R$ 500 bilhões no ano de 2015 em juros aos cofres públicos, não há qualquer sentido em se manter taxa de 12,25% ao ano num país com mais de 12 milhões de desempregados, com queda de mais de 7% do PIB acumulada em dois anos, que ainda não saiu da recessão e que, portanto, precisa, a todo custo, voltar a crescer. Na atual conjuntura, é inútil segurar a Selic num patamar elevado, pois a inflação já dá sinais claros de convergência para valores abaixo até da meta oficial, enquanto os danos à economia, às empresas e aos trabalhadores serão cada vez mais graves.

Conforme já mencionado acima, é possível constatar como o juro alto deixou um verdadeiro desastre para as contas públicas, pois, em 2013, o governo pagou quase R$ 250 bilhões em juros, mas em 2015, mais de R$ 500 bilhões. Sempre que a Selic sobe, o custo da dívida pública cresce, os investimentos produtivos diminuem e aumentam a especulação financeira e o desemprego. É uma equação matemática irrefutável, cujo resultado é um ciclo pernicioso, do qual o Brasil precisa livrar-se. Porém, não terá sucesso nessa meta se continuar praticando o juro real mais alto do mundo.

Todos esses problemas, testados no laboratório real da economia e da história de nosso país no presente século, evidenciam que a União Europeia, o Japão e os Estados Unidos agiram de modo correto, conseguindo retomar o crescimento, após o grande crash de 2008, adotando baixas taxas de juros. Não apenas isso, mas também colocando mais moeda em circulação, aquecendo o nível de atividade e gerando empregos. Tal política permitiu uma retomada da atividade econômica, movimento inverso ao que ocorre no Brasil, em que a demora da queda dos juros dificulta o combate à crise.

Para o agronegócio, que teve um início de 2017 bastante favorável, a queda dos juros também seria muito benéfica. Vários segmentos atrelados ao setor mostraram relevante recuperação em 2016, como o de insumos agropecuários. Deve-se considerar, ainda, que algumas atividades que vinham sofrendo havia algum tempo tiveram um excelente 2016. São elas a sucroalcooleira, citrícula e cafeeira (exceto a variedade Conilon). A tendência é que o bom desempenho repita-se este ano, mas a Selic menor ajudaria muito.

Baixar os juros de modo mais agudo, mais do que um estímulo à economia, seria um gesto do governo que aumentaria ainda mais a sua credibilidade perante do empresariado e a sociedade. Seria uma sinalização de que há confiança na política econômica, na capacidade de se conquistar o equilíbrio fiscal e na efetividade das reformas em curso. Com as taxas nas alturas, seguimos acreditando nas medidas que vêm sendo adotadas, mas com inevitável dose de ceticismo e a certeza de que a recuperação será muito mais lenta e sofrida. Assim, esperamos que se acelere a queda da Selic.

ARTIGO — Melhoram as expectativas

Por Maurício Assuero

No início de março, o governo federal comemorou um aumento no nível do emprego (em fevereiro foram abertos 36 mil novos empregos com carteira assinada) e nós fizemos um comentário aqui de que deveríamos esperar para saber o que estávamos comemorando. Ao que tudo indica foi um movimento específico do mês favorecido, por exemplo, pelo Carnaval. Em detrimento, em março chegamos a 14,1 milhões de desempregados.
Agora, concomitantemente, ao anúncio de outros fatores como redução na taxa de juros, inflação dentro da meta prevista, indicativos de que o volume de operações via FINAME tem crescido, somos levados a crer que a economia começa a sair do rinque de patinação no geloa qual estava flutuando. Note que não basta que ocorra estes movimentos, muito bem vindos. É preciso que haja sustentação, ou seja, que tenhamos políticas que respaldem, que amparem, esse movimento virtuoso.

Uma das questões fundamentais é a renegociação das dívidas dos municípios, mas é uma grande pena que isto esteja sendo usado como moeda de troca na aprovação da reforma da presidência. Agora, vejam o contraditório: a reforma da previdência é o principal argumento para o país voltar a crescer e o governo aceita que os devedores da previdência possam pagar suas dívidas em 200 meses. Mas, como isso é possível se a previdência não tem dinheiro? Importante dizer que para os municípios esta renegociação é fundamental.

Um fato que deve ser mencionado é a redução no risco país. No início de fevereiro o risco país estava em 270 pontos e fechamos o mês com 259 pontos, ou seja, uma redução de 4,07% (num mês!), mas comparando ao início do ano, esta redução chega a 21%. Notadamente já mostra que o investidor externo tem se acomodado em relação as diversas crises que o Brasil propicia. Não dá ainda para falar em confiança nas instituiçõesporque o principal torpedo contra o sistema financeiro ainda está por vir (entenda-se: a delação premiada de Antônio Palocci) e seguramente isso vai abalar a confiança no mercado, visto que há nomes fortes na iminência de ser envolvido nesse rio de podridão.

Adicionalmente, está previsto para o próximo mês (mais precisamente 06/06) o início do julgamento no TSE – Tribunal Superior Eleitoral do processo que pode alijar Michel Temer da presidência da república. Nesse contexto, imaginem este país governado por Rodrigo Maia ou por Eunício Oliveira, ambos citados nas planilhas da Odebrecht. Não vai ser fácil.

Desemprego atinge em cheio os aposentados

O alto e crescente índice de desemprego também afetou a massa mais experiente de trabalho. É o que revela recente levantamento sobre aposentados ou em idade para se aposentar realizado pela VAGAS.com, empresa de soluções tecnológicas para recrutamento e seleção. De acordo com a pesquisa, 72% dos respondentes afirmaram que estão sem emprego. Em 2012, ano do primeiro estudo, esse percentual era de 48%.

“O desemprego também está castigando quem mais poderia contribuir em períodos de dificuldade. Os profissionais da terceira idade também sentiram na pele a queda nas ofertas de emprego e a procura das empresas por pessoas mais experientes. Essa diminuição do interesse das empresas é reflexo da crise e da falta de novas oportunidades no mercado de trabalho”, explica Rafael Urbano, coordenador da pesquisa na VAGAS.com.

O estudo “aposentados ou em idade para se aposentar no mercado de trabalho” foi realizado de 13 a 20 de fevereiro deste ano por e-mail para uma amostra da base de currículos cadastrados no portal de carreira VAGAS.com.br, contemplando homens e mulheres com mais de 60 anos. O objetivo da pesquisa era entender o comportamento desse público, como lidam com o mercado de trabalho e quais são suas aspirações. Os 2367 respondentes são, em sua maioria, homens (85%), possuem idade média de 62 anos, nível superior (44%) e renda de R$ 1734 a R$ 7474 (45%).

Aposentados sofrem com a crise

A pesquisa mostra que 62% estão aposentados. Em 2012, essa mesma massa era de 82%. Do total de respondentes que estão aposentados, 76% não trabalham mais ou estão sem emprego contra 53% em 2012.

O levantamento procurou investigar com essa base de aposentados que está sem emprego ou não trabalha (76%), se está procurando trabalho ou pretende voltar ao mercado. Quase que a totalidade (99%) acenou positivamente para essa possibilidade.

“É um indicador muito importante e que revela que quase a totalidade dos aposentados tem a intenção de retornar ao mercado de trabalho. Esse interesse pela volta pode ser caracterizado pela queda na renda e consequente necessidade de complementação do orçamento”, conta Rafael.

Cai a procura por aposentados

Na era do pleno emprego, era comum as empresas recorrerem aos profissionais mais experientes e qualificados para atender a uma alta demanda do mercado. Hoje, o cenário é mais adverso. A pesquisa revela que apenas 17% dos aposentados que estão sem emprego ou não trabalham mais (76%) receberam alguma proposta de emprego nos últimos três meses. Em 2012, 36% foram sondados para voltar ao trabalho.

“O mercado está retraído e com poucas oportunidades. Há alguns sinais de melhora e retomada, mas ainda pouco consistente. Com esse quadro, fica mais difícil as empresas buscarem mais profissionais e isso passa pela procura de aposentados”, detalha Rafael.

O estudo também procurou entender os motivos que estão levando os aposentados desempregados e que não trabalham mais a retornar ao mercado de trabalho. De acordo com os resultados da amostra, 57% pretendem ter uma renda extra para complementar o orçamento. Há cinco anos, essa fatia era de 47%. Ganhar uma renda extra para pagar dívidas foi apontado por 15%. Em 2012, somavam 9%. Na primeira pesquisa, 7% pretendiam voltar a trabalhar para ganhar uma renda extra e poupar dinheiro. No estudo atual, essa parcela é de 10%.

“Com a crise, muitas pessoas precisaram encontrar uma forma de incrementar a renda para conseguir arcar com as despesas mensais. Esses números mostram que para os aposentados não foi diferente. Estão de olho em oportunidades para honrar seus compromissos ou até mesmo ter uma reserva para enfrentar as adversidades que surgem a cada momento. ”, analisa o coordenador do estudo.

Essa mesma massa de desempregados (76%) informou o que pretende fazer caso consiga uma nova oportunidade. 68% aceitam trabalhar em qualquer área, desde que haja oportunidade. Em 2012, 60% apontavam para essa mesma opção. Permanecer na mesma área em que sempre trabalhou representam 25%. Retornar a uma antiga área, 6%. E 2% pretendem atuar em uma área que nunca trabalhou.

Aumenta o número de aposentados que pretendem trabalhar de 5 a 10 anos

De acordo com os resultados da pesquisa, aumentou a quantidade de aposentados que estão sem emprego ou que não trabalham (76%) com disposição para trabalhar de 5 a 10 anos: somam 43% ante 40% na pesquisa anterior (2012). Mais que dobrou também aqueles que pretendem continuar no mercado de 10 a 15 anos, saltando de 8% em 2012 para 17% neste ano. Para 19%, até 5 anos é o tempo ideal para continuar na ativa. Representaram 4% aqueles que idealizam trabalhar por mais de 15 anos e, para 19% do total de respondentes, trabalhar até os últimos dias da vida.

Na ativa, aposentados pretendem trocar de emprego e ganhar menos ou a mesma quantia

O levantamento checou também o comportamento dos aposentados que ainda trabalham (24%). Segundo o estudo, 81% pretendem mudar de emprego. Em 2012, esse grupo era de 80%.

Ao compararmos as pretensões do grupo que está sem emprego ou não trabalha (76%) com a massa dos aposentados que ainda trabalham (24%) sobre o período que ainda pretende trabalhar, o resultado é muito semelhante. Para os 24% de aposentados que trabalham, a maior parcela vai concentrar seus esforços de 5 a 10 anos (43%). Para 16%, o ideal é de 10 a 15 anos. Até 5 anos é o tempo mais adequado para 15%. De acordo com 22%, até os últimos dias da vida e, 4%, mais de 15 anos.

Na pesquisa com todos os grupos, também foi verificado qual era a pretensão salarial em relação ao último ganho. Aumentou a presença daqueles que querem ganhar a mesma quantia que anteriormente: saltou de 13% em 2012 para 22% em 2017. O grupo que aceita ganhar um pouco menos que antes, também cresceu, passando de 1% em 2012 para 6% neste ano. A turma que busca acréscimo de 50% ou mais também caiu bastante, saindo de 36% para 26%. De 10% a 20% a mais, recuou também, indo de 14% para 10%. No grupo daqueles que almejam de 21% a 30%, o decréscimo foi 16% para 12%.

Unifavip aprova trabalhos em eventos nacionais de Direitos Humanos

Caruaru será representado por trabalhos dos alunos da DeVry-Unifavip em um dos eventos internacionais mais importantes no debate sobre gênero e contemporaneidade o direito da mulher. Durante o 13º Mundos de Mulheres & Fazendo Gênero, em Florianópolis, os alunos irão apresentar pesquisas defender os trabalhos com as seguintes temáticas: “Faces do conservadorismo e lutas de gênero em espaços digitais: relatos e ativismo”, “A hermenêutica diatópica e o reconhecimento de um feminismo intercultural: ativismo, emancipação e cultura muçulmana” e “Pedaços de Carne: assistência psicológica à mulher vítima de crimes sexuais e as repercussões de gênero no direito penal”. O evento acontecerá na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, entre os dias 30/07 e 04/08.

Outros Os dois trabalhos foram apresentados no começo deste mês (maio) na XVIII Conferência Brasileira de Folkcomunicação – Recife, também visto como um dos mais importantes eventos do Brasil na área de Comunicação e Direito. Os temas foram: “Meio ambiente, Terra e Direitos Indígenas: uma análise da PEC 215/2000” e “Mídia e Autoritarismo no Brasil: sobre trajetos e marcas discursivas”. O evento aconteceu na Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE.

Seguem os trabalhos que foram aprovados:

01. “Meio ambiente, Terra e Direitos Indígenas: uma análise da PEC 215/2000”
Autores/as: Alicia Oliveira (3º Período); Hávitha Julianne (3º Período) e Fernando Cardoso
Evento: XVIII Conferência Brasileira de Folkcomunicação – Recife
Realização: 02 a 05 de maio de 2017
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE

02. “Mídia e Autoritarismo no Brasil: sobre trajetos e marcas discursivas”
Autoras/os: Rachel Farias (5º Período) e Fernando Cardoso
Evento: XVIII Conferência Brasileira de Folkcomunicação – Recife
Realização: 02 a 05 de maio de 2017
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE

03. “Faces do conservadorismo e lutas de gênero em espaços digitais: relatos e ativismo”
Autor: Cláudio Gomes (3º Período)
Evento: 13º Mundos de Mulheres & Fazendo Gênero 11- Florianópolis
Realização: 30/07 a 04/08 de 2017.
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

04. “A hermenêutica diatópica e o reconhecimento de um feminismo intercultural: ativismo, emancipação e cultura muçulmana”
Autora: Maria Rita Piancó (5º Período)
Evento: 13º Mundos de Mulheres & Fazendo Gênero 11- Florianópolis
Realização: 30/07 a 04/08 de 2017.
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

05. “Pedaços de Carne: assistência psicológica à mulher vítima de crimes sexuais e as repercussões de gênero no direito penal”
Autores/as: Alex Magalhães (7º Período) e Samara Crismarques (7º Período)
Evento: 13º Mundos de Mulheres & Fazendo Gênero 11- Florianópolis
Realização: 30/07 a 04/08 de 2017.
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

*Esses estudos são resultado das pesquisas que vêm sendo desenvolvidas no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre Direitos Humanos (GEPIDH/UNIFAVIP), que tem a coordenação conjunta dos professores Aristóteles Veloso, Walter Lisboa e Fernando Cardoso.