ARTIGO — Como ter sucesso na gestão de uma rede de franquias

Por Thiago Rufino

O sistema de franchising é uma realidade já consolidada no Brasil, a cada ano que passa o segmento só aumenta e as feiras e eventos do setor recebem novas marcas prontas e formatadas. Mas, o que poucas pessoas que estão querendo entrar nesse mercado percebem é que existem muitos desafios na gestão do negócio, embora se tenha um número considerável de empreendedores querendo investir em sua marca, o coordenar uma rede de franquias é algo bem mais complexo do que gerenciar algumas unidades próprias.

Ter uma boa ideia, abrir uma loja piloto de sucesso que comprove que o negócio é realmente bom e procurar uma boa consultoria para formatar o modelo da franquia e ajudar no processo de franqueabilidade. Tudo isso é parte do caminho necessário para ter uma rede de franquias de sucesso, mas tem mais pontos chaves que precisam ser observados e levados em consideração, principalmente depois que a rede cresceu em tamanho e número de unidades.

Selecionei seis passos fundamentais para uma boa gestão de rede, confira abaixo:
#1 Plano de Expansão – Esse talvez esse seja o mais importante de todos. Saber quais os passos dará em direção ao crescimento e novas unidades. Para a franquia ter sucesso ela precisa de um plano de expansão claro e bem definido. O crescimento em espiral sempre é o mais recomendável, pois assim será mais fácil dar o suporte para as franquias.

#2 Plano de Marketing – Ser conhecida e reconhecida pela cliente final. Este é um dos princípios para que a rede de franquias seja sustentável ao médio e longo prazo. Com um plano de marketing estruturado e pensado para levar o cliente até os pontos de venda a franqueadora faz com que as unidades atinjam seus resultados mais rápidos.

#3 Logística – Esse ponto é fundamental, pois entregar os produtos e insumos é parte do processo de manter a unidade funcionando e vendendo. Além de ser também um dos principais requisitos para a padronização da rede. Se a logística não for bem pensada e executada com certeza a franqueado terá a dificuldade no abastecimento das franquias e consequentemente problemas com a imagem da rede. No Brasil alguns produtos são muito regionais e não conseguem atender de forma ampla, e com isso inviabiliza um plano de expansão mais agressivo.

#4 Desenvolvimento de produtos – Diferenciais e exclusividade são peças chaves esse quesito. IO mercado é muito dinâmico e o consumidor cada dia mais exigente. É necessário sempre acompanhar as tendências e estar antenado ao que o cliente final busca. Porém, na hora de desenvolver novos produtos a franqueadora não se perder e pra isso precisa estar atenta ao seu DNA e missão.

#5 Departamento de operações – Ter dentro da franqueadora um departamento capaz de conseguir implantar em cada unidade tudo que a diretoria pensar no estratégico. Este departamento é responsável pelo relacionamento entre a franqueadora e as franquias e também pelo suporte ao franqueado. Por este motivo o profissional para está função precisa ter muita habilidade no trato pessoal, muito conhecimento técnico para que as franquias consigam crescer economicamente, além de gerir a equipe de consultoria de campo que é responsável em manter os padrões e procedimentos da franqueadora.

#6 Consultoria de Campo – O time de consultores precisa ter experiência relevante para fazer com que as franquias desenvolvam período a período. Este profissional tem que disseminar as boas práticas na rede de franquias, ser capaz de fazer análises financeiras assertiva, enxergar possibilidades de aumento de faturamento no mercado que a franquia está inserida, entre outras tarefas cruciais que mantenham a rede franqueadora em crescimento.

Vale à pena destacar que o motivo que uma rede de franquias não consegue se consolidar está exatamente em não fazer uma gestão de rede de franquias de forma profissional e eficiente. Ter um Diretor e um Gerente de Operações faz toda a diferença, estes profissionais são pontos chaves que ao desdobrar as estratégias, saberão onde são os “gargalos” da operação e terão o diagnóstico do porque as unidades não estão atingindo seus resultados.

Muitas redes de franquias são geridas por seus fundadores, em alguns casos essas pessoas não estão capacitadas ou não conseguem agir de forma não emocional nas decisões da empresa.
Ser uma rede de franquias de sucesso depende 100% de como será feito a gestão. Quanto mais profissional, mais chances de crescer e sobreviver frente a concorrência. de sucesso.

“Dou uma nota muito baixa ao governo Paulo Câmara”, critica senador

Armando Monteiro 2

A afirmação acima é do senador Armando Monteiro (PTB) que foi entrevistado esta semana pelo Jornal VANGUARDA. Cotado para ser um dos candidatos ao Palácio do Campo das Princesas, em 2018, o petebista criticou o governo Paulo Câmara (PSB) bem como comentou, dentre outros assuntos, a respeito do início de governo da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB).

Pedro Augusto

Jornal Vanguarda —- O senhor foi derrotado nas urnas para Paulo Câmara em 2014 e desde então vem dando sequência ao seu mandato no Senado. Se o senhor pudesse dar uma nota para o governo Câmara, qual seria ela e por quê?

Armando Monteiro – Independentemente do resultado de 2014, e fazendo uma análise que se centra apenas na avaliação dos resultados apresentados pelo governo, eu lamentavelmente não poderia deixar de dar uma nota muito baixa. Isso tudo decorre da constatação de que há uma sensação de que Pernambuco conduz mal as políticas públicas em áreas essenciais. Nós temos um quadro muito difícil na segurança pública, que vem se agravando mais e mais. As respostas do governo têm-se revelado respostas débeis. O quadro da saúde em Pernambuco é muito preocupante. Foi feito no Estado um ajuste fiscal e financeiro ao preço da supressão, eliminação e redução da oferta de serviços públicos essenciais, como, por exemplo, na área da saúde. Nós temos um problema sério de obras descontinuadas e obras que não foram sequer iniciadas. Vamos falar do Arco Metropolitano, vamos falar da frustração do Complexo de Itaquitinga, que até hoje essa questão não foi resolvida. Os BRTs, os corredores de ônibus. Obras hídricas importantes que não foram ainda concluídas. E uma sensação que existe hoje em Pernambuco de que, no plano nacional, o Estado perdeu o protagonismo. Veja que os projetos de Pernambuco não foram contemplados no elenco de projetos prioritários no PPI do Governo Federal. Então, há, por exemplo, projetos e ações na área hídrica que têm recebido aporte de recursos menor do que outros Estados da federação. Pernambuco também perdeu voz, perdeu peso no plano nacional. Infelizmente, faço esse registro e, em decorrência de tudo isso, dou uma nota muito baixa ao governo.

JV — Na última eleição para o Governo do Estado, o senhor acabou fechando coligação com o PT. Nesta próxima que se aproxima – em 2018 – os rumores são pelo menos até agora de que o seu partido, o PTB, não esteja no mesmo palanque do Partido dos Trabalhadores. O senhor vê com naturalidade essa migração para outras coligações?

AM – Eu vejo com naturalidade porque, de resto, os partidos devem ter absoluta liberdade de construir e de formar alianças em razão das circunstâncias que envolvem cada pleito. Eu tenho e tive uma aliança com o PT. Nós somos aliados no plano estadual porque somos partidos que estamos postados no campo de oposição. Não há nenhuma razão, a priori, para que a gente não possa estar juntos no futuro, mas nós não estamos limitados. O nosso campo de alianças não se limita a um único partido e numa única direção. Nós podemos sim, em função de um projeto e de uma agenda que venha a se definir, compor com outras forças que tenham compromisso de oferecer um projeto alternativo a Pernambuco. Porque esse projeto do PSB está esgotado. Então, quaisquer forças que possam se somar nesse processo, no sentido de que Pernambuco possa viabilizar um projeto alternativo, nós teremos no PTB liberdade para discutirmos, sem nenhum tipo de patrulhamento e sem exclusão, a priori, de nenhuma força.

JV — Em 2018, o senhor será um dos candidatos ao Palácio do Campo das Princesas?

AM – Se eu vier a ser convocado por setores e forças expressivas, e se essas forças entenderem que o meu nome aglutina, reúne e que pode, efetivamente, liderar essa frente, eu estou à disposição – se convocado for. No entanto, eu quero dizer que o compromisso maior que tenho nesse momento não é com uma candidatura e um projeto pessoal, mas eu tenho firmemente o compromisso de contribuir para que Pernambuco possa dar curso a um novo projeto para o Estado. Uma nova proposta político-administrativa. Um novo desenho para que Pernambuco assuma uma nova agenda no futuro, que seja, ao mesmo tempo, capaz de garantir que o Estado retome a sua posição de dinamismo e de liderança.

JV —- Caso o senhor seja candidato, qual será uma das principais bandeiras que serão levantadas durante a montagem de seu programa de governo?
AM – Evidentemente a bandeira central de qualquer proposta tem que ser a melhoria dos serviços públicos, qualificar os serviços públicos, que é isso que a cidadania exige. Serviços públicos de melhor qualidade, mais eficientes. E no plano econômico, estimular e poder fazer que Pernambuco seja um ambiente bom para que as empresas operem e seja um Estado que estimule, receba e atraia investimentos. Pernambuco tem uma vocação empreendedora e nós precisamos fazer a nossa economia cada vez mais pujante. Eu acho que qualquer proposta tem que aliar o compromisso de oferecer um ambiente econômico que garante o crescimento do Estado, em articulação com os programas federais, que garante investimentos estruturantes e prioritários na área de infraestrutura, e, ao mesmo tempo, que possa garantir maior eficiência na prestação dos serviços públicos essenciais.

JV — As articulações já foram iniciadas? Como está sendo esse processo de formação de alianças? O eleitor pernambucano poderá observar alguma surpresa quanto a sua coligação?

AM – Eu acho que nós não temos ainda à vista a definição de coligações nesse momento. Mas eu vejo com muita satisfação que existem forças que estão se descolando do campo governista, forças que eu hoje situo como independentes e que podem perfeitamente se somar para que possamos, juntos, construir esse projeto alternativo para o Estado. Com esses setores, eu me disponho a promover um diálogo permanente, sem personalismos estreitos e sem colocar os interesses estritamente político-partidários à frente.

JV —- De que forma o senhor está avaliando o início de governo da prefeita Raquel Lyra (PSDB) e como o seu mandato no Senado já está contribuindo para com a gestão municipal?
AM – Os sinais que a prefeita vem emitindo, que decorrem nessa fase menos de obras e mais de posturas administrativas que estão sendo reveladas, são muito auspiciosos. Sinaliza para uma gestão moderna, criativa, transformadora e creio que a prefeita vem se movimentando muito bem. E aqui em Brasília o nosso gabinete está à inteira disposição. Já tivemos a oportunidade de nos reunir com a prefeita. Recebemos a indicação das principais demandas e estaremos aqui não apenas contribuindo para destravar algumas liberações de convênios já celebrados anteriormente, como também de apresentar emendas de nossa autoria. Tanto emendas individuais como, evidentemente, até uma articulação junto à própria bancada, para que a gente possa ajudar viabilizar projetos importantes para Caruaru.

JV — Já existe conversações com o grupo Lyra para uma possível formação de aliança em 2018?

AM – Eu tenho dito que há um interlocutor importante nesse processo em Pernambuco que é o ex-governador João Lyra, que alia experiência e espírito público. É uma liderança madura, que tem uma compreensão histórica do processo de Pernambuco e com a qual venho permanentemente fazendo avaliações sobre o quadro local e, evidentemente, discutindo a perspectiva de construção de alianças para o futuro.

JV —- Quanto ao governo Temer, ele está se saindo pior do que a encomenda, o senhor visualiza pontos positivos a serem destacados?

AM – Há ainda dificuldades no plano político, que são notórias, mas nós temos indiscutivelmente que reconhecer que, na gestão da economia, o governo tem definido um rumo correto. Eu destaco pontos positivos porque acho que a gente precisa ter uma atitude construtiva. Alguns resultados começam a aparecer. E tudo indica que nós estamos criando condições para que a economia retome o crescimento. Para isso, nós estamos atuando aqui no Senado para ajudar essa agenda de recuperação da economia brasileira. E acho também que o governo tem revelado um compromisso muito firme com essa agenda de reformas que o País precisa promover. Devo reconhecer que o governo tem tido um bom diálogo com o Congresso Nacional.

Imposto de Renda pode ser cobrado em cartório

O contribuinte que deixa de pagar o Imposto de Renda (IR) ou o paga em atraso pode ter a Certidão da Dívida Ativa (CDA) enviada para protesto. O protesto de título é a forma mais rápida e segura para a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) recuperar os valores. Por meio do serviço, regulamentado por Lei e oferecido por cartórios em todo o país, a PGFN recuperou, até abril deste ano, mais de R$ 1,4 milhão. A pretensão é recuperar cerca de R$ 1,5 bilhão para os cofres públicos. “As entidades públicas têm tido um retorno muito bom na recuperação de dívidas por meio do protesto de títulos”, diz a presidente do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos – seção Pernambuco (IEPTB-PE), Isabella Falangola.

Além da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, os Conselhos de Medicina Veterinária e de Economia utilizam o protesto de títulos. As prefeituras também encontraram nesse serviço a melhor maneira para recuperar dívidas do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “As prefeituras do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Gravatá, Araripina e Petrolina apostam no protesto de títulos para receber dívidas. E o processo é bastante eficaz e rápido. Enquanto ações judiciais costumam demorar cerca de oito anos para serem solucionadas, no protesto de títulos o prazo de resolução é bem mais rápido”, explica Isabella Falangola.

O protesto de títulos para as entidades públicas segue o mesmo trâmite do realizado por pessoas físicas e jurídicas. Após apontada a CDA, o cartório envia uma intimação para o endereço do devedor, que tem três dias úteis (contados da data do recebimento) para efetuar o pagamento. Feito o pagamento, o valor recebido fica à disposição do credor no 1º dia útil seguinte à quitação. Caso não seja pago no prazo legal, o título será protestado e só poderá ser pago diretamente ao credor que, após o recebimento, deverá entregar o instrumento de protesto ou declaração de anuência para que o devedor procure o cartório e solicite o cancelamento do protesto.

“O protesto é de conhecimento público e somente é cancelado quando a dívida for quitada”, esclarece a presidente do IEPTB-PE. Ter um título protestado implica em algumas restrições, pois os cadastros dos cartórios são captados pelos órgãos de proteção ao crédito, ficando o devedor impedido de, por exemplo, solicitar financiamentos e empréstimos, abrir contas bancárias e solicitar cartões de crédito.

Aplicativo

O Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil oferece um serviço que permite saber se há um título protestado em seu nome ou de sua empresa, em cartórios de todo o país. A consulta pode ser feita por meio de aplicativo gratuito para celular ou no site http://pesquisaprotesto.com.br/ Além de poder consultar o próprio cadastro, o diferencial é a consulta de CPF e CNPJ de terceiros.

Setor de serviços puxou criação de empregos em fevereiro

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

A criação de 35.612 postos formais de trabalho em fevereiro foi puxada pelo setor de serviços, informou o coordenador de Estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães. Ele também ressaltou que o emprego aumentou em três das cinco regiões do país: Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado esta semana pelo presidente Michel Temer e pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Na distribuição por setores, os serviços foram responsáveis pela geração de 50.613 empregos com carteira assinada em fevereiro, seguidos pela administração pública (8.280), pela agropecuária (6.201) e pela indústria de transformação (3.949). O serviços industriais de utilidade pública – que inclui estatais de água e de energia – gerou 1.108 postos de trabalho no mês passado. Os setores que mais demitiram do que contrataram foram o comércio (-21.194), a construção civil (-12.857) e a indústria extrativa mineral (-488).

De acordo com o coordenador do Ministério do Trabalho, os números mostram o início da recuperação do emprego. Em relação ao setor de serviços, ele destacou que, apesar de a educação tradicionalmente puxar a criação de vagas em fevereiro, diversos subsetores apresentaram reversão da tendência e passaram a contratar mais do que demitir, como os de alojamento, de alimentação, de manutenção e os ligados à área da saúde.

Em relação à agropecuária, Magalhães citou a safra de soja e as culturas permanentes de frutas como principal fator para a criação de empregos em fevereiro. Na administração pública, ele citou a contratação temporária nas prefeituras e nos governos estaduais. Apesar de o comércio ter continuado a registrar perdas de postos de trabalho, ele ressaltou que o comércio varejista criou 2.430 vagas no mês passado, o que, segundo ele, indica início da retomada econômica.

Na comparação por regiões, o Sul puxou a criação de empregos em fevereiro, com 35.422 novos postos de trabalho, seguido pelo Sudeste (24.188) e pelo Centro-Oeste (15.740). Somente o Nordeste (-37.088) e o Norte (-2.730) registraram perdas.

Segundo o coordenador do Ministério do Trabalho, o desempenho do Sudeste foi puxado pela recuperação da indústria em São Paulo e Minas Gerais. No Sul e no Centro-Oeste, ele atribuiu a criação de empregos à agricultura e à indústria. A redução do emprego no Nordeste, explicou, é sazonal e deve-se ao fim do ciclo da colheita da cana-de-açúcar.

Na comparação por estados, São Paulo liderou a criação de empregos, com 25.412 novas vagas, seguido de Santa Catarina (14.858) e Rio Grande do Sul (10.602). Os estados que mais cortaram postos de trabalho no mês passado foram Pernambuco (-16.342), Alagoas (-11.403) e Rio de Janeiro (-8.172).

Brasil é oitavo país mais perigoso para transporte de cargas

Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil

Transportar carga no Brasil é tão perigoso quanto no Iraque ou na Somália, países em que há conflitos armados que se arrastam há anos. Essa é a avaliação de um comitê do setor de cargas no Reino Unido, que listou os 57 países em que é mais arriscado transportar mercadorias. Os dados foram divulgados no início do mês e citados hoje esta semana pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para alertar sobre o impacto desse tipo de crime na economia.

Segundo o Joint Cargo Committee, o Brasil é o oitavo país em que é mais perigoso transportar carga. Se excluídas as nações atualmente em guerra, como Síria e Sudão do Sul, o Brasil passa a ocupar o topo da lista, seguido de perto pelo México.

A pesquisa levou em conta os trechos da BR-116, entre Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, da SP-330, entre Uberaba e Santos, e da BR-050, entre Brasília e Santos. Para o vice-presidente da Firjan, Sergio Duarte, a gravidade do problema afeta a competitividade da economia brasileira.

“A decisão de investimento do empresário leva várias coisas em consideração, e uma delas é a segurança. O roubo de carga afeta frontalmente a decisão de investimento e compromete o futuro do nosso país”, alertou.

De 2011 a 2016, o número de roubos de carga registrados no Brasil subiu 86%, passando de 22 mil casos por ano no levantamento realizado pela Firjan. A soma não leva em conta os casos do Acre, Amapá, Paraná e de Roraima, cujos dados não foram obtidos pela pesquisa.

Neste ano, o Brasil levou apenas 44 dias para superar o número de roubos de carga registrados em 25 países europeus, nos Estados Unidos e no Canadá. Apesar de São Paulo concentrar a maior parte dos casos, o Rio de Janeiro chama a atenção pela velocidade com que a incidência do crime vem aumentando. Em 2011, pouco mais de 25% dos casos do país ocorreram no estado do Rio, fatia que cresceu para 43,7% em 2016.

“O industrial do Rio de Janeiro tem sua carga saindo da empresa com risco de ser roubada e tem aumento de custo da sua matéria-prima. O produto dele fica mais caro e ele não vai competir com as empresas de outros estados”, diz Duarte, que é empresário do setor de alimentos, o mais afetado pelo problema. “Nos supermercados, por volta de 20% dos preços estão sendo majorados por causa do roubo de carga.”

Como resultado da alta dos custos, já há empresas desistindo de levar suas mercadorias para o Rio de Janeiro, e empresários fechando suas unidades no estado. Além do encarecimento, o consumidor pode enfrentar falta de produtos se o problema permanecer em alta, afirma Duarte.

A Firjan lançou hoje um movimento nacional de combate ao roubo de cargas e pediu empenho das autoridades no combate ao problema. Para Duarte, são necessárias leis mais rigorosas com empresas que armazenam e vendem produtos roubados. “É importante as pessoas entenderem que não existe roubo se não houver quem compra o [produto do] roubo. O consumidor tem que entender que ele faz parte disso.”

A deputada estadual e ex-chefe da Polícia Civil, Martha Rocha (PDT), disse que o crime de roubo de cargas no estado tem relação com o controle de territórios na periferia por parte de organizações criminosas, que usam esse crime para financiar outros.

“Hoje, as organizações criminosas estão usando o roubo de carga como fomento para a compra de armas”, analisou Martha, que prometeu que a Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro realizará uma audiência pública sobre o assunto.

IR 2017: Entenda mudanças e saiba como fazer a declaração sem riscos

De março a abril, a declaração de imposto de renda tem prazo obrigatório para todas as pessoas físicas residentes no Brasil que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2016. Com algumas novidades para esse ano, fazer a declaração de maneira correta pode evitar problemas com a Receita Federal.

Aparentemente, qualquer pessoa pode preencher a declaração de Imposto de Renda, devido à grande quantidade de conteúdo sobre o assunto disponível na internet. Porém, entender como fazer é que faz toda a diferença. “É sempre melhor quando se tem uma visão macro sobre a declaração e não apenas entendê-la por partes. Para fazer a declaração do IR de maneira correta é preciso ter uma visão geral, por isso, ter ajuda de um contador é sempre recomendado”, explica o diretor da CSL Assessoria Contábil, Claudionei Santa Lucia.

Segundo o contador, alguns inconvenientes podem ser evitados, como cair na temida malha fina. “Se a declaração for para a fiscalização da Receita Federal, podem demorar até cinco anos para que o problema seja resolvido e o documento liberado”, afirma. Por isso, se planejar, organizar e antecipar a entrega é o melhor a se fazer para evitar qualquer imprevisto.

“Se for possível, o ideal é ter um contador que te receba e o cliente possa conversar, trocar documentos, checar comprovantes e se atualizarem sobre as mudanças de uma no para o outro. Quem entrega a declaração antes, recebe sua restituição já nos primeiros lotes disponibilizados pela Receita Federal. Fazer antecipadamente também evita imprevistos, como a falta de um documento obrigatório, o que pode ser punido com multa fixa”, explica Santa Lucia.

Tempo é sinônimo de organização na hora do IR 2017. Abaixo, confira três mudanças para a declaração do imposto de renda esse ano:

Rendimento anual

Houve um reajuste para determinar quem declara ou não imposto de renda. Para esse ano, são considerados declarantes pessoas físicas com renda superior a R$ 28.559,70.

Programa atualizado

Em 2017, a o programa para preenchimento do IR foi atualizado. Agora é preencher e enviar o arquivo não precisando utilizar outro software.

CPF para dependentes

Se você possui dependentes com mais de 12 anos é preciso declarar o CPF de cada um deles. Caso o dependente não tenha o documento a Receita Federal não fará as deduções. Portanto, fique atento a importância do documento.

Além das mudanças, o contribuinte deve ficar atento aos principais erros cometidos na hora de fazer a declaração. De acordo com Claudionei Santa Lucia, omissão de rendimentos e declarações de despesas médicas são duas das principais falhas na hora de informar a Receita Federal. “Despesas médicas precisam ser comprovadas. Sem um recibo, por exemplo, não há comprovação de gastos. Por isso, sempre aconselhamos a todos que guardem seus recibos ou notas fiscais por pelo menos cinco anos”, afirma.

Outro ponto que o contribuinte deve ficar atento é sobre a declaração de bens, que deve ser feita de acordo com o valor de compra. “É comum querer declarar pelo valor que o bem tem em 2017, mas qualquer valorização só pode ser aceita se houver como provar. Neste caso, melhorias, reformas e qualquer atualização no imóvel deve ter comprovação de despesas, como recibos e notas fiscais com os gastos”, explica o diretor da CSL.

Organização e preparo são as duas ações para se fazer neste momento. Além disso, é sempre recomendado contar com a ajuda de um profissional que possa validar a declaração de imposto de renda. Fique atendo ao prazo, que termina dia 28 de abril.

IBGE contratará 26,4 mil pessoas para Censo Agropecuário

Da Agência Brasil

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão autorizou a contratação temporária de 26.440 profissionais para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fazer o Censo Agropecuário 2017. As contratações serão feitas por meio de processo seletivo simplificado, e a duração dos contratos será de até um ano, com possibilidade de prorrogação limitada a três anos.

Serão 19.013 vagas para o posto de recenseador, 4.946 para agente censitário supervisor, 1.285 para agente censitário municipal, 381 para agente censitário administrativo, 375 para agente censitário regional, 266 para analista censitário e 174 para agente censitário de informática. O valor das remunerações ainda não foi definido. A portaria com a autorização foi publicada no Diário Oficial da União desta semana.

Adoção de animais acontece neste domingo

Neste domingo (19), a partir das 9h, o grupo de proteção animal ‘Desabandone Caruaru’ promoverá evento de adoção responsável, em parceria com a Vet Clinic. O evento beneficiará protetores de animais da cidade e região, onde cada protetor levará cães e gatos que foram resgatados e estão sob seus cuidados, dando a chance deles encontrarem uma família. Participam veterinários, com consultas e vacinação para os pets que forem adotados, além de orientação bucal e sorteio de kits. Também será servido café da manhã na clínica (em frente ao Colégio Estadual). Serão bem recebidas doações de ração, produtos de limpeza e medicamentos veterinários, que serão redistribuídos para os protetores.

Outra ação será realizada na área externa da Associação dos Moradores do Boa Vista I e II. Denominado “Amigo não se compra”, o evento começa às 8h, com a adoção de cães e gatos. A iniciativa é do vereador Fagner Fernandes.

Índice que reajusta aluguéis acumula taxa de 4,92% em 12 meses

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel, registrou taxa de 0,08% na segunda prévia de março, superior ao índice de 0,02% da segunda prévia de fevereiro. O indicador acumula taxa de 4,92% em 12 meses, de acordo com dados divulgados esta semana (17) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A alta do índice de fevereiro para março foi provocada pelo aumento do custo da construção civil e dos preços no atacado. A taxa do Índice de Preços ao Produtor Amplo, que avalia o atacado, por exemplo, subiu de -0,15% na prévia de fevereiro para -0,08% na de março.

O Índice Nacional de Custo da Construção teve inflação de 0,52% em março, ante uma taxa de 0,35% em fevereiro.

A inflação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que acompanha a evolução dos preços no varejo, caiu de 0,36% na prévia de fevereiro para 0,32% em março.

Inflação do IPC-S cai em cinco cidades na segunda semana de março

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu em cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), entre a primeira e a segunda semanas de março. A maior queda foi observada em Salvador: 0,26 ponto percentual, ao passar de 0,63% na primeira semana para 0,37% na segunda.

Também foram observados recuos em Brasília (0,04 ponto percentual, indo de 0,14% para 0,10%), São Paulo (0,02 ponto percentual, de 0,30% para 0,28%), Recife (0,01 ponto percentual, de 0,20% para 0,19%) e Porto Alegre (0,01 ponto percentual, de 0,52% para 0,51%).

Duas cidades tiveram alta na inflação: Rio de Janeiro (0,19 ponto percentual, ao subir de 0,23% para 0,42%) e Belo Horizonte (0,12 ponto percentual, ao passar de 0,33% para 0,45%).