Decreto inclui pessoas com deficiência em cotas de universidades federais

Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

As universidades federais e os institutos federais de ensino técnico de nível médio deverão reservar parte das vagas destinadas às cotas de escolas públicas a estudantes com deficiência. A reserva deverá ser na mesma proporção da presença total de pessoas com deficiência na unidade federativa na qual está a instituição de ensino, segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A nova regra, publicada hoje (24) no Diário Oficial da União, altera o Decreto 7.824/2012, que regulamenta o ingresso por cotas nas instituições federais.

Atualmente, as instituições federais já devem reservar pelo menos 50% das vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Dentro dessa reserva, pelo menos metade deve ser preenchida por estudantes com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio por pessoa, o equivalente a R$ 1.405,50. Essas regras estão mantidas.

O decreto de 2012 já estabelecia também a reserva de vagas a estudantes pretos, pardos e indígenas, na mesma proporção da presença na unidade federativa. Agora, foi incluída também a reserva para estudantes com deficiência.

As instituições de ensino terão 90 dias para se adaptar. Nesse prazo, o Ministério da Educação deverá editar os atos complementares necessários para a aplicação dos novos critérios.

Dívida pública sobe em março para R$ 3,2 trilhões

A Dívida Pública Federal, que inclui o endividamento interno e externo, aumentou em março. O saldo da dívida subiu 3,17% em termos nominais, ficando em R$ 3,234 trilhões. Os dados foram divulgados hoje (24) pelo Tesouro Nacional, em Brasília.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), em circulação no mercado nacional, teve o estoque ampliado em 3,08% e ficou em R$ 3,113 trilhões.

O estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe) registrou aumento de 5,59% sobre o apurado em fevereiro, encerrando março em R$ 120,3 bilhões (US$ 37,97 bilhões).

A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta. A variação pode ocorrer também pela assinatura de contratos de empréstimo.

Neste caso, o Tesouro toma empréstimo de uma instituição ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos.

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida pública poderá fechar este ano entre R$ 3,45 trilhões e R$ 3,65 trilhões.

Mercado financeiro espera que inflação feche o ano em 4,04%

O mercado financeiro espera que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fique em 4,04% este ano. Essa é a sétima redução seguida na projeção, de acordo com pesquisa semanal – Boletim Focus – do Banco Central (BC) feita junto a instituições financeiras e divulgada às segundas-feiras, em Brasília. A estimativa da semana passada era 4,06%.

Com a inflação em queda e a economia em recuperação, a expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2017, é 8,5% ao ano. Essa também é a projeção para o final de 2018 (8,5% ao ano). Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano.

Reflexos nos preços

A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) foi ajustada de 0,40% para 0,43%, em 2017. Para o próximo ano, a projeção segue em 2,5% ao ano.

ARTIGO — Integração sistemas pode melhorar a gestão do seu negócio

Por Deivison Alves Elias

Administrar uma empresa exige a realização de inúmeras tarefas e a manutenção de um controle estrito sobre diversos aspectos. Faturamento, estoque, despesas com a folha de pagamento e tributos, gerenciamento financeiro… Garantir a exatidão e eficiência desses procedimentos é um verdadeiro desafio.

Contar com a integração de sistemas para gestão pode, portanto, fazer a diferença. Você já utiliza um? A integração de sistemas traz inúmeros benefícios para um negócio, especialmente quando ele não conta com uma grande equipe para realizar todas essas atividades. Confira como um sistema integrado pode beneficiar sua empresa:

1. Otimização de processos

Vamos primeiro rever como os processos ocorrem normalmente dentro de grande parte dos empreendimentos. Quando o cliente faz uma compra, um funcionário fatura o produto, certo? O próximo passo é dar baixa no estoque. O responsável pelo controle financeiro então utiliza as notas fiscais para fazer um levantamento das vendas realizadas, calcular os tributos que incidem sobre aquela operação e fazer toda a contabilidade. Até aí, tudo certo.

O problema é que, para que tudo isso aconteça, duas ou mais pessoas tiveram que fazer mais de uma vez a nota fiscal, a baixa no estoque, o controle financeiro e o cálculo dos impostos. Isso se chama retrabalho: no caso, um mesmo dado precisa ser lançado ou utilizado várias vezes em procedimentos específicos.

Com um sistema integrado isso não acontece, pois ele faz com que os departamentos “conversem entre si”. Isso significa que uma única ação — neste caso, o faturamento — já desencadeie todas as outras, automaticamente.

Dessa forma, você pode ter certeza de que todas as baixas e cálculos são feitos pelo sistema imediatamente, sem a necessidade de que o responsável tenha que executar novamente e conferir cada uma dessas tarefas. Assim, o processo é otimizado, trazendo muitas vantagens para o administrador e sua equipe.

2. Encolhimento no tempo necessário para a gestão

Como muitas das tarefas são executadas automaticamente no sistema, o tempo que antes era dedicado a essa burocracia pode ser utilizado para atender outras demandas.

Se você é o administrador de uma pequena empresa e precisa realizar todas essas ações, logo vai descobrir que a integração dos sistemas vai otimizar seu tempo. Assim, você ficará disponível para se dedicar a de outras atividades administrativas, que vão contribuir para o sucesso de seu negócio.

Portanto, se você sente falta de tempo para analisar os relatórios de sua empresa e elaborar estratégias para alavancar suas vendas, ou se sente que seu negócio poderia ter mais sucesso se pudesse promover ações ousadas de vendas e marketing, saiba que o fim dessa burocracia vai permitir a dedicação a essas atividades gerenciais.

3. Redução de custos e aumento da produtividade

Outro ponto importante é o fato de que, se antes sua empresa necessitava de funcionários para cuidar dessas tarefas burocráticas e repetitivas, isso não será mais necessário. Portanto, isso significa uma redução considerável na folha de pagamento ou o reaproveitamento de colaboradores em funções mais produtivas, como o atendimento ao cliente.

Além disso, por ter tudo integrado em um só lugar, sua empresa vai economizar com a impressão de controles e planilhas.

4. Melhoria na comunicação

Por possuir todas as informações reunidas em um único sistema, é possível que todos os envolvidos saibam da situação pertinente à sua função de forma rápida e precisa, sem a necessidade de realização de procedimentos adicionais.

Isso facilita a circulação de dados da empresa entre as pessoas que têm acesso àquela informação. O resultado é uma comunicação mais eficiente e um processo mais fluído para a realização de atividades e a tomada de decisões.

5. Minimização de erros

Como já mencionado, em uma gestão que não conta com o auxílio de um sistema integrado o processo é dividido em várias tarefas, executadas por uma ou mais pessoas. Na correria do dia a dia, é possível que algumas dessas atividades sejam esquecidas ou realizadas de forma equivocada, causando perda de tempo ou até problemas mais graves para os gestores.

Caso uma venda seja feita sem a devida atualização da planilha do estoque, tanto o vendedor quanto o gestor terão uma informação equivocada quanto à existência de determinados produtos — o que pode acarretar problemas com outros consumidores e para o gerenciamento financeiro.

Também é possível que a digitação errada de dados cause uma série de transtornos, que vão desde o tempo necessário para encontrar a fonte de um erro contábil, inexatidão no pagamento de impostos ou até mesmo sanções de órgãos de fiscalização.

Um sistema integrado evita todos esses problemas, visto que o faturamento de um produto já desencadeia os processos necessários automaticamente, sem a necessidade de retrabalho, e reduzindo drasticamente as chances de que esses erros aconteçam.

6. Gestão inteligente do estoque

O manejo do estoque é um dos fatores fundamentais para o sucesso de um negócio. Controlar excessos e evitar o desabastecimento são responsabilidades do gestor.

Ao mesmo tempo em que é necessário ter mercadorias em quantidade suficiente para atender à demanda dos clientes, também é preciso manter o estoque enxuto para não comprometer o fluxo de caixa e evitar o desperdício de produtos que permanecem parados até perderem sua validade.

Com a integração de sistemas para gestão, o administrador tem dados que apontam metas e futuras evoluções de vendas. Com isso, ele pode prever o tempo e o retorno do investimento, mantendo um estoque que garanta exatamente suas necessidades.

7. Visão gerencial

Uma das principais vantagens de um sistema de gestão integrada é sua capacidade de fornecer precisos relatórios gerenciais rapidamente, contemplando os dados estabelecidos pelo usuário.

A análise desses relatórios é valiosíssima para ajudar o gestor a tomar decisões para a condução do negócio baseada em dados confiáveis. Portanto, ela permite identificar produtos e serviços que geram maior lucratividade, e onde é importante investir para promover o êxito do empreendimento.

A integração de sistemas para gestão pode ajudá-lo a reduzir custos, otimizar os processos, garantir a precisão dos procedimentos e alavancar o sucesso do seu negócio.

*Deivison Alves Elias é diretor executivo com 12 anos de experiência em sistemas de gestão empresarial. Está a frente da Zipline, empresa responsável pelo eGestor – sistema ERP com mais de 10 mil micro e pequenas empresas atendidas.

Videoconferência com especialistas tira dúvidas de secretarias de educação a respeito de peças orçamentárias

No próximo dia 27, às 15h, a plataforma Conviva Educação promove gratuitamente uma videoconferência que vai apoiar as secretarias de educação municipais para entender melhor o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), conhecidas como peças orçamentárias. O objetivo é tirar as dúvidas dos gestores sobre as principais formas de planejamento que envolvem os governos federal, estadual e municipal.

A palestra tem duração prevista de 60 minutos e será conduzida pelo especialista do Conviva, Carlos Eduardo Sanches, pelo prefeito de Costa Rica (MS), Waldeli dos Santos Rosa e a vice-presidente da Undime e dirigente municipal de educação do mesmo município, Manuelina Martins Cabral. É possível acompanhar a videoconferência pelo site do Conviva Educação (http://convivaeducacao.org.br/platform/videoconferencia). Dúvidas podem ser enviadas para: contato@convivaeducacao.org.br.

Caruaru sedia 18º Encontro de Campeões da Viola

violeiro

No domingo, 30 de abril, Caruaru abre espaço para a realização do 18º Encontro de Campeões da Viola. O festival de repentistas contará com a participação de grandes ícones da cantoria nordestina, oriundos de várias partes do Nordeste e das mais diversas gerações. A organização é por conta do cantador Raimundo Caetano, paraibano radicado em Caruaru que tem mais de quatro décadas de viola e é uma das maiores expressões do repentismo, já tendo percorrido vários estados do Brasil e até países europeus. O evento começará às 15h, no Gonzagão Hall, no Alto do Moura.

O ‘cast’ do congresso será formado pelas seguintes duplas: Ivanildo Vila Nova e Severino Dionísio; Valdir Teles e Hipólito Moura; Helânio Moreira e Felipe Pereira; Raullino Silva e Rogério Meneses; Daniel Olímpio e Luciano Leonel; Edvaldo Zuzu e Zecarlos do Pajeú; Maximino Bezerra e Gabriel Silva. O evento ainda será abrilhantado pelos poetas declamadores Iponax Vila Nova e Espingarda do Cordel.

Durante o festival, cada dupla desenvolverá quatro modalidades da cantoria, a saber: sextilhas; mote em sete; mote em dez e mais um gênero de livre escolha dos poetas. São disponibilizados cinco minutos para cada etapa. Neste período, os cantadores terão de desenvolver estrofes improvisadas acerca do assunto, atendendo a exigências como rima, métrica, oração e estrutura dos conjuntos de versos.

A temática apresentada pelos cantadores repentistas é variada. Portanto, assuntos como Saudade, Sentimentos, Amor, Sertão, Conhecimentos Diversos e Atualidades deverão fazer parte das solicitações, sorteadas no palco, momentos antes de cada dupla se apresentar.

Com tantos anos de história, o evento já é considerado uma tradição entre os amantes da cultura popular. Mesmo assim, o organizador aponta as dificuldades para manter acesa a valorização da poesia nordestina na ‘Capital do Forró’. “Por vezes, chego a pensar que o festival vai se acabar, pois é muito difícil conseguir apoio”, lamenta Raimundo Caetano.

SERVIÇO

18º Encontro dos Campeões da Viola
Domingo, 30 de abril, a partir das 15h
Gonzagão Hall, Alto do Moura
Entrada: R$ 30

Temer perde apoio na Câmara às vésperas de reformas

Contando com a fidelidade dos parlamentares desde que assumiu a presidência, Michel Temer (PMDB) tem visto ruir sua relação com o Congresso nas últimas votações de projetos de interesse do Planalto. O atual presidente vinha se destacando desde que assumiu o governo, em 2016, com uma taxa recorde de apoio na Câmara.

No entanto, essa taxa de fidelidade às orientações do governo vem caindo de maneira constante desde o fim do ano passado, conforme aponta reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira (24).Em julho de 2016 a média de apoio ao governo na Câmara foi de 91%. O percentual revela o maior índice de governismo já registrado desde 2003. Já em abril deste ano, a taxa caiu para 79%.

Conforme dados do Basômetro, ferramenta do jornal que coleta dados de todas as votações nominais no Congresso e compara os votos dos deputados com as orientações do governo, nos primeiros 11 meses
de gestão, Temer registra 84%
de apoio na Câmara. De acordo com os dados apresentados, “nas primeiras 20 votações nominais do governo Temer, por exemplo, 92% dos deputados seguiram a orientação do Planalto. Já nas 20 mais recentes, apenas 68% fizeram o mesmo”, diz trecho da reportagem.

Nos próximos meses, o presidente precisará ainda mais das alianças e fidelidades dos parlamentares na Câmara para tentar aprovar duas das maiores reformas apresentadas por seu governo até aqui: reformas da Previdência e trabalhista. Na última semana, os parlamentares demonstraram que não estão tão afiados assim com o governo e rejeitaram pedido de urgência para acelerar a votação da reforma trabalhista. No entanto, no dia seguinte, após movimentação do Planalto, o governo conseguiu reverter e conquistar o apoio de sua base, que aprovou o regime de urgência para a tramitação da proposta.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), disse que os índices de fidelidade ao Planalto caíram a partir do momento em que o Planalto colocou em sua agenda questões reformistas. De acordo com ele, as propostas “ficaram mais duras e transformadoras”. Apesar disso, ele acrescentou que “os deputados estão compreendendo aos poucos que as reformas são necessárias para a retomada do crescimento econômico”.

Já o líder da minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que os parlamentares estão preocupados com o impacto da aprovação em suas bases eleitorais. “Deputado que apoia o governo Temer começa a ter medo da reação popular”, disse.

Fidelidade dos tucanos

Entre as siglas, o PSDB, partido que integra a base do governo, é uma das que teve menor queda no percentual de parlamentares que decidiram contrariar o planalto nas últimas votações. “Os tucanos passaram de 98% de apoio em dezembro de 2016 para 94% em abril deste ano – o que coloca o partido no topo do ranking de governismo na Casa, acima do próprio PMDB, partido do presidente”, diz a reportagem.

No caso do PMDB, a legenda passou de 98% de adesão no fim do ano passado para 92% agora. Já entre todos os partidos, o PSB e o PR registraram as maiores baixas às propostas de Temer – uma diminuição de 11 e 8 pontos porcentuais na taxa de adesão ao governo de dezembro até aqui. As duas siglas possuem, juntas, 74 deputados.

Reforma trabalhista permite que empregador reduza salário de funcionário

O projeto de reforma trabalhista que a Câmara programou para votar nesta semana anula, na prática, direitos constitucionais que protegem o trabalhador desde a década de 1940 e também previstos pela Constituição promulgada em 1988. O principal deles é a irredutibilidade dos salários para quem continua exercendo as mesmas funções em determinada empresa. A conclusão consta de estudos feitos por várias entidades sindicais, juristas especializados no assunto e até pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Se o texto apresentado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) virar lei, as empresas poderão reduzir os salários de todos os empregados para continuarem exercendo as mesmas funções. Para isso, basta demiti-los e recontratá-los em regime de terceirização ou por acordo fechado individualmente com cada funcionário. Pela proposta do parlamentar, nem mesmo a Justiça poderá interferir no assunto.

Segundo estudos feitos pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Marinho foi além do que o Palácio do Planalto desejava. Ele acrescentou mecanismos que eximem as empresas do recolhimento de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e até da contribuição para a Previdência. Isso será possível com possibilidade de contratação temporária e a troca da carteira assinada pela terceirização dos mesmos trabalhadores que continuam prestando serviços à mesma companhia.

Empobrecimento

“As consequências serão o empobrecimento do trabalhador a médio prazo, a redução da massa salarial geral do país e até o corte na arrecadação previdenciária e de tributos”, alerta o advogado José Eymard Louguercio, especialista no tema. O advogado lembra que Marinho acatou muitas das 850 emendas apresentadas pelos colegas ao texto enviado pelo governo ao Congresso. A proposta altera mais de 200 dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e de toda a legislação trabalhista vigente.

Rogério Marinho nega que o projeto retire direitos dos trabalhadores e afirma que vai modernizar a legislação e permitir a geração de empregos, ao dar segurança jurídica aos empresários e colocar na formalidade trabalhadores sem carteira assinada.

A Ordem dos Advogados do Brasil alerta que, a médio prazo, as mudanças não vão interessar sequer aos empregadores, já que a redução salarial vai ter como consequência a queda no consumo. “O projeto agride a Constituição e todo o sistema normativo, representa um retrocesso civilizatório com o desrespeito aos direitos adquiridos”, diz o presidente da Ordem, Claudio Lamachia.

Justiça e sindicatos

O relatório de Rogério Marinho, na prática, acaba com a Justiça trabalhista, porque impede reclamações nos tribunais regionais e no Tribunal Superior do Trabalho (TST) depois que os acordos coletivos ou individuais forem fechados entre empresas e empregados. Pelo relatório, o Judiciário perde a autoridade para anular os acordos individuais, os acordos e as convenções coletivas contrárias à legislação. Com o texto de Marinho, as delegacias do Trabalho, os tribunais regionais e, em último caso, o TST teriam suas funções praticamente eliminadas.

Outro desmonte previsto no projeto do relator diz respeito à estrutura sindical. Ele propõe a criação da representação dos trabalhadores por empresa e retira das entidades sindicais a autoridade de fazer reclamações coletivas à Justiça. Com a terceirização até das atividades-fim, a proposta de Marinho acaba, na prática, com benefícios como o 13º salário, reduz significativamente as multas aplicadas às empresas que descumprirem a lei, regulamenta o teletrabalho por tarefa, e não por jornada, e dificulta o acesso dos trabalhadores às reclamações judiciais.

O deputado Rogério Marinho, integrante da bancada evangélica e principal defensor do polêmico projeto de Escola sem Partido – propõe o parcelamento das férias em até três períodos e acaba com o princípio de grupo econômico para limitar possíveis reclamações dos trabalhadores exclusivamente à empresa que celebra o contrato direto com os funcionários, eximindo a holding e outras coligadas da responsabilização pelas possíveis ilegalidades cometidas pelo “patrão” direto.

Abaixo do mínimo

Para a Frente Associação da Magistratura e do Ministério Público (Frentas), que representa mais de 40 mil juízes, promotores e procuradores, inclusive do Trabalho, trata-se do maior projeto de retirada de direitos trabalhistas já discutido no Congresso Nacional desde a criação da CLT. Em nota assinada pelos presidentes de nove entidades, a frente aponta o risco de o trabalhador passar a receber até mesmo abaixo do salário mínimo.

“São criadas/ampliadas novas formas de contratos de trabalho precários, que diminuem, em muito, direitos e remuneração, permitindo, inclusive, pagamento abaixo do salário mínimo mensal, o que concorreria para o aumento dos já elevados níveis de desemprego e de rotatividade no mercado de trabalho”, destaca a frente em um dos trechos da nota em que pedem aos parlamentares que rejeitem a proposta.

Segundo a Frentas, o substitutivo parte da ideia de que o trabalhador age de “forma ilícita e censurável” na relação processual, colocando a empresa como “ente sacrificado” por essas ações. Em pelo menos duas ocasiões o relatório nega aos trabalhadores a gratuidade processual: quando faltar à primeira audiência e quando as perícias tiverem resultado negativo, retirando dos juízes a possibilidade de exame caso a caso. “São hipóteses que mais parecem ameaças veladas para instrumentalizar passivos sancionatórios que a grande parte dos trabalhadores não teria como pagar, o que resultaria no desestímulo ao acesso à jurisdição e na elitização de uma Justiça reconhecidamente popular”, reclamam as entidades.

O projeto deverá ser votado entre quarta e quinta-feira em plenário e tem o apoio da maioria governista na Câmara. Depois dessa fase, a proposta irá ao Senado, onde o governo também tem maioria. Para virar lei, a reforma trabalhista só precisa ser aprovada por maioria simples dos presentes nas sessões de cada Casa legislativa.

Campina Grande divulga programação junina: Caruaru ainda mantém mistério

Foi divulgada no último final de semana a programação completa do São João de Campina Grande. A abertura da festa paraibana ficará a cargo de César & Menotti, Jonas Esticado, Os Três do Nordeste e Andrezza Formiga. Já o final da festa, marcado para dois de julho, será com  Fernando & Sorocaba, Luan Estilizado, Felipão e Tribo Cordel.

Alguns nomes tradicionais da música nordestina e nacional foram confirmados, entre eles, Flávio José (03-06), Simone & Simaria (04-06),  Mano Walter (07-06),  Gabriel Diniz (15-06), Bruno e Marrone (22-06), Elba Ramalho (23-06), Maiara e Maraisa (25-06); Aviões do Forró (28-06) , Luan Santana (29-06) e Wesley Safadão, Ítalo & Renno e Karkará, no dia 30 de junho.

Caruaru – Já a programação da Capital do Forró está sendo guardada a sete chaves pela prefeita Raquel Lyra e pelo presidente da Fundação de Cultura, Lúcio Omena. Alguns nomes já foram confirmados e divulgados nas redes sociais, entre eles, Alcymar Monteiro e Fulô de Mandacarú, que devem se apresentar na abertura das festividades.

Vale lembrar que algumas atrações que deverão estar em Campina Grande vão aparecer por aqui, já que em janeiro deste ano Raquel Lyra foi à Rainha da Borborema debater o São João e como baixar os cachês de alguns artistas, fazendo contratações em parceria. Ela esteve com o prefeito da cidade.

Entre esses nomes que devem pintar no São João de Caruaru estão Aviões do Forró, Márcia Felipe, Henrique & Juliano, Gabriel Diniz, Geraldinho Lins, Magnificos e o Wesley Safadão. Vale lembrar também que à prefeitura de Caruaru limitou em R$ 200,00 mil o valor máximo de um cachê pago a qualquer artista. Isso não impede que algum mais caro possa estar presente, desde que seja pago por algum patrocinador.

Pequenos negócios fecham trimestre com saldo positivo de empregos

No primeiro trimestre deste ano, as micro e pequenas empresas apresentaram um saldo positivo de geração de empregos de 60,7 mil vagas, enquanto que as médias e grandes empresas encerraram 138,8 mil postos de trabalho. Os dados são do levantamento feito mensalmente pelo Sebrae com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

“Apesar dos pequenos negócios terem apresentado um saldo negativo em março, o bom desempenho do começo do ano compensou essas demissões”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Depois de dois meses consecutivos com um número maior de contratações do que de demissões, as micro e pequenas empresas apresentaram em março um saldo negativo de 31,6 mil vagas, número inferior ao das médias e grandes que encerraram 36,5 mil vagas. No comparativo com o mesmo período do ano passado, o saldo dos pequenos negócios foi menos negativo. Em março do ano passado, foram encerradas 46,9 mil vagas.

Quando analisada a geração de emprego por setor no terceiro mês do ano, apenas as micro e pequenas empresas que atuam no setor de Serviços registraram saldo positivo de cerca de 4 mil empregos. Nesse setor, destacaram-se os pequenos negócios que atuam nos segmentos de ensino, de comércio e administração de imóveis, transportes e comunicações e serviços médicos, odontológicos e veterinários. O setor com o maior encerramento de vagas, por parte das micro e pequenas empresas, foi o Comércio com 23,8 mil.